Buscar

CEFALOSPORINAS

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

CEFALOSPORINAS
Acadêmica: Talita A. Conte
 
UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA
MEDICINA - 10ª FASE
ESTÁGIO HOSPITALAR
Sumário
Introdução
Mecanismo de ação
Propriedades
Classificação (1ª; 2ª; 3ª; 4ª)
Usos clínicos e Efeitos adversos
Resistência bacteriana
Onde estamos?
Antimicrobianos
Beta-lactâmicos
Penicilinas 
Cefalosporinas
Carbapenêmicos
Monobactâmicos
Bactericidas VS Bacteriostáticos
Bactericidas: Matam os M.O. Ex: Cefalosporinas
Bacteriostáticos: Inibem o crescimento e a reprodução dos M.O. Ex: Macrolídeos.
Tem em comum o anel betalactâmico.
3
INTRODUÇÃO
São antimicrobianos ß-lactâmicos de amplo espectro, semi-sintéticos e bactericidas.
1948: Isolado por Giuseppe Brotzu de um fungo: Cephalosporium acremonium 
Em cultura inibiam a Salmonella typhi (causadora da febre tifóide). 
1960 : Eli Lilly , farmacêutico, lançou as primeiras cefalosporinas.
4
Relação Estrutura Atividade
Mecanismo de ação – Como agem?
Não USAR: ATÍPICOS
Desprovidos de parede celular
Legionella, Chlamydia, Mycoplasma, Ureoplasma
Parede celular: Tem na célula bacteriana e não na animal.
 A parede celular é composta de um polímero denominado peptideoglicano que consiste em unidades de glicano unidas umas às outras por ligações peptídi- cas cruzadas.
dois açúcares aminados, o ácido N-acetil glicosamina e o ácido N-acetil murâmico, e por um tetrapeptídio, sempre ligado ao resíduo de ácido N-acetil murâmico;
6
Vídeo
http://www.cienciaefe.net/2013/03/evolucao-em-acao-beta-lactams.html
7
MECANISMOS DE AÇÃO
Interferem na síntese de peptidoglicanos da parede celular de maneira análoga às penicilinas. 
*Ligação com as proteínas ligadoras de penicilina (PBP -> PBP3);
*Inibição da enzima de transpeptidação, que faz a ligação cruzada das cadeias peptídicas ao esqueleto de aminoglicanos;
*Evento bactericida final: inativação de um inibidor das enzimas autolíticas na parede celular >> Lise da bactéria.
Afinidade as transpeptidades e carboxipeptidases
8
PROPRIEDADES
Boa disponibilidade oral: 95% da dose administrada
Hidrosolúveis (apresentação oral e parenteral) 
Oral: estável em meio ácido (ésteres que facilitam absorção axetil, pivoxil,proxetil)
9
PROPRIEDADES
Efeito pós antibiótico: Ação do anti-microbiano sobre as cepas sensíveis após as concentrações séricas estarem bastante diminuídas.
Por várias horas para gram +, mas não para gram –
*Importância para profilaxia cirúrgica – gram + da pele são inibidos mesmo depois do pico de ação do antimicrobiano.
São tempo-dependentes: apresentam melhor atividade quando suas concentrações permanecem acima do CIM dos microorganismos (Por isso precisa-se repetir as doses ao longo do dia – 6/6; 8/8h).
Como são classificadas?
Em gerações, que se referem à atividade antimicrobiana e características farmacocinéticas e farmacodinâmicas e não necessariamente à cronologia de comercialização.
PRIMEIRA GERAÇÃO
Indicações:
Mais usadas em infecções pelo S. aureus meticilinossensível e estreptococos. 
Ex : Infecções de pele, partes moles, faringite estreptocócica. (CEFALEXINA)
Infecção não complicadas do trato urinário. E.Coli (gestantes)
Utilizada na profilaxia cirúrgica.
GESTAÇÃO: B
INSUFICIÊNCIA RENAL: ajuste necessário 
INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA: NÃO necessita ajuste
CEFALOSPORINAS DE 1ª GERAÇÃO
ABSORVIDAS POR VIA ORAL
CEFALOSPORINAS DE 1ª GERAÇÃO
 INDICAÇÕES CLÍNICAS
Faringoamigdalite
Infecções de pele e subcutâneo (estafilocóccicas) 
Infecção urinária não complicada (Gestante)
Tratamento ambulatorial após esquema parenteral
Usar dose ideal: 2cp de 5000mg de 6/6h
CEFALOSPORINAS DE 1ª GERAÇÃO
 CEFALEXINA X CEFADROXILA
( Cefalexina) ®				(Cefamox) ®
	
Meia vida: 1h
Absorção um pouco retardada
 com alimentos 
25-50mg/kg/dia 6/6hs
Meia vida > 
Absorção e excreção mais
lenta
Não sofre interferência com 
a alimentação
30 mg/kg/dia 12/12 hs
CEFALOSPORINAS DE 1ª GERAÇÃO
ABSORVIDAS POR VIA PARENTERAL
CEFALOSPORINAS DE 1ª GERAÇÃO
 INDICAÇÕES CLÍNICAS
Infecções moderadas e severas com etiologia por estreptococos, pneumococos (sensíveis à penicilina) ou S. aureus (sensíveis à oxacilina) 
Infecções causadas por estafilococos produtores de penicilinase
Profilaxia pós operatória, cirurgias gástricas, biliares, ortopédicas, vasculares.
 
CEFALOSPORINAS DE 1ª GERAÇÃO
 CEFALOTINA X CEFAZOLINA
	(Keflin) ®				(Kefazol) ®
	
Rápida metabolização
( meia vida curta)
Rápida excreção
Doses em intervalos 4/4 
ou 6/6 horas
80 a 150 mg/kg/dia
Meia vida + longa
Maior ligação proteica
Doses até 8/8 horas
25 a 100 mg/kg/dia
IV, IM
CEFAZOLINA – PROFILAXIA CIRÚRGICA
Pele não infectada e Cirurgia plástica
Cabeça e pescoço (sem mucosa ou SNC)
Colecistectomia sem colecistite ou colangite
Herniorrafias e plastias
Mamoplastia e Mastectomia
Histerectomia; parto vaginal ou cesáreo
Cirurgias ortopédicas limpas
Trauma
EFEITOS ADVERSOS
 Fenômenos de hipersensibilidade  rash cutâneo, eosinofilia, febre e prurido
 Manifestações alérgicas graves  anafilaxia (rara)
 Reação alérgica cruzada com penicilina  7 a 10%
Neutropenia e aumento discreto das transaminases
Necrose tubular aguda (cefalotina)
Teste de coombs falso positivo
Proteinúria falso positiva 
 NÃO SÃO RECOMENDADAS PARA SINUSITE, OTITE MÉDIA E PNEUMONIAS
Pouca ação contra H.influenzae e M. catarrhalis (Usar Cefalosporina de 2ª)
Não usar em mordedura de animais: Não cobre Pasteurella Multocida (Escolha amoxacilina+clavulanato)
 ITU: menos efetivas que o SMZ-TMP e quinolonas
SEGUNDA GERAÇÃO
 INDICAÇÕES
 Cocos gram-positivos
 Cocos gram-negativos
 H.Infuenzae, M. catarrhalis
Enterobactérias (E.coli, Klebsiella, P. mirabilis, Salmonella, Shigella) 
Bacterioides fragilis (Cefoxitina)
 Exceção para a Pseudomonas
http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/rede_rm/cursos/rm_controle/opas_web/modulo1/cefalosporinas8.htm
23
GESTAÇÃO: B
INSUFICIÊNCIA RENAL: ajuste necessário INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA: NÃO necessita ajuste
CEFALOSPORINAS DE 2ª GERAÇÃO
 INDICAÇÕES CLÍNICAS
Infecções respiratórias (faringoamigdalite, otite média aguda, sinusite aguda, pneumonia comunitária)
Infecções de pele e subcutâneo (celulite sem porta de entrada- alternativa à amoxicilina-clavulanato)
Casos refratários  pneumococo penicilino-resistente (resistência intermediária)  Cefuroxima, Cefprozil
Infecções urinárias por bacilo gram - entérico
CEFALOSPORINAS DE 2ª GERAÇÃO
ABSORVIDAS POR VIA ORAL
CEFALOSPORINAS DE 2ª GERAÇÃO
 CEFUROXIMA AXETIL X CEFPRODIL X CEFACLOR
	(Zinnat)	®		(Cefzil) ®		(Ceclor) ®	
Absorção aumentada
com a alimentação 
Ação contra pneumo 
resistente(interm.)
 Meia vida de 1,5 hs
 20-30 mg/kg/dia
 12/12 hs
 Ação contra pneumo
 resistente (interm.)
 Não há interferência da 
alimentação
 15-30 mg/kg/dia
 12/12hs
 Meia vida <
Absorção lentificada
 com a alimentação
 20-40 mg/kg/dia
 8/8hs
CEFALOSPORINAS DE 2ª GERAÇÃO
ABSORVIDAS POR VIA PARENTERAL
CEFALOSPORINAS DE 2ª GERAÇÃO
CEFOXITINA 	 
 
Resistente à betalactamase produzida por gram – e +
Atividade mais intensa anaeróbios – Bacterióides fragilis: infecções abdominais e abscessos, profilaxia de cirurgias colo-retais.
CEFUROXIMA
Resistente à betalactamase produzida por gram –
Infecções respiratórias
Infecções de pele e tecido subcutâneo
Em desuso para meningite
CEFALOSPORINAS DE 2ª GERAÇÃO
CEFOXITINA 	 X 
 
 CEFUROXIMA
 80 a 160 mg/kg/dia
 IM/IV
 4/4, 6/6 hs
 75 a 150 mg/kg/dia
 IV,IM
 8/8 hs
CEFUROXINA – PROFILAXIA CIRÚRGICA
 Cabeça e pescoço (com mucosas)
Otorrinolaringológicas
Cardíaca; transplante cardíaco e pulmonar
Neurológica
Cirurgias ortopédicas com risco aumentado de infecções por Gram -: neutropênicos diabéticos, urológicos
e pneumopatas
Revisão de artroplastia
Se for cirurgias abdominais e ginecológicas – preferência pela Cefoxitina, pela cobertura ao anaeróbios– Bacterióides fragilis
CEFALOSPORINAS DE 2ª GERAÇÃO
 Efeitos adversos
 Fenômenos de hipersensibilidade  rash cutâneo, eosinofilia, febre e prurido
 Manifestações alérgicas graves  anafilaxia (rara)
 Trombocitopenia, neutropenia e anemia
 Elevação transitória das transaminases
 Náuseas e vômitos
 Diarréia
TERCEIRA GERAÇÃO
--------------------
_______________
(PBE)
CEFALOSPORINAS DE 3ª GERAÇÃO
CEFTRIAXONE (ROCEFIN) E CEFOTAXIMA
Pneumococos resistentes a penicilina: Ex: Pneumonia adquirida na comunidade.
Pneumonias graves – associar Claritromicina para atípicos.
Pneumococos resistentes a penicilina+ Neisseria meningitidis e Haemophyllus influenzae. Droga de escolha para tratamento de meningites do adulto.
Enterobacterias: Infecções de trato urinário; infecções abdominais e de vias biliares; infecções de pele com flora polimicrobiana (úlceras).
Infecções gonocócicas; Febre tifóide; Infecções por Shigella.
CEFTRIAXONE (ROCEFIN) -
Tem excreção biliar .Uso em infecções intestinais e biliares
CEFOTAXIMA
Tem excreção renal; uso em hepatopatas.
CEFTAZIDIMA
ANTI-PSEUDOMONAS
Descompensação de pneumopatias crônicas – FC
Usuários crônicos de Corticóides – Pneumonias
Meningite por pseudomonas
CEFALOSPORINAS DE 3ª GERAÇÃO
 Efeitos adversos
 Fenômenos de hipersensibilidade  rash cutâneo, eosinofilia, febre e prurido
 Anemia hemolítica com Coombs positivo
 Efeitos hematológicos (citopenias)
 Pseudolitíase biliar
QUARTA GERAÇÃO
CEFALOSPORINAS DE 4ª GERAÇÃO
CEFEPIME
INFECÇÕES HOSPITALARES
Infecções de corrente sanguínea
Pneumonias – Pneumonias associadas a ventilação
Infecções complicadas do trato urinário
Infecções de partes moles
Droga de escolha para tratamento empírico inicial da neutropenia febril.
CEFALOSPORINAS DE 4ª GERAÇÃO
 Efeitos adversos
 Fenômenos de hipersensibilidade  rash cutâneo, eosinofilia, febre e prurido
 Efeitos hematológicos (citopenias)
 Pseudolitíase biliar
Confusão mental (principalmente em idosos)
QUINTA GERAÇÃO?
Ceftarolina 
Infecções complicadas de pele e pneumonia.
Resistência Bacteriana
Mecanismos 
1 – Diminuição da permeabilidade da membrana externa por alteração das porinas
2 – Alteração estrutural do sítio de ação (PBP)
3 – Efluxo da droga aumentado (bombas de efluxo)
4 - Hidrólise por enzimas betalactamases.
Batalactamases – principal método das gram negativas ( são 3 tipos de betalactamases – AMPc; ESBL, Metalobetalactamase – hidrolizam carbapenêmicos)
42
Tipos de Betalactamases 
Amp C – bactéria faz codificação de cromossomo. Isso significa que se não tem contato com o antibiótico, não expressa o gene. Se tem contato, ativa um gene de resistência. (Começou com o uso indiscriminado de Ceftriaxone) (CESPP – enterobacter; serratia; proteus...). Se é resistente a Amp C – só consigo tratar com Cefalosporina de 4ª geração.
Tipos de betalactamase
Betalactamase de espectro expandido – ESBL
 Faz hidrólise de todas as cefalosporinas. 1 a 4 G
Escherichia coli; Klebisiella; Pseudomonas; Enterobacter.
Droga de escolha- Carbapenêmicos.
Obrigada pela atenção!

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais