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GUIA DE ESTUDOS CONSTITUCIONAL 2

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GUIA DE ESTUDOS – DIREITO CONSTITUCIONAL 2 
Prof. Fábio Ramos Barbosa 
www.facebook.com/PROFESSORFABIOBARBOSA 
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PER	ARDUA	SURGO	
 
1 
ORGANIZAÇÃO POLÍTICO ADMINISTRATIVA DO ESTADO BRASILEIRO. DA 
ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA. DA UNIÃO. DOS ESTADOS 
FEDERADOS. DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS. 
Relembrar o que está definido no artigo 1o da CF quanto ao Princípio Federativo: 
autonomia político-administrativa dos entes que compõem a federação. São várias 
esferas de poder dentro de um mesmo território e sobre a mesma população. 
Trata-se da descentralização no exercício do poder político. 
 
• FORMA DE ESTADO 
Refere-se à distribuição do exercício do poder político em razão do território. 
Demonstra a existência, ou não, de descentralização. 
A CF adotou a forma de Estado Federado, tendo a descentralização como nota 
marcante. Trata-se de uma reunião feita por uma Constituição de entidades 
autônomas unidas por vínculo indissolúvel. 
FEDERAÇÃO = União de vários Estados, cada qual com uma parcela de autonomia 
político-administrativa com competências estabelecidas na Constituição. No Brasil é 
cláusula pétrea. 
UNITÁRIO = Comando central único que pode ser descentralizado 
administrativamente e politicamente. Só existe um legislativo, um judiciário e um 
executivo. Geralmente forma adotada por Estados menores. Ex.: França. 
 
• FORMA DE GOVERNO (Maquiavel) 
REPÚBLICA = O governante é um representante do povo, por ele escolhido para 
um mandato determinado. Não é cláusula pétrea expressa. Para STF é implícita. 
MONARQUIA = Tem a marca do aspecto vitalício da investidura na chefia do 
Estado. 
 
• SISTEMA DE GOVERNO 
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2 
PRESIDENCIALISMO = Chefia de governo e de Estado se confundem. O chefe de 
governo é um presidente escolhido pelo povo com mandato determinado. Não é 
cláusula pétrea. 
PARLAMENTARISMO = A chefia de Estado é exercida por presidente/monarca, 
mas o governo efetivo é exercido por um Gabinete de Ministros, formado pelo 
partido majoritário no parlamento, liderado pelo Primeiro-Ministro. 
 
• SISTEMA POLÍTICO 
TOTALITARISMO – inexiste liberdade individual. Partido único, comandado por 
um líder carismático, impõe uma ideologia oficial. 
DEMOCRACIA – tem como base a participação do povo no governo. 
 
FEDERAÇÃO BRASILEIRA 
O Brasil é uma República Federativa, formada pela ligação indissolúvel dos 
Estados, dos Municípios, do Distrito Federal e da União (CF, arts. 1º e 18). 
Os municípios são considerados entidades federativas de terceiro grau. 
CARACTERÍSTICAS DA FEDERAÇÃO 
• Descentralização política 
• Repartição de competências: garante autonomia entre os entes federativos e 
assim, o equilíbrio da federação. 
• Constituição rígida – estabilidade institucional. 
• Inexistência do direito de secessão. 
• Soberania do Estado federal 
• Intervenção – diante de situações de crise 
• Auto-organização dos Estados-membros – Constituições Estaduais 
• Órgão representativo dos Estados-membros – Senado 
• Guardião da Constituição – no Brasil o STF 
• Repartição de receitas. 
 
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3 
FUNDAMENTOS DA REPÚBLICA FEDERATICA DO BRASIL – CF, 1O. 
• SOBERANIA – da República Federativa e não da União, enquanto ente 
federativo. 
• CIDADANIA 
• DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA 
• VALORES SOCIAIS DO TRABALHO E DA LIVRE-INICIATIVA 
• PLURALISMO POLÍTICO 
 
OBJETIVOS FUNDAMENTAIS DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO 
BRASIL – CF, 3O. 
• Construir uma sociedade livre, justa e solidária. 
• Garantir o desenvolvimento nacional. 
• Erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e 
regionais. 
• Promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade 
e quaisquer outras formas de discriminação. 
 
PRINCÍPIOS QUE REGEM A REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL 
NAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS – CF, 4O. 
• Independência nacional 
• Prevalência dos direitos humanos 
• Autodeterminação dos povos 
• Não intervenção 
• Igualdade entre os Estados 
• Defesa da paz 
• Solução pacífica dos conflitos 
• Repúdio ao terrorismo e ao racismo 
• Cooperação entre os povos para o progresso da humanidade 
• Concessão de asilo político 
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4 
 
FEDERAÇÃO NA CF DE 1988 
A federação brasileira é resultado do desfazimento do Estado Unitário. Houve a 
transformação de províncias e, Estados-membros desde 1891. 
A FORMA FEDERATIVA É CLÁUSULA PÉTREA! 
 
Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa 
do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição. 
Todos autônomos, nos termos da Constituição. 
Os TERRITÓRIOS FEDERAIS, que podem ser criados por Lei Complementar, não são 
entes federativos, pois integram a União. Não goza de autonomia. (CF, 18, §2º). 
UNIÃO 
Ente central da federação com AUTONOMIA em relação aos demais entes federados, 
concentrando grande volume de atribuições administrativas, legislativas e 
tributárias. 
Dupla personalidade – papel interno e internacional. 
Internamente, Pessoa Jurídica de Direito Público Interno, componente da 
Federação Brasileira e autônoma, na medida que possui capacidade de auto-
organização, autogoverno, autolegislação e autoadministração (autonomia 
financeira, administrativa e política). 
Internacionalmente, a União representa a República Federativa do Brasil. A 
SOBERANIA É DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL! 
 
ATENÇÃO: A União, pessoa jurídica de direito público interno, não se confunde 
com a República Federativa do Brasil, pessoa jurídica de direito público 
internacional formada pela união dos Estados, Distrito Federal e Municípios. Assim 
como os demais entes que compõem a federação brasileira, a União possui apenas 
autonomia, apesar de exercer as atribuições decorrentes da soberania do Estado 
brasileiro. 
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5 
 
 
CAPITAL FEDERAL 
 Art. 18, §1o. Brasília é a Capital Federal. 
Antes o DF era a capital da União. Não é cidade porque não é sede de município. 
• Capital da República 
• Sede do Governo Federal 
• Sede do Governo do DF 
Excepcionalmente pode-se transferir a SEDE DO GOVERNO FEDERAL (Art. 48, VII, 
CF), não a Capital da República. 
 
BENS DA UNIÃO 
Art. 20 da CF. 
USO COMUM – aqueles que permitem o livre acesso e a utilização de todos. 
USO ESPECIAL – destinados à utilização da Administração Pública e ao 
funcionamento do Governo federal. 
UNIÃO	(dupla	personalidade)	
No	plano	interno	é	pessoa	jurídica	de	direito	
público	interno	com	autonomia	financeira,	
administra>va	e	polí>ca,	responsável	pelo	
comando	do	governo	central.	
No	plano	internacional	a	União	representa	a	
República	Federa>va	do	Brasil,	exercendo	
soberania.	A	União,	em	si	não	é	soberana,	mas	
apenas	exercente	da	soberania.	
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DOMINICAIS (DOMINIAIS) – bens passíveis de alienação. Têm natureza jurídica 
semelhante à dos bens privados e não são afetos a uma utilidade pública, nem são 
de uso comum do povo. 
TERRAS DEVOLUTAS – São bens dominicais e somente pertencerão à União 
quando indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções 
militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental, definidas em 
lei. Do contrário pertencerão aos Estados-membros, salvo se tiverem sido 
trespassadas aos Municípios. 
 
Atenção: 
• Mar territorial – 12 milhas náuticas 
• Zona contígua – estende-se de 12 as 24 milhas náuticas 
• Zona econômica exclusiva – estende de 12 as 200 milhas náuticas (são bens 
da União apenas os recursos naturais que neles se encontrem). 
• Plataforma continental – leito ou subsolo além do mar territorial, até 200 
milhas (são bens da União apenas os recursos naturais que neles se 
encontrem). 
• Faixa de fronteira – até 150 km de largura ao longo das fronteiras 
terrestres. 
 
ESTADOS MEMBROS 
Entidades autônomas que se organizam por meio da elaboração (poder derivado 
decorrente) de Constituições estaduais e todas as suas outras leis. 
A autonomia é assegurada pela delegação constitucional de competências para 
estruturar seus Poderes, sem interferência ou subordinação federal. 
No âmbito estadual o Legislativo é UNICAMERAL (Assembleia Legislativa). 
Podem sofrer intervenção federal. 
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FORMAÇÃO DE ESTADOS MEMBROS 
CF, art. 18, § 3o. 
• Incorporar-se entre si = Fusão. 
Estado A + Estado B formam o Estado C. Surge um novo Estado e os Estados A e B 
desaparecem. 
• Subdividir-se = Cisão 
Estado A desaparece e forma novos Estados que não existiam antes da cisão. 
• Desmembrar-se. 
Desmembramento anexação = Um estado originário cede território e população 
para outro. Essa parte desmembrada se anexa a outro Estado já existente, 
ampliando seu território e população. 
Desmembramento formação = a parte desmembrada se transformará em um ou 
mais Estados, que não existiam. Exemplo: parte do Estado do Pará serviria para 
formar o Estado de Carajás e o Estado de Tapajós. 
Exigências: 
Es
ta
do
s	f
ed
er
ad
os
	
(c
ap
ac
id
ad
es
)	
Auto-organização	 se	organizam	com	suas	próprias	cons>tuições	
Autolegislação	
exercem	seus	próprios	
poderes	legisla>vos	nas	
competências	de	sua	alçada	
Autogoverno	
elegem	seus	próprios	
governantes	e	organizam	
suas	jus>ças	
Auto-administração	 organizam	suas	administraçoes	
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• Plebiscito (Princípio da Soberania Popular) com a população interessada. 
Atenção: O STF definiu que deveria ter sido consultada toda a população do 
Estado do Pará, e não somente da região a ser desmembrada. 
• Lei Complementar Federal 
 
MUNICÍPIOS 
Passaram a ostentar a condição de entes federados após a CF/88. 
Possuem também plena autonomia. 
Não possuem, como os Estados, representação no Congresso Nacional. 
ATENÇÃO – MUNICÍPIO NÃO TEM PODER JUDICIÁRIO! 
Não sofrem intervenção federal, e sim intervenção estadual, salvo os Municípios 
pertencentes aos Territórios. 
O autogoverno decorre da capacidade de elegerem a chefia do Executivo os 
integrantes do Poder Legislativo. 
A Autoadministração se dá por conduzirem e exercerem com independência suas 
tarefas legislativas, materiais e tributárias. 
Se organiza através de LEI ORGÂNICA, votada em DOIS turnos com o interstício 
mínimo de DEZ dias, aprovada por DOIS terços dos membros da CÂMARA DE 
VEREADORES (DDD). 
 
FORMAÇÃO DOS MUNICÍPIOS 
CF, art. 18, § 4o – regras para criação, incorporação, fusão e desmembramento. 
A fim de que não houvesse uma enxurrada de criação de municípios apenas com 
fins eleitoreiros a CF limitou o poder dos Estados-membros de criar Municípios. Isso 
para evitar a manipulação da fragmentação das unidades federadas. 
INTERSTÍCIO	
DE	DEZ	DIAS	
VOTADA	EM	
DOIS	
TURNOS	
MAIORIA	DE	
DOIS	TERÇOS	
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PRESSUPOSTOS OBJETIVOS: 
• LEI COMPLEMENTAR FEDERAL – fixando de maneira genérica o período 
para a criação incorporação, fusão e desmembramento, bem como o 
procedimento. ESSA LEI NÃO EXISTE ATÉ HOJE!!! 
• Estudo de viabilidade municipal 
• Plebiscito convocado pela Assembleia Legislativa – desde que positivo o 
estudo de viabilidade, com a população dos municípios envolvidos 
• Lei ordinária estadual cria. 
ATENÇÃO: ADI 2240 – LEM – INCONSTITUCIONAL e STF deu prazo de 24 meses 
para anular. A ADO 3682 reconheceu a omissão e deu prazo de 18 meses. A 
Emenda Constitucional 57, de 18.12.2008, acrescentou o art. 96 ao ADCT, 
convalidando os atos de criação dos municípios até 31.12.2006 (mais de 60 
municípios). 
 
 
ESSA LEI FOI APROVADA DIA 16 DE OUTUBRO MAS FOI VETADA PELA 
PRESIDENTE DA REPÚBLICA. 
 
DISTRITO FEDERAL 
Autonomia: 
NENHUM MUNICÍPIO PODE SER 
CRIADO, DESDE 31.12.2008 POR 
FALTA DE PROSSUPOSTO 
OBJETIVO. 
 
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• Auto-organização – CF, 32, caput. Lei Orgânica votada em dois turnos, com 
interstício mínimo de 10 dias, e aprovada por 2/3 dos membros da Câmara 
Legislativa. 
• Autogoverno – art. 32, §§ 2o e 3o – Eleição de Governador, Vice e Deputados 
Distritais. 
• Autoadministração e Auto legislação – regras de competência. 
 
CARACTERÍSTICAS IMPORTANTES 
Impossibilidade de divisão do DF em Municípios – art. 32, caput. 
Autonomia parcialmente tutelada da União 
• Art. 32, § 4o – Polícia civil, militar e corpo de bombeiros não pertencem ao 
DF, apesar de subordinadas a ele. São organizados e mantidos pela União 
• Art. 21, XIII e 22 XVII - O Poder Judiciário e o Ministério Público do DF são 
organizados e mantidos pela União. 
 
TERRITÓRIOS 
Na Constituição anterior eram entes federativos. 
O 1o foi o do ACRE criado em 1904. 
Ganhou status constitucional em 1934. 
Não existem mais territórios no Brasil. 
• Roraima e Amapá foram transformados em Estados conforme art. 14, caput 
ADCT 
• Fernando de Noronha foi extinto, sendo a área reincorporada ao Estado de 
Pernambuco. Art. 15, ADCT. 
Não é dotado de autonomia política. Mera descentralização administrativo-
territorial da União – trata-se de uma AUTARQUIA. (18, § 2O) integra a União. 
Apesar de não existirem podem vir a ser criados: 
• Lei Complementar – 18, § 2o 
• Plebiscito 
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• Modo de criação – 18, § 3o 
 
CARACTERÍSTICAS IMPORTANTES 
• Podem ser divididos em Municípios – art. 33, § 3o 
• Executivo – 84, XIV – A direção dá-se por Governador, nomeado pelo 
Presidente da República, após aprovação pelo Senado Federal 
• Legislativo – 45, § 2o. Eleição de 4 Deputados Federais – exceção ao Princípioda Proporcionalidade para a eleição de Deputados Federais. 
 
VEDAÇÕES AOS ENTES FEDERATIVOS (CF, 19) 
• Inciso I – separação entre Estado e Igreja. Veda a criação de igrejas ou cultos 
oficiais. Veda alianças e que sejam subsidiadas. Só se admitem parcerias no 
interesse público. 
• Inciso II – negar fé aos documentos públicos 
• Inciso III – criar distinções (ex.: criar vagas só para baianos) entre 
brasileiros ou preferências (Espírito Santo dar preferência a cariocas) entre 
si. 
REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS 
Como pressuposto da autonomia dos entes federativos, cada um deles possui 
competências próprias, delimitadas pela própria CF. 
Predominância de Interesse – cabe à União matérias e assuntos de interesse geral, 
aos Estados as matérias e assuntos de interesse regional e aos Municípios as 
questões de predominante interesse local. 
 
PREDOMINÂNCIA DO INTERESSE 
UNIÃO assuntos de interesse geral 
ESTADOS assuntos de interesse regional 
MUNICÍPIO assuntos de interesse local 
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Os poderes da União são enumerados nos arts. 21 e 22; os Estados ficam com os 
poderes remanescentes (art. 25, § 1o); e os Municípios ficam com os poderes 
indicados genericamente no art. 30 da CF/88. 
 
CLASSIFICAÇÃO DAS COMPETÊNCIAS 
• MATERIAL (Não legislativa) – prática de atos políticos e administrativos. 
• LEGISLATIVA – cada entidade federada elabora suas próprias leis e dispõe 
de seu próprio direito. 
• EXCLUSIVA – cabe apenas e exclusivamente a uma única entidade, sem 
possibilidade de delegação. 
• PRIVATIVA – Atribuída a uma entidade federada com exclusão de todas as 
demais, com possibilidade de delegação. 
• REMANESCENTE (NÃO ENUMERADA OU RESIDUAL) – conferida aos 
Estados-membros como sobra após enumeração das competências das demais 
entidades. 
• COMUM (Cumulativa ou paralela)– afeta concomitantemente mais de uma 
entidade, que atuam em pé de igualdade. 
• CONCORRENTE – atribuída a mais de um ente federado com atuação em 
níveis diversos. 
• SUPLEMENTAR – conferida a determinado ente para: 
- complementar as normas gerais dispostas por outro (Suplementar-
complementar) 
- suprir a ausência dessas normas gerais (suplementar-supletiva). 
 
COMPETÊNCIAS DA UNIÃO 
A. COMPETÊNCIA NÃO LEGISLATIVA (ADMINISTRATIVA/POLÍTICA) 
• COMUM (CF, 23) - Pertence a todos os entes federativos (U – E – DF – M). 
Ex.: zelar pela constituição; pelas leis; proteger o meio ambiente; combater a 
poluição, cuidar da saúde... 
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• EXCLUSIVA (CF, 21) – pertence à União e não pode ser delegada. EXCLUI 
OS OUTROS! Ex.: declarar guerra; celebrar paz; emitir moeda. 
 
 
 
B. COMPETÊNCIAS LEGISLATIVAS 
• PRIVATIVA (CF, 22) – pertence à União, mas pode ser delegada aos 
Estados, por meio de Lei Complementar. Ex.: Direito Penal; Civil; 
Empresarial; do Trabalho; trânsito e transporte. 
• CONCORRENTE (CF, 24) – a União faz a lei Geral e o Estado a lei específica. 
Ex.: Direito Tributário, Econômico; Penitenciário. Se a União não fizer a Lei 
Geral, o Estado poderá fazê-la, até que sobrevenha a Lei Federal, que 
SUSPENDERÁ a lei estadual no que for contrária. Lei Federal não revoga lei 
estadual, têm a mesma hierarquia. 
 
COMPETÊNCIAS DOS ESTADOS 
Estados são autônomos em decorrência da capacidade de auto-organização, 
autogoverno, autoadministração e autolegislação. 
• Auto-organização – art. 25, caput – criam sua própria Constituição. 
• Autogoverno – arts. 27, 28 e 125 – estruturação dos Poderes Legislativo 
(Assembléia Legislativa), Executivo (Governador de Estado) e Judiciário. 
3	
vo
ga
is	 E	 Exclusiva	
E	 Exclui	a	par>cipaçao	de	outro	ente	
I	 Indelegável	
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• Autoadministração e autolegislação – arts. 18 e 25 a 28 – regras de 
competência legislativas e não legislativas. 
 
A. COMPETÊNCIAS NÃO LEGISLATIVAS 
• COMUM (CF, 23). 
• RESIDUAL (CF, 25, §1º) – aquilo que não é da competência da União ou do 
Município. 
B. COMPETÊNCIAS LEGISLATIVAS 
• Expressa - Fazer a sua Constituição Estadual (CF, 25, caput) 
• RESIDUAL (CF, 25, §1º) 
• DELEGADA – CF, 22 - Da União. Na competência privativa da União, o 
Estado pode receber delegação. Essa delegação se dá por Lei Complementar. 
• CONCORRENTE – CF 24 - Na competência concorrente, o Estado faz a lei 
específica e a União normas gerais. 
• Suplementar – art. 24 §§ 1o ao 4o – No caso de inércia da União. 
 
COMPETÊNCIA DOS MUNICÍPIOS 
A. NÃO LEGISLATIVA 
• COMUM (CF, 23) 
• ENUMERADAS (art. 30, inciso III e seguintes). Ex.: criar/cobrar os 
tributos municipais; aplicar essas receitas; prestar, diretamente ou sob 
regime de concessão/permissão serviços públicos locais (transporte público, 
coleta de lixo); serviços funerários... 
B. LEGISLATIVA 
• EXPRESSA - Elaborar a Lei Orgânica Municipal (CF, 29, caput) – aprovada 
pela Câmara de Vereadores por 2/3 de seus membros em dois turnos, com 
interstício mínimo de 10 dias. 
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• INTERESSE LOCAL - Legislar sobre assunto de interesse local (CF, 30, I). – 
Ex.: horário de funcionamento do comércio (horário de funcionamento das 
agências bancárias, para fins de atendimento ao público, não é tema de 
competenc; 
• SUPLEMENTAR - CF, 30, II – suplementar a lei federal e estadual no que 
couber (interesse local). 
Municípios somente possuem a capacidade legislativa suplementar-
complementar, estando desprovido da capacidade suplementar–supletiva. 
Ou seja, a atuação deles depende da elaboração de norma federal/estadual 
precedente, não podendo agir (com capacidade suplementar-supletiva) ante 
a inércia dos outros dois entes. 
• Plano diretor (CF, 182) – visa regular a ocupação do solo urbano com o 
passar dos anos. Obrigatório nos municípios com mais de 20 mil habitantes. 
 
DISTRITO FEDERAL 
Pessoa Jurídica de Direito Público Interno. 
Autonomia: 
• Auto-organização – CF, 32, caput. Lei Orgânica votada em dois turnos, com 
interstício mínimo de 10 dias, e aprovada por 2/3 dos membros da Câmara 
Legislativa. 
• Autogoverno – art. 32, §§ 2o e 3o – Eleição de Governador, Vice e Deputados 
Distritais. 
• Autoadministração e Auto legislação – regras de competência. 
a. CARACTERÍSTICAS IMPORTANTES 
Impossibilidade de divisão do DF em Municípios – art. 32, caput. 
Autonomia parcialmente tutelada da União 
• Art. 32, § 4o – Polícia civil, militar e corpo de bombeiros não pertencem 
ao DF, apesar de subordinadas a ele. São organizados e mantidos pela 
União 
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16 
• Art. 21, XIII e 22 XVII - O Poder Judiciário e o Ministério Público do DF 
são organizados e mantidos pela União. 
COMPETÊNCIAS DO DISTRITO FEDERAL 
COMPETÊNCIAS NÃO LEGISLATIVAS 
COMUM – Art. 23 
COMPETÊNCIAS LEGISLATIVAS 
Art. 32, § 1o – competências dos Estados e dos Municípios. 
• EXPRESSA– art. 32, caput – Lei Orgânica 
• RESIDUAL – Art. 25, § 1o 
• DELEGADA – art. 22, parágrafo único. Mediante Lei Complementar 
• CONCORRENTE – Art. 24. 
• SUPLEMENTAR – Art. 24, §§ 1o a 4o 
• INTERESSE LOCAL – 30, I, cc 32, § 1o. 
 
TERRITÓRIOS 
O 1o foi o do ACRE criado em 1904. 
Ganhou status constitucional em 1934. 
Não existem mais territórios no Brasil. 
• Roraima e Amapá foram transformados em Estados conforme art. 14, caput 
ADCT. 
• Fernando de Noronha foi extinto, sendo a área reincorporada ao Estado de 
Pernambuco. Art. 15, ADCT. 
Não é dotado de autonomia política. Mera descentralização administrativo-
territorial da União – trata-se de uma AUTARQUIA. (18, § 2O) integra a União. 
Apesar de não existirem podem vir a ser criados: 
• Lei Complementar – 18, § 2o 
• Plebiscito. 
• Modo de criação – 18, § 3o 
CARACTERÍSTICAS IMPORTANTES 
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• Podem ser divididos em Municípios – art. 33, § 3o 
• Executivo – 84, XIV – A direção dá-se por Governador, nomeado pelo 
Presidente da República, após aprovação pelo Senado Federal 
• Legislativo – 45, § 2o. Eleição de 4 Deputados Federais – exceção ao Princípio 
da Proporcionalidade para a eleição de Deputados Federais. 
 
DESCOMPLICANDO A COMPETÊNCIA DOS ENTES FEDERADOS1 
• Art. 21 – Compete à União:! 
- Leia-se: compete, exclusivamente, à União. 
- Trata-se de competência administrativa. 
- Total de 25 incisos. 
• Art. 22 – Compete privativamente à União legislar sobre:! 
- Pelo parágrafo único, Lei complementar poderá autorizar os Estados (e o DF 
na competência estadual) a legislar sobre questões específicas das matérias 
relacionadas neste artigo. 
- Trata-se de competência legislativa. 
- Total de 29 incisos 
PALAVRAS-CHAVES RELACIONADAS À COMPETÊNCIA DA UNIÃO (exclusiva 
administrativa e privativa legislativa). 
- 54 incisos sintetizados em 10 palavras-chaves e expressões correlatas: 
i. ESTRANGEIRO: internacional, fronteira... ! 
ii. GUERRA: paz, defesa nacional, material bélico... ! 
iii. FEDERAL: plano nacional, sistema nacional, intervenção federal, estado de 
sítio e de !defesa... ! 
iv. MOEDA: câmbio, reservas cambiais, operações financeiras, crédito, 
capitalização, !poupança... ! 
v. POSTAL: serviço postal, correio aéreo nacional... ! 
vi. “ÃO” DE UNIÃO: autorização, concessão, permissão, telecomunicação, 
radiodifusão, !instalação, navegação... ! 
vii. TRANSPORTE: aeroportuário, aquaviário, rodoviário, ferroviário... ! 
viii. ENERGIA: elétrica, hidráulica, nuclear, minérios, metalurgia... ! 
ix. IBGE: estatística, geografia, geologia, cartografia ! 
 
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x. DISTRITO FEDERAL: organizar e manter judiciário, MP, DP, polícia, 
bombeiro... ! 
CUIDADOS: 
- Art. 21: 
XVIII (calamidades públicas, secas e inundações) – vem de inundaçÃO, que tem ÃO 
de UniÃO. 
XX (transportes) – tem inciso parecido na competência comum (inciso IX do art. 
23), e o diferencial é a expressão transporte (expressão no 7). 
XXIV (inspeção no trabalho) – inspeçÃO tem ÃO de UniÃO. 
XXV (garimpagem)*.! 
* Lendo a palavra GARIMPAGEM ao contrário, tem-se: 
MEGA = que lembra mega sena, que lembra loteria federal (expressão no 1), que 
lembra União. ! 
MP = que lembra o MP do DF (expressão no 10) que lembra União (esta passagem 
não precisa ler ao contrário) ! 
IRAG = que lembra IRAQUE, que lembra guerra (expressão no 2) ! 
Isso se você não lembrar a possibilidade de garimpagem de minérios (expressão no 
8) 
 !- Art. 22:! 
I - Você pode utilizar: ! 
(civil, trabalho, 4 ‘al’ = comercial, eleitoral, penal e processual, e 4 “locais” [terra, 
água, ar, espaço] = agrário, marítimo, aeronáutico e espacial). ! 
Ou, se preferir, pode se valer deste processo mnemônico de memorização, que é 
muito mais prático: CAPACETE de PM. Vejamos: ! 
C – civil, A – agrário, P – penal, A – aeronáutico, C – comercial, E – eleitoral, T – 
trabalho, E – espacial, P – processual, M – marítimo. ! 
XXIII (segUridade social – U de União) – na expressão previdência social, matéria 
concorrente (art. 24, XII), não tem U, de União. 
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!XXV (REgistros PÚBLICos) – formação da palavra República, que remete à União.! 
XXIX (propaganda comercial) – você lembra que passa na televisÃO, que tem ÃO de 
UniÃO. ! 
• Art. 23 – É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e 
dos Municípios: 
- Parágrafo único. Leis complementares fixarão normas para a cooperação 
entre a União e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista 
o equilíbrio do desenvolvimento e do bem estar em âmbito nacional. 
- Trata-se de competência administrativa. 
- Total de 12 incisos. 
• Art. 24 – Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal (não falou dos 
municípios) legislar concorrentemente sobre: 
- § 1o No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á 
a estabelecer normas gerais. 
- § 2o A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a 
competência suplementar dos Estados. 
- § 3o Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a 
competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades. 
- § 4o A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia 
de lei estadual, no que lhe for contrário. 
- Trata-se de competência legislativa. 
- Total de 16 incisos 
PALAVRAS-CHAVES RELACIONADAS À COMPETÊNCIA DOS ENTES 
FEDERADOS - não só da União (comum administrativa e concorrente legislativa). 
- 28 incisos sintetizados em 10 palavras-chaves e expressões correlatas: 
i. PATRIMÔNIO PÚBLICO: valores históricos, artísticos, paisagísticos e 
arqueológicos... ! 
ii. SAÚDE ! 
iii. ASSISTÊNCIA: das pessoas com deficiência, assistência jurídica e Defensoria 
Pública, !proteção à infância e à juventude... ! 
iv. CULTURA: obras de arte e bens de valor histórico, artístico ou cultural... ! 
v. AMBIENTE: proteger o meio ambiente e combater a poluição... ! 
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vi. ALIMENTAÇÃO: produção agropecuária e abastecimento alimentar, 
produção e !consumo... ! 
vii. MORADIA: construção de moradias, melhorias na habitação e no 
saneamento básico... ! 
viii. REGIONALISTA: uso da expressão em seus territórios... ! 
ix. SEGURANÇA NO TRÂNSITO: políticas de educação para segurança do 
trânsito... ! 
x. JUIZADOS: criação, funcionamento e processo do juizado de pequenas 
causas ! 
CUIDADOS: 
- Art. 23: 
IX (não fala de transporte). 
XI (fala em seus territórios). 
XII (estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito). 
- Art. 24: 
I (por exclusão). 
II (todos os entes têm orçamento). 
V (lembra de alimentação). 
XI (procedimento é diferente de processo). 
XII (previdência social não tem U de União, como tem segUridade, que é gênero do 
qual previdência é espécie). 
XVI (polícias civis). 
 
PRA FIXARCOMPETÊNCIA LEGISLATIVA: 
 
PRIVATIVA DA UNIÃO CONCORRENTE ENTRE UNIÃO, 
ESTADOS-MEMBROS E DF 
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Seguridade social Previdência social 
Diretrizes e bases da educação 
nacional 
Educação, cultura, ensino e 
desporto 
Direito processual Procedimentos em matéria 
processual 
Direito comercial Juntas comerciais 
Penal Penitenciário 
 
INTERVENÇÃO 
 
 
A REGRA É NÃO INTERVENÇÃO!!! O art. 18, caput, da CF/88 estabelece que a 
organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende 
a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos – ou seja, 
como regra geral, nenhum ente federativo deverá intervir em qualquer outro. 
Excepcionalmente, no entanto, a CF prevê situações (de anormalidade) em que 
poderá haver a intervenção: 
ESPÉCIES	DE	INTERVENÇÃO	
FEDERAL	
Realizada	pela	Uniao	nos	
Estados-membros,	no	
Distrito	Federal	ou	nos	
Municípios	localizados	em	
Territórios	Federais	
ESTADUAL	
Realizada	pelos	Estados-
membros	nos	Municípios	
localizados	em	seu	
território	
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22 
INTERVENÇÃO DAUNIÃO - Da União nos Estados, Distrito Federal (hipóteses do 
art. 34) e nos Municípios localizados em Território Federal (hipótese do art. 35); 
Estados em seus Municípios (art. 35). 
Intervenção Federal: 
Espontânea discricionária – de ofício (ex.: cessar grave comprometimento da ordem 
pública) 
Provocada discricionária – solicitada (ex.: solicitado pelo Poder Executivo ou 
Legislativo dos Estados) 
Provocada vinculada – requisição ou provimento (provocação do Poder Judiciário 
ou PGR). 
DA INTERVENÇÃO DOS ESTADOS EM MUNICÍPIOS -Os Estados não intervirão 
em seus municípios, salvo nos casos relacionados no art. 35 da CF (ex.: não 
prestação de contas ou não aplicação do mínimo exigido da receita municipal na 
manutenção e desenvolvimento do ensino). É decretada pelo Governador. 
 
ORGANIZAÇÃO DOS PODERES 
O nome ideal seria separação das FUNÇÕES, afinal o poder do Estado é uno, 
entretanto, o art. 60, §4º, III fala em “separação dos poderes”. 
A finalidade é evitar a concentração do poder na mão de uma só pessoa. 
Veio em resposta às monarquias absolutistas. 
Aristóteles já havia tratado do tema, mas foi Montesquieu, na obra “O ESPÍRITO 
DAS LEIS” que idealizou a TRIPARTIÇÃO de poderes. 
No Brasil imperial adotou-se a quatripartição de poderes, idealizada por Benjamin 
Constant (Suíço). 
SEPARAÇÃO DOS PODERES É UM DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA 
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL. 
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS: 
• FUNDAMENTOS 
• SEPARAÇÃO DOS PODERES 
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• OBJETIVOS 
• PRINCÍPIOS QUE REGEM AS RELAÇÕES INTERNACIONAIS 
É CLÁUSULA PÉTREA. 
a. CARACTERÍSTICAS (CF, 2º) 
A. INDEPENDÊNCIA = Um poder não pode ser subordinado ao outro. 
B. HARMONIA = devem ter convivência harmônica. 
C. INDELEGABILIDADE – via de regra, um poder não pode delegar sua função 
ao outro. Exceção: Lei Delegada. (Cf, 68) 
Cada poder exerce uma função principal (função típica), bem como exerce as outras 
funções de forma atípica: 
b. PODER EXECUTIVO 
FUNÇÃO TÍPICA FUNÇÃO ATÍPICA 
Administrar 
Legislar – Ex.: quando elabora uma Medida 
Provisória 
Julgar – Ex.: processos administrativos 
c. JUDICIÁRIO 
FUNÇÃO TÍPICA FUNÇÃO ATÍPICA 
Julgar 
Legislar – Ex.: quando elabora Regimentos 
Internos dos Tribunais 
Administrar – Ex.: quando concede férias, 
licenças. 
d. PODER LEGISLATIVO 
FUNÇÃO TÍPICA FUNÇÃO ATÍPICA 
Legislar 
Fiscalizar (CF, 70 e ss) 
Administrar – Ex.: quando concede férias, 
licenças. 
Julgar – Ex.: Senado julga o Presidente nos 
crimes de responsabilidade. 
Fiscalização contábil, financeiro, orçamentária, patrimonial e operacional da União: 
A) sistema de controle interno de cada poder 
B) controle externo realizado pelo poder legislativo: 
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• UNIÃO – Congresso Nacional auxiliado pelo TCU – Tribunal de Contas 
da União. Lembrar que o TCU integra o poder legislativo. 
• ESTADOS – Assembleia Legislativa auxiliada pelo TCE. 
• MUNICÍPIOS – Câmara dos Vereadores auxiliada pelo TCE ou pelo TCM, 
onde houver. Aqueles que antes de 1988 já tinham TCM. 
EXISTE NA CF UM SISTEMA DE CONTROLES RECÍPROCOS ENTRE OS TRÊS 
PODERES – sistema de freios e contrapesos. 
Trata-se de interferências recíprocas. 
LEGISLATIVO interfere no EXECUTIVO quando rejeita uma MP. 
O EXECUTIVO interfere no JUDICIÁRIO quando nomeia Ministros do STF. 
O JUDICIÁRIO interfere no LEGISLATIVO quando julga uma ADI. 
 
 
PODER LEGISLATIVO 
 
Presente em todos os entes da Federação. 
 
MUNICÍPIO Câmara dos Vereadores 
ESTADO Assembleia Legislativa 
DF Câmara Legislativa 
UNIÃO Congresso Nacional 
 
Via de regra UNICAMERAL. Exceção para a UNIÃO, que é BICAMERAL = Câmara 
dos Deputados e Senado. 
CÂMARA SENADO 
513 Deputados 81 Senadores 
Representa o povo Representa os Estados e o DF 
Cada Estado tem um número diferente, Cada Estado tem o mesmo número de 
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de acordo com o número de habitantes, 
fixados por Lei Complementar 
Senadores 
Mínimo de 8 3 senadores 
Máximo de 70 
Mandato de 4 anos Mandatos de 8 anos 
Sistema eleitoral proporcional Sistema eleitoral majoritário com 
maioria simples 
 
A. SISTEMA ELEITORAL 
a. MAJORITÁRIO 
• COM MAIORIA ABSOLUTA – para ser eleito, é necessário ter mais da đ dos 
votos válidos. Ex.: Presidente; Governador; Prefeito de cidades com mais de 200 
mil eleitores. 
• COM MAIORIA SIMPLES – basta ter mais votos que os demais candidatos. Ex.: 
Senadores, Prefeitos dos Municípios com menos de 200 mil eleitores. 
b. PROPORCIONAL – Não importa apenas a quantidade de votos no candidato, mas 
também na coligação partidária da qual faz parte. Ex.: todos os membros do 
legislativo, exceto o Senador. 
ATENÇÃO – TERRITÓRIO FEDERAL – elege 4 deputados federais (CF, 45, §2º) 
e não elege senadores. 
 
B. TIPOS DE SESSÃO LEGISLATIVA (CF, 57) 
ATENÇÃO: LEGISLATURA ≠ SESSÃO LEGISLATIVA ≠ PERÍODO LEGISLATIVO 
Legislatura – período de 4 anos 
Sessão Legislativa – ano legislativo 
Período Legislativo – semestre legislativo 
 
a. SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA – CF, 57, CAPUT 
De 2 de fevereiro a 17 de julho, e, de 1 de agosto a 22 de dezembro. 
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26 
b. SESSÃO LEGISLATIVA EXTRAORDINÁRIA – CF, 57, §§ 6º a 8º 
Convocação do Congresso Nacional no período do recesso feita pelo presidente do 
Senado, em regra. Presidente da República e da Câmara podem convocar, ou a 
requerimento da maioria dos membros de ambas as casas, em caso de urgência ou 
interesse público, em todas as hipóteses com a aprovaçãoda maioria absoluta de 
cada uma das casas. 
Casos: decretação de intervenção federal, decretação de estado de defesa e pedido 
de autorização para decretação de estado de sitio. 
O Congresso Nacional votará apenas a matéria para que foi convocado. Salvo as 
Medidas Provisórias que podem entrar na pauta. 
O Congresso Nacional não receberá a mais por essa convocação. Em 2005 houve 
uma convocação extraordinária e o Congresso Nacional não votou nada e naquela 
época eles recebiam. Pressão popular que resultou na redução do recesso e no não 
recebimento. – EC 50/2006. 
c. SESSÃO LEGISLATIVA CONJUNTA (CF, 57, §3º) – as duas casas votarão 
conjuntamente. 
SESSÃO CONJUNTA SESSÃO UNICAMERAL 
CF, 57, §3º Não existe mais – ADCT, 3º - Votação na 
revisão Constitucional 
Os votos dos Deputados e Senadores são 
computados separadamente 
Os votos dos Deputados e Senadores são 
computados conjuntamente. 
 
HIPÓTESES: 
• Inaugurar a Sessão Legislativa. 
• Elaborar o regimento comum do Congresso Nacional 
• Receber o compromisso do Presidente e Vice-Presidente (quando da posse) 
• Apreciar veto presidencial. O Congresso Nacional pode rejeitar o veto no 
prazo de 30 dias, pelo voto secreto da maioria absoluta. 
d. SESSÃO LEGISLATIVA PREPARATÓRIA – CF, 57, §4º) 
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27 
Ocorre no 1º dia de fevereiro do 1º ano da legislatura. Ocorre a posse dos novos 
parlamentares e eleição das Mesas, vedada a recondução para o mesmo cargo na 
eleição subsequente. A vedação só vale dentro da própria legislatura. 
 
MESAS 
SENADO – 
eleitos 
CÂMARA - eleitos CONGRESSO NACIONAL – não eleitos 
Presidente Idem Presidente = Presidente do Senado 
1º Vice-
Presidente 
Idem 1º Vice = 1º Vice da Câmara 
2º Vice-
Presidente 
Idem 2º Vice = 2º Vice do Senado 
... ... ... 
 
C. COMISSÕES (CF, 58) 
PERMANENTES (EX.: CCJ) OU TEMPORÁRIAS (EX.: CPI) 
COMPOSIÇÃO – proporcional aos partidos políticos naquela casa (CF, 58, §1º) 
 
• COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA – CCJ - Tem função principal de 
verificar a constitucionalidade dos Projetos de Lei. 
• COMISSÃO MISTA (CF, 62, §9º) – Composta de Deputados e Senadores. 
Tem função e emitir parecer prévio sobre Medida Provisória. 
• COMISSÃO REPRESENTATIVA (CF, 58, §4º) – composta por Deputados e 
Senadores. Eleita na última Sessão Legislativa para representar o Congresso 
Nacional no período de recesso. 
• COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO – CPI (CP, 58, §3º) – pode ser 
criada em qualquer casa legislativa, inclusive CPI conjunta (Câmara e 
Senado). Depende de 1/3 de assinaturas para se instalar. O STF admite a 
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28 
instalação de CPI com número menor de assinaturas, graças ao Direito das 
Minorias. 
Investiga fato certo (específico, determinado), mas pode investigar fatos 
novos decorrentes da investigação. 
Tem prazo determinado de duração que pode ser prorrogado de acordo com o 
regimento interno de cada casa. 
Poder: poderes instrutórios de Juiz = as mesmas provas que um Juiz pode 
produzir a CPI pode: REQUISITAR DOCUMENTOS; DETERMINAR A 
CONDUÇÃO COERCITIVA DE TESTEMUNHAS FALTOSAS; DECRETAR 
QUEBRA DE SIGILO BANCÁRIO E FISCAL; DECRETAR QUEBRA DE SIGILO 
TELEFÔNICO (obtenção dos REGISTROS telefônicos ≠ INTERCEPTAÇÃO 
telefônica); DECRETAR PRISÃO EM FLAGRANTE (qualquer pessoa pode 
prender em flagrante) – ex.: Pita respondeu para Senador Antero Paes de 
Barros, quando perguntado: é verdade que o Sr. se apropriou de dinheiro 
público, respondeu: é verdade que o senhor bate na sua esposa? Foi preso por 
desacato. NÃO PODE: decretar outras prisões (temporária, preventiva); 
decretar interceptação telefônica – só juiz (CF, 5º, XII); decretar a busca 
domiciliar (CF, 5º, XI). 
CPI ESTADUAL – para o STF tem os mesmos poderes da CPI Federal – 
princípio da Simetria Constitucional. 
 
D. IMUNIDADE PARLAMENTAR (CF, 53) – é um conjunto de garantias 
destinadas a assegurar o livre exercício da função parlamentar. Indispensável 
ao exercício da democracia. Não fere o Princípio da igualdade, pois se trata de 
PRERROGATIVA (diz respeito à função por ele exercida) e não um PRIVILÉGIO 
(diz respeito à pessoa). 
 
IMUNIDADES 
ABSOLUTA RELATIVA 
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29 
Material Formal 
Palavras, votos, opiniões dos 
Deputados/Senadores 
Prisão e Processo 
 
• IMUNIDADE MATERIAL – Deputados, Senadores e Vereadores são imunes 
por suas palavras, votos e opiniões. Os Vereadores só são imunes na 
circunscrição (município). Nenhum vereador tem imunidade relativa. 
Trata-se de irresponsabilidade penal (nunca praticam crime contra a honra – 
calúnia, difamação e injúria) e civil (não pagam indenização). 
OBS.: honra objetiva = o que pensam de você. Honra subjetiva = o que você 
pensa de si mesmo. Calúnia e difamação violam a honra objetiva. Difamação 
viola a honra subjetiva (consuma quando chega ao conhecimento da 
vítima). 
As palavras devem ser proferidas no exercício da função. Não importa o local 
(salvo os vereadores), mesmo que concedendo entrevistas, por exemplo. 
O PARLAMENTAR LICENCIADO NÃO MANTÉM A IMUNIDADE PARLAMENTAR, 
JÁ QUE SEMPRE DIZ RESPEITO À FUNÇÃO. 
• IMUNIDADE FORMAL 
Deputados e Senadores são processados e julgados pelo STF desde a expedição do 
diploma (diplomação = ato pelo qual, em solenidade previamente marcada, os 
tribunais eleitorais entregam os títulos que dão os candidatos como eleitos). 
Prisão = Deputados e Senadores não serão presos, salvo se o crime praticado for em 
flagrante delito e inafiançável, mas, se ele for preso, a sua respectiva casa será 
informada no prazo de 24 hs, que irá decidir se mantém o parlamentar preso, em 
decisão de maioria absoluta de seus membros. 
 
Processo = o fato do Deputado/ Senador ser preso ou não, não exclui o processo 
CRIMINAL. Recebida a denúncia por crime ocorrido APÓS A DIPLOMAÇÃO, o STF 
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30 
(prerrogativa de foro) deve dar ciência à casa legislativa para decidir se o processo 
prossegue ou não. Pode haver suspensão do processo até o término do mandato. 
 
E. PERDA DE MANDATO 
Art. 55 da CF – seis hipóteses de perda! 
Há distinção de CASSAÇÃO e de EXTINÇÃO! 
Cassação – violação das proibições estabelecidas no art. 54 da CF, falta de decoro 
parlamentar e condenação criminal transitada em julgado – a perda do mandato 
dependerá da deliberação da maioria absoluta da respectiva casa legislativa. 
Extinção – deixar de comparecer injustificadamente a 1/3 das sessões ordinárias 
em cada sessão legislativa, perder ou tiver suspensos os direitos políticos e por 
decisão da Justiça Eleitoral – independe de votação, devendo ser decretada pela 
Mesa respectiva. 
EM AMBAS AS HIPÓTESES ASSEGURADA A AMPLA DEFESA. 
QUEBRA DE DECORO? Abuso das prerrogativas parlamentares ou percepção de 
vantagens indevidas. 
 
F. PROCESSO LEGISLATIVO - CF, 59 A 69 
Elaboração de: 
- Emendas à Constituição 
- Leis Complementares 
- Leis Ordinárias 
- Leis Delegadas 
- Medidas Provisórias 
- Decretos Legislativos 
- Resoluções 
Havendo irregularidade nos atos de criação opera-sea inconstitucionalidade 
formal. 
E.1. EMENDA CONSTITUCIONAL 
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31 
PROPOSTA (CF, 60, I, II, III) – rol taxativo 
• 1/3 de deputados/senadores 
• Presidente da República 
• Mais da đ das Assembleias Legislativa pela maioria simples de seus 
membros. 
VOTAÇÃO 
• 3/5 dos membros do Congresso Nacional 
• 2 casas 
• 2 turnos 
NUNCA HAVERÁ SANÇÃO OU VETO PRESIDENCIAL. Fruto do Poder 
Constituinte Derivado Reformador. 
PROMULGAÇÃO – mesas da Câmara e Senado. NÃO É MESA DO CONGRESSO 
NACIONAL. 
CIRCUNSTÂNCIAS IMPEDITIVAS DA EMENDA CONSTITUCIONAL 
• Estado de Sítio 
• Estado de Defesa 
• Intervenção Federal 
Se a PEC for rejeitada poderá ser apresentada na próxima Sessão Legislativa. 
 
E2. LEI ORDINÁRIA 
PROJETO 
REGRA: INICIATIVA CONCORRENTE do Congresso (1 Deputado/Senador, 
Comissão, Mesa), Presidente da República, Povo (qualquer cidadão). 
Iniciativa popular: 
- Lei Federal (CF, 61, §2º): 1% do eleitorado nacional + 5 Estados + 0,3% dos 
eleitores desses Estados 
- Lei Estadual – a CF é omissa, a Constituição Estadual dirá. 
- Lei Municipal (CF, 29, XII) – 5% do eleitorado municipal 
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• INICIATIVA PRIVATIVA DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA (CF, 61, 
§1º) – Ex.: fixa ou modifica o efetivo das forças armadas; Projeto que 
aumente a remuneração dos servidores da administração pública. 
• INICIATIVA DO MINISTÉRIO PÚBLICO – quando versar sobre 
organização do Ministério Público. MPU – a iniciativa é concorrente com o 
Presidente da República. 
• INICIATIVA PRIVATIVA DO JUDICIÁRIO – quando versar sobre a 
organização do poder judiciário. 
 
DELIBERAÇÃO: em cada uma das casas em um turno. No Congresso Nacional 
haverá a Casa Iniciadora e a Casa Revisora. 
INICIATIVA CASA INICIADORA 
Deputado Câmara 
Senador Senado 
Povo Câmara 
Presidente Câmara 
MP Câmara 
Poder Judiciário Câmara 
 
CONCLUSÃO: SENADO NORMALMENTE É CASA REVISORA! 
CASA 
INICIADORA 
CASA REVISORA CONSEQUENCIA 
Rejeitado Só pode ser apresentado novamente na 
próxima sessão legislativa, salvo 
deliberação da maioria absoluta. 
Aprovado Rejeitado IDEM 
Aprovado Aprovado É encaminhado ao Presidente da 
República. 
Aprovado Emendado Volta para a casa iniciadora para 
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apreciação das emendas. 
 
OBS.: Emendas podem ser: aditivas, supressivas, aglutinativas, substitutivas, de 
redação. No caso de Emenda, prevalece a vontade da casa iniciadora se as emendas 
não forem acatadas. 
SANÇÃO E VETO PRESIDENCIAL 
SANÇÃO = Concorda no prazo de 15 dias. Se silenciar, sanção tácita. 
VETO = Discorda no prazo de 15 dias. Motivos: Inconstitucionalidade (veto 
Jurídico) ou contrário ao interesse público (veto político). 
Características do veto: 
• Expresso 
• Motivado 
• Supressivo – não se pode acrescentar texto por meio de veto 
• Total ou parcial – atenção - não se pode vetar parte de artigo, alínea, inciso ou 
parágrafo. 
• Superável ou relativo – o congresso nacional pode rejeitar o veto Presidencial 
no prazo de 30 dias, em sessão conjunta e pelo voto secreto de maioria 
absoluta. 
PROMULGAÇÃO – atestado de existência de uma lei. Responsável é o Presidente da 
República no prazo de 48 horas da sanção ou da comunicação da rejeição do veto. Se 
não o fizer? Presidente do Senado. Se não o fizer? Vice-Presidente do Senado. 
PUBLICAÇÃO – Diário Oficial. A vigência depende, em regra 45 dias após a 
publicação (Vacacio Legis) 
ATENÇÃO – não existe prazo para deliberação, salvo para processo legislativo 
sumário (processo com prazo – projeto de iniciativa do Presidente da República 
desde que esse peça urgência). É o Regime de Urgência Constitucional: 
CASA INICIADORA 
(CÂMARA) 
CASA REVISORA (SENADO) EMENDAS 
45 DIAS 45 DIAS 10 DIAS 
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Se o prazo for desrespeitado tranca a pauta da casa onde estiver tramitando. 
Trancar a pauta quer dizer que paralisam-se todas as votações, exceto as Medidas 
Provisórias Pendentes. 
 
E.3. LEI COMPLEMENTAR – é a lei que se destina a complementar a Constituição, 
nas hipóteses expressamente previstas (ex.: CF, 59, Parágrafo Único; CF, 93). 
Quando a CF se refere a Lei, se refere a Lei Ordinária (CF, 5º, XII e XIII). 
LEI COMPLEMENTAR LEI ORDINÁRIA 
Quorum e aprovação é maioria absoluta Quórum de aprovação é maioria simples 
ou relativa 
Matéria reservada na CF Qualquer matéria 
Quorum de instalação da sessão é 
maioria absoluta 
Quórum de instalação da sessão é 
maioria absoluta 
Lei Complementar que verse sobre 
assunto que não lhe era reservado será 
constitucional, mas, segundo o STF será 
materialmente uma Lei Ordinária. Pode 
ser revogada/alterada por Lei Ordinária. 
Lei Ordinária que verse sobre assunto 
reservado a Lei Complementar será 
formalmente inconstitucional. 
 
E.4. LEI DELEGADA – o Congresso Nacional delega para o Presidente da República 
a possibilidade de uma Lei sobre assunto específico. 
O Presidente da República solicita delegação e o Congresso Nacional através de 
Resolução do Congresso nacional determina o tema e o tempo de duração. A 
delegação não pode ultrapassar a legislatura (4 anos). 
Se o Presidente extrapola a delegação o Congresso Nacional PODERÁ sustar a Lei 
Delegada. CF, 49, V. 
TIPOS DE DELEGAÇÃO: 
• TÍPICA/PRÓPRIA – a Lei Delegada não volta para o Congresso Nacional. O 
próprio Presidente promulga e publica. 
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• ATÍPICA/IMPRÓPRIA – a Lei Delegada volta para apreciação do Congresso 
Nacional. Quem determina é a Resolução do Congresso Nacional. O Congresso 
pode aprovar ou rejeitar a Lei Delegada, sem fazer emendas. Ou aprova ou 
rejeita (CF, 68) 
MATÉRIAS QUE NÃO PODEM SER OBJETO DE DELEGAÇÃO (CF, 68, §1º): 
• Matéria de competência exclusiva do Congresso Nacional 
• Matéria de competência privativa da câmara ou do Senado 
• Matéria reservada a Lei Complementar 
• Organização do Poder Judiciário ou MP 
• Nacionalidade, cidadania, direitos individuais e políticos. 
• Matéria orçamentária. 
 
E.5. MEDIDA PROVISÓRIA – MP – ato com força de lei, feito pelo chefe do poder 
executivo (Presidente, Governador, Prefeito) e com duração determinada. 
Por só ter força de lei, esbarra na Reserva Legal. Ex.: não pode MP criar crime. 
O Presidente encaminha a MP ao Congresso Nacional. 1º vota na Câmara e depois 
no Senado. 
Opções: 
• Aprovar: converte em lei 
• Rejeitar: perda da eficácia 
• Não votar a MP no prazo de 60 dias, prorrogável por mais 60. Rejeição tácita 
e conseqüente perda de eficácia. 
• Fazer Projeto de Lei de conversão – é remetido ao Presidente para sanção ou 
veto. Enquanto isso vigerá a MP. 
Requisitos para edição de MP: relevância e urgência. Segundo o STF o Poder 
Judiciário poderá em casos extremos apreciar os requisitos de relevância e 
urgência. 
A MP produz efeitos desde a sua publicação.GUIA DE ESTUDOS – DIREITO CONSTITUCIONAL 2 
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Se o Congresso Nacional não votar a MP nos primeiros 45 dias, tranca a pauta 
(paralisam-se as votações da casa onde estiver) – CF, 62. Para o STF o trancamento 
não é absoluto, ficando paralisados apenas os projetos de lei que poderiam ser 
editados por MP. Não ficam paralisados: PEC, Projetos de Lei Complementar, 
Matéria Penal, etc. 
 A PERDA DE EFICÁCIA, na rejeição, se dá de forma ex tunc, em regra. Para que 
isso ocorra o Congresso Nacional deve editar um Decreto Legislativo no prazo de 60 
dias para disciplinar os atos já gerados pela MP. Se esse Decreto não for feito, a 
rejeição da MP produzirá efeitos ex nunc. 
MATÉRIAS QUE NÃO PODEM SER EDITADAS POR MP (CF, 62): 
• Direito penal, processual penal, processo civil 
• Nacionalidade, cidadania, direitos políticos 
• Matéria reservada a Lei Complementar 
• Que vise retenção de ativos financeiros 
• Matéria já aprovada pelo Congresso Nacional e pendente de sanção ou veto 
• Etc 
E.6. DECRETO LEGISLATIVO E RESOLUÇÃO 
DECRETO LEGISLATIVO RESOLUÇÃO 
Ato destinado a disciplinar a 
competência exclusiva do Congresso 
Nacional (CF, 49) 
Ato destinado a disciplinar a 
competência privativa da Câmara dos 
Deputados (CF, 51) ou do Senado (CF, 
52) 
Não há sanção ou veto presidencial Não há sanção ou veto presidencial 
Quorum de aprovação - maioria 
simples/relativa 
Ex.: Regimento Interno 
 
 
 
 
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PODER EXECUTIVO 
1. PODER EXECUTIVO 
Poder Executivo é independente e autônomo e tem como função primordial 
administrar a coisa pública, por meio de atos de chefia de Estado, chefia de Governo 
e da administração. 
No cenário internacional o Poder Executivo é órgão que desempenha a Chefia do 
Estado representando a Soberania do Estado. 
Enquanto órgão que desempenha a Chefia de Governo, orienta a vida política 
interna nacional, em permanente atividade voltada à efetivação das políticas 
públicas. 
Enquanto Chefia da Administração, o Poder presta serviços úteis à população. 
De forma atípica o Chefe do Executivo realiza funções legislativas ao vetar ou 
sancionar uma lei, ao iniciar um Projeto de Lei, nas hipóteses de sua competência, 
e, ainda, ao editar medidas provisórias e leis delegadas. Além de atipicamente 
realizar atribuições de natureza jurisdicional quando há um dissídio 
administrativo. 
 
 
 
Poder executivo: 
PODER	EXECUTIVO	
FUNÇÃO	TÍPICA	
Administrar	a	coisa	pública,	
exercer	a	chefia	de	estado,	
de	governo	e	da	
Administração	Pública	
FUNÇÃO	ATÍPICA	
NATUREZA	LEGISLATIVA:	
editar	Medidas	Provisórias	
e	Leis	Delegadas	
NATUREZA	JURISDICIONAL:	
dirimir	contencioso	
administra>vo	
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• Âmbito federal – Presidente da República – CF, art. 76, que se vale do auxílio 
dos Ministros de Estado. Precisa ser brasileiro nato e mais de 35 anos. Os 
Ministros são nomeados pelo Presidente da República e têm que ter mais de 
21 anos e estar no gozo dos direitos políticos. Ministro da Defesa tem que ser 
brasileiro nato; 
• Âmbito estadual – Governador de estado – CF, art. 28. Brasileiro com no 
mínimo 30 anos. Auxiliado pelos Secretários de Estado. No Distrito Federal – 
Governador, auxiliado pelos secretários distritais. 
• Âmbito municipal – Prefeito – CF, art. 29, I. Brasileiro com no mínimo 21 
anos. Auxiliado por secretários municipais. 
 
2. SISTEMAS DE GOVERNO 
Sistema de governo indica o modo como se desenvolve a relação entre os poderes 
dentro de um Estado, especialmente entre o Legislativo e o Executivo. Não se 
confunde com Forma de Governo, que informa a relação entre os governantes e os 
governados. 
2.1. PRESIDENCIALISMO E PARLAMENTARISMO 
• Presidencialismo – completa independência política entre Executivo e 
Legislativo. As funções executivas estão todas concentradas no próprio Poder 
Executivo. 
• Parlamentarismo – os poderes se articulam com relativa independência e 
parcela da função executiva é deslocada para o Poder Legislativo. 
2.1.1. DIFERENÇAS MARCANTES: 
a. Consolida a separação efetiva dos Poderes – marco histórico é a 
Constituição de 1787 dos EUA. 
b. No presidencialismo a chefia é UNA (monocrática ou unipessoal). O 
Presidente congrega todas as funções Executivas (chefia de Estado, de 
Governo e da Administração). No Parlamentarismo a chefia é DUAL, 
onde o Chefe de Estado e o Chefe de Governo são pessoas distintas. 
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Trata-se de um sistema típico das monarquias onde o Chefe de Estado é 
o Monarca e o de Governo é um Ministro, que exerce em conjunto com 
um Conselho de Ministros que compõem seu gabinete. Fica claro que a 
chefia de Governo se desloca para o Legislativo. 
c. O Presidente, no Presidencialismo, não precisa de apoio da maioria 
parlamentar para se eleger. No Parlamentarismo essa ligação é 
indispensável, já que o Primeiro Ministro e o restante do gabinete é 
nomeado pelo Parlamento. Alias, eles só se mantêm nos cargos se o 
Parlamento der respaldo. 
d. Os mandatos no Presidencialismo têm prazo determinado. No 
parlamentarismo o Primeiro Ministro ocupa o cargo enquanto tiver 
o apoio do Parlamento. ATENÇÃO: tanto o Parlamento pode 
destituir o Gabinete quanto pode ser dissolvido por este. 
e. A eleição para Presidente normalmente é direta, o que confere ao 
eleito mais legitimidade. A eleição indireta do Primeiro Ministro 
constrói uma relação harmoniosa entre os poderes Executivo e 
Legislativo. Outra vantagem é a possibilidade de substituição 
simplificada do Governo em caso de eventuais crises políticas. 
ATENÇÃO: Países como Colômbia, Finlândia, França, Polônia e Portugal praticam 
uma espécie de SEMIPRESIDENCIALISMO (SEMIPARLAMENTARISMO). 
DESDE A CONSTITUIÇÃO REPUBLICANA DE 1891 QUE O BRASIL ADOTA O 
PRESIDENCIALISMO. O ÚNICO INTERVALO, ONDE ADOTOU-SE O 
PARLAMENTARISMO FOI ENTRE SETEMBRO DE 1961 E JANEIRO DE 1963, 
PERÍODO POSTERIOR À RENÚNCIA DE JÂNIO QUADROS E RESISTÊNCIA À POSSE 
DE JANGO POR SETORES CONSERVADORES DA SOCIEDADE. 
A CF 88 adota o Presidencialismo como sistema de governo, salientando que NÃO 
CONSTITUI CLÁUSULA PÉTREA. Essa escolha pelo Presidencialismo foi 
ratificada pelo POVO em abril de 1993, por plebiscito previsto no art. 2o da ADCT. 
 
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3. PRESIDENTE 
No Brasil o Poder Executivo é UNIPESSOAL (monocrático), exercido unicamente 
pelo Presidente da República, que é auxiliado pelos Ministros de Estado, que podem 
ser nomeados e exonerados livremente pelo Presidente. 
 
3.1. ELEIÇÃO E MANDATO 
3.1.1. REQUISITOS: 
• nacionalidade originária – brasileiro nato 
• possuir alistamento eleitoral 
• pleno exercício dos direitos políticos 
• filiado a partido político 
• idade mínima de 35 ano, a ser comprovada na data da posse 
• não estar sujeito a nenhuma causa de inelegibilidade 
 
3.1.2. ELEIÇÃO: 
A eleição do Presidentee do Vice-presidente é realizada no 1º domingo de outubro, 
em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em segundo turno, se houver, 
do último ano do mandato presidencial vigente. 
Mandato de 4 anos, admitida uma reeleição para um único período subsequente. 
Antes era de 5 anos!!! Mudou em 1995 por Emenda Revisional. 
 
3.1.3. SISTEMAS ELEITORAIS: 
• Proporcional – utilizada para o preenchimento de cargos no Poder 
Legislativo, exceto SENADORES. Leva em consideração o QUOCIENTE 
ELEITORAL E PARTIDÁRIO. 
QUOCIENTE ELEITORAL = NO DE VOTOS VÁLIDOS/NO DE CADEIRAS A 
PREENCHER. 
O partido deve alcançar, ao menos uma vez o quociente eleitoral para eleger 
algum candidato. 
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QUOCIENTE PARTIDÁRIO = NO DE VOTOS QUE CADA PARTIDO OU 
COLIGAÇÃO TEVE/QUOCIENTE ELEITORAL 
Corresponde ao número de vagas que cada partido ou coligação possuirá na 
Casa Legislativa. Se o partido ou coligação obteve um número total de votos 
que corresponda a 4 vezes o quociente eleitoral, terá conquistado 4 vagas, 
que serão ocupadas, sucessivamente, pelos 4 candidatos mais votados do 
partido ou coligação. 
Majoritário absoluto para Presidente da República, Governadores e Prefeitos 
dos municípios com mais de 200 mil eleitores. Considera eleito o candidato 
que obtiver maioria absoluta dos votos válidos, em primeiro ou segundo 
turno. 
• Majoritário – vence o candidato que obtiver maioria de votos. 
ü Majoritário Simples – será eleito o candidato que tiver a maioria de 
votos, pouco importando a diferença de votos dele para o segundo 
colocado. É utilizado para eleições de Prefeitos nos municípios com até 
200 mil eleitores e também para SENADORES. 
ü Majoritário absoluto – é eleito o candidato que obtiver a maioria absoluta 
dos votos válidos, descontados os votos em branco e nulos. Se nenhum 
candidato alcançar, em primeiro turno, realizar-se-á um segundo turno 
com os dois candidatos mais votados. Utilizado para preenchimento dos 
cargos de Presidente e Vice Presidente da República, Governador e Vice, 
Prefeito e Vice de Municípios que tenham mais e 200 mil eleitores. 
ATENÇÃO: Se durante o 2º turno um dos candidatos deixar a disputa 
por morte, desistência ou impedimento legal, chama-se o 3º colocado. 
 
4. POSSE: 
A posse se dá no dia 1º de janeiro do ano seguinte à eleição em sessão no Congresso 
Nacional. Passados 10 dias sem a posse o cargo é declarado vago, salvo se houver 
motivo de força maior. 
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5. IMPOSSIBILIDADE DE EXERCER O CARGO 
5.1. AFASTAMENTOS TEMPORÁRIOS (IMPEDIMENTOS) 
A ausência não se dá de forma definitiva, mas, de forma transitória. Ex.: Viagens, 
doença, férias, suspensão das funções em decorrência de processo judicial. 
 
5.2. VACÂNCIA 
Afastamento definitivo. 
Ex.: Morte, renúncia ou perda do cargo. 
 
5.3. LINHA DE SUBSTITUIÇÃO PRESIDENCIAL 
Art. 80, CF: 
LINHA DE SUBSTITUIÇÃO PRESIDENCIAL 
PRESIDENTE 
VICE-PRESIDENTE Pode ser definitiva, ficando até o final do mandato. 
PRESIDENTE DA CÂMARA Temporária 
PRESIDENTE DO SENADO Temporária 
MINISTRO PRESIDENTE DO 
STF 
Temporária 
 
5.4. MANDATO TAMPÃO 
• Ocorrendo a vacância definitiva dos cargos de Presidente e Vice nos dois 
primeiros anos de mandato – novas eleições diretas deverão ser feitas dentro 
do prazo de 90 dias; 
• Ocorrendo vacância definitiva dos dois cargos nos dois últimos anos – O 
Congresso Nacional escolhe o Presidente de forma indireta, por meio de 
eleição entre seus membros no prazo de 30 dias. 
ADI 2.709 – norma estadual que suprima a eleição no caso de vacância dos cargos 
de governador e vice é inconstitucional. 
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Ação direta de inconstitucionalidade. 2. Emenda Constitucional nº 28, que alterou o § 2º 
do art. 79 da Constituição do Estado de Sergipe, estabelecendo que, no caso de vacância 
dos cargos de Governador e Vice-Governador do Estado, no último ano do período 
governamental, serão sucessivamente chamados o Presidente da Assembléia Legislativa e 
o Presidente do Tribunal de Justiça, para exercer o cargo de Governador. 3. A norma 
impugnada suprimiu a eleição indireta para Governador e Vice-Governador do Estado, 
realizada pela Assembléia Legislativa em caso de dupla vacância desses cargos no último 
biênio do período de governo. 4. Afronta aos parâmetros constitucionais que determinam 
o preenchimento desses cargos mediante eleição. 5. Ação julgada procedente. 
(STF - ADI: 2709 SE , Relator: GILMAR MENDES, Data de Julgamento: 01/08/2006, 
Tribunal Pleno, Data de Publicação: DJe-088 DIVULG 15-05-2008 PUBLIC 16-05-2008 
EMENT VOL-02319-02 PP-00260) 
ATENÇÃO – Presidente e Vice não podem se ausentar do país por período superior a 
15 dias, salvo se tiverem autorização do Congresso Nacional, sob pena de perderem 
o cargo – equivale a renúncia. 
Primeiros dois anos Últimos dois anos 
Se Presidente e Vice deixam o cargo Se Presidente e Vice deixam o cargo 
Novas eleições diretas no prazo de 90 
dias 
Eleições indiretas no Congresso 
Nacional em 30 dias. 
APENAS CONCLUI O MANDATO DO ANTECESSOR = MANDATO TAMPÃO 
 
ATENÇÃO - LINHA DE SUBSTITUIÇÃO: 
ü GOVERNADORES: 
§ NOS ESTADOS: Vice, Presidente da Assembleia Legislativa, 
Presidente do Tribunal de Justiça do Estado. 
§ NO DISTRITO FEDERAL: Vice, Presidente da Câmara Legislativa, 
Presidente do Tribunal de Justiça do Distrito Federal. 
ü PREFEITO: Vice e Presidente da Câmara dos Vereadores. 
 
6. ATRIBUIÇÕS DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA 
• CHEFE DE ESTADO 
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• CHEFE DE GOVERNO 
• CHEFE DA ADMINISTRAÇÃO FEDERAL 
 
ATRIBUIÇÕES 
Rol não taxativo em CF, 84 – 27 incisos. 
VIA DE REGRA ATRIBUIÇÕES INDELEGÁVEIS! 
EXCEÇÕES (CF, 84, parágrafo único): 
3 atribuições delegáveis para Ministros, Procurador Geral da República e 
Advogado Geral da União: 
PRESIDENTE	DA	
REPÚBLICA	
CHEFE	DE	ESTADO	
Convocar	 e	 presidir	 o	 conselho	
de	Defesa	Nacional;		
Nomear	Ministros	 do	 STF	 e	 dos	
Tribunais	Superiores;	
Nomear	 1/3	 dos	 membros	 do	
TCU;		
Nomear	 magistrados:	 TRF,	 TRT,	
TRE,	órgãos	de	outro	Poder;		
Declarar	 guerra,	 no	 caso	 de	
agressão	estrangeira;	
Celebrar	a	paz;		
Confer i r	 condecorações	 e	
dis>nções	honoríficas;	
Permi>r	 que	 forças	 estrangeiras	
t rans i tem	 pe lo	 te r r i tó r io	
nacional	 ou	 nele	 permaneçam	
temporariamente	
CHEFE	DE	GOVERNO	
Nomear	e	exonerar	Ministros	de	
Estado;	
Iniciar	 o	 processo	 legisla>vo,	 na	
forma	 e	 nos	 casos	 previstos	 na	
Cons>tuição;	
Sancionar,	 promulgar	 e	 fazer	
publicar	 as	 leis,	 bem	 como	
expedir	decretos	e	regulamentos	
para	a	sua	fiel	execução;	
Vetar	 projetos	 de	 lei,	 total	 ou	
parcialmente;	
Decretar	 	o	estado	de	defesa	e	o	
estado	de	sí>o;	
D e c r e t a r 	 e 	 e x e c u t a r 	 a	
intervenção	federal;	
Remeter	 mensagem	 e	 plano	 de	
governo	 ao	 Congresso	 por	
ocasião	 da	 abertura	 da	 sessão	
legisla>va;	
Conceder	 indulto	 e	 comutar	
penas.	
CHEFE	DA	ADMINISTRAÇÃO	
FEDERAL	
Exercer ,	 com	 aux í l io	 dos	
Ministros	 de	 Estado,	 adireção	
superior	 da	 administração	
federal;	
Dispor,	mediante	decreto,	sobre:	
a)	 organização	 e	 funcionamento	
da	 administração	 federal ,	
quando	não	implicar	aumento	de	
despesa	nem	criação	ou	ex>nção	
de	 órgãos	 públicos,	 b)	 ex>nção	
de	 funções	 ou	 cargos	 públicos,	
quando	vagos;	
Nomear	 o	 Advogado-Geral	 da	
União;	
P r e s t a r ,	 a nua lmen te ,	 a o	
Congresso,	 as	 contas	 referentes	
ao	exercício	anterior;	
Prover	 e	 ex>nguir	 os	 gargos	
públicos	 federais,	 na	 forma	 da	
lei.	
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45 
• CF, 84, VI – fazer decreto sobre a administração federal, sem aumentar 
despesas e sem criar ou extinguir órgãos públicos, e, extinguir cargos 
públicos, quando vagos 
• CF, 84, XII – conceder indulto e comutar penas. 
• CF, 84, XXV, 1ª parte – dar provimento (fazer ocupar) aos cargos públicos. 
a) REGULAMENTAR NORMAS - Mediante decreto. 
b) RELACIONAR-SE COM ESTADOS ESTRANGEIROS, ATUANDO NO 
ÂMBITO INTERNACIONAL 
c) NOMEAR AUTORIDADES PARA OCUPAREM CARGOS 
• Nomear e exonerar Ministros de Estado; 
• Nomear, após aprovação do Senado Federal, os Ministros do STF e dos 
Tribunais Superiores, os Governadores de Territórios, o Procurador-Geral da 
República, presidente e diretores do Banco Central; 
• Nomear os Comandantes da Marinha, Exército e Aeronáutica, promover seus 
oficiais-generais e nomeá-los para os cargos que lhe são privativos; 
• Nomear Ministros do Tribunal de Contas da união; 
• Nomear Magistrados, nos casos previstos na Constituição e o Advogado-Geral 
da União; 
• Nomear membros do Conselho da República. 
 
d) ATUAÇÕES NO PROCESSO DE FORMAÇÃO DAS LEIS (PROCESSO 
LEGISLATIVO) - Inicia projetos de lei e de emendas constitucionais, nos 
casos previstos na CF. Poder de veto ou de sanção de projeto de lei. O veto 
pode ser político (razões de interesse público) ou jurídico (caso de 
inconstitucionalidade). Edição de Medidas Provisórias e Leis Delegadas. 
 
e) ATUAÇÕES NOS “ESTADOS DE EXCEÇÃO” 
• Decretar estado de defesa e estado de sítio; 
• Decretar e executar intervenção federal; 
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46 
• Declarar guerra, em caso de agressão estrangeira, autorizado pelo Congresso 
Nacional ou referendado por ele, quando ocorrida no intervalo das sessões 
legislativas; 
• Decretar total ou parcialmente, a mobilização nacional. 
 
f) DIREÇÃO SUPERIOR DA ADMINISTRAÇÃO FEDERAL - Auxiliado pelos 
Ministros. 
g) COMANDAR AS FORÇAS ARMADAS 
h) CONVOCAR E PRESIDIR CONSELHOS – Conselho da República e Conselho 
de Defesa Nacional 
i) CELEBRAR A PAZ – autorizado pelo Congresso Nacional. 
 
7. CONSELHO DA REPÚBLICA E CONSELHO DE DEFESA NACIONAL 
• São órgãos superiores de CONSULTA do Presidente para assuntos de 
acentuada relevância nacional 
• São convocados e presididos pelo Presidente (CF, 84) 
• Seus pareceres não são vinculativos – meramente opinativos 
• Composição: Conselho da República (CF,89) e Conselho de Defesa (CF, 91). 
Chama atenção o fato de não haver ninguém do Judiciário. 
CONSELHO DE DEFESA CONSELHO DA REPÚBLICA 
Vice- Presidente Vice-Presidente 
Presidente da CD Presidente da CD 
Presidente do Senado Presidente do Senado 
Ministro da Justiça Ministro da Justiça 
 Líderes da maioria e da minoria na CD 
 Líderes da maioria e da minoria no 
Senado 
 Seis cidadãos brasileiros natos 
Ministro da Defesa 
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PER	ARDUA	SURGO	
 
47 
Comandantes da Marinha, Exército e 
Aeronáutica 
 
Ministro das Relações Exteriores 
Ministro do Planejamento 
 
• CONSELHO DE DEFESA NACIONAL – trata de assuntos relativos a 
soberania nacional e de defesa do estado democrático. Opina sobre declaração 
de guerra e celebração da paz. 
• CONSELHO DA REPÚBLICA – se pronuncia sobre questões internas, como a 
intervenção federal, o estado de defesa e o estado de sítio. 
 
8. IMUNIDADES DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA 
NÃO POSSUI IMUNIDADE MATERIAL!!! Quanto a palavras e opiniões – 
prerrogativas dos membros do Poder Legislativo. 
Só prerrogativas FORMAIS! 
8.1. EM RELAÇÃO À PRISÃO – O presidente não está submetido a nenhuma 
modalidade de prisão processual (flagrante, preventiva, provisória). Só pode 
ser preso em razão de sentença penal condenatória prolatada pelo STF. 
Lembrar que Deputado e Senador só em caso de flagrante em crime 
inafiançável. FOI CONCEDIDA AO PRESIDENTE DA REPÚBLICA NA 
QUALIDADE DE CHEFE DE ESTADO, SENDO INAPLICÁVEL PARA OS 
GOVERNADORES E PREFEITOS. 
8.2. EM RELAÇÃO AO PROCESSO - Autorização da CÂMARA DOS DEPUTADOS 
por 2/3 de seus membros, para que o Presidente seja processado por crime 
comum ou de responsabilidade – estende-se ao Governadores (autorização de 
2/3 da Assembleia Legislativa. NÃO SE APLICA A PREFEITOS. 
8.3. CLÁUSULA DE IRRESPONSABILIDADE PENAL RELATIVA – o 
Presidente só pode ser responsabilizado, durante a vigência do mandato, 
pela prática de atos que estejam ligados ao exercício das funções. Não 
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PER	ARDUA	SURGO	
 
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havendo conexão entre o crime praticado e a atividade presidencial, ou se o 
crime foi praticado antes do início do mandato, a responsabilização somente 
ocorrerá após o encerramento do mandato (Perante a Justiça Comum). 
INAPLICÁVEL PARA GOVERNADORES E PREFEITOS. 
 
9. RESPONSABILIDADE DO PRESIDENTE 
Praticado CRIME COMUM – na acepção Penal, incluindo os crimes eleitorais, será 
julgado pelo STF (CF, 102, I, b). 
Praticado CRIME DE RESPONSABILIDADE – será julgado pelo SENADO Federal, 
presidido pelo Presidente do STF. 
CRIME DE RESPONSABILIDADE = INFRAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA 
PRATICADA PELO PRESIDENTE (CF, 85) – quando atentar contra a CF/88 ou 
contra o art. 85 da CF. 
• Infrações Políticas (at. 85, I a IV, CF) – condutas que implicam atentado 
contra a existência da União, contra o livre exercício do Poder Legislativo, do 
Poder Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes Constitucionais das 
unidades da federação, contra os direitos políticos, individuais e sociais e 
contra a segurança interna do país. 
• Crimes funcionais (art. 85, V a VII, CF) – atos que atentem contra a probidade 
na administração, a lei orçamentária e o cumprimento das leis e das decisões 
judiciais. 
 
9.1. JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE REALIZADO PELA CÂMARA FEDERAL 
Para ser julgado, em ambos os casos, necessário um JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE 
DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, que somente pode autorizar por votação de 2/3 de 
seus membros. 
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PER	ARDUA	SURGO	
 
49 
 
 
ATENÇÃO: a votação do parecer é ABERTA!O juízo de admissibilidade é político e 
não jurídico. 
 
9.2. SISTEMA BIFÁSICO – tanto para crimes comuns quanto para de 
responsabilidade. 
• 1ª fase – Autorização da Câmara dos Deputados pelo voto de 2/3 dos 
membros; 
RESPONSABILIDADE	DO	
PRESIDENTE	
DENÚNCIA	à	CD	
Comissão	Especial	DA	CD	
AVALIA	E	ELABORA	
PARECER	
AUTORIZAÇÃO	DA	CD	POR	
2/3	DOS	MEMBROS	PARA	
INSTAURAÇÃO

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