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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA CENTRO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA CURSO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL COMPONENTE CURRICULAR: TRATAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS PROFESSOR: VALDERI DUARTE LEITE ALUNA: ISABELLA VIEIRA SANTOS PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS PARA O MUNICÍPIO DE BOQUEIRÃO-PB CAMPINA GRANDE - PB 2016 2 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos – Boqueirão/ PB SUMÁRIO 1.0 INTRODUÇÃO.................................................................................................................03 2.0 FUNDAMENTOS BÁSICOS DO MUNICÍPIO ................................................................05 3.0 IMPORTÂNCIA DO PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS PARA BOQUEIRÃO .............................................................................................09 4.0 SITUAÇÃO DOS SISTEMA DE COLETA SELETIVA DE BOQUEIRÃO........................10 5.0 OBJETIVO .......................................................................................................................12 6.0 GESTÃO E GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS .......................................12 7.0 ESTIMATIVA POPULACIONAL .....................................................................................14 7.1.1Taxa de crescimento anual...................................................................15 7.1.2 População do projeto..............................................................................15 8.0 DIMENSIONAMENTO DA FROTA DE VEÍCULOS PARA COLETA DE RSU................16 9.0 USINAS DE TRIAGEM E COMPOSTAGEM DE RESÍDUOS SÓLIDOS DOMICILIARES.................................................................................................................18 9.1.1 Dimensionamento do pátio de compostagem.....................................................19 10.0 DIMENSIONAMENTO DO ATERRO EM VALAS .....................................................22 11.0 GALPÃO PARA TRIAGEM DOS RESÍDUOS............................................................28 12.0 ÁREA TOTAL DO SISTEMA DE TRATAMENTO DOS RESÍDUOS.........................30 13.0 RESÍDUOS DE SERVIÇO DE SAÚDE.......................................................................31 14.0 RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL......................................................................32 15.0 REFERÊNCIAS..........................................................................................................33 3 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos – Boqueirão/ PB 1.0 INTRODUÇÃO O crescimento populacional desenfreado, unido com o desenvolvimento industrial e econômico das cidades, faz com que o planejamento urbano seja uma das principais necessidades em curto prazo, sobretudo no que se refere ao meio ambiente. Aliado a esse cenário, a Política Nacional de Resíduos Sólidos, instituída pela Lei 12.305 de 02 de agosto de 2010, que dispõe sobre seus princípios, objetivos e instrumentos, bem como sobre as diretrizes relativas à gestão integrada e ao gerenciamento de resíduos sólidos (incluídos os perigosos), às responsabilidades dos geradores e do poder público e aos instrumentos econômicos aplicáveis, proíbe a criação de lixões, nos quais os resíduos são lançados a céu aberto. Os resíduos sólidos ocuparam por muito tempo uma posição secundária no debate sobre saneamento quando comparados às iniciativas no campo da água e esgotamento sanitário. Na década de 1970, o Plano Nacional de Saneamento, denominado PLANASA, enfatizou a ampliação dos serviços de abastecimento de água e de coleta de esgoto em detrimento de investimentos em resíduos sólidos. Em meados da década de 1980, porém, o agravamento dos problemas socioambientais, decorrentes da destinação inadequada de resíduos sólidos, estimulou a integração desta temática nos debates sobre saneamento no país. Um dos marcos foi a criação do PROSANEAR, em 1985, privilegiando uma visão integrada do saneamento e tendo como objetivo financiar ações conjuntas em relação à água, ao esgoto, à drenagem urbana e aos resíduos sólidos. Tratava-se de um avanço significativo, uma vez que os resíduos sólidos passavam a ser incluídos pela primeira vez em uma linha de financiamento A valorização da questão dos resíduos sólidos contribuiu para que, nos anos 90, o conceito de saneamento se ampliasse, passando a ser denominado saneamento ambiental. O crescimento da geração de resíduos sólidos urbanos em uma taxa superior ao crescimento populacional faz com que, nos grandes centros urbanos, milhares de toneladas de resíduos sejam despejadas diariamente nos lixões ou em aterros sanitários, encurtando sua vida útil. Para minimizar este problema, uma das alternativas é a implantação de um Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos 4 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos – Boqueirão/ PB Sólidos, o qual aponta à administração integrada dos resíduos por meio de um conjunto de ações normativas, operacionais, financeiras e de planejamento. O PMGIRS leva em consideração aspectos referentes à geração, segregação, acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte, tratamento e disposição final dos resíduos, priorizando atender requisitos ambientais e de saúde pública, alicerçados num programa de abordagem sistêmica, que contemplem ações que possibilitem a sua efetiva implementação no contexto da realidade do Município. Além da administração integrada dos resíduos, o PMGIRS tem como base a redução, reutilização e reciclagem dos resíduos gerados no município. A continuidade das políticas ambientais, aliada a necessidade da universalização dos serviços de saneamento básico, fomentou a implementação do plano municipal de resíduos sólidos. Visando a manutenção dessa referência positiva, o planejamento aparece como peça fundamental para implantação de medidas necessárias à sustentabilidade. Assim, considerando este cenário, surge a necessidade de se iniciar o processo de elaboração do projeto de uma política municipal de resíduos sólidos, a partir da qual poderão ser definidas diretrizes e normas visando à prevenção da poluição para proteção e recuperação da qualidade do meio ambiente e da saúde pública, através da gestão democrática e sustentável dos resíduos sólidos no município. A Política Municipal de Resíduos Sólidos, a ser formulada, deverá ter como finalidade o desenvolvimento das atividades voltadas para o manejo adequado de resíduos em todo município de modo a promover ações de coleta, transporte, reciclagem dos resíduos gerados; disposição final; gerenciamento integrado de resíduos sólidos; gerenciamento do monitoramento ambiental; economia dos recursos naturais; comunicação e informação dos resultados, visando preservar, controlar e recuperar o meio ambiente natural e construído do município para a qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar, condições ao desenvolvimento socioeconômico, aos interesses municipais e à proteção da dignidade da vida humana. Nesse contexto, o presente projeto tem por finalidade elaborar o Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos do município de Boqueirão, município este que é de extrema importância, principalmente no que se refere ao aspecto 5 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos – Boqueirão/ PB geográfico, salientando o açude Epitácio Pessoa, que tem capacidade de 543 milhões de metros cúbicos de água, que abastece Campina Grande e mais 18 cidades. 2.0 FUNDAMENTOS BÁSICOS DO MUNICÍPIO Boqueirão, conhecido como “Cidade daságuas” é um município brasileiro localizado na Região Metropolitana de Campina Grande, estado da Paraíba. Na classificação das micro-regiões, esta cidade encontra-se na micro-região dos cariris velhos, limitando-se por Cabaceiras a 22 Km, Barra de São Miguel a 26 Km, Taquaretinga do Norte a 35 Km, já em Pernambuco, Umbuzeiros a 38 Km, Campina Grande a 38 Km e Aroeiras a 64 Km. O seu comércio é normalmente feito em Campina Grande, entretanto, a maioria de seus produtos, que são exportados, vão para essa cidade, devido a sua demanda precisar destes produtos, que atendem muito bem àqueles que necessitam. Boqueirão cobre uma área de 424,646 km², numa colocação de 3º maior Município do Estado, em extensão territorial na Paraíba. Em termos de clima, verifica- se o quente e seco, com máxima de 37º e mínima de 16º. O mês de março é o começo do inverno, que termina em julho de cada ano. Isto impulsionando uma economia de subsistência, no cultivo de uma agricultura rasteira e até uma atividade de pesca, que é a salvação daqueles que não tem condições de sobrevivência em outros lugares. Figura 1.1- Localização de Boqueirão 6 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos – Boqueirão/ PB No aspecto demográfico, constata-se que, em 1960, a população do município era de 19.600 habitantes, com uma densidade demográfica de 15,99 hab/km². Para o ano de 1970 a densidade demográfica era de 20.92 hab/km². Do total da população 12.903 eram do sexo masculino e 13.404 do sexo feminino. Entretanto, na zona rural, viviam em 1970, 21.721 habitantes. Já em 1980 a população municipal era de 30.624 habitantes, sendo 14.874 do sexo masculino e 15.874 do sexo feminino. A densidade demográfica era de 24,36 hab/km². No total da população houve um crescimento apreciável no seu contingente, em todo o território municipal. Atualmente, cobre uma área de 425 Km2, com uma população de 16.889 habitantes, sendo 12008 (71%) moradores da zona urbana e 4881 (29%) moradores da zona rural, segundo dados do IBGE/2010. Figura 1.2 -Vista parcial de Boqueirão-PB Em se falando de seu aspecto geográfico, salienta-se o açude Epitácio Pessoa, com capacidade de 543 milhões de metros cúbicos de água, abastecendo a cidade de Campina Grande e mais 18 cidades. Destacam-se também, os açudes de Santo Antonio e Bodocongó. Quanto a riachos, existem o Santo Antonio da Cruz, o Relva, o Irapuã, a Ramada e o Bom Jesus. Em termos de acidentes geográficos, as serras de Caturité com 900 metros de altitude, a Cornoió com 800 metros, Bonita e Inácio Pereira, pertencentes ao conjunto da serra da Borborema. Quanto a recursos naturais, ainda que em pouca escala, existem a vegetação e a mineração. Como se pode notar, a vegetação está montada em pouca madeira de lei e, na mineração, a pedra calcária. Cabe assinalar que, no reino animal, o mais conhecido é o tatu. A população, em sua maioria, vive da agricultura, da pesca e pobre comércio varejista. No campo são produzidos tomates, milhos, algodão e sisal, além da principal fonte de renda, oriunda da pecuária. Na indústria existem no 7 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos – Boqueirão/ PB município 5 fábricas de laticínios e 20 de redes artesanais, todas pequenas, com poucos empregados e com alto risco de falência. Inegavelmente, Boqueirão exerce uma importância fundamental na economia do Estado da Paraíba, tendo em vista que o açude Epitácio Pessoa acumula uma quantidade de água que beneficia uma vasta produção de produtos básicos como o tomate, o milho, o feijão, etc. Além do mais, o reservatório de água de Boqueirão exerce função especial na economia da circunvizinhança, como é o caso de Campina Grande, onde a economia campinense utiliza as águas do Epitácio Pessoa para suprir a atividade econômica industrial e, até mesmo, agrícola para se desenvolver. Figura 1.3 – Açude Epitácio Pessoa No que se refere a educação, De Acordo com os dados do IBGE, em 2006, o município de Boqueirão apresentava um total de 276 docentes distribuídos da seguinte forma: 193 docentes do ensino fundamental; 59 docentes do ensino médio; 22 de escolas públicas estaduais; 37 municipais; 24 docentes do ensino pré-escolar. Estes dados não denotam "fidedignamente" a realidade do município no tocante ao número de docentes. O número é, hoje (em 2016), bem maior, considerando-se o aumento de jovens professores recém saídos das universidades e já inseridos no ensino público municipal e estadual, mediante contrato temporário. A figura 2 a seguir mostra a evolução dos índices de analfabetismo em Boqueirão, a figura 3 se refere a evolução da % de população com menos de 5 anos de estudo e a figura 4 a alfabetização em Boqueirão total e por gênero, segundo dados do IBGE. 8 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos – Boqueirão/ PB Figura 2: Evolução dos índices de analfabetismo em boqueirão Figura 3: Evolução da % de população com menos de 5 anos de estudo Figura 4:Alfabetização em Boqueirão total e por gênero Segundo um plano diretor participativo de boqueirão do ano de 2012, no município não existe sistema de esgotamento sanitário, cerca de 20% das residências possuem as fossas negras, e as restantes lançam a céu aberto nos córregos ou canais existentes no municio. Toda contribuição de esgoto doméstico vai para o Rio Paraíba de forma bruta. É importante ressaltar que existem muitas “Fabricas de fundo de garagem” que geram efluentes químicos no processo de fabricação de tecidos, aumentando assim os impactos sobre os recursos hídricos presente. Além disso, o município não possui sistema de microdrenagem e macrodrenagem. 9 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos – Boqueirão/ PB Um dos grandes problemas identificados em Boqueirão é o acumulo de uma vasta quantidade de sedimentos e resíduos sólidos nos canais, ocasionando diversos problemas para a população local. 3.0 IMPORTÂNCIA DO PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS PARA BOQUEIRÃO O açude Epitácio Pessoa, está com apenas 8,67% de sua capacidade total, segundo os dados da Agência Executiva de Gestão de Águas da Paraíba (Aesa). O índice é o pior registrado desde que o açude foi fundado e teve sua primeira sangria. O manancial abastece Campina Grande e outras 18 cidades que, por causa do baixo nível de água, estão em racionamento desde dezembro de 2014. Sem previsão para chuvas e recargas, o açude vive uma contagem regressiva para entrar no volume morto. Devido esta crise fica evidente a necessidade de se utilizar de forma racional a água do açude Epitácio Pessoa, para que o mesmo possa suprir as principais necessidades da população que é abastecida por ele. Mas também é necessário se preservar a qualidade desta água. A importância que vem sendo dada aos resíduos sólidos é consequência dos aspectos ligados à veiculação de doenças e, portanto, à saúde pública; a contaminação de cursos d'água e lençóis freáticos. A questão de resíduos sólidos urbanos apresenta situações multifacetárias e,portanto, temos assistido muitas discussões no tocante ao problema. A irregular descarga de resíduos ao céu aberto, sem as necessárias medidas de proteção, causa grande desconforto e acarreta inúmeros malefícios á saúde dos moradores da região, em consequência do mau cheiro e da proliferação de roedores, mocas, baratas entre outros vetores. O impacto causado por determinados resíduos podem trazer consequências irreversíveis ao meio ambiente. Na questão do resíduo doméstico, por exemplo,tem-se o problema de pilhas de rádio, que são comumente colocadas dentro de casos plásticos. As pilhas contem mercúrio, substancia que representa um dos mais sérios e graves problemas de contaminação do homem e do meio ambiente. Ao ser depositado de forma inadequada (em lixões por exemplo), o mercúrio contamina a terra e a agua (lixiviação para o lençol 10 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos – Boqueirão/ PB freático); diminuindo a qualidade desta água e entrando com facilidade na cadeia alimentar, o que representa um perigo com potencial para o homem, já que ele se alimenta dos peixes ou aves das áreas próximas aos lixões. A ação toxica do mercúrio afeta o sistema nervoso central, provocando lesões no córtex e na capa granular do cérebro. São observadas alterações em órgãos do sistema cardiovascular, urogenital e endócrino. Em casos de intoxicação severas, os danos são irreparáveis. Além disso, o deposito de resíduos pode estar situado numa área de preservação permanente, as margens do córrego. Estando em uma área de preservação permanente o córrego não está sujeito apenas a poluição hídrica, mas também a erosão, que ocasiona o assoreamento do rio, acabando por provocar a degradação ambiental da área. Visto a importância Logo, fica evidente a importância de implementar o plano de gerenciamento integrado de resíduos sólidos para boqueirão, para que traga condições melhores sociais e ambientais para a população local, além de se preservar a qualidade e quantidade do açude Epitácio Pessoa. 4.0 SITUAÇÃO DOS SISTEMA DE COLETA SELETIVA DE BOQUEIRÃO Segundo o plano diretor participativo de boqueirão do ano de 2012: A coleta dos resíduos sólidos são feitas em transportes inadequados O número de lixeiras urbanas são insuficientes; Falta de EPI para os trabalhadores; O destino final dos resíduos é um lixão, localizado a 4km da sede municipal Não existe fiscalizações e a área do lixão não é protegida Resíduo hospitalar lançado juntamente com os outros resíduos Existem iniciativas de coleta seletiva, porém sem nenhum apoio ou incentivo por parte da Prefeitura 11 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos – Boqueirão/ PB Um estudo feito por CORDEIRO, T. M. mostrou o percentual da quantidade de pessoas que fazem coleta seletiva em Boqueirão, conforme podem-se observar na Figura 5 onde é apresentando uma fração da população amostrada da cidade de Boqueirão que informou fazer ou não coleta seletiva do lixo em suas casas. Observa- se (Figura 5) que mais de 2/3 dos entrevistados não fazem a coleta seletiva do lixo e consequentemente; menos de 1/3 adota essa prática ambiental. Dos 32,3% que usam a prática da coleta seletiva, 38,09% são professores; 37,83% da comunidade; 29,41% dos alunos e 23,80% universitários. Figura 5: Percentuais de pessoas de Boqueirão-PB, que fazem ou não a coleta seletiva do resíduo solido Tomando-se esses resultados como referência, constata-se que já há um número de pessoas que fazem a reciclagem. No entanto, elas relataram que separam os materiais em casa, mas o recolhimento é feito pelo órgão municipal responsável e, consequentemente, o destino final para 75% deles é o lixão da cidade. Dentre as pessoas entrevistadas apenas 25% delas afirmaram que vendem ou doam o material aos catadores. Figura 6: Vista do lixão da cidade de Boqueirão, PB, com os catadores fazendo a seleção do material 12 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos – Boqueirão/ PB 5.0 OBJETIVO O objetivo principal do projeto é apontar um sistema integrado de tratamento de resíduos sólidos para o município de Boqueirão, que seja devidamente apropriado para o local, fazendo os devidos dimensionamentos para o pátio de compostagem contemplando as dimensões da leira, da área para a construção do aterro em valas contendo as dimensões, além do dimensionamento do galpão, local onde será feito a triagem, prensagem, deposito e estoque dos fardos 6.0 GESTÃO E GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS O conceito de gestão de resíduos sólidos abrange atividades referentes à tomada de decisões estratégicas e à organização do setor para esse fim, envolvendo instituições, políticas, instrumentos e meios. Já o termo gerenciamento de resíduos sólidos refere-se aos aspectos tecnológicos e operacionais da questão, envolvendo fatores administrativos, gerenciais, econômicos, ambientais e de desempenho: produtividade e qualidade, por exemplo, e relaciona-se à prevenção, redução, segregação, reutilização, acondicionamento, coleta, transporte, tratamento, recuperação de energia e destinação final de resíduos sólidos. Dessa maneira, entende-se Modelo de Gestão de Resíduos Sólidos como um "conjunto de referências político-estratégicas, institucionais, legais e financeiras capaz de orientar a organização do setor". São elementos indispensáveis na composição de um modelo de gestão: Reconhecimento dos diversos agentes sociais envolvidos, identificando os papéis por eles desempenhados e promovendo a sua articulação; Consolidação da base legal necessária e dos mecanismos que viabilizem a implementação das leis; Mecanismos de financiamento para a auto-sustentabilidade das estruturas de gestão e do gerenciamento; Informação à sociedade, empreendida tanto pelo poder público quanto pelos setores produtivos envolvidos, para que haja um controle social; Sistema de planejamento integrado, orientando a implementação das políticas públicas para o setor. 13 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos – Boqueirão/ PB A composição de modelos de gestão envolve, portanto, fundamentalmente três aspectos, que devem ser articulados: arranjos institucionais, instrumentos legais e mecanismos de financiamento. Uma vez definido um modelo básico de gestão de resíduos sólidos, contemplando diretrizes, arranjos institucionais, instrumentos legais, mecanismos de financiamento, entre outras questões, deve-se criar uma estrutura para o gerenciamento dos resíduos, de acordo com o modelo de gestão. Gerenciamento de resíduos sólidos pode ser definido como a disciplina associada ao controle da geração, estocagem, coleta, transferência, transporte, processamento e disposição dos resíduos sólidos, de acordo com princípios de saúde pública, econômicos, de engenharia, de conservação, estéticos, e de proteção ao meio ambiente, sendo também responsável pelas atitudes públicas. Dessa forma, o gerenciamento de resíduos exige o emprego das melhores técnicas na busca do enfrentamento da questão. A solução do problema dos resíduos pode envolver uma complexa relação interdisciplinar, abrangendo os aspectos políticos e geográficos, o planejamento local e regional, elemento de sociologia e demografia, entre outros. Gerenciar os resíduos de forma integrada é articular ações normativas, operacionais, financeiras e de planejamento que uma administração municipal desenvolve, apoiada em critérios sanitários, ambientais e econômicos, para coletar, tratar e dispor o lixo de uma cidade, ou seja: é acompanhar de forma criteriosa todo o ciclo dos resíduos, da geração à disposição final ("do berço ao túmulo"), empregando as técnicas e tecnologias mais compatíveis com a realidade local. O Quadro 1 e Figura 7 a seguir, sugere as ações obrigatórias e recomendáveis para o gerenciamento integrado de resíduos sólidos. 14 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos – Boqueirão/ PB SERVIÇO DE LIMPEZA PÚBLICA METAS LimpezaAcondicionamento, Coleta e Transporte Coletar e transportar o resíduo pelo qual a prefeitura é responsável Disposição final do resíduo Lixão ou aterro controlado Remediar lixão Implantar aterro sanitário Aterro Sanitário Assegurar que a operação atenda padrões técnicos e ambientais, o que inclui a reutilização da área no futuro Quadro 1: Ações obrigatórias para o gerenciamento integrado de resíduos sólidos Figura 7: Ações recomendáveis para o gerenciamento integrado de resíduos sólidos / Fonte: JARDIM et al. (1995) 7.0 ESTIMATIVA POPULACIONAL A estimativa de uma população futura é de extrema importância, na medida em que serve de base para qualquer projetista conhecer a população no período final no projeto, e desenvolver os cálculos em cima desta população. Para o presente projeto foi estabelecido um período de 20 anos (2017 – 2036). Tratamento Busca de soluções compatíveis com a realidade, considerando as condições econômicas e ambientais atuais e futuras do município Triagem de Materiais Recicláveis Compostagem de Matéria Orgânica Incineração 15 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos – Boqueirão/ PB 7.1.1 Taxa de crescimento anual A taxa de crescimento anual foi calculada através da fórmula: 𝑇𝑥 = (( 𝑃𝑓 𝑃𝑖 ) 1 𝑦 − 1) 𝑥 100 Em que: y = número de anos Pf = População do último censo Pi = População do penúltimo censo Conhecido o valor dessa taxa pode-se calcular a população que será utilizada no projeto. 7.1.2 População do projeto Para estimativa da população ao final do projeto foi utilizada a seguinte fórmula: 𝑃𝑓𝑢𝑡 = 𝑃𝑎𝑡𝑢𝑎𝑙 𝑥 (1 + 𝑇𝑥 100 )𝑛 Em que: Tx = taxa de crescimento populacional n = período de anos Patual = População do último censo demográfico Pfut = População estimada para dimensionamento do projeto O cálculo com os devidos valores da taxa de crescimento e da estimativa populacional encontra-se anexada (ANEXO A) no final do projeto. 16 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos – Boqueirão/ PB 8.0 DIMENSIONAMENTO DA FROTA DE VEÍCULOS PARA COLETA DE RSU O dimensionamento da frota é de extrema importância para se ter noção da quantidade de veículos necessários em cada município, do tipo de transporte mais apropriado, frequências da coleta, horários, destino dos resíduos, isto levando em consideração a quantidade de habitantes e de resíduos gerado. Para o dimensionamento da frota foi feito as seguintes metodologias: Cálculo da quantidade de resíduos sólidos coletados por dia: População de Boqueirão (IBGE/2016): 16.888 habitantes 𝑄𝑟 = 16.888 ℎ𝑎𝑏 𝑥 0,35 𝐾𝑔. ℎ𝑎𝑏 −1. 𝑑𝑖𝑎−1 𝑄𝑟 = 5910,8 𝐾𝑔. 𝑑𝑖𝑎 −1 𝑸𝒓 = 𝟏𝟕𝟕, 𝟑 𝒕𝒐𝒏. 𝒎ê𝒔 −𝟏 Considera-se que a coleta será feita três vezes durante a semana tem-se um total de doze vezes no mês, com isso o valor de resíduos por coleta é em média 14,8 ton. Cálculo de tempo despendido pelo transporte de cada viagem ao sistema de tratamento ou destino final (t): D = distância média do centro geográfico da cidade até o sistema de destino final (4 km); 𝑉𝑡= velocidade de transporte dos resíduos sólidos coletado até o sistema de destino final (25 km/h em média); t’ 10 minutos = 0,1666 horas (tempo despendido para acesso, descarga dos resíduos sólidos e saída do local de destino final). 𝑡 = ( 2𝐷 𝑉𝑡 ) + 𝑡′ 17 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos – Boqueirão/ PB 𝑡 = ( 2 𝑥 4 𝑘𝑚 25 𝑘𝑚 . ℎ−1 + 0,1666 ℎ) 𝑡 = 0,4866 ℎ 𝑡 = 29,1996 𝑚𝑖𝑛 Cálculo do número de viagens possíveis de realizar dentro de 1 período de 6 horas de trabalho: 𝑁𝑣 = quantidade média de viagens por dia; 𝑄𝑟= quantidade total de resíduos sólidos coletados por dia de coleta; 𝑉𝐶 = velocidade de coleta (varia de 5 a 7 km/h); T = quantidade de horas de serviço por dia (6 horas); L = comprimento total de vias da cidade a serem atendidas pelo sistema de coleta (Foi considerado 30 km); c = capacidade de carga por viagem (Considera-se um caminhão de 6 m³ que comporta 1,8 ton.); 𝑁𝑣 = (𝑄𝑟. 𝑉𝐶 . 𝑇) ( 𝐿 2) . 𝑐 + (𝑄𝑟 . 𝑉𝑐. 𝑡) 𝑁𝑣 = (14,8 𝑡𝑜𝑛/𝑑𝑖𝑎. 6𝑘𝑚/ℎ. 6 ℎ) ( 30 2 ) . 1,8 + (14,8 𝑡𝑜𝑛/𝑑𝑖𝑎. 6𝑘𝑚/ℎ. 0,4866 ℎ) = 𝑁𝑣 ≅ 7 𝑣𝑖𝑎𝑔𝑒𝑛𝑠 Cálculo da quantidade de caminhões coletores: Y = Relação de quantidade de viagens e caminhões coletores em função da população (Tabela 1). 𝑥 = 1 𝑁𝑣 . ( 𝑄𝑟 𝑐 − 𝑌) + 𝐾 (𝑓𝑟𝑜𝑡𝑎 𝑟𝑒𝑠𝑒𝑟𝑣𝑎) 18 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos – Boqueirão/ PB 𝑥 = 1 9 . ( 14,8 1,8 − 0) + 10% (𝑓𝑟𝑜𝑡𝑎 𝑟𝑒𝑠𝑒𝑟𝑣𝑎) 𝑥 = 1,01 = 1 𝑐𝑎𝑚𝑖𝑛ℎã𝑜 A coleta recolhe os resíduos, para encaminha-los à uma destinação final ou tratamento. O serviço de coleta é de extrema importância, pois minimiza possíveis impactos ambientais e sociais, evitando assim a proliferação de vetores que causam diversas doenças para a população, além de no caso de Boqueirão, prevenir o Açude Epitácio Pessoa de contaminações que possam causar doenças de veiculação hídrica. Tendo como base os cálculos realizados acima, sugere-se a utilização de apenas 1 (um) veículo do tipo caminhão compactor para coletar os resíduos, já que ele será suficiente para atendar toda a população local. 9.0 USINAS DE TRIAGEM E COMPOSTAGEM DE RESÍDUOS SÓLIDOS DOMICILIARES As usinas de triagem e compostagem são centros de separação das frações orgânicas e inorgânicas dos resíduos sólidos domésticos, operacionalizados em maior ou menor escala por equipamentos eletro-mecânicos. É uma alternativa à coleta seletiva, podendo existir independentemente de haver ou não o sistema de compostagem. As instalações das usinas de triagem e compostagem podem ser agrupadas em cinco setores: recepção e expedição, usina de triagem, pátio de compostagem, beneficiamento e armazenamento de composto e outras instalações. O processo de compostagem a partir dos resíduos sólidos domiciliares pode ser dividido em duas fases distintas: a primeira, onde ocorre um tratamento mecânico, visando retirar da massa de resíduos os produtos recicláveis e indesejáveis e homogeneizar a massa de resíduos e reduzir a dimensão de seus constituintes; a segunda, em que o material é fermentado em leiras, completando o processo. A mão-de-obra pode ser considerada o fator que mais influencia o custo operacional de uma usina de triagem e compostagem. Seu dimensionamento depende de vários fatores como: capacidade da usina, qualificação, grau de mecanização da usina, grau de beneficiamento dos produtos etc. 19 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos – Boqueirão/ PB Espaço físico para a instalação de usinas de triagem e compostagem As dimensões das áreas para a implantação das usinas variam de acordo com a topografia local, com o nível de instalações adicionais e com o método empregado no processamento do composto. 9.1.1 Dimensionamento do pátio de compostagem A compostagem é um processo de transformação que pode ser executado com parte dos nossos resíduos domésticos orgânicos, resultando em um excelente adubo para ser utilizado em hortas, vasos de plantas, jardins ou algum terreno que você tenha disponível, além disso, desempenha um grande papel no tratamento dos resíduos, pois reduz a quantidade de resíduos que serão confinados no aterro em valas,melhorando a estrutura dos solos. Logo, com o intuito de dá um tratamento adequado para os resíduos sólidos orgânicos, foi dimensionado um pátio de compostagem. Dados para dimensionamento do projeto: População: 16.888 habitantes Fração orgânica putrescível: 60% Taxa de produção percapita: 0,35 kg/hab.dia Tempo de operação: 110 anos Altura: 1,5 m Base: 2,5 m Peso específico: 550 kg/m³ Quantidade de RSU do município: 𝑄𝑟𝑠𝑢 = 𝑃𝑜𝑝 𝑥 𝑇𝑝𝑝 = 16.888 ℎ𝑎𝑏 𝑥 0,35𝑘𝑔𝑅𝑆𝑈/ℎ𝑎𝑏. 𝑑𝑖𝑎 = 5.910,8 𝑘𝑔𝑅𝑆𝑈/𝑑𝑖𝑎 20 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos – Boqueirão/ PB Considerando o pátio de compostagem receberá 60% dessa quantidade, que é matéria orgânica putrescível, tem-se que: 𝑄𝑜𝑟𝑔 = 5.91,8 𝑘𝑔/𝑑𝑖𝑎 𝑥 0,60 = 3546,48 𝑘𝑔𝑅𝑆𝑈/𝑑𝑖𝑎 Determinação do volume da fração orgânica putrescível: 𝑉𝑉 = 𝑄𝑜𝑟𝑔 𝛾𝑒 = 3546,48 𝑘𝑔/𝑑𝑖𝑎 550 𝑘𝑔/𝑚³ = 6,45 𝑚3 𝑑𝑖𝑎 Dimensões da leira: Adotando uma formação triangular com: 1,5 m de altura (H) e 2,5 m de comprimento de base (B). Logo, a área da leira é: 1,88 𝑚² Determinação do comprimento (L) da leira: 𝑉𝑉 = 𝐴𝐿𝑥 𝐿 𝐿 = 𝑉𝑉 𝐴𝐿 = 6,45 𝑚³/𝑑𝑖𝑎 1,88 𝑚² = 3,43 𝑚 Área da base da leira: 𝐴𝑏 = 𝐵𝑥 𝐿 = 2,5 𝑚 𝑥 3,43 𝑚 = 8,575 𝑚² Área total da base, levando em consideração que no processo de aeração os resíduos serão deslocados de ponto a outro: 𝐴𝑡𝑏 = 8,575 𝑚² 𝑥 2 = 17,15 𝑚² 21 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos – Boqueirão/ PB Área do pátio de compostagem, considerando que o processo de decomposição dura 110 dias: 𝐴𝑝𝑡𝑐 = 𝐴𝑡𝑏 𝑥 110 𝑑𝑖𝑎𝑠 = 17,15 𝑚² 𝑥 110 = 1886,5 𝑚² Considerando 15% de acréscimo na área do pátio de compostagem: 𝐴𝑝𝑡𝑐 = 1886,5 𝑚² 𝑥 1,15 = 2169 𝑚² Além da área do pasto de compostagem, é reservado área para escritórios, banheiros e vestuário e depósito, como pode-se observar na tabela abaixo: LOCAL ÁREA (m²) Escritório 25 Banheiros e vestuário 25 Deposito 70 TOTAL 120 Fazendo o somatório das áreas tem-se: 𝐴𝑝𝑡𝑐 = 2.169 𝑚 2 + 120 𝑚2 = 2289 𝑚2 ≅ 0,2 ℎ𝑎 10.0 DIMENSIONAMENTO DO ATERRO EM VALAS O maior problema encontrado pelos municípios de pequeno porte e de escassos recursos financeiros para a construção de aterros sanitários é o da disponibilidade de equipamentos para a sua operação. Os tratores de esteiras, utilizados nos aterros, têm custo de aquisição e manutenção muito altos. Deve-se considerar, também, que o menor trator de esteiras disponível no mercado nacional tem capacidade para operar até 150 toneladas de resíduos por dia. Assim, para as cidades que geram quantidades de lixo muito inferiores a esse limite, teremos longos períodos de ociosidade do equipamento, o que, invariavelmente, resultará na utilização desse equipamento em outras obras no município. Logo, o aterramento dos resíduos fica relegado a um plano secundário, com a consequente transformação do 22 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos – Boqueirão/ PB aterro num simples depósito a céu aberto. Esse é o grande obstáculo oferecido por todos os tipos de aterro, quando aplicados a pequenas comunidades, exceto aqueles desenvolvidos em valas e operados sem a utilização de equipamentos. Consiste basicamente no preenchimento de valas escavadas com dimensões apropriadas, onde os resíduos são depositados sem compactação e a sua cobertura com terra é realizada manualmente. O confinamento dos resíduos sem compactação impede o aproveitamento integral da área a ser aterrada, fato que torna esse processo de utilização não recomendada para a maioria das comunidades com produção de resíduos superior a 10 toneladas por dia. Acima dessa produção, a sua utilização implica na abertura constante de valas, tornando-o inviável técnica e economicamente. A escavação de valas exige também condições favoráveis tanto no que se refere à profundidade e uso do lençol freático, como na constituição do solo. Os terrenos com lençol freático aflorante ou muito próximo da superfície são impróprios para a construção desses aterros, uma vez que possibilitam a contaminação dos aquíferos. Os terrenos rochosos também não são indicados devido às dificuldades de escavação. Outro fator limitante são os solos excessivamente arenosos, já que estes não apresentam coesão suficiente, causando o desmoronamento das paredes das valas. Quando as condições forem semelhantes às descritas, recomenda-se o estudo de outras alternativas construtivas para os aterros sanitários, a despeito da eventual inviabilidade econômica. Apesar de não existir legislação específica, recomenda-se distâncias mínimas de 500m de residências isoladas e 2.000m de áreas urbanizadas. Obstáculos naturais como elevações de terrenos e matas podem ser consideradas atenuantes das interferências negativas. Dimensionamento do aterro em valas População: 16888 habitantes Taxa de crescimento anual da população: 0,40% Taxa de produção percapita: 0,35 kg/hab.dia Tempo de operação: 20 anos Profundidade: 3m 23 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos – Boqueirão/ PB Largura: 5m Peso específico: 550 kg/m³ Determinação da quantidade de RSU produzido: 𝑄𝑟𝑠𝑢 = 𝑃𝑜𝑝 𝑥 𝑇𝑝𝑝 = 16888ℎ𝑎𝑏 𝑥 0,35𝑘𝑔𝑅𝑆𝑈/ℎ𝑎𝑏. 𝑑𝑖𝑎 = 5910,8 𝑘𝑔𝑅𝑆𝑈/𝑑𝑖𝑎 Ao se considerar que os resíduos inertes tem o destino final o aterro em valas e são apenas 15%, logo: 𝑄𝑟𝑠𝑢 = 5919,8 𝑥 0,15 = 886,62 𝑘𝑔𝑅𝑆𝑈/𝑑𝑖𝑎 Calculo do volume necessário para vala: 𝑉𝑉 = 𝑄𝑟𝑠𝑢 𝛾𝑒 = 886,62 𝑘𝑔/𝑑𝑖𝑎 550 𝑘𝑔/𝑚³ = 1,61 𝑚3 𝑑𝑖𝑎 𝑉𝑉 = 289,8 𝑚³/𝑠𝑒𝑚𝑒𝑠𝑡𝑟𝑎𝑙 Portanto, a cada 6 meses será necessário um volume de vala igual a 289,8 m³. Calculo do comprimento da vala: 𝑉𝑉 = 𝐿 𝑥 𝐻 𝑥 𝐶 𝐶 = 𝑉𝑉 𝐿 𝑥 𝐻 = 289,8 𝑚³ 5𝑚 𝑥 3𝑚 = 19,32 𝑚 Determinação da capacidade máxima de aterramento de RSU: 𝐶𝑀Á𝑋 = 0,9 𝑡𝑜𝑛 𝑑𝑖𝑎 𝑥 30 𝑑𝑖𝑎𝑠 1𝑚ê𝑠 𝑥 12 𝑚𝑒𝑠𝑒𝑠 1𝑎𝑛𝑜 𝑥 20 𝑎𝑛𝑜𝑠 𝐶𝑀Á𝑋 = 6480 𝑡𝑜𝑛 24 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos – Boqueirão/ PB Determinação do volume total de resíduos a ser aterrado: 𝑉𝑡𝑅𝑆𝑈 = 𝐶𝑀Á𝑋 𝛾𝑒 = 6480 𝑡𝑜𝑛 0,55 𝑡𝑜𝑛/𝑚³ = 11782 𝑚³ Determinação do número de valas: 𝑁º𝑣𝑎𝑙𝑎𝑠 = 𝑉𝑡𝑅𝑆𝑈 𝑉𝑉 = 11782 289,8 = 40 𝑣𝑎𝑙𝑎𝑠 Determinação da área necessária por vala: 𝐴𝑣𝑎𝑙𝑎 = 𝐶 𝑥 𝐿 𝐴𝑣𝑎𝑙𝑎 = 19,32 𝑚 𝑥 5𝑚 𝐴𝑣𝑎𝑙𝑎 = 96,6 𝑚² Determinação da área total necessária para valas: 𝐴𝑡 = 96,6 𝑚² 𝑥 40 𝑣𝑎𝑙𝑎𝑠 𝐴𝑡 = 3864 𝑚² Ao se considerar guarita, área para circulação, cinturão verde e outras, igual a 80% da área das valas, temos: 𝐴𝑡𝑎𝑡𝑒𝑟𝑟𝑜 = 3864 𝑚² 𝑥 1,8 = 6955,2 𝑚² 25 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos – Boqueirão/ PB Determinação do volume de terra escavada: 𝑉𝑡𝑒𝑟 = 40 𝑣𝑎𝑙𝑎𝑠 𝑥 289,8 𝑚³ = 11592 𝑚³ Sequência de abertura e fechamento de valas Figura 8: Abertura de valas, com acúmulo de terra apenas em um dos lados. Os resíduos são descarregados pelo lado livre das valas, sem o ingresso dos veículos no seu interior, iniciando-se por uma das extremidades da mesma. Figura 9: Resíduos sendo descarregados em um único trecho da vala, até que esteja totalmente preenchida.A medida que são depositados, os resíduos são nivelados e cobertos manualmente, utilizando-se a terra acumulada ao lado da vala. O nivelamento e a cobertura dos resíduos devem ser realizados diariamente, tolerando-se frequências menores apenas em circunstâncias especiais. 26 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos – Boqueirão/ PB Figura 10: Resíduos sendo nivelados e cobertos com terra manualmente. Assim que o primeiro trecho da vala estiver totalmente preenchido, passa-se para outro, repetindo-se as mesmas operações. A vala deverá estar numa cota superior à do terreno, quando esta estiver completamente coberta, pois existirá acomodação do resíduo com o tempo (prováveis recalques) Figura 11: Cobertura da vala até uma altura ligeiramente superior ao do terreno. Determinação do volume de terra para recobrimento do resíduo aterrado: A cobertura dos resíduos com terra compactada tem diversas finalidades, destacando-se como principais as seguintes: Dificultar a entrada das águas de chuva precipitadas sobre o aterro; Reduzir a proliferação de vetores; Impedir o espalhamento de materiais leves. É desejável que o material de cobertura seja obtido na própria área a ser aterrada, por motivos óbvios de economia e agilidade para a obra. Observando os cálculos feitos anteriormente, o volume diário gerado de resíduos é de 1,61 𝑚3 𝑑𝑖𝑎 , foi considerado no projeto que a coleta será feita três vezes por semana, logo o volume por coleta é em média 4 m³. Este volume colocado no aterro em vala deve ser coberto com uma camada de terra de 0,15 m. Foi considerado que esse 27 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos – Boqueirão/ PB volume ocupará na vala um espaço contendo as seguintes dimensões: 5m de largura, 2m de comprimento e 0,5m de profundidade. O volume necessário para o recobrimento da vala pode ser feito da seguinte forma: 𝑉𝑡𝑒𝑟 = 𝐿 𝑥 𝐶 𝑥 𝑅𝑒𝑐 𝑉𝑟𝑒𝑐 = 5𝑚 𝑥 2𝑚 𝑥 0,15𝑚 = 1,5 𝑚³ Cobertura de terra Considerando que a coleta ocorre 3 vezes na semana tem-se que no período dos 6 meses de operação da vala esta será recoberta 12 vezes no mês e consequentemente 72 vezes no semestre, assim o novo volume de terra para recobrimento será de: 𝑉𝑟𝑒𝑐 = 1,5 𝑚³ 𝑥 72 = 108𝑚³ Determinação do volume de terra para cobertura final: A cobertura final deverá ser executada com uma camada de solo de, aproximadamente, 40 centímetros, com uma declividade de, no mínimo, 7 % na menor dimensão da vala. 𝑉𝑐𝑜𝑏 = 5𝑚 𝑥 19,32 𝑚𝑥 0,4𝑚 = 38,64 𝑚³ Portanto o volume de terra para cobertura de todas as valas será: 𝑉𝑡 = (108 + 38,64) 𝑚³ 𝑣𝑎𝑙𝑎 𝑥 40 𝑣𝑎𝑙𝑎𝑠 𝑉𝑡 = 5865,6 𝑚³ 28 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos – Boqueirão/ PB Como o município utilizará um caminhão compactor, o mesmo já irá compactar os resíduos antes do despejo nas valas com intuito de aproveitamento máximo do espaço nas valas. Cada vala terá vida útil de 6 meses. Para realizar o isolamento visual das valas, é recomendável o plantio de árvores em todo o perímetro do terreno, para que dê um bom aspecto visual. 11.0 GALPÃO PARA TRIAGEM DOS RESÍDUOS A Central de Triagem, também conhecida como Usina de Triagem é o local onde ocorre a separação dos resíduos sólidos. Essa separação pode ser feito totalmente manual ou automaticamente, ou mesmo semi-automática. Para que qualquer tratamento de resíduos sólidos tenha êxito, é necessário separar o mesmo considerando suas características físico-químicas. Quanto mais bem separado esses resíduos, maior o seu valor agregado. Em muitos processos de tratamento, a viabilidade técnica do projeto, ou seja, se dá pra construir a central ou não depende basicamente desse fator. Assim não dá pra construir uma central de reciclagem de plásticos que estejam misturados com vidros ou qualquer outro resíduo, e assim por diante. Como no município não existe a pratica continua de coleta seletiva, e mesmo algumas pessoas utilizando a pratica de coleta, os resíduos são lançados juntos no lixão de Boqueirão, logo se faz necessário a construção de um galpão que sirva para separar os resíduos inertes, recicláveis, e orgânicos. No qual os orgânicos serão direcionados para compostagem, melhorando assim a qualidade do solo, os resíduos inertes ao aterro sanitário em valas e o recicláveis irão permanecer no galpão, para que o mesmo seja utilizado posteriormente. Algumas diretrizes iniciais devem ser respeitas para o projeto dos galpões de triagem, como: Definir projeto de galpão eficiente, para que seja melhorada a renda dos catadores que sustentam o processo; Definir soluções de coleta de baixo custo, para que o processo possa ser estendido a toda a cidade e não retroceda; Objetivar um processo com baixo índice de rejeitos, para que seja respeitado o esforço dos moradores que aderiram à coleta seletiva 29 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos – Boqueirão/ PB Para que galpão funcione, é necessário o uso de prensa enfardadeira, balança, carrinho plataforma. De acordo com o Ministério das Cidades a área estimada para um galpão de porte pequeno contendo esses equipamentos é de 300m² como pode-se observar na Figura 12 abaixo: Figura 12: Área estimada e conjunto de equipamentos previstos Cálculo da quantidade de resíduo que ficará armazenado durante a semana no galpão. Dados do Projeto: População: 16888 habitantes Fração reciclável: 25% Taxa de produção percapita: 0,35 kg/hab.dia Tempo de operação: 20 anos Altura: 5 m Determinação da quantidade de RSU do município. 𝑄𝑟𝑠𝑢 = 𝑃𝑜𝑝 𝑥 𝑇𝑝𝑝 = 16 888 ℎ𝑎𝑏 𝑥 0,35𝑘𝑔𝑅𝑆𝑈/ℎ𝑎𝑏. 𝑑𝑖𝑎 = 5910,8 𝑘𝑔𝑅𝑆𝑈/𝑑𝑖𝑎 Ao se considerar que 25 % de 𝟓𝟗𝟏𝟎, 𝟖 𝒌𝒈𝑹𝑺𝑼/𝒅𝒊𝒂 são materiais recicláveis e ficarão armazenados no galpão de triagem, tem-se que: 𝑄𝑚𝑟𝑒𝑐 = 5910,8 𝑘𝑔𝑅𝑆𝑈/𝑑𝑖𝑎 𝑥 0,25 = 14777 𝑘𝑔𝑅𝑆𝑈/𝑑𝑖𝑎 30 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos – Boqueirão/ PB Os resíduos ficarão armazenados durante 1 semana e posteriormente irão ser encaminhados para empresas de materiais recicláveis. Itens Silos e mesas de triagem Esteira de triagem Custo de construção Equivalente Custo equipamento e instalação Não há ±r$ 30.000,00 (12 m comprimento) Custo de manutenção Não há ±r$ 1.100,00 /mês (quebra interrompe triagem) Nº de pessoas na triagem Maior Menor Rejeitos5 5% 25 a 30 % Ritmo Cada pessoa trabalha no seu ritmo (necessária coordenação efetiva) Esteira impõe ritmo que exclui mais lentos e idosos 12.0 ÁREA TOTAL DO SISTEMA DE TRATAMENTO DOS RESÍDUOS Para o pátio de compostagem: 2289 𝑚2 Para o aterro em valas: 6955 m² Para o galpão de triagem: 300m² Para o estacionamento: 50m² Para os jardins: 30m² Para outras atividades: 100m² Assim sendo é necessário área total de 10024 m², equivalente a 10 hectares. A figura a seguir mostra o sistema integrado de tratamento dos resíduos sólidos domiciliares e a Figura 13 apresenta um local para construção desse sistema de acordo com os requisitos citados no decorrer do projeto. 31 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos – Boqueirão/ PB Figura 13: Área proposta para implantação do sistema integrado de tratamento de resíduos Área proposta para o sistema de tratamento de resíduos sólidos Boqueirão 13.0 RESÍDUOS DE SERVIÇO DE SAÚDE Os resíduos de serviço de saúdesão todos os serviços relacionados com o atendimento à saúde humana ou animal, inclusive os serviços de assistência domiciliar e de trabalhos de campo, laboratórios analíticos de produtos para saúde, necrotérios, funerárias e serviços onde se realizem atividades de embalsamamento, serviços de medicina legal, drogarias e farmácias e ou farmácias de manipulação, estabelecimentos de ensino e pesquisa na área de saúde, centros de controle de zoonoses, distribuidores de produtos farmacêuticos, importadores, distribuidores e produtores de materiais e controles para diagnóstico in vitro, unidades móveis de atendimento à saúde, serviços de acupuntura, serviços de tatuagem, dentre outros similares. De acordo com a RDC n° 306 da ANVISA, o gerenciamento dos serviços de saúde pode ser assim definido: “Constitui-se em um conjunto de procedimentos de gestão, planejados e implementados a partir de bases científicas e técnicas, normativas e legais, com o objetivo de minimizar a produção de resíduos e proporcionar aos resíduos gerados, um encaminhamento seguro, de forma eficiente, visando à proteção dos trabalhadores, a preservação da saúde pública, dos recursos naturais e do meio ambiente.” De um modo geral, o manejo correto dos RSS, dentro de um gerenciamento adequado, abrange várias atividades que vão desde a segregação até 32 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos – Boqueirão/ PB a disposição final dos RSS. Dessa forma, entende-se que o manuseio de tais resíduos deve ser efetuado com destreza e segurança, objetivando, dentre outros aspectos, a prevenção de acidentes e a qualidade de vida dos funcionários envolvidos nessa atividade. Como o município de Boqueirão é de pequeno porte sugere-se a terceirização desse serviço, e assim o prestador do mesmo ficará responsável pela coleta, transporte e disposição adequada desses resíduos. 14.0 RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL A geração de resíduos é inevitável dentro de qualquer processo de produção de bens de consumo. A indústria da construção civil, como qualquer outra, é geradora de grande quantidade de resíduos sólidos, denominados para este setor de Resíduo de Construção e Demolição (RCD). No Brasil, atualmente os RCD também atingem elevadas proporções da massa dos resíduos sólidos urbanos: segundo dados da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais - ABRELPE a geração de RCD é de 61,9%. Essa grande massa de resíduos, quando mal gerenciada, degrada a qualidade da vida urbana e sobrecarrega os serviços municipais de limpeza pública. Os impactos causados pelos resíduos sólidos oriundos da indústria da construção civil, em especial aqueles gerados nos canteiros de obras (levando em conta sua disposição e tratamento irregular), têm causado problemas graves à gestão urbana, onde se pode destacar, dentre outros, o esgotamento prematuro de áreas de disposição além da degradação da flora e fauna. A Resolução de nº 307 vem afirmar a necessidade de implementação de diretrizes para a efetiva redução dos impactos ambientais gerados pelos resíduos oriundos da construção civil. Considerando que os resíduos da construção civil representam um percentual significativo dos resíduos sólidos produzidos nas áreas urbanas, os geradores são os responsáveis pelos resíduos de suas atividades, devendo buscar viabilidade técnica e econômica na produção de materiais reciclados. Os resíduos de construção civil do município de Boqueirão serão aproveitados no formato do aterro, minimizando assim os impactos causados por estes. 33 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos – Boqueirão/ PB 16.0 REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Resolução CONAMA nº 358, de abril 2005. Dispõe sobre o tratamento e a disposição final dos resíduos dos serviços de saúde e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF. 4 de maio de 2005a. BRASIL. MINISTÉRIO DAS CIDADES. Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental. MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano. Elementos para a organização da coleta seletiva e projeto de galpões de triagem. Brasília, 2008. 53 p. COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO (CETESB). Manual de operação de aterro sanitária em valas. São Paulo, 2010. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Perfil dos Municípios Brasileiros – 2012. Disponível em: < http://www.ibge.gov.br/estadosat/ > Acesso em: 18 de outubro. 2016. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Censo Demográfico 2010. 2010. Disponível em: http://www.cidades.ibge.gov.br/xtras/perfil.php?lang=&codmun=250680&search=parai ba|boqueirão>. Acesso em: 18 de outubro de 2016. MINISTÉRIO DAS CIDADES. Sugestões para o projeto dos galpões e a organização da coleta seletiva. Disponível em: <https://cooperativadereciclagem.files.wordpress.com/2010/03/projeto-galpao- reciclagem1.pdf>. Acesso em: 18 de outubro de 2016. MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Manual para implantação de compostagem e de coleta seletiva no âmbito de consórcios públicos. RESITEC. Plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos - pmgirs cuité - pb contrato prefeitura de nova floresta /pb. Disponivel em: <http://docplayer.com.br/5635193-Plano-municipal-de-gestao-integrada-de-residuos- solidos-pmgirs-cuite-pb-contrato-prefeitura-de-nova-floresta-pb.html>. Acesso em: 10 de outubro de 2016. 34 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos – Boqueirão/ PB ORÇAMENTO Tabela 1: Custos per capita (R$/hab) de implantação dos aterros sanitários Grupos de custos População Equipamento Obra civil 10.000 R$ 53,07 R$ 130,99 30.000 R$ 17,69 R$ 84,25 Através da interpolação, encontra-se os custos para a população do Município de Boqueirão, obtém-se: Grupos de custos População Equipamento Obra civil 16888 R$ 33,68 R$ 105,24 Autor (2016) Tabela 2: Custos per capita de implantação do aterro sanitário. População (habitantes) Tipo de aterro Geração de Resíduos (ton/dia) Custo da obra (R$/hab) Custo dos equipamentos (R$/hab) Custos totais (R$/hab) 16.888 Vala 10,976 105,24 33,68 147,06 Autor (2016) Logo, o custo total para implantação do aterro em valas para a população de Boqueirão: 𝟏𝟔. 𝟖𝟖𝟖 𝒉𝒂𝒃 𝒙 𝟏𝟒𝟕, 𝟎𝟔 𝑹$ 𝒉𝒂𝒃 = 2.483.549,28 Reais OBS: O custo total foi calculado somando-se os valores dos custos da obra civil e dos equipamentos. 35 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos – Boqueirão/ PB
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