Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Execução de obrigação de fazer (815 – 821) Objeto: fazer, toda a obrigação de fazer, está conjugado no verbo! EX: Pintar!, Costurar!, Consertar!, Construir!, Transportar! OBS: Obrigação de fazer fungível X Obrigação de fazer infungível (personalíssima); Fungível: pode ser cumprida pelo devedor ou por terceiros – Ex; Locador se não pagar os aluguéis, o fiador responde pela obrigação: Infungível/personalíssima: é aquela que só o devedor consegue cumprir a obrigação: - Ex: Show do Gilberto Gil; Procedimento: 1 - Petição inicial, juntada com título extrajudicial; 2 - Citação do devedor: para dar fazer a obrigação; Obs. 1: (art. 814 caput) – o Juiz fixará uma multa por período de atraso no cumprimento da obrigação e a data a partir da qual será devida! – o que é Novo, é que se o valor da multa estiver previsto no título e for excessivo, o juiz poderá reduzí-lo. (Pacto Sund Servanda – os pactos devem ser cumpridos). Obs. 2: O prazo para se dar a obrigação de fazer, dar-se-á, conforme estipulado em contrato. Caso não houver prazo estipulado em contrato, o mesmo será judicial, ou seja, ao analisar o caso concreto, o juiz dirá o prazo Art. 815; 3 – Hipóteses do devedor após sua citação: a) Fazer; se assim o mesmo fizer, o juiz abrirá prazo ao credor para se manifestar, se este estiver de acordo, o juiz então, extinguirá o processo; salvo se tiver necessidade de apuração de perdas e danos; b) Não fazer; abre-se para o Credor: 1º o próprio Credor irá fazer, às custas do devedor; 2º indicar um terceiro para fazer, às custas do devedor; caso seja realizado pelo terceiro, o juiz intimará as partes para dizer se estão de comum acordo o que foi feito no prazo de 10 dias. (art. 818), não havendo impugnação, considerará satisfeita a obrigação; Obs: Infungível – será perdas e danos. E serão apurados no mesmo processo na fase de liquidação de procedimento comum; 4 – Execução de obrigação de não fazer (art. 822 e 823); A obrigação de não fazer, é uma opção negativa, Vc só pode não fazer algo, que possa fazer; Ex: Se o município permitisse a construção de uma casa de 04 andares e para não atrapalhar a vista do seu vizinho, Vc faz um contrato onde irá construir apenas 02 andares. Ele pode levantar uma casa de 04 andares? Não, por que ele se comprometeu a não fazer. Ex: Vc pode na televisão falar o que bem quiser? Vamos dizer que em um contrato de um determinado programa, te proíbe de dar dados técnicos de um produto. Ou seja, Vc não pode falar sobre as funcionalidades e dados técnicos do produto. Obs: Quando Vc tem a obrigação de não fazer? O descobrimento é fazendo. Tem algumas coisas que Vc fez e que consegue desfazer e outras coisas que Vc faz e não consegue fazer. Quais dos exemplos acima Vc consegue desfazer? E qual Vc Não consegue desfazer? Procedimento: 1 - Petição inicial, juntada com título extrajudicial; 2 - Citação do devedor: para dar fazer a obrigação; Obs: 1: (art. 814 caput) – o Juiz fixará uma multa por período de atraso no cumprimento da obrigação e a data a partir da qual será devida! – o que é Novo, é que se o valor da multa estiver previsto no título e for excessivo, o juiz poderá reduzí-lo. (Pacto Sund Servanda – os pactos devem ser cumpridos). Obs. 2: O prazo para desfazer um ato, dar-se-á, será judicial, ou seja, ao analisar o caso concreto, o juiz dirá o prazo Art. 822; Obs. 3: Caso for um ato que não dê para voltar atrás, ou seja, que não tem como fazer – o mesmo se dará por perdas e danos., fixados nos mesmo autos através de liquidação. OBS sobre a prova: A nossa prova será na nossa sala, caso necessário, será trocada em uma sala maior, horário: 20h00min; A prova contém 04 questões de múltipla escolha e uma questão escrita de forma objetiva! Disciplina: Processo de Execução Em 10/08 Aula 1 Processo de Execução Noções introdutórias: Atualmente no brasil existem dois tipos de execução: a judicial e a extrajudicial. Parte importante para entender o que aconteceu no Brasil no que tange a execução. No Código de Processo Civil de 1973 existiam três grandes processos no Brasil. São eles: 1) Processo de conhecimento: Serve para sanar crises de incerteza. As partes dão em juízo a cognição (conhecimento) dos fatos. O juiz aplicara a lei ao caso concreto. Exemplo: quando alguém bate no carro entra com ação de indenização. Porém não se sabe quem tem razão, e a princípio quem é credor e devedor. Só vai saber quando o juiz soltar sentença. Algo incerto com a sentença se torna algo certo. Processo de conhecimento existia para isto, para sanar crise de incerteza. As partes dão ao juiz a cognição (conhecimento) dos fatos através da petição inicial, o réu através da contestação e assim por diante para o juiz conhecer os fatos. O processo de conhecimento se divide em 5 ações: I- Ação declaratória: reconhecia a existência ou inexistência de uma relação jurídica de direito material II- Ação constitutiva: seja positiva, negativa ou desconstrutiva, servia única e exclusivamente para fazer aparecer ou desaparecer, constituir ou desconstituir uma relação jurídica fática. III- Ação Condenatória. IV- Ação Mandamental: servia para fazer cessar a violação de um direito. V- Ação Executiva lato sensu: dizia não precisar nem de processo e nem de outra fase para executar o comando de uma sentença Cada ação tem uma finalidade. Notas: A doutrina antiga falava só das ações: I, II e III. A doutrina moderna fala da ação V. A doutrina ultramoderna fala da ação VI- sentença injuncional (não colocada a cima uma vez que segundo o professor não é relevante). 02) Processo de Execução Tem a finalidade de sanar uma crise de insatisfação. Esse processo serve para satisfazer o credor. É certo no processo de execução que de um lado tem um credor e um devedor. O que se busca é sanar a crise de insatisfação. A parte sabe que é devedora, porém não quer pagar. Quando o devedor não quer pagar, o credor fica insatisfeito. Exemplo: quando um cheque não é pago pelo devedor, o credor entra com o processo de execução. 03) Processo Cautelar Servia para sanar crises de urgência. Existia esse processo no código de processo civil de 1973. O Novo Código de Processo Civil aboliu esse processo, que deixou de existir. As vezes não dá para esperar que o juiz dê a sentença, por ser demorado o judiciário brasileiro. As vezes existem casos emergências que se esperar por muito tempo o direito acaba perecendo no meio do caminho, acaba desaparecendo. Para esses casos que precisava de um provimento judicial para ontem o poder legislativo criou o processo cautelar, que era muito utilizado no código de processo civil de 1973, com uma finalidade especifica. Os três tipos de processo: conhecimento, execução e cautelar não se misturavam no código de 1973. Era fácil ver a distinção no CPC de 1973, os 3 não se confundiam Observação importante: O NCPC de 2015 ao surgir tirou o processo cautelar, não existe mais o processo cautelar. Com o advento do NCPC no Brasil só existe o processo de conhecimento e de execução. Os casos de urgência basicamente o NCPC juntou todas as medidas que existiam no processo cautelar e as diluiu no processo de conhecimento e de execução. As estruturas e as normas de natureza cautelar continuam existindo porem dentro do processo de conhecimento e do processo de execução. Em caso de urgência continua existindo uma proteção para cuidar de casos específicos, porém, não a partir de um processo autônomo. *Tutela Cautelar será dada no 8/9 semestre. No CPC de 1973 existiam 3 processos e 5 ações dentro do processo de conhecimento. Nota: -De 90 a 95% das ações doprocesso de conhecimento que se veem no fórum são condenatórias. As demais basicamente são as demais ações. III- Ação Condenatória. Tem a finalidade de impor uma ação ao vencido ou ao condenado. De 90 a 95% das ações do processo de conhecimento que se veem no fórum são condenatórias. As demais basicamente são as demais ações. Tem a finalidade de impor sanção ao condenado; uma das 3 sanções: 01º Entrega de uma coisa Firmei um contrato para entregar bicicleta e se nega a entrega, vou e entro com ação e juiz solta sentença para entregar a bicicleta. Serve para compra de uma coisa, etc... 02º Condenação de fazer / não fazer Contratei para pintar a casa, e o pintou não fez o serviço. Juiz condena a fazer a pintura. Sempre condicionada à verbo. Outros exemplos: contrato de shows; de construção de uma casa; transporte de uma mercadoria; eventos etc... Transportar: Entro com ação e o juiz condena a transportar, juiz condena a fazer. O mesmo para não fazer, só colocar o não na frente do verbo. Regra que senão houver a possibilidade da obrigação de fazer ou não fazer resolve com perdas e danos. 03º Pagamento de uma quantia (é a mais comum de todas, responsável por 90% de todas as ações condenatórias). Exemplo: pagamento de multa de transito; de boleto de multa do condomínio; etc. No CPC de 1973 Ação condenatória em 1973. Como funcionava a ação. Exemplo: em uma batida de carro. O prejudicado entra com a ação. Petição inicial pretendendo 10 mil reais. No final o juiz solta sentença, condenando o réu. Porém, da petição até a sentença, após anos (na justiça comum estadual pode demorar até 10 anos, considerando que teve apelação), após esse prazo ocorre o transito em julgado e a parte ré não pagou. Entrando na crise de insatisfação, pois o credor não recebeu o pagamento do prejuízo causado. Essa crise era sanada iniciando um novo processo. O credor entrava com outra ação para executar o devedor. Ação condenatória: PI ______ C_____A_____R_____S Até a sentença não tem como saber quem é o credor e quem é o devedor. O juiz ao longo do processo tomará conhecimento de todos os fatos. Ao fim do processo o juiz solta a decisão. Nesse caso hipotético o juiz solta a sentença condena o réu ao pagamento de 10 mil reais. Quando a parte não paga voluntariamente o comando da sentença, gera a crise de insatisfação. O credor entrava com outra ação, para executar a primeira ação. Demorando mais alguns anos. Era um absurdo. Ação de execução: PI ______C______S Siglas: PI- Petição inicia C- Citação A- Audiência R- Recurso S- Sentença. Petição Inicial - O CPC de 1973 com o tempo foi sendo alterado, para modernizar as relações jurídicas processuais. Alterando esses dois tipos de processo, o de conhecimento e o de execução. Sendo assim alterando a realidade descrita no exemplo a cima. - Houve 3 significativas alterações no código de 73: - Primeiro foi alterado as ações condenatórias de entrega de coisas; - Alguns anos após alterou a execução de sentenças condenatórias de fazer e não fazer; - Por último alterou as execuções das sentenças condenatórias de pagamento. - Basicamente passou a funcionar da seguinte forma o preceito condenatório no Brasil: - Exemplo: as pessoas passaram a entrar com PI e saindo a sentença e sendo condenado não precisava mais entrar com a ação de execução. Após o juiz soltar a sentença condenando o réu ao pagamento, ocorrendo o trânsito em julgado. Não precisava mais entrar com o processo de execução; - Era aberta uma segunda fase para a parti executar o comando da sentença. - O processo de conhecimento novo e moderno passou a funcionar com duas fases. - A 1º fase: servia para obter um título, chamando de sentença. Recebeu o nome de fase de conhecimento estrito sensu. - A 2º fase: serve para satisfazer as exigências contidas no título executivo. - Recebeu o nome de fase de cumprimento de sentença. - Abolindo assim uma nova ação, com nova petição inicial..., e diminuindo o tempo do processo (de 4 a 5 anos). Este novo processo que sincretiza as duas fases se deu o nome de: processo sincrético. Qual o nome do processo moderno hoje, em que se tem o conhecimento e o cumprimento de sentença tudo junto em um único processo? Resposta: Processo sincrético. O que é o processo sincrético? É o atual processo de conhecimento que junta duas fases; a fase de conhecimento propriamente dita e a fase de comprimento de sentença. Utilizado no NCPC. Serve tanto para o preceito condenatório de entrega de coisa/ fazer e não fazer/ pagamentos. No preceito condenatório o processo é sincrético. Para que existe o processo de execução se tem o sincrético? No sincretismo a sentença vira um título judicial que pode ser executado na mesma sentença. Já o processo o processo de execução serve para executar o título extrajudicial. Como por exemplo um cheque, uma nota promissória etc. Ao qual não existe dúvida de quem é credor e devedor. No processo de execução não tem a crise de incerteza e sim a de insatisfação. Não está diante de uma crise de incerteza, o devedor não quer pagar Não preciso entrar com ação de conhecimento Vou direto na execução pois estou diante de uma crise de insatisfação. Entro com PI e executo o título. Qual o mais rápido? É o processo executivo, pois pula a fase de conhecimento. Em 17-08 Aula 2 Execução Civil Cumprimento de Sentença (Segunda fase do processo sincrético) 1 – Primeira Característica Geral Parte Geral do NCPC a partir do art. 513. Quando estiver diante de um título judicial. Exemplo: de sentença civil, prolatada no próprio juízo civil, na 3 vara civil. A x B PI____________S___________S Primeira observação: Existe impropriedade no CPC. Neste caso entra com o cumprimento de sentença. Exemplo: juiz solta a sentença, a parte entra com apelação, tribunal solta acordão que substitui a sentença, se o acordão alterar toda a sentença, valerá o acordão. Volta a primeira instancia para para a fase de cumprimento de sentença (sendo que o correto seria cumprimento de acordão). Seja a sentença ou o acordão, dá-se o nome de título executivo judicial. AP________AC PI________S______ _____________S Segunda observação: A lei para fins legais chama a sentença arbitral de título executivo judicial (art. 515, VII CPC). Exemplo: O arbitro julga procedente e determinar a pagar o valor, solta sentença, essa sentença arbitral tem valor de título judicial. Terceira observação: Competência originária dos tribunais judiciais. O acordão soltado em decisão interlocutória se torna título executivo. Quando não cumprido a parte deve entrar com o pedido de cumprimento de sentença. PI____________________AC PI_________AC__________D Jurisdição Concorrente – Art. 515, VIII. Sentença estrangeira: toda sentença estrangeira deve ser homologada pelo STJ. O STJ valida sentença proferida no exterior. PI_____________S (Na Itália) -------STJ * Para que seja válida a sentença prolatada no exterior precisa ser homologada pelo STJ. Título Executivo Judicial – Art. 515, VI No Brasil existe dois tipos de ilícito: o ilícito civil e o ilícito penal, o primeiro se dá pela violação de uma lei de natureza civil e o segundo pela violação de uma lei de natureza penal. Ambos geram responsabilidades. Acontece muitas das vezes, com a pratica de um único ato, o ilícito civil e o penal. Exemplo: Y não satisfeito com o fim do namoro, no momento de raiva entra com o carro na sala de estar da sua ex namorada. Responderá pelo crime de dano ao patrimônio na espera penal e na civil por indenização. A sentença penal condenatória transitada em julgado, gera título executivo. Antigamentepara conseguir receber a indenização pelos danos causados, a parte tinha que entrar com processo na esfera civil, hoje em dia não, uma vez que a sentença penal transitada em julgado gera título executivo que puder ser executado como cumprimento de sentença na esfera civil para recebimento da indenização. 2 – Segunda Característica Geral Possibilidade de protesto do título executivo – Art. 517. PI_______S (TJ) - Quando a parte devedora não paga, a parte credora entra com o pedido de cumprimento de sentença, quando decorrido o prazo para pagamento voluntário (art. 523 CPC). Quando o devedor não paga dentro do prazo a parte credora poderá protestar o título executivo judicial. “ Requeiro expedição de ofício.” 3 – Terceira Característica Geral Intimação (art. 514, parágrafo 2) # Citação Intimação: algo complexo e demorado. Se dá na fase de cumprimento de sentença. A intimação será na pessoa do advogado. Citação: no final das contas horrível para o processo, pois demanda esforço e tempo Exceção: 1) Se o credor demorar mais de um ano para entrar com fase de cumprimento de sentença. Neste caso se já tiver passado mais de um ano a intimação não será na pessoa do advogado e sim na pessoa do devedor. Ex: PI____________C _________S______INT_________S 2) Quando o devedor não possuir advogado, a intimação será na pessoa do devedor. 3) Nos casos de citação por edital (na figura do curador de ausente). A intimação será pessoal. O curador serve para defender o devedor. *Cumprimento de sentença não tem citação e sim intimação, está previsto no artigo 513, parágrafo 2 do NCPC. 4 – Quarta Característica Geral Competência funcional Quem será competente para o cumprimento de sentença? Regra: o juiz ou o tribunal que tiver funcionando na fase anterior será o mesmo da fase posterior. 1º Caso: cumprimento originário do tribunal de justiça. PI______AC________CS (no tribunal que soltou o AC) 2º Caso: 3º vara civil. O cumprimento de sentença será executado na vara de competência (domicilio do réu – vara civil). PI______S_______CS Observação importantíssima: pergunta de prova Quando o devedor muda de cidade e leva todo o seu patrimônio. Onde deverá ser executado o cumprimento de sentença? A parte credora tem que pedir que o ato seja executado em outra comarca. Ex: Antes era na comarca de SP, e o devedor se mudou para Campinas. Neste caso hipotético o credor deve pedir que o ato seja executado na comarca de Campinas, através de Carta Precatória. O credor pode requerer nos autos que o cumprimento de sentença corra em Campinas – Competência Absoluta Funcional. * Art. 516, parágrafo único, poderá cair na prova Nota: - Prazos se encontra na parte geral do NCPC. Aplicação subsidiária da parte especial do NCPC: art. 519 combinados com o art. 513. “Art. 519. Aplicam-se as disposições relativas ao cumprimento da sentença, provisório ou definitivo, e à liquidação, no que couber, às decisões que concederem tutela provisória”. Combinado com o 513 “Art. 513. O cumprimento da sentença será feito segundo as regras deste Título, observando-se, no que couber e conforme a natureza da obrigação, o disposto no Livro II da Parte Especial deste Código”. Cumprimento de Sentença De Pagar Quantia Certa Em 24-08 Aula 3 Artigo 523 até o 527 do NCPC Organograma: A X B PI______S PI_______I_________P_______A_______A______P________EX PI = petição inicial S = sentença PI = petição inicia I = intimação (do devedor) P = penhora dos bens do devedor A = avaliação A = alienação P = pagamento ao credor EX = extinção do processo. Caso: A (autor) entrou com uma ação conta B (réu). Valor de causa 10 mil. Juiz decidiu favorável ao autor (A). B não recorreu. Advogado do credor (A) entrou com petição inicial pedindo o cumprimento de sentença; obrigatório junto a petição de cumprimento de sentença anexar a planilha de cálculos. O devedor (B) foi intimado a pagar (prazo de 15 dias para pagamento), após o prazo determinado o devedor não pagou (quando o devedor não paga, haverá um acréscimo de multa de 10% + multa de honorários advocatícios de 10%). Advogado do credor entrou com pedido de penhora dos bens do devedor Notas: - No processo civil quem faz a planilha de cálculo com o valor atualizado é o advogado. - Na planilha de calcula deverá conter: 1 ◦ Valor principal diz na sentença o valor que deverá ser corrigido. Tem que 2 ◦ Valor corrigido (correção) verificar na tabela de correção TJ Moratórios, costuma ser de 1% 3 ◦ Juros Fazenda pública 0,5% Ou outros juros 4 ◦ Custas 5 ◦ Despesas ônus sucumbenciais – vai depender da sentença Ex: as vezes é de 10% ou de 20%. Geralmente 6 ◦ Honorários adv. é de 10%. - Soma-se tudo o que estiver na planilha de cálculos e chega-se a um valor. Exemplo: todos os cálculos somados deram R$11.300.00 (onze mil e trezentos reais). No cumprimento de sentença tem que pedir o valor corrigido e não o valor da causa de R$10.000.00 (dez mil). Atualização monetário = é gênero do qual se compõe juros + correção monetária. Observações: - Se o devedor pagar no prazo de 15 dias o juiz extinguira o processo. - Se o devedor não pagar, incidirá multa de 10% + 10% de honorários adv. ≠ esses valores não têm nada a ver com os honorários sucumbenciais (o adv. ganha duas vezes). - O artigo 516 do NCPC – Fala das exceções do local onde o cumprimento de sentença poderá ser impetrado, o credor poderá (exemplo: o réu mudou de cidade, morava em são Paulo e foi para Campinas e com ele levou todos os seus bens (casa, carro, etc.)) optar em impetrar o cumprimento de sentença no juízo do atual domicilio do executado ou no juízo do local onde deva ser executada a ação de fazer ou não fazer. - Somente o advogado pode entrar com o processo de cumprimento de sentença. - Caso o pagamento seja realizado parcialmente, as multas e os honorários advocatícios serão pagos parcialmente. - Para o cumprimento da obrigação será feita a penhora de valores, penhora móveis, imóveis. - Avaliação do bem penhorado pelo oficial de justiça / perito = quanto o bem vale $$$$. - Alienação = venda do bem em leilão. O pagamento ao credor será feito após apurados os valores da alienação. Pergunta: Na fase de cumprimento de sentença o devedor tem direito de se manifestar? Sim. O devedor pode impugnar. Tipos de impugnação que o devedor pode realizar no cumprimento de sentença: ✓ O devedor pode impugnar a petição de cumprimento de sentença. O prazo de impugnação é de 15 dias, após decorrido o prazo de pagamento. (Art. 523 e 525 NCPC) ✓ O devedor terá 15 dias para pagamento após ser intimado a fazê-lo. ✓ O devedor terá 15 dias para impugnação. ✓ A impugnação pode ser feita dentro do prazo de pagamento, mas, o certo é esperar o prazo de impugnação. Ex: no 16 onde acaba o prazo de pagamento, o devedor já pode impugnar. Na pratica o devedor terá 30 dias para fazer a sua impugnação. ✓ Quando o devedor entra com a impugnação dentro do prazo de pagamento, chama-se de recurso preposter = que é o recurso antes de correr o prazo (recurso intempestivo), para nãoocorrer esse efeito o certo é protocolar a impugnação dentro do prazo. Para impugnar é necessário garantir o bem em juízo? Não é necessário que seja penhorado algo do devedor independente de valor ou penhora. Com ou sem penhora o devedor tem o direito de impugnar sempre. Qual é o objetivo da impugnação? Notas: ✓ Impugnação no cumprimento de sentença, não é contestação. ✓ Impugnação é o meio de defesa do devedor na fase de cumprimento de sentença. ✓ Tudo o que foi falado e o que não foi falado na contestação, não poderá ser usado ou falado na impugnação. Não se pode repetir a mesma matéria da contestação. Se deixou de falar algo na contestação, não poderá falar na impugnação, porque, o direito precluiu. EXCEÇÃO: salvo - ordem pública. ARTIGO 525, NCPC, parágrafo primeiro, incisos I ao VII. Diz a matéria que pode impugnar. - Quando o correr o excesso de valor: vai alegar o excesso de cobrança. Tem que informar o valor certo; justificar em planilha. Caso não faça o juiz indeferirá a impugnação. Observação importante – caso difícil de entender: O artigo 525, parágrafo 12 (doze) do NCPC. Viola a coisa julgada. Título inexigível = deve ser alegado na impugnação. Quando o STF solta AC dizendo que a lei Y é inconstitucional. A sentença prolatada a favor da lei, será considerada inexigível. EM REGRA: a impugnação não tem efeito suspensivo. EXCEÇÃO: terá efeito suspensivo quando o impugnante alegar que o andamento do cumprimento de sentença prejudicará a impugnação. O juiz poderá determinar a suspenção do C. S. até ser julgado a impugnação. A impugnação ocorrerá nos mesmos autos ou em separado? Vai depender se tiver ou não efeito suspensivo. Se tiver efeito suspensivo não poderá ter autos suplementares; será no mesmo auto. Se não tiver efeito suspensivo. Vai precisar de autos suplementares, e amplas correram em separados (paralelamente). Juiz solta decisão na impugnação ou no cumprimento sentença, caberá qual recurso? Dependendo do conteúdo caberá apelação. Sentença que põe fim ao cumprimento de sentença = cabe apelação. Sentença em que o juiz indeferiu a impugnação = caberá o agravo de instrumento. Em 31-08 Aula 4 Observação: Fundamentação legal do recurso que impugna...art.1015, p. único CPC 1009 CUMPRIMENTO DE SENTENÇA PROVISÓRIO Noções Introdutórias: Efeitos suspensivos de um recurso: ex. apelação, a regra, recebida no efeito devolutivo mais suspensivo. Se relaciona aos efeitos da decisão. A parte de quando a decisão vai ou não gerar os seus efeitos? Se não recorrer, já gera os efeitos automaticamente porque acontece o transito em julgado Quando recorre o que acontece com os efeitos? Quando a apelação é recebida em duplos efeitos, os efeitos da sentença ficam suspensos. A sentença não gerara nenhum efeito, até que o AC venha e confirme a sentença. Se confirmar, a sentença passa a gerar os regulares efeitos. Se o acordão reformar a sentença, o que não estava produzindo efeito, continuará a não produzir nenhum efeito. Até que o recurso suba e seja processado e julgado pelo tribunal, a decisão não sofre nenhum efeito até a decisão definitiva. Se confirmado vai gerar os efeitos. Se cumprir voluntariamente, extingue. Se não cumpriu, entra no cumprimento de sentença. A regra: só executar o comando da sentença depois do veredito final do tribunal. Porém, tem recursos que só podem ser recebidos no efeito devolutivo. Os efeitos da sentença não estão suspensos, neste caso os efeitos da sentença já produzem efeitos. Se o tribunal confirmar a sentença continuará a produzir os efeitos. Se o tribunal reformar, a sentença vai parar de produzir seus regulares efeitos. Quando o efeito não tem efeito suspensivo, tem duas opções: ou espera o julgamento da apelação pelo tribunal, ou como a sentença produz efeito já pode pedir o cumprimento de sentença desde já. Porem esse cumprimento de sentença será provisório. Tribunal confirma, a sentença continuará produzindo efeito e será definitivo. AP_______TJ______AC PI____S ------------------------------- Cumprimento provisório é feito da mesma forma que o definitivo. Porém, tem regras específicas, do art. 520 até o 522. - Aplica-se as regras do definitivo e mais as regras do provisório CUMPRIMENTO DE SENTENÇA PROVISÓRIO Art. 520, caput 1- Regra do cumprimento de sentença provisório: corre por conta e risco do credor. - O correto é esperar o que o tribunal diz sobre a sentença definitiva. - Por conta da decisão provisória a parte pode ter algum prejuízo Exemplo: A X B A= autor B= réu A= ganha AP_________TJ_______ PI_______S--------------------- A execução provisória e possível, mas, ocorrerá por conta e risco do credor, caso aconteça alguma coisa com o devedor. 2 – Regra Caso a decisão seja reformada, as partes serão colocadas no estado quo ante. (situação anterior ao inicio do cumprimento de sentença). 3 – Regra Se não for possível a colocação das partes ao estado quo antes, deverá ser apurado nestes autos quais foram os danos, e a indenização será processada dentro dos mesmos autos. A parte não precisa entrar com uma ação de indenização por fora. 4 – Regra Se for reformada em parte a decisão, o cumprimento de sentença vai morrer em partes também. Exemplo: foram 3 pedidos, o autor está executando os 3, e na apelação conseguiu reverter 1. - Exemplo: juiz condenou a parte a XXX AXB AP_________AC PI_______S ------já pode executar a parte (pediu a penhora, avaliação e venda). No CPC anterior parava na fase de alienação, e parava a execução provisória até o entendimento do recurso. No CPC atual – essa fase não existe mais, hoje pode inclusive realizar-se atos de alienação até o pagamento. O NCPC foi benéfico para o credor. Nota: Como fica em caso de reforma, se um bem tiver sido alienado. Nesse caso tem que caucionar o juízo, que é garantir o juízo, dar alguma coisa em garantia, em caso de a sentença ser reformada, nesse caso tem como levantar o valor do bem caso o mesmo já tenha sido vendido, em uma sentença reformada. Geralmente o que se dá em garantia é dinheiro, não é regra. Exceção: casos e, que se pode alienar sem apresentar a garantia. Casos que não precisam de calção: Art. 521, incisos I, II, III, IV 1- Caso de créditos de alimentos, não precisa de garantia. 2- Em caso de necessidade. Se demonstrado, e fundamentado a necessidade. 3- Quando pender recursos de agravos. Pode executar provisoriamente, sem apresentar garantia, uma vez que a possibilidade de se reformar é mínima. 4 – Sentença de baseou em uma sumula vinculante. A chance de reformar é quase nula. Pode executar e não precisa de garantia. Observação: Exceção da exceção: Parágrafo único: mesmo nos 4 casos a cima, pode o juiz pedir o calção. - O juiz pode determinar que a parte caucione, se entender que a outra parte possa vir até prejuízo, mesmo que seja um caso de alimentação, se o juiz entender que pode ocorrer erro irreparável. Observação: Como se processa o cumprimento provisório, se os autos estão na segunda instancia? - São abertos novos autos, chamado de carta de sentença. São os responsáveis pela execução do cumprimento de sentença. Antes dos autos subir, a parte tem que pedir xerox levar ao cartório para fazer autos complementares para a partir daí executar o cumprimento de sentença. Preciso tirar xerox dos autos que subiram por inteiro? 522, parágrafo único. As peças que preciso juntar para 1: decisão exequenda 2: certidão de interposição do recurso 3: procuração 4: habilitação 5: peças facultativas Se a base for física se não for não precisa dos procedimentos a cima. Notas: - Sea base for eletrônica não precisa. - Se houver transito em julgado é cumprimento definitivo. - Se não houver o transito em julgado é cumprimento provisório. LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA Art. 509 ao 512 do NCPC - Para que se possa realizar o cumprimento de sentença ou de liquidação o título precisa ser certo, liquido e exigível. Certo: quando a existência da obrigação (não pode ter dúvida) Liquido: quanto ao seu valor ou qualidade. Exigível: não pode pender nenhuma condição sobre o mesmo. Exemplo: realizo um contrato de doação com condição suspensiva, doarei para X pessoa 1 milhão de reais, com a condição dessa x pessoa conseguir para o doador, aprovação da OAB na primeira fase. É uma doação com condição. Só pode executar o título após o cumprimento da condição. Se não cumprir a condição o título não será exigível. Na debeato – só tem o preceito condenatório. A sentença vai e condena. E também tem o preceito quantificatório. Sentença com an debeato ou o quantum debeato é uma sentença liquida Quando a sentença vem só com o an debeato e sem o quantum debeato esta sentença será ilíquida. Formas para liquidar as sentenças. Como faço para liquidar uma sentença liquida? 509 ao 512 1 – por operação aritmética 2 – por arbitramento 3 – por procedimento comum. Antes era por 1 – Por operação aritmética: pelo advogado, faz pela planilha de cálculo. Quando precisa só de atualização quem faz é o advogado. 2 – Por arbitramento: acontece na hipótese em que na decisão haja a previsão da liquidação ser feita por um árbitro. Ex.: a parte fez um acordo na hora da audiência, e as partes não conseguem quantificar a extensão do dano, fica estabelecido que será apurado pelo arbitro (perito, pelo laudo, ou pelo arbito etc.) vai depender do que estiver na sentença. Tem previsão expressa no artigo 510 NCPC 3 – Por procedimento comum: acontece quando tem a necessidade de se provar fato novo. Ex.: em um processo criminal, MP X bandido. Solta a decisão. De fato, um valor para concertar o muro no valor de 17 mil. E o juiz fixou o mínimo de 5 mil. Nesse caso tem que tirar uma xerox da sentença e entra na fase de cumprimento de sentença caso concorde com a decisão de 5 mil. A vítima é obrigada a aceitar os 5 mil? Liquidação através de procedimento comum: será aberto um procedimento para liquidar a sentença. No final o juiz soltará uma decisão interlocutória, apurando o quantum debeato, o juiz determina 25 mil, daí em diante a parte (vitima) entra com o cumprimento de sentença, caso a parte ou as partes não concorde (m), entra com o agravo de instrumento. Art. 1015 NCPC. O valor correto será achado pela liquidação por via de procedimento comum, tendo que demonstrar caos que não tenha sido citado anteriormente. Como o juiz faz para fixar o mínimo indenizatório, para a vítima? Pega os fartos elementos que existem nos autos. PROCESSO DE EXECUÇÃO Em 14-09 Aula 5 Diferença entre a fraude contra a execução e a fraude contra credores Fraude contra credores: 1) Existem no mínimo 3 pessoas envolvidas, seja, na fase de execução ou na fase contra credores 2) Ambas tem a mesma finalidade ou intenção, servem para a mesma coisa: tentar lesionar com o credor. Tentar não cumprir a obrigação e não pagar o que deve. Começas as diferenças Fraude contra credores: Exemplo: A empresta dinheiro para o B. No dia determinado para pagar a parte B, não pagou, e antes do vencimento a parte B transferiu todos os seus bens a um terceiro C, em forma de doação. O patrimônio é o que responde pela Como faz para combater a fraude? Não adianta entrar coma ação de execução e cobrando. O mecanismo adequado é entrar com uma ação (PI) contra as partes B e C, para conseguir anular esse negócio. Automaticamente anulado a doação, o bem volta ao dono B. A partir ai entra com a ação para pedido de penhora – o nome da ação: Ação Pauliana – a sentença vai invalidade este negócio. Basicamente consegue-se fraldar credores através de dois negócios jurídicos: 1- compra E venda 2- Doação. - Não são os únicos mas são os mais importante. Na Ação Pauliana tem que provar duas coisa: 1 – Concilio fraudes, e a 2 - Insolvência civil. O concilio fraudes: o conluio de b com c, que ambos estavam mancomunados para prejudicar o credor. A insolvência civil: é a insolvência econômica, quando a pessoa tem mais débitos do que credito. Para conseguir que a ação seja julgada procedência tem que provar essa insolvência. Na hipótese de doação, só se exige a insolvência civil. EX: A X B AXB,C C PI_________ ___I PI______S PI__________I BC Aqui B se desfaz do bem antes do processo de ação Fraude à execução: Sofreu alteração no brasil, por conta de uma sumula. - O mais difícil é prova a insolvência econômica. Exemplo: A não recebe de B o pagamento de uma nota promissória. Imaginasse que o devedor já sabe que tem uma ação contra ele. Transfere todo o seu patrimônio para C. Aqui B se desfaz dos bens depois de correndo a ação. Como combater a fraude à execução? Dentro do processo de execução que já existe, um protocolo de uma petição (petição simples: nas trata de uma petição inicial, e sim uma petição com duas páginas). Ação protocolada no curso de um processo que já existe. O juiz vem e solta uma decisão. Se ele achar que ouvi sim fralde a execução, o juiz não pode anular o negócio. O negócio continua existindo. A decisão não anula o negócio fraudulento, os bens de b vão continua nas mãos de C. A decisão em si vai declarar a ineficácia de um negócio para todas as pessoas do mundo. Somente para uma pessoa faz de conta que esse processo nunca existe, para a parte A. O A é o único que vai conseguir penhorar esse negócio, pois para todas as pessoas do planeta geram efeito, porém, para o A não, porque o juiz declarou que para o A esse negócio é ineficaz, como se não tiver existido. Existe uma diferença significativa entre a fraude e a execução: Exemplo: AXB A-B AX I__________I I_____I ___ I_____I_______I___________ PI CIT V PET Decisão interlocutória Sim Por muito tempo era como o exemplo a cima Sumula 375 Atualmente com a sumula ficou assim: PI____CIT____I____I____I___I____Registro de penhora. Primeiro Caso da sumula: A sumula diz: só existira fraude à execução se o negócio for feito após o registro da penhora. Após o registro da penhora, tem que demonstrar a insolvência civil. Segundo Caso da sumula: Se o negócio for feito no andamento do processo, a parte A também consegue anular e demonstrar a fraude a execução. E tem que prova a má fé chamada de concilio fraude. Ou da prova de má fé do terceiro adquirindo. Se a fraude for feita antes da petição será fraude contra credores Se a fraude for feita entre a PI e o registro da penhora, pode ter fralde a execução, desde que prova a CF e IC. Se feito depois do registro da penhora pode se ter fralde a execução bastando prova a insolvência econômica do devedor. Os dois institutos são diferentes (fraude a credores e a execução). O que diferenciava uma da outra era a data. Se acontecia antes ou depois da ação proposta. Se o negócio jurídico for feito depois do registo de penhora, é mais fácil provar. XXXX Matéria nova daqui Princípios fundamentais do processo de execução. Esses se aplicam, mais já foram estudados: - Princípio da igualdade - Princípio do contraditório e ampla defesa Os princípios específicos do processo de execução: - 1) Princípio da realidade – art. 789 – é o mais importante de todos. No brasil o que responde pelo direito das obrigações é o patrimônio. Quando o devedor não tem patrimônioo credor fica no prejuízo. Não tem exceção- a prisão civil não faz desaparecer dividas, mesmo que nos casos de pensão alimentícia; o que faz desaparecer é o pagamento. Entra devendo, passa três meses, a envolta devendo mais ainda. O devedor de alimentos, não tem caráter de pena no brasil - 2) princípio da satisfatividade - art. 831 – Em 21-09 Aula 6 2- Princípio da satisfatividade - art. 831 – A execução deve existir para sanar a crise de insatisfação. Não pode existir tão somente para causar prejuízo ao devedor. 3 - Principio da Utilidade da execução – art.836 e 891. A execução deve ser útil para o credor. Não pode ser utilizada para fins de expor mágoas ao devedor. Com a finalidade de expor o devedor a sociedade, a ideia não é essa. Se o custo da execução for maior que o bem. Exemplo: o devedor tem um único patrimônio, um maquinário com valor de 5 mil reais. Os custos são maiores, exemplo: 7 mil para perícia do valor. A execução será inútil para o credor Não é possível se alienar bens, que tenha preço vil (preço irrisório), um imóvel que valo 1 milhão, vem e oferece mil reais. O juiz marcara novo leilão para novos lances. Se não for útil para o credor, e não conseguir levantar o crédito o juiz não dará início a execução. 4 - Princípio da economia da execução – art. 805 A execução deve correr sempre para causar o menor prejuízo possível ao devedor. Exemplo: se o juiz tiver diante de duas opções, tem que optar o q traz menor prejuízo ao devedor. 1 – Ou determina a venda do único bem do devedor ou 2 – determina o uso fruto. O juiz vai escolher o melhor para o devedor que é o usufruto. O juiz pede o usufruto baseado no princípio da economia da execução. 5 - Principio da especificidade – art. 809 e 816 Deve sempre executar o que estar previsto no título. Se no título diz que tem direito a bicicleta, tem que executar para receber a bicicleta. Tem que olhar o que está expresso no título, e especificamente executar o que está no título. Secundariamente se não for possível a execução do quanto está estampado no título. Abre-se as perdas e danos. 6 – Princípio do ônus da execução – art. 831 No final quem paga o custo da ação? O devedor, que é o responsável pela ação. Custas e honorários; honorários periciais. Qualquer custo será pago pelo devedor. O ônus será sempre do devedor. 7 - Principio da dignidade da pessoa humana – art. 833 Norteia o processo civil de execução e toda a vida da pessoa humana. Vem antes do artigo 5 da CF. Como se viabiliza a dignidade da pessoa humana? Pelo princípio da proteção do patrimônio mínimo. Se dá pela impenhorabilidade de alguns bens da pessoa. 8 - Principio da disponibilidade da execução – art. 775 Como é o processo de conhecimento? Pode desistir da ação? Autor versos réu sim, até a citação sem a manifestação do réu, após a citação o juiz só homologa a desistência se o réu concordar. Após citação precisa a anuência do devedor. A regra é que não tenha nenhuma consequência para o credor. Em via de regra não terá nenhuma consequência para o credor. Se feito antes da citação. XX TITULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL O que fundamento o cumprimento da sentença? É o título executivo judicial. O que fundamenta um processo de execução? Título extrajudicial. Quem é que dá força ao título executivo judicial? Poder judiciário Quem dá força ao título executivo extrajudicial? Poder legislativo. E a lei. É o documento que tem executoriedade, que se pode executar. Art. 784. Prevê os títulos executivos extrajudiciais. São 12 incisos. Caem todos na prova. O mais importante de todos: é responsável por 96% das execuções. Art. 784, inciso I – são os títulos de crédito (cheque, nota provisória, duplicatas, debentures, letra de cambio). Observação: Inciso I: 1) PELO PRINCÍPIO DA CARTULARIDADE: precisa juntar o título original. Quem pode exercer direito de execução, quem tem a cártula na mão. EXCEÇÃO: É a duplicata aceita e retida. Quando o comerciante realiza um negócio jurídico com dívida a prazo. O credor emite um documento chamado de duplicata, e envia para o devedor aceitar. A maioria não aceita e rasga. O credor tem que ir com o contrato e junta o protesto com a declaração, e nota fiscal. Uma vez que a cártula não existe mais. O comerciante emite a triplicata: não é exceção. Pois é um título. OBSERVAÇÃO: Para executar precisa executar? Salvo o exceto. Não precisa protestar os títulos para entrar com o processo de execução. O único processo que se faz necessário o protesto é a falência, com protesto do título, chamado de protesto especifico. 11101/05 Inciso II: 2) DOCUMENTO PÚBLICO: Inciso II – documento público. Executar um instrumento público. Obs: não é necessária assinatura de testemunhas. O documento público tem fé pública, desde que emitido pelo órgão público. Art. 184 inciso II Inciso III 3) CAI NA OAB – Instrumento particular: Pegadinha: quando é instrumento particular não tem fé pública, precisa ser assinado por duas testemunhas. Ex: o documento não está assinado ou está assinado por 1 testemunha. Vale como título executivo extrajudicial? Não vale. E não precisa entrar com ação de conhecimento e sim com a ação monitoria (a doutrina chama de quase título). Ação monitoria será ensinada no decimo semestre. OBSERVAÇÃO: precisa do documento original? Não. Precisa de xerox autenticada? Não basta a simples. O princípio da cartularidade só serve para título de credito (aulas da professora Elaine). Se for falso a parte argui o incidente de fraude documental. Os falados a cima são os mais importantes CONTRATOS DE LOCAÇÃO. O locatário não pagou dois meses de aluguel. Preciso entrar com uma cobrança? Pelo CPC novo não. Todos os encargos relacionados aso contratos de aluguel, estando documentados poderão ser executados (pode entrar direto com a execução). Pega o boleto de pagamento com o código de barras e entra com a execução. Está no inciso VIII. Não precisa entrar com a ação de conhecimento. Inciso XII- é uma clausula aberta e demais casos previstos em lei. Exemplo: contratos de honorários advocatícios. E se a cliente não paga. É só executar direto. O Estatuto da OAB diz que tem força executiva o contrato de honorários advocatícios. Acabou a teoria geral de processo de execução. Entra a partir daqui da execução em espécie. Espécies de execuções previstas no CPC Observação introdutória: Art. 797 ao 805. Tem regras gerais que se aplicam a todas as espécies. Exemplo: Petição inicial – requisitos do art. 319 CPC. Tem outros requisitos? Sim no 798 e 799. Ler várias vezes o 798 e 799. Porque? Se cair na prova, uma petição inicial de processo de execução. Consegue-se fazer de forma muit0 fácil. Tem grande possibilidade desses dois artigos caírem na prova de P1. Espécies de Execução: art. 806 ao 810, CPC. 1.- EXECUÇÃO PARA ENTREGA DE COISA CERTA: Objeto: uma coisa certa. EXEMPLO: fiat uno mille placa tal Etc. tem que pedir o que está no título. Procedimento: começa pela P.I. juntamente com o título extrajudicial. Vai para o juiz, para despacho: que pode indeferir ou deferir, ou emendar a P.I. com 15 dias uteis de prazo com base no NCPC. Tudo de acordo, o próximo passo é a citação do executado (devedor). Para no prazo de 15 dias. Dicas do NCPC: Houve uma sistematização dos prazos. 95 % dos prazos são de 15 dias uteis. Suspeitar dos números estranhos. 15 dias para o réu entregar a coisa. No processo de execução a pessoa é chamado (citado) para entregar coisa certa, ou o que está previsto no título. Possibilidades do devedor: - Entregar a coisa: se acontece o processo será extinto. Salvo se houver necessidade de apuração de bem feitorias e ou perdas e danos, O que se fara nos próprios autos. EXEMPLO: Contrato para entregar um caminhão para xpessoa no dia 20. Porque no dia 21 a pessoa x tem um contrato com o parceiro comercial para entregar uma mercadoria em Fortaleza. Porém não é entregue na data. A parte entra com ação de execução. A partir daí a parte entrega, não acaba com o processo. Pois ocorreu um prejuízo à parte. Esta não precisa entrar com uma nova ação. Uma vez entregue o caminhão o processo não será extinto e continuara para apurar as perdas de danos. Através do processo de liquidação por procedimento comum. Após o valor indenizatórios será executado, dentro dos próprios autos que já existem. Quando tem bem feitorias, será apurado também. 2 – O devedor não faz nada (simplesmente não entrega a coisa): O mandado de citação já vai com ordem de busca e apreensão (para bens moveis) e imissão na posse (pata bens imóveis). Como funciona? Quando o oficial de justiça sai com o mandado de citação, ele não devolve o mandado de citação ao cartório, o oficial segura o mandado, espera e fica acompanhando, se a parte não entrega a coisa. O oficial de justiça vai e faz a apreensão ou a imissão. Após, ou o processo será extinto, ou prosseguira para o processo de bem feitorias ou perdas e danos. Observação: Quando o devedor não faz nada, é porque a coisa desapareceu. Nesse caso convertesse em liquidação no procedimento comum, com perdas e danos. O bem perdido será pago em dinheiro. Observação: Se a coisa estiver em posse de terceiro. No caso de a coisa ter sido vendida. O código diz que o devedor (terceiro que comprou) deverá ser notificado e devera impugnar se consignar a coisa em juízo (deposito ficto. Para ter o direito de ...) Vide aula sobre fraude. O juiz nesse tipo de ação, poderá já mesmo no despacho inicial, fixar multa diária por descumprimento da determinação judicial. Esta fixação, deverá ser norteada pelo princípio da razoabilidade, podendo no curso do processo ser majorada ou diminuída, art. 806, parágrafo primeiro. Próxima aula execução de coisa incerta
Compartilhar