Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Relato de Caso Paciente do gênero masculino, leucoderma, 16 anos compareceu à clinica de radiologia odontológica. A incidência panorâmica mostra imagem radiolúcida unilocular de limites bem definidos em corpo de mandíbula do lado direito. A lesão se apresenta desde a região periapical do dente 45 estendendo-se ao dente 48 (semi-irrompido, com rizogênese completa e coroa voltada para mesial). Nota-se que o dente 47 encontra-se deslocado de sua trajetória de erupção. O trajeto do canal da mandíbula e o forame mentual também se encontram deslocados. Nas raízes dos dentes 45 e 46, observa-se reabsorção radicular externa, em aspecto de ponta de faca como mostra a figura 1. As hipóteses de diagnóstico neste caso podem ser; um tumor unilocular, um ameloblastoma ou um tumor odontogênico ceratinizante, dado o tamanho da área de lise óssea, deslocamento do elemento 47 bem como a reabsorção radicular em ponta de faca dos dentes 45 e 46. Entretanto o diagnóstico histopatológico foi de CD. Nota-se neste CD, que seus aspecto radiográfico foge do padrão clássico do saco pericoronario aumentado, com fixação do halo radiopaco ao coloco anatomico. Nem mesmo de uma variante do CD, como padrão central, lateral ou circunferencial. A figura 2 mostra o aspecto pós operatório da lesão. Conclusão Os CDs são encontrados geralmente em exames radiográficos de rotina, pois possuem curso clínico insidioso e a expansão de corticais muitas vezes não é notada pelo paciente. Mesmo que o clássico padrão radiográfico do CD esteja sedimentado na concepção de clínicos e radiologistas, variações no seu padrão de imagem podem remeter a hipóteses de diagnóstico que projetam um prognóstico mais preocupante. Este relato de caso mostra que padrões iconográficos não guardam, necessariamente, sinais patognomônicos característicos das lesões tumorais. Relato de caso Paciente do gênero feminino, 76 anos de idade, leucoderma, procurou o ambulatório do Serviço de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial , queixando-se de aumento de volume na região de palato. Durante a anamnese, foi relatado quea lesão estava presente há aproximadamente 10 anos. A paciente apresentava um bom estado de saúde geral e negou história de tabagismo. Além disso, não apresentava linfonodos cervicais alterados à palpação. Ao exame físico intraoral, verificou-se que a paciente era edêntula total e apresentava uma lesão nodular, exofítica, com coloração semelhante à da mucosa, localizada na região palatina de rebordo alveolar, na área correspondente aos dentes 13 e 14. A lesão, de consistência firme e crescimento lento, se apresentava bem delimitada e possuía aproximadamente 20 mm de diâmetro, clinicamente assemelhando-se a umaneoplasia de glândula salivar, neoplasia mesenquimal ou processo proliferativo não neoplásico (Figura 1). O exame radiográfico panorâmico revelou ausência de dentes inclusos ou restos radiculares, tanto em mandíbula quanto em maxila, bem como apresença de imagem radiolúcida unilocular em região de rebordo alveolar da maxila direita (Figura 2A). Por sua vez, o exame radiográfico periapical da região afetada revelou uma imagem radiolúcida unilocular, de formato circular e contornos regulares, delimitada por halo radiopaco e exibindo proximidade com oseio maxilar direito (Figura 2B). Figura 1 – Lesão nodular, com coloração semelhante à da mucosa, localizada na região palatina de rebordo alveolar, na área correspondente aos dentes 13 e 14. Figura 2 – A) Radiografia panorâmica mostrando ausência de dentes inclusos ou restos radiculares, bem como a presença de imagem radiolúcida unilocular em região de rebordo alveolar da maxila direita. B) Radiografia periapical evidenciando área radiolúcida, circunscrita por halo radiopaco em região anterior de maxila. Conclusão O caso apresentado evidencia a importância da remoção completa e curetagem de lesões císticas associadas a dentes, bem como o acompanhamento radiográfico após a cirurgia. Além disso, em virtude da possibilidade do CPL permanecer mesmo após a exodontia do dente associado e se assemelhar, radiograficamente, a um cisto residual, deve-se diagnosticar essa lesão com base nos achados histopatológicos e dar menos importância à sua localização adjacente ou lateral à raiz de um dente vital.
Compartilhar