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AULA PROTEÍNAS SÉRICAS

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Universidade Federal do Ceará
Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem
Departamento de Análises Clínicas e Toxicológicas
Bioquímica Clínica I
Aminoácidos e Proteínas Plasmáticas
Jáder Almeida Canuto
Farmacêutico
Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas
Fortaleza
2015
Introdução
Proteínas são consideradas as macromoléculas mais importantes na manutenção da fisiologia celular e homeostásica.
Aminoácidos
Aminoácidos
Componentes básicos das proteínas.
Compostos orgânicos dipolares (anfólitos).
Aminoácidos
Tipos de aminoácidos
Determinado pelo grupo R
Prolina
Triptofano
Isoleucina
Metionina
Fenilalanina
Valina
Leucina
Alanina
Aminoácidos
Tipos de aminoácidos
Determinado pelo grupo R
Aminoácidos
Tipos de aminoácidos
Determinado pelo grupo R
Aminoácidos
Tipos de aminoácidos
Determinado pelo grupo R
Aminoácidos
Ligação peptídica
Peptídeos
2, 3, 4 e 5 Aa – di, tri, tetra e pentapeptídeos
Mais que 6 Aa – Oligopeptídeos
Mais que 20 Aa – Polipeptídeos
Mais que 40 Aa e massa molecular ≈ 5KDa - Proteínas
Proteínas
São compostos de elevada massa molecular produzidas pelas células vivas de todas as formas de vida.
São polímeros complexos de aminoácidos, unidos entre si por ligações peptídicas.
Enzimas 
Armazenamento
Contração e motilidade
Reguladoras
Transporte
Defesa
Estruturais
Funções:
Proteínas Plasmáticas
Classificação das proteínas 
	quanto à estrutura
Fibrosas
	Colágeno
	Troponina
	Fibrinogênio
	Miosina
Globulares
	Hemoglobina
	Enzimas
	Hormônios peptídicos
	Proteínas plasmáticas
Proteínas Plasmáticas
Estruturas protéicas
Proteínas Plasmáticas
Estruturas protéicas
Proteínas Plasmáticas
Proteínas totais
Mais de 300 proteínas diferentes no plasma.
Somente algumas são detectadas na rotina.
Espécimes: Sangue,urina,saliva,fezes e líquidos corporais (LCR)
Suas concentrações são alteradas em diversas situações patológicas.
Proteínas Plasmáticas
Concentração protéica
Proteínas Plasmáticas
Desidratação
Enfermidades monoclonais
 - Mieloma múltiplo (IgG, IgA)
 - Macroglobulinemia de Waldenström (IgM) – doença linfoproliferativa
 - Doença de cadeia pesada (Franklin)
 - Resposta de fase aguda (trauma, infarto, malignidade)
3. 	Enfermidades policlonais crônicas
 - Cirrose
 - Hepatite crônica
Hiperproteinemia
Aumento do volume plasmático
Perda renal 
Queimaduras Severas
Distúrbios de síntese protéicas
 - Desnutrição
 - Má absorção
 - Enfermidade hepática crônica
Outras Causas: 
	- Analbuminemia
	- Enteropatia perdedora de proteínas
	- Hipogamaglobulinemia 
	- Hemorragia grave.
Hipoproteinemia
Proteínas cuja concentração se altera inespecificamente em condições agudas, em especial inflamação e lesão tecidual
PFA positivas
	-	α1-antitripsina
	- 	α1-glicoproteína ácida
	-	Proteína C reativa
	- 	C3, C4
	-	Ceruloplasmina
Proteínas de Fase Aguda
PFA negativas
	-	Transtirretina
	- 	Albumina
	-	Transferrina
Proteínas de Fase Aguda
Eletroforese em gel
Separação de proteínas séricas
Eletroforese em gel
Separação de proteínas séricas
Eletroforese em gel
Separação de proteínas séricas
Eletroforese em gel
Separação de proteínas séricas
Albumina
Principal proteína plasmática
Proteína globular pequena – 66,3kDa
Encontrada do meio do período gestacional até a morte
Responsável por aproximadamente metade do peso total de proteínas plasmáticas
Fração albumínica
Albumina
Produção hepática regulada por:
	Pressão osmótica coloidal
	Consumo de proteínas
	Níveis de citocinas pró-inflamatórias
Catabolismo por pinocitose nos tecidos com reutilização dos Aa
t½ normal de cerca de 15 a 19 dias.
Fração albumínica
Albumina
Funções:
Manutenção dos volumes intra e extravascular
Transporte de substâncias:
	Ácidos graxos
	Fármacos
	Fosfolipídeos
	Aminoácidos
	Hormônios
	Bilirrubina
	Íons metálicos
Fração albumínica
Albumina
Fração albumínica
Hipoalbuminemia
Fração albumínica
Redução da Síntese
	Enfermidade hepática severa, desnutrição, síndrome de má absorção
Aumento do Catabolismo Protéico
	Infecções ou malignidade
Perda de Proteínas
	Urina, fezes, pele
Distribuição Alterada
	Secreção de grandes quantidades de albumina do compartimento extracelular (ascite) devido a elevada pressão portal
Analbuminemia
Pré-Albumina
Fração que migra rapidamente;
Papel importante no metabolismo da vitamina A;
Rica em triptofano;
Meia-vida de 2 dias;
Marcador do estado nutricional.
Pré-Albumina
Frações Globulínicas
De acordo com a separação eletroforética
Frações Globulínicas
α1-Globulinas
α2-Globulinas
β-Globulinas
γ-Globulinas
Frações Globulínicas
Níveis aumentados
Reação de fase aguda
Estrógenos
α1-Antitripsina (AAT)
Inibidor de serinoproteases
Síntese no parênquima hepático
Inibe a elastase leucocitária e brônquica
α1-Globulinas
Níveis diminuídos
Deficiência genética
Síndrome do Desconforto Respiratória Neonatal
Pancreatite grave
Níveis aumentados
Reação de fase aguda
Uso de corticóides e AINES
α1-Glicoproteína ácida (AAG)
Proteína de transporte – 2ª mais importante
Liga-se a diversas substâncias lipofílicas
Peso molecular de aprox. 40kDa
α1-Globulinas
Níveis diminuídos
Altos níveis de estrógenos
Síndromes de perca protéica (Síndrome Nefrótica)
Níveis aumentados de AFP em crianças e adultos:
Carcinoma hepatocelular
α1-Fetoproteína (AFP)
Uma das primeiras alfa-globulinas a aparecer no soro fetal
Proteína sérica dominante na vida fetal
Aparece na vida adulta em algumas enfermidades
α1-Globulinas
Haptoglobina (Hp)
Proteína sérica que se liga irreversivelmente à hemoglobina após hemólise
Síntese hepática
Constituída por 4 cadeias polipeptídicas, com configuração semelhante à da hemoglobina (α2β2)
α2-Globulinas
Níveis aumentados
Uso de corticóides e AINES
Reação de fase aguda
Obstrução biliar sem dano hepático
Síndromes de perca protéica
Níveis diminuídos
Hemólise
Aumento dos níveis de estrógeno
Doença hepática aguda e crônica
Deficiências genéticas
α2-Macroglobulina (AMG)
Importante inibidor de proteinase no plasma.
Restrita ao espaço intravascular (proteína grande)
Sintetizada no parênquima hepático
α2-Globulinas
Níveis aumentados
Estrógenos
Altos níveis em crianças e neonatos
Síndrome nefrótica
Níveis diminuídos
Pancreatite aguda e crônica
Antes do tratamento de carcinoma avançado de próstata
Alfa Globulina
Alfa-2
Ceruloplasmina,liga-se ao cobre,sintetizada no fígado,níveis séricos:20-40mg/dL.
Elevada em reações de fase aguda e estrogenioterapia;
Doença de Wilson(distúrbio no metabolismo do Cobre),síndrome nefrótica e nas enteropatias com perda de proteína: Ceruloplasmina.
Proteína C-Reativa (PCR)
Principal proteína de fase aguda
Liga-se a estruturas celulares de patógenos
Ativa o complemento
β-Globulinas
Aumentada em situações agudas!
Infarto Agudo do Miocárdio
Infecção
Estresse
Trauma
Cirurgia
Proliferação neoplásica
Proteínas do Sistema Complemento
Sistema Imune Inato
Ativadas por diferentes vias
	Complexo Ag-Ac
Transferrina (TFR)
Principal proteína de transporte de ferro
Responsável pela Capacidade Total de Ligação do Ferro (CTLF)
Suas concentrações plasmáticas são controladas pelos níveis de Ferro
Sintetizada no fígado
Proteína de Fase Aguda Negativa
Níveis aumentados na anemia ferropriva
β-Globulinas
Gamaglobulinas ou Imunoglobulinas
Anticorpos humorais
Responsáveis pelo reconhecimento e neutralização de Ag protéicos
Sintetizadas nos linfócitos B diferenciados em plasmócitos
γ-Globulinas
γ-Globulinas
γ-Globulinas
Hipergamaglobulinemia
Processos infecciosos
Distúrbios benignos e malignos (monoclonais ou policlonais)
Hipogamaglobulinemia
Imunodeficiências primárias e secundárias
Distúrbios protéicos
Distúrbios protéicos
Distúrbios protéicos
Desordens no metabolismo de Aa
Albinismo
Desordens no metabolismo de Aa
Fenilcetonúria
Fenilcetonúria
Microcefalia;
Dificuldades no desenvolvimento mental;
Convulsões;
Deficiência mental grave;
Hiperatividade;
Cheiro na pele, cabelos e urina característico;
Erupção cutânea semelhante ao eczema;
Manchas claras na pele.
CASO CLÍNICO I
Paciente AMF, de 65 anos de idade, apresentou repentino princípio de dor nas costas. A radiografia revelou fratura por compressão de segunda vértebra lombar descontínuo e lesões cranianas focais, chamadas de lesões em saca-bocado. A eletroforese do soro mostrou a presença de imunoglobulina monoclonal. Isso provou ser uma imunoglobulina do tipo IgG na eletroforese.
CÁSO CLÍNICO II
Uma mulher de 45 anos de idade sofreu lesão severa nos membros inferiores em acidente de trânsito. Depois de sua admissão no hospital, o perfil bioquímico revelou pequeno decréscimo da concentração total de proteína sérica (58 g/L; normal 60–80 g/L) e albumina sérica (38 g/L; normal 36–52 g/L). 
A eletroforese do soro revelou aumento nas frações proteicas α1 e α2. Quatro dias após a cirurgia, a condição da paciente se deteriorou e ela desenvolveu aumento de temperatura, sudorese e confusão. Foi diagnosticada uma infecção aguda e o tratamento com antibióticos apropriados foi iniciado. 
As concentrações de PCR atingiram um pico em cinco dias após a cirurgia.

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