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APOSTILA DO MANUAL DE AULA PRATICA AVALIAÇÃO NUTRICIONAL

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Curso de Nutrição 
 
Manual de Avaliação Nutricional. Equipe de professores de Avaliação 
Nutricional 
2017.1 
MANUAL DE AULA 
TEÓRICA E PRÁTICA 
 
 AVALIAÇÃO 
NUTRICIONAL 
 
2 
SUMÁRIO 
 
 
I. MEDIDAS ............................................................................................................................................4 
1. PESO ..............................................................................................................................................4 
2. ALTURA / ESTATURA .................................................................................................................5 
3. CIRCUNFERÊNCIAS .......................................................................................................................8 
4. DOBRAS CUTÂNEAS (DC) ......................................................................................................... 13 
5. DIÂMETROS ......................................................................................................................20 
II. AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA DE ADULTOS .................................................................. 21 
1. PESO ........................................................................................................................................... 21 
2. INDICE DE MASSA CORPORAL – IMC ................................................................................ 25 
3. CIRCUNFERÊNCIAS ................................................................................................................ 25 
4. DOBRAS CUTÂNEAS ............................................................................................................... 28 
5. MEDIDAS SECUNDÁRIAS ...................................................................................................... 29 
6. OUTROS ÍNDICES .................................................................................................................... 36 
FÓRMULAS DE ESTIMATIVA DE PERCENTUAL DE GORDURA ...................................... 37 
Padrões de referência para classificação de percentual de gordura ..................................... 42 
COMPOSIÇÃO CORPORAL (SISTEMA CORPÓREO TOTAL) ............................................ 44 
III AVALIAÇÃO CLÍNICA E EXAME FÍSICO .................................................................................. 45 
Exame físico: avalia perda de gordura subcutânea e massa muscular: ............................... 55 
10.4 – Instrumento de rastreamento nutricional ........................................................................ 59 
Avaliação Nutricional Subjetiva Global (ASG) ........................................................................... 59 
IV. AVALIAÇÃO BIOQUÍMICA ......................................................................................................... 63 
V. ÍNDICES DE PROGNÓSTICOS ................................................................................................. 68 
VI. GASTO ENRGÉTICO DE ADULTOS........................................................................................69 
 
 
3 
INTRODUÇÃO 
A avaliação nutricional, segundo a American Dietetic Association, é a 
abordagem para a definição do estado nutricional utilizando as histórias médica, 
alimentar e medicamentosa, o exame físico, as medidas antropométricas e os exames 
bioquímicos. Segundo a Lei nº 8234/91, do Ministério do Trabalho, que regulamenta 
a profissão, é da atribuição do nutricionista a realização da avaliação nutricional na 
prática clínica, estabelecendo o diagnóstico nutricional. 
 O diagnóstico nutricional inclui a avaliação do paciente, por meio da 
realização de métodos subjetivos, objetivos e análise de parâmetros bioquímicos, que 
são examinados a partir de padrões de referências estabelecidos por meio de 
investigações científicas, além de informações obtidas pela anamnese nutricional 
(uma entrevista que permite o levantamento detalhado dos antecedentes fisiológicos, 
patológicos e sócio-econômicos e culturais do paciente e de seus familiares, com a 
finalidade de facilitar o diagnóstico), complementadas por dados dietéticos, 
antropométricos, bioquímicos e de composição corporal (Guimarães e Galante, 2009). 
Nesse contexto, a avaliação nutricional assume um papel fundamental, uma 
vez que consiste na interpretação de múltiplos indicadores para definição de um 
diagnóstico nutricional. Tem como objetivo identificar situações de riscos ou distúrbios 
nutricionais já estabelecidos, possibilitando uma intervenção adequada de forma a 
auxiliar na recuperação e/ou manutenção do estado de saúde do indivíduo. O estado 
nutricional de uma população ou grupo específico é um excelente indicador de 
qualidade de vida e proporciona subsídios para uma intervenção nutricional 
adequada, promovendo uma vida mais saudável e levando ao bem estar da 
comunidade. 
Dessa forma, o presente manual se propõe a auxiliar no aprendizado, 
incorporando técnicas e conceitos atuais de avaliação do estado nutricional através 
da antropometria, exames bioquímicos e físicos. Pretende-se oferecer subsídios para 
a correta mensuração das diversas partes do corpo, comparando-as com padrões de 
normalidade e níveis críticos estabelecidos pela comunidade científica, tendo como 
objetivo rastrear e identificar indivíduos ou grupos populacionais em risco nutricional; 
subsidiar diagnóstico nutricional; monitorar estado nutricional; avaliar programas e 
projetos voltados para a promoção e/ou recuperação nutricional. 
4 
I. MEDIDAS 
1. PESO 
1.1 Balança Eletrônica 
- Quando se tratar de balança eletrônica, posicionar o indivíduo a ser 
medido no centro da base da balança, mantê-lo parado e realizar a leitura diretamente 
do visor. 
1.2 Balança Mecânica 
- Travar antes de sua utilização 
- Calibrar a balança garantindo que a agulha do braço e o fiel estejam 
nivelados. Travar novamente 
- Posicionar o indivíduo a ser medido no centro da base da balança 
- Destravar a balança somente após o indivíduo estar posicionado 
- Mover o cursor maior sobre a escala numérica para marcar quilos (kg) 
- Para determinar gramas mover em seguida o cursor menor 
- Esperar que a agulha do braço e o fiel estejam nivelados 
- Travar a balança para que ela não perca a estabilidade das molas 
- Fazer a leitura bem de frente para o equipamento garantindo a precisão 
da medida e anotar o peso imediatamente 
- Retornar os cursores para a posição inicial na escala numérica e travar a 
balança. 
 
Observações: 
- A pessoa deve ser pesada com o mínimo de roupa possível e sem 
sapatos. Solicitar que retire todos os ornamentos e todos os objetos dos bolsos, 
principalmente chaves, cintos, celulares, óculos, etc. 
- De preferência, realizar a pesagem antes de grandes refeições 
- A pessoa deve estar sem calçados (sapatos, chinelos, tênis) 
5 
 
Modelos de balanças de plataforma, mecânica e digital 
 
2. ALTURA / ESTATURA 
 
Técnica de aferição de altura/estatura 
- Os pés devem estar juntos, com os calcanhares, nádegas e ombros 
encostados na barra escalonada do estadiômetro ou na parede. Os pés devem formar 
um ângulo reto com as pernas. Os ossos internos dos calcanhares devem se tocar 
bem; 
- A pessoa deve estar ereta, sem esticar ou encolher a cabeça e o tronco, 
olhando para frente, fazendo com que o topo da orelha e o ângulo externo do olho 
formem linhas paralelas ao teto. Os braços devem estar estendidos para baixo, soltos 
ao longo do corpo, e os pés, unidos e encostados à parede; 
- Uma barra horizontal ou uma placa de madeira deve ser abaixada para se 
apoiar sobre o topo da cabeça, a qual deve estar livre de tiaras, fitas, tranças, bobes 
e penteados de volume; 
- Deve-se fazer uma ligeira compressão, o suficiente para comprimir o cabelo;- Pode-se utilizar um esquadro para melhor precisão das medidas; 
- Retire o indivíduo avaliado; 
- Faça a leitura, e o valor da medida antropométrica obtida deve ser anotado 
imediatamente, com segurança e boa caligrafia; 
- Registre a medida o mais próximo de 0,5cm (se for abaixo de 0,5cm, 
arredondar para menor, se mais, arredondar para mais); 
6 
TÉCNICA DE AFERIÇÃO DA ALTURA DO JOELHO 
- O paciente deve permanecer deitado em posição supina. 
- Com joelho e tornozelo dobrados em ângulo 90ºC (usar esquadros), mede-se o 
comprimento do joelho com paquímetro ou fita métrica; 
- No caso de pacientes que não tem dificuldades de sentar, este é posicionado 
sentado, com os pés apoiados no chão firme. 
- Mede-se o comprimento do joelho, do ponto externo logo abaixo da rótula (cabeça 
da tíbia) até superfície do chão 
 
Estimativa de peso através da altura do joelho para adultos 
 
Fórmulas 1 
Homens: 
P = (0,98 x CP) + (1,16 x AJ) + (1,73 x CB) + (0,37 x DCSE) – 81,69 
 
Mulheres: 
P = (1,27 x CP) + (0,87 x AJ) + (0,98 x CB) + (0,4 x DCSE) – 62,35 
 
Onde, 
CB = Circunferência do braço (cm) 
CP = Circunferência da panturrilha (cm) 
AJ = Altura do joelho (cm) 
DCSE = Dobra Cutânea triciptal (mm) 
Fonte: Chumlea et al., 1985 
 
 
Fórmula 2 
P = 0,5759 x CB + 0,5263 x CAB + 1,2452 x CP – 4,8689 x SEXO – 32,9241 
Onde, 
CB = Circunferência do braço (cm) 
CAB = Circunferência abdominal (cm) 
CP = Circunferência da panturrilha (cm) 
SEXO = masculino (1), feminino (2) 
Fonte: Rabito et al., 2008 
 
 
 
 
 
 
 
7 
Fórmulas de estimativa de peso para portadores de necessidades especiais 
Idade/sexo Raça branca Raça negra 
Feminino 
6 a 18 anos (CJ x 0,77) + (CB x 2,47) – 50,16 (CJ x 0,71) + (CB x 2,59) – 50,43 
19 a 59 anos (CJ x 1,01) + (CB x 2,81) – 66,04 (CJ x 1,24) + (CB x 2,97) – 82,48 
Masculino 
6 a 18 anos (CJ x 0,68) + (CB x 2,64) – 50,08 (CJ x 0,59) + (CB x 2,73) – 48,32 
19 a 59 anos (CJ x 1,19) + (CB x 3,21) – 86,82 (CJ x 1,09) + (CB x 3,14) – 83,72 
Fonte: Chumlea et al., 1994 
 
Estimativa da altura através da altura do joelho 
 
Idade Brancos Negros 
Sexo masculino 
6 – 18 anos 40,54 + (2,22 x AJ) 39,6 + (2,18 x AJ) 
19 – 60 anos 71,85 + (1,88 x AJ) 73,42 + (1,79 x AJ) 
Sexo feminino 
6 – 18 anos 43,21 + (2,14 x AJ) 46,59 + (2,02 x AJ) 
19 – 60 anos 70,25 + (1,87 x AJ) – (0,06I) 68,1 + (1,86 x AJ) – (0,06I) 
 
Onde, 
I = Idade (anos) 
AJ = Altura do joelho (cm) 
 
8 
3. CIRCUNFERÊNCIAS 
 
RECOMENDAÇÕES GERAIS PARA AFERIÇÃO DE CIRCUNFERÊNCIAS 
Efetuar as medidas no hemicorpo direito do indivíduo 
Utilizar a fita antropométrica inelástica e flexível, de preferência, constituída de fibra 
de vidro 
Aplicar a tensão à fita para que esta se ajuste firmemente ao local a ser medido, sem 
“enrugar” a pele ou comprimir os tecidos subcutâneos. 
 
A) CIRCUNFERÊNCIA DO PUNHO 
- É medida ao redor do punho, com o antebraço levemente estendido, na região 
imediatamente após os processos estilóides do rádio e da ulna do punho direito. 
- Utilizado como indicador de crescimento. Aliado à altura, fornece tamanho da 
ossatura (compleição corporal). 
 
 
 
B) CIRCUNFERÊNCIA DO BRAÇO 
- Manter os braços soltos, ao longo do tronco e as mãos viradas para as coxas; 
- Utilizando a fita métrica, medir em volta do braço na altura do nível mediano entre o 
processo acromial da escápula e o olécrano (ponto médio) 
Aferição do Ponto médio: O braço deve estar flexionado formando um ângulo de 
90º. Medir a distância entre o acrômio da escápula e o olécrano da ulna. O ponto 
médio encontra-se na metade dessa distância. 
9 
 
 
C) CIRCUNFERÊNCIA DO QUADRIL 
- Medir em volta do quadril no nível de maior protuberância posterior dos glúteos no 
plano horizontal 
 
 
 
 
 
10 
D) CIRCUNFERÊNCIA ABDOMINAL - CAbd 
- Medir ao redor da região abdominal em seu maior perímetro (geralmente na altura 
do umbigo) ao final da expiração normal 
 
Obs: A localização da circunferência abdominal é o diâmetro na altura da cicatriz 
umbilical. Os consensos americanos consideram a circunferência abdominal como 
marcador de doenças cardiovasculares. Para os brasileiros, considera-se a 
circunferência da cintura. Podemos utilizar a circunferência abdominal para avaliar 
acúmulo de tecido adiposo na região inferior do abdômen. 
 
 
 
E) CIRCUNFERÊNCIA DA CINTURA - CC 
 
- É medida no ponto médio da distância entre a ultima costela (arco costal) e a crista 
ilíaca (geralmente o menor perímetro), no sentido horizontal, ao final de uma expiração 
normal, sem compressão da pele. 
 
 
11 
F) CIRCUNFERÊNCIA DA COXA 
a. Circunferência da Coxa Proximal 
- Medir ao redor da coxa na posição distal da dobra glútea (logo abaixo) 
 
 
b. Circunferência da Coxa Medial 
- Medir ao redor da coxa no ponto médio da distância entre a linha inguinal e a borda 
proximal da patela 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
G) CIRCUNFERÊNCIA DA PANTURRILHA 
- É determinada ao redor do perímetro máximo do músculo da panturrilha, no sentido 
horizontal. 
 
 
 
 
13 
4. DOBRAS CUTÂNEAS (DC) 
É um método relativamente simples, de baixo custo e menos invasivo para avaliar 
as reservas gordurosas. Podem ser utilizadas para medir a quantidade de tecido 
adiposo subcutâneo, que está diretamente relacionado ao volume de gordura total do 
organismo. São mensuradas através de adipômetros ou plicômetros, de alta qualidade 
como Harpenden, Lange, Holtain, Lafayette, Sanny, Cescorf entre outros. 
 
 
RECOMENDAÇÕES GERAIS PARA AFERIÇÃO DE DOBRAS CUTÂNEAS 
1. O paciente deve estar de pé, com os braços relaxados e estendidos ao longo 
do corpo (posição anatômica). O avaliado não deve estar usando hidratantes, óleos 
corporais ou qualquer outra substância que possa influenciar o pinçamento da dobra; 
2. Não realizar medida logo após uma atividade física; 
3. Padronizar o lado direito que será utilizado para medição e mantê-lo nas 
demais aferições; 
4. Identificar e marcar o local a ser aferido; 
5. Segurar firmemente a dobra formada com os dedos polegar e indicador da mão 
esquerda (caso seja destro) e da mão direita (caso seja canhoto) a 1 cm do local 
marcado; 
6. Destacar a dobra de modo a assegurar que o tecido muscular não tenha sido 
pinçado (manter a dobra pressionada com os dedos durante a aferição), garantindo 
somente a medição da pele e do tecido adiposo. Elevar a dobra por volta de 1cm 
acima do ponto de medida e mantê-la elevada enquanto faz a medida; 
7. Posicionar adipômetro perpendicular a dobra exatamente no local marcado e 
soltar as hastes lentamente (1 cm abaixo do pinçamento dos dedos); 
8. Fazer a leitura 4 segundos após a pressão ter sido aplicada (após soltar a 
pressão das hastes); 
9. Abrir as hastes do adipômetro para removê-lo do local e fechá-lo lentamente 
para prevenir danos ou perdas de calibragem; 
10. Realizar no mínimo três (3) medidas num mesmo ponto de referência. Se os 
valores diferirem mais de 5% um do outro, uma nova série de 3 medidas deve ser 
realizada. Deve-se fazer a média aritmética dos 3 valores; 
14 
11. No caso de aferições de dobras cutâneas em diferentes locais, sugere-se 
realizar as medidas de forma rotativa, em vez de leituras consecutivas em cada local; 
12. Não soltar a dobra enquanto não fizer a leitura. 
 
 
A) DOBRA CUTÂNEA TRICIPTAL - DCT 
 
- Deve ser medida na direção vertical, paralelamente ao eixo longitudinal, na parte 
posterior do braço, relaxado e estendido ao longo do corpo. É aferida no ponto médio 
entre o processo acromial da escápula (acrômio) e o olecrano da ulna. Na parte 
posterior do braço marcar com lápis 2cm para o lado direito e 2 cm para o lado 
esquerdo, 2 cm para cima e2 cm para baixo. 
Aferição do Ponto médio: O braço deve estar flexionado formando um ângulo de 
90º. Medir a distância entre o acrômio da escápula e o olécrano da ulna. O ponto 
médio encontra-se na metade dessa distância. 
 
 
 
 
B) DOBRA CUTÂNEA BICIPTAL – DCB 
 
- Medida na direção vertical, paralelamente ao eixo longitudinal, na parte anterior do 
braço, com a palma da mão voltada para fora. É aferida no ponto médio. Na parte 
anterior do braço marcar com lápis 2cm para o lado direito e 2 cm para o lado 
esquerdo, 2 cm para cima e 2 cm para baixo. 
15 
 
 
 
 
C) DOBRA CUTÂNEA SUBESCAPULAR – DCSE 
 
- Medir obliquamente em relação ao eixo longitudinal, seguindo a orientação dos arcos 
costais, sendo localizada a 2 cm abaixo do ângulo inferior da escápula. 
 
 
 
 
 
 
D) DOBRA CUTÂNEA SUPRA-ILÍACA – DCSI 
16 
 
- Obtida obliquamente em relação ao eixo longitudinal, na metade da distância entre 
o ultimo arco costal e a crista ilíaca, sobre a linha axilar média; 
- É necessário que o avaliado afaste levemente o braço para trás para permitir a 
execução da medida. 
 
 
 
 
 
D) DOBRA CUTÂNEA AXILAR MÉDIA – DCAM 
 
- Medir no ponto de intersecção entre a linha axilar média e uma linha imaginaria 
transversal na altura do apêndice xifóide do esterno. 
- A medida é realizada obliquamente ao eixo longitudinal, com o braço do avaliado 
deslocado para trás, a fim de facilitar a obtenção da medida. 
 
 
17 
E) DOBRA CUTÂNEA PEITORAL OU TORÁCICA – DCTO 
 
- Medida oblíqua em relação ao eixo longitudinal, com diferença para homens e 
mulheres: 
 
a) HOMENS 
- Medida no ponto médio da distância entre a linha axilar anterior e o mamilo; 
 
 
 
 
 
b) MULHERES 
- Medida no terço superior da distância entre linha axilar anterior e o mamilo; 
 
 
 
 
18 
F) DOBRA CUTÂNEA ABDOMINAL – DCAbd 
 
- Medida no sentido paralelo ao eixo longitudinal 
- É medida no sentido vertical aproximadamente 2 cm à direita da cicatriz umbilical 
- Pinçar os dedos 1 cm acima da linha umbilical e posicionar o adipômetro na altura 
da linha umbilical 
 
 
 
 
G) DOBRA CUTÂNEA COXA – DCCx 
 
G.1. DOBRA CUTÂNEA COXA Proximal – DCCx P 
- Medir paralelamente ao eixo longitudinal sobre o músculo reto-femoral, a um terço 
da distância do ligamento inguinal e a borda superior da patela; 
- Para facilitar o pinçamento dessa dobra, o avaliado devera deslocar levemente o 
membro inferior direito à frente, com uma semiflexão do joelho, e sustentar o peso do 
corpo quase que totalmente sobre o membro inferior esquerdo. 
 
 
 
 
G.1. DOBRA CUTÂNEA COXA Medial – DCCx M 
- Medir paralelamente ao eixo longitudinal sobre o músculo reto-femoral, na metade 
da distância do ligamento inguinal e a borda superior da patela; 
19 
 
H) DOBRA CUTÂNEA PANTURRILHA - DCPant 
 
- A dobra deve ser pinçada no ponto de circunferência máxima da panturrilha na parte 
de dentro da perna, com o polegar da mão esquerda apoiado na borda medial da tíbia. 
- Para execução dessa medida, o avaliado deverá estar sentado, com a articulação 
do joelho em flexão de 90º, o tornozelo em posição anatômica e o pé sem apoio 
 
 
 
5. DIÂMETROS 
 
5.1 Bi – epicondiliano de úmero 
 
- Distância entre os epicôndilos medial e lateral do úmero, com o avaliado 
em posição ortostática, braço flexionado em 90º com o braço. O paquímetro 
ficará um pouco inclinado devido o epicôndilo medial se localizar 
inferiormente ao lateral. 
 
20 
 
 
5.2 Bi – condiliano de fêmur 
 
- Distância entre os côndilos medial e lateral do fêmur, estando o avaliado 
sentado com os pés apoiados no chão, a coxa formando um ângulo de 90º 
com o tronco e a perna formando ângulo de 90º. 
 
 
 
21 
II. AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA DE ADULTOS 
 
PESO 
 
1.1 Peso Ideal 
 
É utilizado para calcular as necessidades calórico e protéicas quando o paciente 
está restrito ao leito e não se dispõe de cama balança no setor para a obtenção da 
altura e do peso atual, e o paciente ou familiar não informam a altura e o peso usual. 
 
 
 
a) Peso ideal estimado pelo IMC ideal 
 
 Peso ideal = A2 x IMC ideal 
 
 
onde IMC ideal Homens = 22 kg/m2 
 Mulheres = 20,8 kg/m2 
 
 
b) Peso ideal estimado pela compleição óssea (Metropolitan life) 
 
- Calcula-se a compleição através da fórmula: 
 
r = 
altura (cm) 
circunferência do punho (cm) 
 
Estrutura corporal Homens Mulheres 
Pequena > 10,4 > 11 
Média 9,6 – 10,4 10,1 – 11 
Grande < 9,6 < 10,1 
 
- Verificar o peso ideal na Tabela Metropolitan Life de acordo com a idade e sexo 
(página seguinte). 
22 
 
 
23 
c) Peso ajustado 
 
Peso ajustado = (PA – PI) x 0,25 + PI 
 
Onde: 
PA = Peso atual 
PI = Peso ideal 
Obs: o peso ajustado também é chamado de peso ideal corrigido. É calculado e 
utilizado quando o paciente apresenta adequação de peso atual em relação ao peso 
ideal superior a 110% ou inferior a 90% 
 
 
d) Peso ideal para pacientes amputados 
 
Peso ideal = (100% - %segmento amputado) x peso ideal 
 100 
 
 
Contribuição percentual do segmento corporal amputado 
 
Membro amputado Proporção de peso (%) 
Mão 0,8 
Antebraço 2,3 
Braço até ombro 6,6 
Pé 1,7 
Perna abaixo do joelho 7,0 
Perna acima do joelho 11,0 
Perna inteira 18,6 
Fonte: Martins C., 2000 
 
e) Peso atual ajustado na retenção hídrica 
 
- Avaliar e classificar o edema ou ascite e subtrair do peso aferido ou estimado 
 
Estimativa de retenção hídrica conforme edema 
Classificação Local Retenção de peso (kg) 
+ (mínimo) Tornozelo 1 
++ (discreto cacifo ou fóvea) Joelho 3 a 4 
+++ (moderado, apaga relevo ósseo) Raiz da coxa 5 a 6 
++++ (pronunciado, deforma seguimento 
comprometido) Anasarca 10 a 12 
Fonte: Riella e Martins (2001) 
24 
Estimativa de retenção hídrica conforme ascite 
Intensidade Característica ascite 
Leve Visível apenas no ultrasson Subtrair 2,2kg 
Moderada Detectável pela "abaulamento dos flancos" 
ao exame físico Subtrair 6kg 
Grave Claramente visível Subtrair 14kg 
Fonte: James (1989) 
 
 
 
 
1.2 Adequação de peso 
 
a) Adequação de peso atual em relação ao ideal 
 
% do peso atual em relação ao ideal = Peso atual x 100 
 Peso ideal 
 
Classificação 
Percentual (%) Classificação 
> 120 Obesidade 
110 – 120 Sobrepeso 
90 – 110 Eutrófico (normal) 
80 – 89 Desnutrição leve 
70 – 79 Desnutrição moderada 
< 69 Desnutrição grave 
Fonte: Blackburn e Thornton, (1979) 
 
b) Adequação de peso atual em relação ao habitual 
 
% de peso atual em relação ao usual = Peso atual x 100 
 Peso habitual 
 
Percentual (%) Classificação 
> 120 Obesidade 
110 – 120 Sobrepeso 
90 – 110 Eutrófico (normal) 
80 – 89 Desnutrição leve 
70 – 79 Desnutrição moderada 
< 69 Desnutrição grave 
Fonte: Blackburn e Thornton (1979) 
25 
c) Percentual de perda de peso recente em relação ao tempo 
 
% de perda de peso recente = (Peso habitual – Peso atual) x 100 
 Peso habitual 
 
Período % Perda Leve % Perda moderada % Perda intensa 
1 semana - < 2 > 2 
1 mês < 5 5 > 5 
3 meses < 7,5 7,5 > 7,5 
≥ 6 meses < 10 10 > 10 
Fonte: Blackburn et al., 1977 
 
 
 
 
2. INDICE DE MASSA CORPORAL – IMC 
 
IMC = Peso (kg) Altura (m)2 
 
Classificação IMC (kg/m2) Risco de Comorbidades 
Magreza Grau III <16,0 Alto 
Magreza Grau II 16,0 – 16,99 Moderado 
Magreza Grau I 17,0 – 18,49 Baixo 
Normal (eutrófico) 18,5 – 24,99 Normal 
PréObeso / Sobrepeso 25 – 29,99 Baixo 
Obesidade grau I 30 – 34,99 Moderado 
Obesidade grau II 35 – 39,99 Alto 
Obesidade grau III ≥ 40,0 Muito alto 
(OMS, 1995 e 1998) 
 
 
3. CIRCUNFERÊNCIAS 
 
3.1 Circunferência da cintura (CC) e Circunferência abdominal (CAbd) 
 
Risco de complicações metabólicas Homens (cm) Mulheres (cm) 
Sem risco < 94 < 80 
Risco alto ≥ 94 ≥ 80 
Risco muito alto ≥ 102 ≥ 88 
Fonte: WHO, 1998 
26 
3.2 Relação Cintura/Quadril (RCQ) 
 
RCQ= Circunferência da cintura (cm) Circunferência do quadril (cm) 
 
Classificação quanto ao risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares 
 
a) WHO, 1998 
Homens = RCQ > 1,0 cm 
Mulheres = RCQ > 0,85 cm 
 
b) Bray e Gray, 1988 
Magnitude de risco para a Saúde 
Idade Baixo Moderado Alto Muito alto 
Mulheres 
20 – 29 < 0,71 0,71 – 0,77 0,78 – 0,82 > 0,82 
30 – 39 < 0,72 0,72 – 0,78 0,79 – 0,84 > 0,84 
40 – 49 < 0,73 0,73 – 0,79 0,80 – 0,87 > 0,87 
50 – 59 < 0,74 0,74 – 0,81 0,82 – 0,88 > 0,88 
60 – 69 < 0,76 0,76 – 0,83 0,84 – 0,90 > 0,90 
Homens 
20 – 29 < 0,83 0,83 – 0,88 0,89 – 0,94 > 0,94 
30 – 39 < 0,84 0,84 – 0,91 0,92 – 0,96 > 0,96 
40 – 49 < 0,88 0,88 – 0,95 0,96 – 1,00 > 1,00 
50 – 59 < 0,90 0,90 – 0,96 0,97 – 1,02 > 1,02 
60 – 69 < 0,91 0,91 – 0,98 0,99 – 1,03 > 1,03 
 
 
3.3 Circunferência do Braço – CB 
 
Adequação da CB (%) = CB obtida (cm) x 100 
 CB percentil 50 
 
Percentual (%) Classificação 
> 120 Obesidade 
110 – 120 Sobrepeso 
90 – 110 Eutrófico (normal) 
80 – 89 Desnutrição leve 
70 – 79 Desnutrição moderada 
< 69 Desnutrição grave 
Fonte: Blackburn e Thornton, (1979) 
 
27 
Percentil 
- consultar a tabela referente a CB de acordo com idade e sexo (tabelas 1 e 2). 
 
Percentil Classificação 
< P5 Circunferência reduzida 
P5 – P15 Risco de Circunferência reduzida 
P15 – P85 Normal 
> P85 Circunferência aumentada 
Fonte: Frisancho, 1990 
 
 
Tabela 1 – Percentis de circunferência do braço (cm) de acordo com a idade para HOMENS 
Idade 
(anos) 
Percentis 
5 10 15 25 50 75 85 90 95 
19 - 24,9 26,0 27,1 27,7 28,7 30,7 33,0 34,4 35,4 37,2 
25 - 29,9 27,0 28,0 28,7 29,8 31,8 34,2 35,5 36,6 38,3 
30 - 34,9 27,7 28,7 29,8 30,5 32,5 34,9 35,9 36,7 38,2 
35 - 39,9 27,4 28,6 29,5 30,7 32,9 35,1 36,2 36,9 38,2 
40 - 44,9 27,8 28,9 29,7 31,0 32,8 34,9 36,1 36,9 38,1 
45 - 49,9 27,2 28,6 29,4 30,6 32,6 34,9 36,1 36,9 38,2 
50 - 54,9 27,1 28,3 29,1 30,2 32,3 34,5 35,8 36,8 38,3 
55 - 59,9 26,8 28,1 29,2 30,4 32,3 34,3 35,5 36,6 37,8 
 
 
Tabela 2 – Percentis de circunferência do braço (cm) de acordo com a idade para MULHERES 
Idade 
(anos) 
Percentis 
5 10 15 25 50 75 85 90 95 
19 - 24,9 22,4 23,3 24,0 24,8 26,8 29,2 31,2 32,4 35,2 
25 - 29,9 23,1 24,0 24,5 25,5 27,6 30,6 32,5 34,3 37,1 
30 - 34,9 23,8 24,7 25,4 26,4 28,6 32,0 34,1 36,0 38,5 
35 - 39,9 24,1 25,2 25,8 26,8 29,4 32,6 35,0 36,8 39,0 
40 - 44,9 24,3 25,4 26,2 27,2 29,7 33,2 35,5 37,2 38,8 
45 - 49,9 24,2 25,5 26,3 27,4 30,1 33,5 35,6 37,2 40,0 
50 - 54,9 24,8 26,0 26,8 28,0 30,6 33,8 35,9 37,5 39,3 
55 - 59,9 24,8 26,1 27,0 28,2 30,9 34,3 36,7 38,0 40,0 
 
 
28 
4. DOBRAS CUTÂNEAS 
 
4.1 Dobra cutânea triciptal – DCT 
 
Adequação da DCT (%) = DCT obtida (mm) x 100 
 DCT percentil 50 
 
 
Percentual (%) Classificação 
> 120 Obesidade 
110 – 120 Sobrepeso 
90 – 110 Eutrófico (normal) 
80 – 89 Desnutrição leve 
70 – 79 Desnutrição moderada 
< 69 Desnutrição grave 
Fonte: Blackburn e Thornton (1979) 
 
Percentil 
- consultar a tabela referente a DCT de acordo com idade e sexo (tabelas 3 e 4). 
 
Percentil Classificação 
< P5 Magro 
P5 – P15 Abaixo da média 
P15 – P75 Média 
P75 – P85 Acima da média 
> P85 Gordura excessiva 
Fonte: Frisancho, 1990 
 
 
 
Tabela 3 – Percentis da dobra cutânea do tríceps (mm) de acordo com a idade para HOMENS 
Idade Percentis 5 10 15 25 50 75 85 90 95 
19 - 24,9 4 5 5,5 7 10 14,5 17,5 20 23,5 
25 - 29,9 4 5 6 8 11 15,5 19 21,5 25 
30 - 34,9 4,5 6 6,5 8,5 12 16,5 20 22 25 
35 - 39,9 4,5 6 7 8 12 16 18,5 20,5 24,5 
40 - 44,9 5 6 6,9 8 12 16 19 21,5 26 
45 - 49,9 5 6 7 8 12 16 19 21 25 
50 - 54,9 5 6 7 8 11,5 15 18,5 20,8 25 
55 - 59,9 5 6 6,5 8 11,5 15 18 20,5 25 
 
 
Tabela 4 – Percentis da dobra cutânea do tríceps (mm) de acordo com a idade para 
MULHERES 
29 
 
Idade Percentis 5 10 15 25 50 75 85 90 95 
19 - 24,9 9 11 12 14 18,5 24,5 28,5 31 36 
25 - 29,9 10 12 13 15 20 26,5 31 34 38 
30 - 34,9 10,5 13 15 17 22,5 29,5 33 35,5 41,5 
35 - 39,9 11 13 15,5 18 23,5 30 35 37 41 
40 - 44,9 12 14 16 19 24,5 30,5 35 37 41 
45 - 49,9 12 14,5 16,5 19,5 25,5 32 35,5 38 42,5 
50 - 54,9 12 15 17,5 20,5 25,5 32 36 38,5 42 
55 - 59,9 12 15 17 20,5 26 32 36 39 42,5 
 
 
5. MEDIDAS SECUNDÁRIAS 
 
a) Circunferência Muscular do Braço (CMB) 
 
CMB (cm) = CB (cm) – [DCT (cm) x π, onde (π = 3,14)] 
 
 
Para facilitar ���� CMB (cm) = CB (cm) – [DCT (mm) x 0,314)] 
 
 
Adequação da CMB (%) = CMB obtida (cm) x 100 
 CMB percentil 50 
 
 
Percentual (%) Classificação 
> 90 Eutrófico (normal) 
80 – 89 Desnutrição leve 
70 – 79 Desnutrição moderada 
< 69 Desnutrição grave 
Fonte: Blackburn e Thornton, (1979) 
 
Percentil 
- consultar a tabela referente a CMB de acordo com idade e sexo (tabelas 5 e 6). 
 
< P5 Baixa musculatura 
P5 – P15 Abaixo da média 
P15 – P85 Média 
P85 – P95 Acima da média 
> P95 Musculatura desenvolvida: bom estado nutricional 
Fonte: Frisancho, 1990 
 
 
30 
 
Tabela 5 – Percentis de CMB (cm) de acordo com idade para HOMENS 
Idade Percentis 
5 10 25 50 75 90 95 
19 - 24,9 23,8 24,5 25,7 27,3 28,9 30,9 32,1 
25 - 34,9 24,3 25 26,4 27,9 29,8 31,4 32,6 
35 - 44,9 24,7 25,5 26,9 28,6 30,2 31,8 32,7 
45 - 54,9 23,9 24,9 26,5 28,1 30 31,8 32,6 
55 – 59 23,8 24,5 26 27,8 29,5 31 32 
 
 
Tabela 6 – Percentis de CMB (cm) de acordo com idade para MULHERES 
Idade Percentis 
5 10 25 50 75 90 95 
19 - 24,9 17,9 18,5 19,5 20,7 22,1 23,6 24,9 
25 - 34,9 18,3 18,8 19,9 21,2 22,8 24,6 26,4 
35 - 44,9 18,6 19,2 20,5 21,8 23,6 25,7 27,2 
45 - 54,9 18,7 19,3 20,6 22 23,8 26 27,4 
55 – 59 18,7 19,6 20,9 22,5 24,4 26,6 28 
 
 
 
b) Área muscular do Braço (AMB) 
 
AMB (cm2)= CMB2/ 4 π 
 
 
c) AMB corrigida (AMBc) 
 
HOMENS � AMBc = AMB – 10 
MULHERES � AMBc = AMB – 6,5 
 
 
Formas de interpretação 
 
Adequação da AMBc (%) = AMBc obtida (cm) x 100 
 AMBc percentil 50 
 
 
 
 
Percentual (%) Classificação 
> 90 Eutrófico (normal) 
31 
80 – 89 Desnutrição leve 
70 – 79 Desnutrição moderada 
< 69 Desnutrição grave 
Fonte: Blackburn e Thornton (1979) 
 
Percentil 
- consultar a tabela referente a AMBc de acordo com idade e sexo (tabelas 7 e 8). 
Percentil Classificação 
< P5 Desnutrição grave 
P5 – P15 Desnutrição moderada / leve 
> P15 Eutrofia 
Fonte: Frisancho, 1990 
 
Tabela 7 – Percentis de AMBc (cm2) de acordo com idade para HOMENS 
Idade Percentis 
5 10 15 25 50 75 85 90 95 
19 - 24,9 34,2 37,3 39,6 42,7 49,4 57,1 61,8 65 72 
25 - 29,9 36,6 39,9 42,4 46 53 61,4 66,1 68,9 74,5 
30 - 34,9 37,9 40,9 43,4 47,3 54,4 63,2 67,6 70,8 76,1 
35 - 39,9 38,5 42,6 44,6 47,9 55,3 64 69,1 72,7 77,6 
40 - 44,9 38,4 42,1 45,1 48,7 56 64 68,5 71,6 77 
45 - 49,9 37,7 41,3 43,7 47,9 55,2 63,3 68,4 72,2 76,2 
50 - 54,9 36 40 42,7 46,6 54 62,7 67 70,4 77,4 
55 - 59,9 36,5 40,8 42,7 46,7 54,3 61,9 66,4 69,6 75,1Tabela 8 - Percentis de AMBc (cm2) de acordo com idade para MULHERES 
Idade Percentis 
5 10 15 25 50 75 85 90 95 
19 - 24,9 19,5 21,5 22,8 24,5 28,3 33,1 36,4 39 44,2 
25 - 29,9 20,5 21,9 23,1 25,2 29,4 34,9 38,5 41,9 47,8 
30 - 34,9 21,1 23 24,2 26,3 30,9 36,8 41,2 44,7 51,3 
35 - 39,9 21,1 23,4 24,7 27,3 31,8 38,7 43,1 46,1 54,2 
40 - 44,9 21,3 23,1 25,5 27,5 32,3 39,8 45,8 49,5 55,8 
45 - 49,9 21,6 24,6 24,8 27,4 32,5 39,5 44,7 48,4 56,1 
50 - 54,9 22,2 24,8 25,7 28,3 33,4 40,4 46,1 49,6 55,6 
55 - 59,9 22,8 24,5 26,5 28,7 34,7 42,3 47,3 52,1 58,8 
 
32 
Tabela 9 -Percentis de AMB (cm2) segundo a idade e a compleição física para HOMENS 
 
Idade 
Percentis 
5 10 15 25 50 75 85 90 95 
Compleição pequena / Brevilíneo 
19 - 24,9 30,8 33,8 35,8 38,7 44,6 51,3 55,2 58,1 63,2 
25 - 29,9 33,5 36,8 39,2 41,8 47,6 53,5 57,7 61,2 63,7 
30 - 34,9 35,0 37,5 38,9 42,0 48,8 56,4 60,0 62,7 66,9 
35 - 39,9 34,7 38,7 40,9 44,1 50,7 57,5 61,7 63,8 70,0 
40 - 44,9 34,9 38,1 40,6 44,2 51,6 58,2 61,6 64,5 66,9 
45 - 49,9 32,8 36,5 38,9 42,9 49,1 55,7 59,5 63,3 68,8 
50 - 54,9 33,8 36,0 38,2 41,5 47,6 55,5 60,7 63,8 69,3 
55 - 59,9 31,2 35,4 37,8 41,7 47,8 54,3 58,8 61,4 64,2 
Compleição Média / Normolíneo 
19 - 24,9 35,5 38,2 40,8 43,6 49,5 56,5 60,8 63,2 69,3 
25 - 29,9 37,0 40,1 42,9 46,8 53,2 60,9 65,6 67,7 73,0 
30 - 34,9 38,5 42,2 44,8 48,0 54,3 61,8 65,7 68,6 72,7 
35 - 39,9 39,9 43,1 45,2 48,8 55,9 64,0 69,0 71,6 75,6 
40 - 44,9 39,2 42,6 45,8 49,2 56,3 64,0 68,0 71,1 74,4 
45 - 49,9 39,0 42,6 45,6 49,4 55,9 63,7 69,6 72,8 76,2 
50 - 54,9 37,6 41,8 44,5 47,7 54,2 62,5 65,9 69,6 74,1 
55 - 59,9 39,2 42,5 44,4 48,5 54,8 62,2 66,7 69,5 75,0 
Compleição Grande / Longilíneo 
19 - 24,9 37,6 40,8 43,0 47,3 54,6 63,5 67,0 71,6 76,7 
25 - 29,9 42,6 45,7 48,8 52,6 60,4 67,3 72,8 75,8 81,2 
30 - 34,9 44,2 46,9 49,2 53,3 62,6 70,6 75,3 78,8 84,0 
35 - 39,9 43,2 46,0 48,9 51,8 59,9 70,3 76,6 79,4 82,8 
40 - 44,9 44,9 47,4 49,6 53,2 60,0 69,8 74,4 79,4 83,7 
45 - 49,9 42,9 46,3 48,1 52,4 59,6 67,5 71,1 74,9 86,4 
50 - 54,9 41,8 46,0 47,8 51,6 59,4 67,6 72,5 77,6 85,4 
55 - 59,9 42,3 45,0 47,9 52,9 59,8 66,9 71,8 75,3 83,8 
Fonte: Frisancho (1990) 
33 
Tabela 10 - Percentis de AMB (cm2) segundo a idade e a compleição física para MULHERES 
 
Idade 
Percentis 
5 10 15 25 50 75 85 90 95 
Compleição pequena / Brevilíneo 
19 - 24,9 18,2 19,6 20,7 22,5 25,5 29,2 31,2 32,8 36,2 
25 - 29,9 19,5 20,0 21,6 23,2 26,9 30,8 33,3 35,2 38,1 
30 - 34,9 19,1 21,6 22,4 24,5 27,8 31,4 33,7 36,2 38,8 
35 - 39,9 19,7 21,4 22,9 24,4 28,8 32,5 35,4 37,5 42,2 
40 - 44,9 20,9 22,1 23,9 25,7 28,9 33,2 36,0 37,9 41,8 
45 - 49,9 19,1 21,5 22,6 24,3 28,3 33,3 36,1 38,7 41,2 
50 - 54,9 20,8 22,1 23,9 25,5 29,1 33,4 36,7 38,5 41,3 
55 - 59,9 20,4 22,3 23,6 25,8 30,2 34,8 37,6 41,3 45,1 
Compleição Média / Normolíneo 
19 - 24,9 19,8 21,9 23,2 24,9 28,4 32,8 35,2 37,2 40,7 
25 - 29,9 20,7 22,1 23,3 25,0 29,0 33,9 36,8 39,0 43,3 
30 - 34,9 21,4 23,1 24,2 26,3 30,8 36,1 39,4 41,8 46,4 
35 - 39,9 21,4 23,6 24,9 27,3 31,4 37,3 40,8 43,0 47,0 
40 - 44,9 21,2 23,2 25,1 27,2 31,6 37,7 43,1 47,1 52,3 
45 - 49,9 22,2 23,6 25,5 27,9 32,2 37,9 42,5 45,4 49,6 
50 - 54,9 22,8 25,2 26,2 28,5 33,7 40,0 43,5 46,7 51,4 
55 - 59,9 23,7 25,3 26,6 28,7 34,5 41,5 44,9 49,2 53,4 
Compleição Grande / Longilíneo 
19 - 24,9 21,9 23,8 25,3 27,3 31,9 38,7 43,9 47,5 55,8 
25 - 29,9 22,2 25,4 26,8 29,3 34,5 42,0 46,8 50,3 60,1 
30 - 34,9 24,0 25,8 27,3 30,1 36,3 45,1 50,7 55,1 61,2 
35 - 39,9 23,9 27,4 29,1 32,2 39,1 47,2 53,7 61,0 72,1 
40 - 44,9 26,2 28,8 30,5 32,9 40,3 49,5 54,4 58,7 71,6 
45 - 49,9 25,0 28,0 29,4 32,5 39,7 49,0 58,3 62,8 69,9 
50 - 54,9 25,1 28,4 30,1 33,4 39,6 49,5 54,8 59,7 68,4 
55 - 59,9 27,0 30,0 32,4 35,8 42,0 51,0 58,5 62,2 65,7 
Fonte: Frisancho (1990) 
 
 
 
 
 
 
 
 
34 
d) Área de Gordura do Braço (AGB) 
 
AGB (cm2) = ATB - AMB 
 
Em que: 
ATB (cm2)= CB2/ 4 π 
e 
AMB (cm2)= CMB2/ 4 π 
 
 
Formas de interpretação 
 
Adequação da AGB (%) = AGB obtida (cm) x 100 
 AGB percentil 50 
 
 
Formas de interpretação 
 
Percentual (%) Classificação 
> 120 Obesidade 
110 – 120 Sobrepeso 
90 – 110 Eutrofia (normal) 
80 – 89 Desnutrição leve 
70 – 79 Desnutrição moderada 
< 69 Desnutrição grave 
Fonte: Blackburn e Thornton (1979) 
 
Percentil 
- consultar a tabela referente a AGB (cm2) de acordo com idade e sexo (tabelas 11 e 
12). 
Percentil Classificação 
< P5 Magro 
P5 – P15 Abaixo da média 
P15 – P75 Média 
P75 – P85 Acima da média 
> P85 Gordura excessiva 
Fonte: Frisancho, 1990 
 
35 
Tabela 11 - Percentis de AGB (cm2) segundo a idade e a compleição física para HOMENS 
Percentis de AGB(cm²) de acordo com idade para homens 
Idade 5 10 15 25 50 75 85 90 95 
19 - 24,9 5,5 6,9 7,7 9,2 13,9 21,5 26,8 30,7 37,2 
25 - 29,9 6 7,3 8,4 10,2 16,3 23,9 29,7 33,3 40,4 
30 - 34,9 6,2 8,4 9,7 11,9 18,4 25,6 31,6 34,8 41,9 
35 - 39,9 6,5 8,1 9,6 12,8 18,8 25,2 29,6 33,4 39,4 
40 - 44,9 7,1 8,7 9,9 12,4 18 25,3 30,1 35,3 42,1 
45 - 49,9 7,4 9 10,2 12,3 18,1 24,9 29,7 33,7 40,4 
50 - 54,9 7 8,6 10,1 12,3 17,3 23,9 29 32,4 40 
55 - 59,9 6,4 8,2 9,7 12,3 17,4 23,8 28,4 33,3 39,1 
Fonte: Frisancho (1990) 
 
 
 
Tabela 12 - Percentis de AGB (cm2) segundo a idade e a compleição física para MULHERES 
Percentis de AGB(cm²) de acordo com idade para mulheres 
Idade 5 10 15 25 50 75 85 90 95 
19 - 24,9 10 12 13,5 16,1 21,9 30,6 37,2 42 51,6 
25 - 29,9 11 13,3 15,1 17,7 24,5 34,8 42,1 47,1 57,5 
30 - 34,9 12,2 14,8 17,2 20,4 28,2 39 46,8 52,3 64,5 
35 - 39,9 13 15,8 18 21,8 29,7 41,7 49,2 55,5 64,9 
40 - 44,9 13,8 16,7 19,2 23 31,3 42,6 51 56,3 64,5 
45 - 49,9 13,6 17,1 19,8 24,3 33 44,4 52,3 58,4 68,8 
50 - 54,9 14,3 18,3 21,4 25,7 34,1 45,6 53,9 57,7 65,7 
55 - 59,9 13,7 18,2 20,7 26 34,5 46,4 53,9 59,1 69,7 
 
36 
6. OUTROS ÍNDICES 
 
6.1. Índice de Conicidade (Índice C) 
- Utilizado para avaliar a obesidade e a distribuição de gordura corporal, 
considerando que a obesidade central está associada às doenças cardiovasculares. 
 
 
INDICE C = Circunferência da cintura (m) 
 0,109 x √peso (kg)/estatura (m) 
 
 
 
Classificação quanto ao diagnóstico de obesidade central e risco de doenças 
cardiovasculares: 
Homens = IC < 1,25 
Mulheres = IC < 1,18 
(Fonte: Avaliação Nutricional: Novas Perspectivas, p. 288, tabela 9.97) 
 
 
6.2. Índice de Adiposidade Corporal (IAC) 
 
 
 
% gordura corporal = 
 
 
 
 
circunferência do quadril (cm) 
-18 
 altura x √altura (m) 
 
 
Formas de interpretação 
 
Classificação Homens Mulheres 
Excepcionalmente baixa 6 – 10% 10 – 15% 
Baixa 11 – 14% 16 – 19% 
Ideal 15 – 18% 20 – 25% 
Moderada 19 – 24% 26 – 29% 
Excesso de gordura > 25% > 30% 
 
 
 
 
 
37 
FÓRMULAS DE ESTIMATIVA DE PERCENTUAL DE GORDURA 
 
7.1 Fórmulas que estimam Densidade Corporal (DC) 
 
a) Mcardle, 1992 
 
HOMENS 
(18 - 34 anos) DC = 1,1610 - 0,0632 log (DCB + DCT + DCSE + DCSI) 
(18 - 27 anos) DC = 1,0913 - 0,00116 (DCT+ DCSE) 
 
MULHERES 
(18 - 48 anos ) DC = 1,06234 - 0,00068 (DCSE) - 0,00039 (DCT) - 0,00025 (DCCo) 
 
b) Guedes, 1994 
 
HOMENS: DC= 1,17136 - 0,06706 log (DCT + DCSI + DCAb) 
 
MULHERES: DC = 1,16650- 0,07063 log (DCCo + DCSI+ DCSE) 
 
c) Pollock e col., 1984 
� 3 Dobras (H = Peitoral, abdominal e Coxa; M = triciptal, supra-ilíaca e coxa) 
 
Homens (18- 61anos) 
DC = 1,1093800 - 0,0008267 (DCPT + DCAb + DCCo) + 0,0000016 (DCPT + DCAb 
+ DCCo)² - 0,0002574 (Idade) 
 
Mulheres (18-55 anos) 
DC= 1,0994921 - 0,0009929 (DCT + DCSI + DCCo) + 0,0000023 (DCT + DCSI + 
DCCo)² - 0,0001392 (Idade) 
 
 
 
 
 
� 7 Dobras (Subescapular, axilarmédia, tríceps; coxa; supra-ilíaca; abdome e 
peitoral) � ST (somatório) 
 
Homens Adultos (18 a 61 anos) 
DC = 1,11200000 - 0,00043499 (ST) + 0,00000055 (ST)² - 0,0002882 (idade) 
 
Mulheres Adultas (18 a 61 anos) 
DC = 1,0970 - 0,00046971 (ST) + 0,00000056 (ST)² - 0,00012828 (idade) 
 
38 
d) Petroski, 1995 
 
Homens (18 - 66 anos) 
 
DC = 1,10726863 – 0,00081201 x (DCSE+DCT+DCSI+DCPant) + 0,00000212 x 
(DCSE+DCT+DCSI+DCPant)2 - 0,00041761 x (Idade) 
 
Mulheres (18 - 51 anos) 
 
DC = 1,02902361 – [0,00067159 x (DCSE+DCT+DCSI+DCPant)] + [0,00000242 x 
(DCSE+DCT+DCSI+DCPant)2] – [0,00026073 x (Idade)] – [0,00056009 x Peso (Kg)] 
+ [0,00054649 x Altura (cm)] 
 
e) JACKSON et al 
 
Homens de 18 - 61 anos (Jackson & Pollock, 1978) 
DC = 1,1010 – 0,00041150 x (DCSE+DCT+DCPt+DCAx+DCSI+DCAb+DCCo) + 
0.00000069 x (Σ7DC)2 – 0,00022631 x (Idade) – 0,000059239 x (CC) + 0,000190632 
x (C. antebraço) 
 
Fórmula de Siri (conversão da DC em % Gordura) 
- Após cálculo para descobrir a densidade corporal do indivíduo, aplicar a fórmula de 
Siri para converter densidade corporal em percentual de gordura 
 
 
 
%G = 4,95 - 4,50 x 100 
 DC 
 
 
 
7.2 Fórmulas que estimam % gordura 
a) Faulkner, 1968 
G% = [ (DCT +DCSI +DCSE + DCAB) x 0,153 + 5, 783] 
 
b) Yuhasz (Subescapular, tríceps; coxa; supra-ilíaca; abdome e peitoral 
(S6=somatória de todas) 
G%= (S6) x 0,095 + 3,64 
 
 
 
 
7.4 Fórmulas de predição de gordura para obesos 
39 
 
HOMENS (24 a 68 anos) - %GC = 0,31457 (CAb) – 0,10969 (P) + 10,8836 
 
MULHERES (20 a 60 anos) - %GC = 0,11077 (CAb) – 0,17666 (A) + 0,14354 (P) + 51,03301 
 
Onde: 
CAb: Circunferência abdominal / A: Altura / P: Peso corporal 
 
 
7.3 Estimativa de percentual de gordura por meio do ∑ de dobras e comparação 
em Tabelas (anexos) 
 
• Petroski, 1995: 
 
- Mulheres � Axilar média, supra-ilíaca, coxa e panturrilha; 
- Homens � Subescapular, tríceps, supra-ilíaca e panturrilha 
 
• Durnin & Womersley, 1974 (bíceps, tríceps, subescapular e supra-ilíaca) 
 
- Após o somatório das dobras, consultar a tabela abaixo, de acordo com sexo e idade 
para estimativa de % de gordura corporal 
 
 Porcentagem estimada de gordura corporal, obtida por meio de soma de quatro dobras cutâneas 
Dobras Homens Mulheres 
cutaneas (idades em anos) (idades em anos) 
(mm) 19-29 30-39 40-49 50+ 19-29 30-39 40-49 50+ 
15 4,8 - - - 10,5 - - - 
20 8,1 12,2 12,2 12,6 14,1 17 19,8 21,4 
25 10,5 14,2 15 15,6 16,8 19,4 22,2 24 
30 12,9 16,2 17,7 18,6 19,5 24,8 24,5 26,6 
35 14,7 17,7 19,6 20,8 21,5 23,7 26,4 28,5 
40 16,4 19,2 21,4 22,9 23,4 25,5 28,2 30,3 
45 17,7 20,4 23 24,7 25 26,9 29,6 31,9 
50 19 21,5 24,6 26,5 26,5 28,2 31 33,4 
55 20,1 22,5 25,9 27,9 27,8 29,4 32,1 34,6 
60 21,2 23,5 27,1 29,2 29,1 30,6 33,2 35,7 
65 22,2 24,3 28,2 30,4 30,2 31,6 34,1 36,7 
70 23,1 25,1 29,3 31,6 31,2 32,5 35 37,7 
75 24 25,9 30,3 32,7 32,2 33,4 35,9 38,7 
80 24,8 26,6 31,2 33,8 33,1 34,3 36,7 39,6 
85 25,5 27,2 32,1 34,8 34 35,1 37,5 40,4 
90 26,2 27,8 33 35,8 34,8 35,8 38,3 41,2 
40 
95 26,9 28,4 33,7 36,6 35,6 36,5 39 41,9 
100 27,6 29 34,4 37,4 36,4 37,2 39,7 42,6 
105 28,2 29,6 35,1 38,2 37,1 37,9 40,4 43,3 
110 28,8 30,1 35,8 39 37,8 38,6 41 43,9 
115 29,4 30,6 36,4 39,7 38,4 39,1 41,5 44,5 
120 30 31,1 37 40,4 39 39,6 42 45,1 
125 31 31,5 37,6 41,1 39,6 40,1 42,5 45,7 
130 31,5 31,9 38,2 41,8 40,2 40,6 43 46,2 
135 32 32,3 38,7 42,4 40,8 41,1 43,5 46,7 
140 32,5 32,7 39,2 43 41,3 41,6 44 47,2 
145 32,9 33,1 39,7 43,6 41,8 42,1 44,5 47,7 
150 33,3 33,5 40,2 44,1 42,3 42,6 45 48,2 
155 33,7 33,9 40,7 44,6 42,8 43,1 45,4 48,7 
160 34,1 34,3 41,2 45,1 43,3 43,6 45,8 49,2 
165 34,5 34,6 41,6 45,6 43,7 44 46,2 49,9 
170 34,9 34,8 42 46,1 44,1 44,4 46,6 50 
175 35,3 - - - - 44,8 47 50,4 
180 35,6 - - - - 45,2 47,4 50,8 
185 35,9 - - - - 45,6 48,8 51,2 
190 - - - - - 45,9 48,2 51,6 
195 - - - - - 46,2 48,5 52 
200 - - - - - 46,5 48,8 52,4 
205 - - - - - - 49,1 52,7 
210 - - - - - - 49,4 53 
 
Estimativa da porcentagem de gordura para os homens: soma das dobras cutâneas do triceps, torácica e subescapular 
Soma das dobras 
cutaneas (mm) 
 
<22 23-27 28-32 33-37 38-42 43-47 48-52 53-57 >57 
8 - 10 1,5 2 2,5 3,1 3,6 4,1 4,6 5,1 5,6 
11 - 13 3 3,5 4 4,5 5,1 5,6 6,1 6,6 7,1 
14 - 16 4,5 5 5,5 6 6,5 7 7,6 8,1 8,6 
17 - 19 5,9 6,4 6,9 7,4 8 8,5 9 9,5 10 
20 - 22 7,3 7,8 8,3 8,8 9,4 9,9 10,4 10,9 11,4 
23 - 25 8,6 9,2 9,7 10,2 10,7 11,2 11,8 12,3 12,8 
26 - 28 10 10,5 11 11,5 12,1 12,6 13,1 13,6 14,2 
29 - 31 11,2 11,8 12,3 12,8 13,4 13,9 14,4 14,9 15,5 
32 - 34 12,5 13 13,5 14,1 14,6 15,1 15,7 16,2 16,7 
35 - 37 13,7 14,2 14,8 15,3 15,8 16,4 16,9 17,4 18 
38 - 40 14,9 15,4 15,9 16,5 17 17,6 18,1 18,6 19,2 
41 - 43 16 16,6 17,1 17,6 18,2 18,7 19,3 19,8 20,3 
44 - 46 17,1 17,7 18,2 18,7 19,3 19,8 20,4 20,9 21,5 
41 
47 - 49 18,2 18,7 19,3 19,8 20,4 20,9 21,4 22 22,5 
50 - 52 19,2 19,7 20,3 20,8 21,4 21,9 22,5 23 23,6 
53 - 55 20,2 20,7 21,3 21,8 22,4 22,9 23,5 24 24,6 
56 - 58 21,1 21,7 22,2 22,8 23,3 23,9 24,4 25 25,5 
59 - 61 22 22,6 23,1 23,7 24,2 24,8 25,3 25,9 26,5 
62 - 64 22,9 23,4 24 24,5 25,1 25,7 26,2 26,8 27,3 
65 - 67 23,7 24,3 24,8 25,4 25,9 26,5 27,1 27,6 28,2 
68 - 70 24,5 25 25,6 26,2 26,7 27,3 27,8 28,4 29 
71 - 73 25,2 25,8 26,3 26,9 27,5 28 28,6 29,1 29,7 
74 - 76 25,9 26,5 27 27,6 28,2 28,7 29,3 29,9 30,4 
77 - 79 26,6 27,1 27,7 28,2 28,8 29,4 29,9 30,5 31,1 
80 - 82 27,2 27,7 28,3 28,9 29,4 30 30,6 31,1 31,7 
83 - 85 27,7 28,3 28,8 29,4 30 30,5 31,1 31,7 32,3 
86 - 88 28,2 28,8 29,4 29,9 30,5 31,1 31,6 32,2 32,8 
89 - 91 28,7 29,3 29,8 30,4 31 31,5 32,1 32,7 33,3 
92 - 94 29,1 29,7 30,3 30,8 31,4 32 32,6 33,1 33,4 
95 - 97 29,5 30,1 30,6 31,2 31,8 32,4 32,9 33,5 34,1 
98 - 100 29,8 30,4 31 31,6 32,1 32,7 33,3 33,9 34,4 
101 - 103 30,1 30,7 31,3 31,8 32,4 33 33,6 34,1 34,7 
104 - 106 30,4 30,9 31,5 32,1 32,7 33,2 33,8 34,4 35 
107 - 109 30,6 31,1 31,7 32,3 32,9 33,4 34 34,6 35,2 
110 - 112 30,7 31,3 31,9 32,4 33 33,6 34,2 34,7 35,3 
113 - 115 30,8 31,4 32 32,5 33,1 33,7 34,3 34,9 35,4 
116 - 118 30,9 31,5 32 32,6 33,2 33,8 34,3 34,9 35,5 
Fonte: Jackson e Pollock et al., 1985: 
 
Estimativas da porcentagem de gordura para as mulheres: soma das dobras cutâneas do triceps abdominal e supra-ililica. 
Soma das dobras 
Cutaneas (mm) 
 
18 – 22 23-27 28 -32 33 - 37 38 - 42 43 - 47 48 - 52 53 - 57 >57 
8 12 8,8 9 9,2 9,4 9,5 9,7 9,9 10,1 10,3 
13 17 10,8 10,9 11,1 11,3 11,5 11,7 11,8 12 12,2 
18 22 12,6 12,8 13 13,2 13,4 13,5 13,7 13,9 14,1 
23 27 14,5 14,6 14,8 15 15,2 15,4 15,6 15,7 15,9 
28 32 16,2 16,4 16,6 16,8 17 17,1 17,3 17,5 17,7 
33 37 17,9 18,1 18,3 18,5 18,7 18,9 19 19,2 19,4 
38 42 19,6 19,8 20 20,2 20,3 20,5 20,7 20,9 21,1 
43 47 21,2 21,4 21,6 21,8 21,9 22,1 22,3 22,5 22,7 
48 52 22,8 22,9 23,1 23,3 23,5 23,7 23,8 24 24,2 
53 57 24,2 24,4 24,6 24,8 25 25,2 25,3 25,5 25,7 
58 62 25,7 25,9 26 26,2 26,4 26,6 26,8 27 27,1 
63 67 27,1 27,2 27,4 27,6 27,8 28 28,2 28,3 28,5 
68 72 28,4 28,6 28,7 28,9 29,1 29,3 29,5 29,7 29,8 
42 
73 77 29,6 29,8 30 30,2 30,4 30,6 30,7 30,9 31,1 
78 82 30,9 31 31,2 31,4 31,6 31,8 31,9 32,1 32,3 
83 87 32 32,2 32,4 32,6 32,7 32,9 33,1 33,3 33,2 
88 92 33,1 33,3 33,5 33,7 33,8 34 34,2 34,4 34,6 
93 97 34,1 34,3 34,5 34,7 34,9 35,1 35,2 35,4 35,6 
98 102 35,1 35,3 35,5 35,7 35,9 36 36,2 36,4 36,6 
103 107 36,1 36,2 36,4 36,6 36,8 37 37,2 37,3 37,5 
108 112 36,9 37,1 37,3 37,5 37,7 37,9 38 38,2 38,4 
113 117 37,8 37,9 38,1 38,3 39,2 39,4 39,6 39,8 39,2 
118 122 38,5 38,7 38,9 39,1 39,4 39,6 39,8 40 40123 127 39,2 39,4 39,6 39,8 40 40,1 40,3 40,5 40,7 
128 132 39,9 40,1 40,2 40,4 40,6 40,8 41 41,2 41,3 
133 137 40,5 40,7 40,8 41 41,2 41,4 41,6 41,7 41,9 
138 142 41 41,2 41,4 41,6 41,7 41,9 42,1 42,3 42,5 
143 147 41,5 41,7 41,9 42 42,2 42,4 42,6 42,8 43 
148 152 41,9 42,1 42,3 42,4 42,6 42,8 43 43,2 43,4 
153 157 42,3 42,5 42,6 42,8 43 43,2 43,1 43,6 43,7 
158 162 42,6 42,8 43 43,1 43,3 43,5 43,7 43,9 44,1 
163 167 42,9 43 43,2 43,4 43,6 43,8 44 44,1 44,3 
168 172 43,1 43,2 43,4 43,6 43,8 44 44,2 44,3 44,5 
173 177 43,2 43,4 43,6 43,8 43,9 44,1 44,3 44,5 44,7 
178 182 43,3 43,5 43,7 43,8 44 44,2 44,4 44,6 44,8 
 
 
Padrões de referência para classificação de percentual de gordura 
 
Classificação HOMENS MULHERES 
Atletas 5 – 13% 12 – 22% 
Pessoas ativas 12 – 18% 16 – 25% 
Pessoas não ativas 12 – 20% 18 – 32% 
Pessoas obesas ≥ 21% ≥ 33% 
 Fonte: GUEDES, 1990 
 
Classificação HOMENS MULHERES 
Muito baixo ≤ 5% ≤ 8% 
Abaixo da média 6 – 14% 9 – 22% 
Média 15% 23% 
Aicma da média 16 – 24% 24 – 31% 
Muito alto ≥ 25% ≥ 32% 
Fonte: LOHMAN (1992) 
 
43 
Classificação HOMENS MULHERES 
Gordura essencial 3 – 5% 3 – 8% 
Atletas 5 – 13% 12 – 22% 
Aptos fisicamente 12 – 18% 16 – 25% 
Saudáveis 10 – 25% 18 – 30% 
Obesos > 25% > 30% 
Fonte: CEDDIA (1990) 
Obs: Transcrita de Body composition. A round table. The physician and sports e medicine 
 
Classificação HOMENS MULHERES 
Leve 15 – 20% 25 – 30% 
Moderada 20 – 25% 30 – 35% 
Elevada 25 – 30% 35 – 40% 
Mórbida > 30% > 40% 
Fonte: NIDDK (1993) in Guedes e Guedes (1998) 
44 
COMPOSIÇÃO CORPORAL (SISTEMA CORPÓREO TOTAL) 
 
Peso total = Peso ósseo + Peso gordura + Peso muscular + Peso residual 
 
 
� Peso ósseo 
 
P.O. = 3,02 x (A2 x U x F x 400) 
 
� Onde: A = altura em metros; U = Diâmetro Biepicondiliano de úmero em 
metros; F = diâmetro bicondiliano de fêmur em metros 
 
� Peso residual 
 
 
P.R. = Peso x 0,24 
 
 
� Peso gordura 
 
 
P.G. = % gordura x peso 
 
 
� Peso muscular 
 
 
P.M. = Peso – (P.O. + P.R. + P.G.) 
 
 
45 
III. Avaliação clínica e exame físico 
 
1 Objetivos da Avaliação Clínica 
PARÂMETRO OBJETIVO 
História 
(anamnese 
geral) 
• Obter informações que possam revelar deficiências e 
interferências na aquisição, preparo, ingestão e no 
metabolismo de nutrientes. 
 
• Obter informações sobre perda/ganho de peso não-
intencional, cirurgia ou trauma recente, presença de 
doenças crônicas, sintomas gastrintestinais, uso de 
medicamentos, problemas de mastigação e deglutição, e 
outros. 
Exame Físico • Identificar sinais de deficiências ou excessos nutricionais, 
como desnutrição, obesidade, deficiências vitamínicas, de 
ácidos graxos essenciais e outros. 
 
• Determinar a adequacidade dos processos de nutrição, 
como a ingestão, a digestão, a absorção e o metabolismo. 
 
2- História (Anamnese Geral) 
2.1- Componentes da anamnese geral 
 
COMPONENTES DESCRIÇÃO 
Queixa Principal - Citação subjetiva do paciente sobre o problema de 
saúde, incluindo início e duração. 
Enfermidade Atual - Dados detalhados sobre a queixa principal, 
relacionados ao estado nutricional. 
- Dor ou desconforto. 
- Uso de medicamentos. 
- Uso de álcool, nicotina e cafeína. 
História Alimentar - Enfermidade, trauma, deformidades físicas e defeitos 
dentários que podem interferir com a aquisição, 
preparo, mastigação ou deglutição dos alimentos. 
- Alergias: meio ambiente, alimentos e medicamentos. 
- Distúrbios alimentares. 
- Doença crônica ou cirurgia do trato gastrintestinal. 
- Abuso de substâncias. 
- Suplementação mineral e vitamínica. 
- Uso de suplementos alimentares comerciais. 
- Uso de suplementos alimentares não-convencionais. 
- Preferências e intolerâncias alimentares. 
46 
- Influência étnicas, culturais ou religiosas na 
alimentação. 
- Determinação das necessidades de aconselhamento, 
baseado no conhecimento de nutrição. 
História Familiar - Desordens genéticas e familiares que podem afetar o 
estado nutricional: cardiovascular, Crohn, diabetes, 
distúrbios gastrintestinais, câncer, anemia falciforme, 
alergias, intolerâncias alimentares, obesidade. 
História de 
Medicamentos 
- Uso recente de esteróides, imunossupressores, 
quimioterapia, anticonvulsivantes ou contraceptivos 
orais. 
História Sócio-econômica - Armazenamento, refrigeração e preparo de 
alimentos. 
- Tipo de plano de saúde. 
- Hábitos de compra e preparo de alimentos. 
 
3 - Exame Físico 
 
3.1 – Técnicas de exame físico relacionado à nutrição 
TÉCNICA DESCRIÇÃO 
Inspeção - Usa a visão, o olfato e a audição. 
- Observação crítica da cor, formato, textura e tamanho. 
- É a técnica mais frequentemente utilizada. 
Palpação - Exame táctil para sentir pulsações e vibrações. 
- Avalia as estruturas corporais (incluindo textura, 
tamanho, temperatura, consistência e mobilidade). 
Percussão - Avaliação de “sons”, para determinar o contorno, 
formato e posição dos órgãos. 
- Nem sempre pode ser usada no exame físico 
relacionado à nutrição. 
Ausculta - Ouvir os sons corporais com ou sem o uso de 
estetoscópio (ex.: sons do coração e pulmões, intestinais 
e dos vasos sanguíneos). 
Fonte: Hammond, 1996. 
 
3.2 – Sinais e sintomas de deficiências nutricionais 
a) Examinar tecidos de proliferação rápida, como cabelos, pele, lábios, olhos e 
línguas. Esses tecidos são mais prováveis de refletir deficiências nutricionais mais 
precocemente que outros. 
47 
b) Investigar atrofia da língua, palidez cutânea, dermatite, cicatrização inadequada de 
feridas, turgor deficiente da pele. 
c) Outros achados físicos relacionados ou associados à doença de base podem 
confundir a avaliação. 
d) Realizar o exame físico de forma sequencial e organizada. Ex.: cabeça e pescoço, 
sistema cardiopulmonar, gastrintestinal, urinário, músculo-esquelético e neurológico. 
e) Considerar que a maior parte dos achados físicos não são específicos para as 
deficiências individuais de nutrientes e devem ser integrados com a história e com os 
dados antropométricos e laboratoriais. 
 
 
 
 
Quadro do Exame Físico Nutricional – Sinais e sintomas de deficiências 
nutricionais 
 NORMAL ACHADOS 
CLÍNICOS 
DEFICIÊNCIA 
SUSPEITADA 
OUTRAS CAUSAS 
Olhos 
 
 
 
 
Brilhantes, 
membranas 
róseas e úmidas 
 
 
 
 
 
 
 
Conjuntiva pálida. Ferro Anemias não-nutricionais. 
Cegueira noturna. 
 
Vitamina A 
 
Hereditariedade e doenças 
oculares. 
Manchas de Bitot 
(manchas 
acinzentadas, 
brilhantes e 
triangular na 
conjuntiva). 
Vitamina A 
 
 
Xerose (secura 
anormal). 
Vitamina A Idade, alergias 
Vermelhidão e 
fissura dos cantos 
dos olhos. 
Riboflavina, 
piridoxina. 
 
Movimento ocular 
normal ao 
acompanhar 
objetos. 
Oftalmoplegia 
(paralisia dos 
músculos 
oculares). 
Tiamina e fósforo. Lesão cerebral. 
48 
 NORMAL ACHADOS 
CLÍNICOS 
DEFICIÊNCIA 
SUSPEITADA 
OUTRAS CAUSAS 
Cabelos 
 
 
 
 
 
 
 
Brilhantes, firmes 
e difíceis de 
arrancar. 
Sinal de bandeira 
(despigmentação 
transversa). 
Arrancável com 
facilidade e sem 
dor. 
Proteína, vista no 
kwashiorkor e, 
ocasionalmente, 
no marasmo. 
Tinturas e outros tratamentos 
capilares excessivos. 
Aparência normal 
ou espessa. 
Pouco cabelo. Proteína, biotina, 
zinco. 
Alopécia decorrente da idade, 
quimioterapia ou radiação da 
cabeça, desordens endócrinas. 
Crescimento 
normal. 
Pêlos crespos e 
encravados. 
Vitamina C. 
Unhas Uniformes, 
arredondadas e 
lisas. 
Listras 
transversais, 
rugosas. 
Proteína. 
Coiloníquia 
(unhas em forma 
de colher, finas e 
côncavas).Ferro. Considerado normal se somente 
encontrado nas unhas dos pés. 
Pele 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cor uniforme, lisa, 
de aparência 
saudável. 
Descamação ou 
seborréia 
nasolabial. 
Vitamina A, zinco, 
ácidos graxos 
essenciais, 
riboflavina, 
piridoxina. 
Excesso de vitamina A. 
Petéqueia, 
especialmente 
perifolicular 
(manchas 
hemorrágicas 
pequenas e de cor 
roxa. 
Vitamina C. Distúrbios de coagulação, febre 
severa, picada de inseto. 
 
 
 
Varfarina, Injurla, 
trombocitopenia, excesso de 
vitamina E. Púrpura 
(hematomas e 
sangramento 
subcutâneo). 
Vitamina C, 
vitamina K. 
Hiperqueratose 
folicular 
(hipertrofia da 
epiderme). 
Vitamina A, 
vitamina C. 
 
Pigmentação 
(escurecimento) e 
descamação das 
áreas expostas ao 
sol. 
Niacina. 
Aparência de 
celofane. 
Proteína. Envelhecimento. 
49 
Pigmentação 
amarelada, 
especialmente 
nas palmas das 
mãos, enquanto a 
esclera 
permanece 
branca. 
 Excesso de ingestão de beta-
caroteno. 
Edema corporal, 
face redonda, 
edemaciada (face 
de lua cheia). 
Proteína, tiamina. Medicamentos, especialmente 
esteróides. 
Cicatrização 
deficiente de 
feridas, úlceras de 
decúbito. 
Proteína, vitamina 
C, zinco, 
kwashiorkor. 
Cuidado deficiente da pele, 
diabetes. 
Palidez. Ferro. Perdas sanguíneas. 
Oral 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lábios macios, 
sem inflamação. 
Queilose (lábios 
secos, com 
rachaduras e 
ulcerados). 
Estomatite 
angular 
(inflamação dos 
cantos da boca). 
Riboflavina, 
piridoxina, 
niacina. 
Salivação excessiva, devido à 
prótese dentária mal fixada. 
Língua vermelha, 
sem edema e com 
superfície normal. 
Papila lingual 
atrófica (língua 
lisa. 
Riboflavina, 
niacina, folato, 
vitamina B12, 
proteína, ferro. 
 
Glossite. Riboflavina, 
niacina, folato, 
piridoxina, 
vitamina B12. 
 
Paladar e olfato 
normais. 
Hipogeusia 
(paladar 
diminuído). 
Hiposmia (olfato 
diminuído) 
Zinco. Medicamentos, como agentes 
neoplásicos ou sulfoniluréias 
Gengivas e 
dentes normais. 
Esmalte 
manchado. 
 Fluorose (flúor em excesso 
Esmalte 
danificado. 
 Suspeita de bulimia. 
Caries, dentes 
ausentes e gengivas 
retraídas. 
 Higiene oral deficiente, doença 
peridontal. 
Gengivas 
edemaciadas, 
sangrantes e retraídas. 
Vitamina C. 
 
50 
 NORMAL ACHADOS 
CLÍNICOS 
DEFICIÊNCIA 
SUSPEITADA 
OUTRAS CAUSAS 
Neurológicos Estabilidade 
emocional. 
 
 
Demência. Niacina, vitamina 
B12. 
 
Confabulação, 
desorientação. 
 
Tiamina (psicose 
de Korsakoff). 
Doença ou relacionado à idade. 
Causas mútiplas, como cálcio 
sérico aumentado, medicamentos 
e toxicidade por alumínio. 
Refluxos e 
sensações 
normais. 
Neuropatia 
periférica: 
fraqueza, 
parestesias 
(formigamento 
dos pés). 
Tiamina, 
piridoxina, 
vitamina B12. 
Excesso de 
piridoxina. 
 
Ataxia 
(coordenação 
muscular 
deficiente e 
reflexos 
diminuídos do 
tendão). 
Tetania. 
 
Cálcio, magnésio, 
vitamina D. 
 
Outros . Aumento da 
parótida, 
hepatomegalia. 
Proteína, bulimia. Doença da parótida ou do fígado. 
Excesso de vitamina A. 
Raquitismo ou 
osteomalácia 
(pernas 
curvadas). 
Vitamina D. 
Fonte: Menissoa, 1997 
 
51 
 
52 
3.4 Perda de gordura subcutânea 
O primeiro sinal físico a ser examinado é a perda de massa gordurosa subcutânea 
 
Os pacientes do sexo masculino e aqueles com ingestão calórica deficientes estão 
propensos a perder gordura antes da massa muscular. 
 
Investigar olhos encovados ou pele flácida ao redor dos olhos e bochechas. 
 
Em pacientes com estado nutricional normal, o acúmulo de gordura em baixo dos 
olhos parece um edema leve. 
 
Em paciente desnutrido pode ser detectado depressão ou, às vezes, uma área escura 
abaixo dos olhos. Isso é frequentemente chamado de “olhos fundos”. 
 
Examinar as reservas de gordura do braço e classificar subjetivamente o grau de 
perda. 
 
3.5 – Perda de massa muscular 
Em geral, os grupos musculares das partes superiores do corpo são mais susceptíveis 
à perda. 
 
Músculos da região das têmporas 
Para visualizar este músculo, vire a cabeça do paciente para o lado (em alguns 
casos, esta região é melhor observada diretamente de frente). 
 
Músculo da clavícula 
 Observar a extensão da linha da clavícula. Quando menor a massa 
muscular, mais proeminente é o osso. Os homens e mulheres exibem diferença na 
musculatura nesta região. 
 
Músculos dos ombros 
Posicione os braços do paciente para baixo, ao lado do corpo. Deve ser 
53 
possível pinçar tecido muscular da junção do ombro. 
Músculo da escápula 
 Observar se existem depressões ao redor da escápula. Para melhor 
definir esses grupos musculares, peça ao paciente para empurrar a mão dele para 
frente, contra um objeto sólido. O grupo de perda pode variar na localização e 
profundidade. 
 
Músculos das costelas inferiores 
 Observar as depressões entre as costelas, com o paciente pressionando 
a mão contra um objeto sólido. 
 
Músculos do dorso da mão, entre o polegar e o indicador (músculo interósseo) 
Para facilitar o exame, peça ao paciente para pressionar as pontas dos dedos 
polegar e indicador, um contra o outro. Normalmente, o músculo irá protrair. Em casos 
de perda muscular, esta área pode se apresentar plana ou depressão. A quantidade 
do tecido muscular desta região apresenta variação entre os sexos. Se plana, pode 
ser um sinal de desnutrição em homens, mas não em mulheres. 
 
Quadríceps 
Embora não seja tão sensível quanto os grupos musculares da parte superior 
do corpo, esta também pode ser examinado para avaliar a deterioração muscular. 
Com o paciente em posição sentada, pinçar o quadríceps para diferenciar o tecido 
muscular do gorduroso. 
 
Músculo da região interna da perna 
Observar o grau de definhamento destes músculos e se houve perda ao redor 
do joelho. 
 
Panturrilha 
Pinçar o músculo da panturrilha para determinar a quantidade de tecido. 
 
Edema 
1. A desnutrição pode aumentar o edema. Portanto, considerar somente aquele que 
resulta da desnutrição. 
54 
2. De maneira prática, descartar todas as outras causas de edema, antes de associá-
lo à desnutrição. 
3. Observar as regiões do tornozelo e do sacro. É principalmente importante examinar 
a presença de edema na região sacral em pacientes com atividade física restrita. 
4. O tornozelo é o melhor local para identificar edema em um paciente que se 
movimenta. 
 
Classificação do edema: 
Edema Característica 
+ mínimo 
++ discreto cacifo ou fóvea 
+++ moderado, apaga relevo ósseo 
++++ pronunciado, deforma seguimento comprometido 
 
 
Ascite 
- É o acúmulo de líquido extra-celular na cavidade abdominal 
- Para observar a presença de ascite, pede-se para o paciente (ou outra pessoa) 
colocar a mão na linha mediana do abdômen (apoiar com certa firmeza - não 
apoiando a palma, mas sim a lateral da mão esticada na linha médiana) e então 
realiza-se a percussão em um dos lados do abdômen. Observa-se se há 
transmissão de onda de líquido para o lado oposto do abdômen. Caso haja 
prosseguimento da onda para o lado oposto do abdômen o sinal é considerado 
positivo. 
 
Classificação da ascite: 
Intensidade Classificação 
Leve Visível apenas no ultrassom 
Moderada Detectável pela "abaulamento dos flancos" ao exame físico 
Grave Claramente visível, confirmada pelo "sinal do piparote*/sinal 
de onda líquida" ao exame físico 
 
 
 
 
55 
Exame físico: avalia perda de gordura subcutâneae massa muscular: 
 
EXAME FÍSICO 
Adaptado do livro Terapia Nutricional Enteral e Parenteral -Manual de Rotina Técnica , 2000. 
Paciente: Sexo: Idade: Leito: 
Diagnóstico Clínico: Data: 
Estado Nutricional Normal Desnutrição 
leve/moderada 
Desnutrição grave 
Categoria A B C 
1. Perda de gordura subcutânea: 
Olhos encovados (fundos e escuros) ou pele 
flácida ao redor dos olhos e bochechas. 
 Reserva de gordura braquial. 
Nenhuma perda. 
 
 
( ) 
Sinais de perda em 
algumas regiões, mas 
não em outras. 
( ) 
Perda grande 
 
 
( ) 
2. Perda de massa muscular A B C 
Músculos Sem evidência de perda. 
 
 
( ) 
Sinais de perda em 
algumas regiões, , mas 
não em outras. 
( ) 
Sinais de perda severa 
em todas ou na 
maioria das regiões. 
( ) 
Região das têmporas Músculo aparente através 
das têmporas. Região reta 
e plana. 
 ( ) 
Depressão leve próxima 
às têmporas. 
 
( ) 
Depressão grande e 
profunda próxima às 
têmporas. 
 ( ) 
Região da clavícula Homens: não é visível. 
Mulher: pode ser visível. 
( ) 
Difícil de distinguir 
 
( ) 
Bastante proeminente. 
 
( ) 
Região dos ombros. Ombros redondos, 
especielmente na junção 
entre pescoço e ombro. 
 
( ) 
Embora os ombros não 
estejam quadrados, a 
protrusão do acrômio 
pode estar evidente. 
( ) 
Ombros quadrados, a 
protrusão do acrômio 
é bastente evidente. 
 
( ) 
Região da escápula Escápula não proeminente, 
sem depressões ao redor do 
osso. 
 
( ) 
Os músculos parecem 
definhados, podem haver 
depressões nas regiões 
ao redor do osso. 
( ) 
Escapúla visível. 
 
 
 
( ) 
Região da costelas As costelas não aparecem. 
 
 
( ) 
Estão aparentes, mas as 
depressões não estão tão 
visíveis. 
( ) 
Costelas muito 
aparentes. 
 
( ) 
Dorso das mãos Mulher: músculo plano 
Homem: músculo 
proeminente. 
( ) 
Depressão pequena 
 
 
( ) 
Depressão profunda 
entre polegar e 
indicador. 
( ) 
Quadríceps Aparência normal 
( ) 
Pouca redução 
( ) 
Reduzido 
significamente. 
( ) 
Região interna da perna Aparência normal ao redor 
dos joelhos. 
( ) 
Perda moderada ao redor 
dos joelhos. 
( ) 
Ossos do joelho 
protraídos. 
( ) 
Panturrilha Aparência normal. 
( ) 
Difícil de detectar. 
( ) 
Redução acentuada. 
( ) 
56 
CLASSIFICAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL 
Estado Nutricional Normal Desnutrição leve/moderada Desnutrição grave 
Categoria A B C 
Parâmetros Sem sinais físicos de 
desnutrição 
Nenhuma perda significativa 
de peso 
Perda de peso sem ganho 
subsequente. Perda leve de 
gordura subcutânea ou 
muscular. 
Perda severa de gordura 
subcutânea. Perda de massa 
muscular. Presença de edema . 
História clínica de risco 
nutricional. 
 
O que deve ser observado 
 
GORDURA 
SUBCUTÂNEA 
DICAS DESNUTRIÇÃO 
GRAVE 
DESNUTRIÇÃO 
LEVE/ 
MODERADA 
BEM NUTRIDO 
Abaixo dos Olhos Círculos escuros, 
depressão, “pele 
solta”. 
 Protuberância 
levemente 
“almofadada”. 
 
Tríceps/ Bíceps 
Atenção: cuidado 
para não pegar 
músculo ao 
beliscar; 
movimente a pele 
entre os dedos. 
Sentir pouco 
espaço de 
gordura entre os 
dedos ou os 
dedos 
praticamente se 
tocam. 
 Tecido adiposo 
abudante. 
MASSA MUSCULAR DICAS DESNUTRIÇÃO 
GRAVE 
DESNUTRIÇÃO 
LEVE/ 
MODERADA 
BEM NUTRIDO 
 
Têmporas 
Observar em 
linha reta, olhar 
dos dois lados. 
“Buraco”, 
depressão. 
Depressão leve. É possível observar o 
músculo bem definido. 
 
 
Clavícula 
Observar se osso 
está proeminente. 
Osso 
protuberante/ 
proeminente/ 
saltado. 
Osso levemente 
saltado. 
Em homens não está 
visível; em mulheres 
pode estar visível, mas 
não está proeminente. 
 
 
Ombros 
Observar com os 
braços soltos ao 
lado do corpo, 
procurar por 
ossos 
proeminentes. 
Junção do braço 
com o ombro tem 
forma quadrada, 
com ossos 
proeminentes. 
Acrômio está 
levemente 
proeminente. 
Redondo, forma de 
curva na junção do 
ombro com o pescoço e 
do ombro com o braço. 
 
 
Escápula 
Procurar por 
ossos 
proeminentes, o 
paciente deve 
estar com o braço 
esticado para 
frente e a mão 
encosta numa 
superfície solida. 
Osso 
proeminente, 
visível; depressão 
entre as costelas, 
no ombro e 
escápula ou na 
coluna vertebral. 
Depressões leves 
ou ossos 
levemente 
proeminentes. 
Ossos não 
proeminentes, sem 
depressões 
significantes. 
 
Músculo entre os Ossos 
Observar no 
dorso da mão 
com o indicador 
Área entre o dedo 
indicador e 
polegar achatada 
Com pequena 
depressão ou 
Músculo proeminente 
pode estar levemente 
achatado. 
57 
unido com o 
polegar. 
ou com 
depressão. 
levemente 
achatada. 
MASSA MUSCULAR DICAS DESNUTRIÇÃO 
GRAVE 
DESNUTRIÇÃO 
LEVE/ 
MODERADA 
BEM NUTRIDO 
Joelho na Parte Inferior do 
Corpo e Menos Sensível 
as Alterações Nutricionais 
Paciente deve 
estar sentado 
com a perna 
apoiada em um 
degrau. 
Ossos 
proeminentes. 
 Músculos 
proeminentes, ossos 
não proeminentes. 
 
Quadríceps 
Não é tão 
sensível as 
alterações quanto 
a parte superior 
do corpo. 
Interno da coxa 
com depressão. 
Interno da coxa 
apresenta leve 
depressão. 
Sem depressão. 
EDEMA/ ASCITE DICAS DESNUTRIÇÃO 
GRAVE 
DESNUTRIÇÃO 
LEVE/ 
MODERADA 
BEM NUTRIDO 
Tentar Identificar Outras 
Causas não Relacionadas 
com a Desnutrição 
Em pacientes 
com mobilidade, 
observar o 
tornozelo e 
aqueles com 
atividade muito 
leve observar o 
sacro. 
Inchaço aparente, 
significante. 
Inchaço leve a 
moderado. 
Sem sinais de retenção 
de líquidos. 
 
CLASSIFICAÇÃO 
– O EXAME FÍSICO não é um sistema numérico de classificação. Portanto, é 
inapropriado somar os números dos resultados A, B ou C para chegar à classificação 
final. È preciso examinar as respostas para ter uma percepção global do estado 
nutricional do paciente. Se houver mais respostas do lado direito (mais B e C), é 
provável que o paciente esteja desnutrido. Este exame pode ser utilizado como 
método de rastreamento nutricional. 
- Se houver ganho de peso recente e melhora em outros indicadores, como no apetite, 
o paciente pode ser classificado na categoria A, mesmo que tenha havido perda prévia 
e ainda aparente de gordura e músculo. 
- Os pacientes obesos, por outro lado, podem entrar na categoria de desnutrição 
moderada (B) ou grave (C), baseando-se em uma história clínica e sinais de perda 
muscular. 
58 
- Os pacientes com aparência normal podem ser colocados na categoria de 
desnutrição leve ou moderada, devido á uma história clínica ruim. 
- A desnutrição leve/ moderada é a mais ambígua de todas. Esses pacientes podem 
apresentar respostas em todas as três categorias. Em geral, se a classificação de 
desnutrição grave (C) ou normal (A) não é claramente indicada, o resultado é 
desnutrição leve/ moderada (B). 
**Classificação do Estado Nutricional a partir do EXAME FÍSICO 
ESTADO 
NUTRIONAL 
NORMAL DESNUTRIÇÃO 
LEVE/MODERADA 
DESNUTRIÇÃO 
GRAVE 
Categoria A B 
 
C 
 
Parâmetros - Sem sinais físicos de 
desnutrição. 
- Nenhuma perda 
significativa de peso. 
- Nenhuma dificuldade 
com a alimentação. 
-Nenhuma incapacidade 
funcional relacionada à 
nutrição. 
-Nenhum sintomagastrintestinal de risco 
nutricional. 
- Perda de peso de 5 a 
10%, com nenhum ganho 
subseqüente. 
- Perda leve de gordura 
subcutânea ou muscular. 
- Incapacidade funcional 
ou não. 
- Com ou sem sintomas 
gastrintestinais. 
- Perda severa de 
gordura subcutânea. 
- Perda de massa 
muscular. 
- Presença de edema. 
- História clínica de risco 
nutricional. 
 
4 – Instrumento de rastreamento nutricional 
Avaliação Nutricional Subjetiva Global (ASG) 
10.4.1- Procedimento 
o Realizar a entrevista com o paciente e/ou responsável, ou revisar o prontuário, e 
preencher as informações na fixa de Avaliação Nutricional (ver modelos em 
Anexo). 
o No caso de criança ou paciente em estado crítico, incapaz de fornecer a sua 
história, contactar os membros da família ou outras pessoas relacionadas. 
o Classificar cada parâmetro da história e do exame físico A, B ou C. 
10.4.2 : Blocos de avaliação 
1º Bloco: Perda de peso 
1. Classificar o paciente baseado na porcentagem de mudança de peso nos últimos 
59 
seis meses (pode ser confirmado com uma balança). 
2. Calcular a perda de peso nas últimas duas semanas. 
3. Para pacientes obesos, seguir os mesmos guias. 
4. A redução de peso não irá afetar significadamente o resultado final se não existem 
sinais físicos ou outros fatores de risco nutricional. Considerar significativo se a 
perda de peso devido à restrição alimentar estiver associada a outros sinais de 
risco. 
5. O padrão de perda (flutuante, rápido, contínuo) é muito importante e deve ser 
avaliado como parte do parâmetro de mudanças de peso. 
6. O acúmulo ou perda de líquido não deve ser considerado como mudança real no 
peso corporal. 
 
Classificação do Estado Nutricional a partir da Mudança de Peso nos Últimos 
Seis Meses 
ESTADO 
NUTRIONAL 
NORMAL DESNUTRIÇÃO 
LEVE/MODERADA 
DESNUTRIÇÃO 
GRAVE 
Categoria A 
 
(perda de peso não 
significativa) 
B 
(perda de peso 
potencialmente 
significativa) 
C 
 
(perda de peso 
significativa) 
Parâmetros - Perda < 5%. 
- Perda > 10% nos últimos 
6 meses, porém com 
ganho durante o último 
mês. 
- Perda de 5 a 10%. 
- Declínio de rápido peso e 
>10%, porém com 
recuperação evidente. 
- Perda > 10%. 
- Declínio grande, rápido 
e contínuo, 
principalmente no mês 
anterior, e sem sinais de 
recuperação. 
 
Bloco 2: Ingestão Alimentar 
1. Classificar se a ingestão mudou ou não, e qual a severidade e duração da 
mudança. 
2. Se a mudança foi recente, anotar na ficha para investigar na próxima visita. 
3. Quanto mais severa a redução, ou quanto mais longa a duração do declínio da 
ingestão, mais próximo da desnutrição grave o paciente deve ser classificado. 
4. Perguntar ao paciente se ele está seguindo alguma nova dieta. Em caso positivo, 
esta deve ser avaliada para assegurar que as necessidades nutricionais estão 
sendo alcançadas. O consumo de dietas hipocalóricas durante algumas semanas 
coloca o paciente em risco de desnutrição. 
60 
 
**Classificação do Estado Nutricional a Partir da Ingestão Alimentar 
ESTADO 
NUTRIONAL 
NORMAL DESNUTRIÇÃO 
LEVE/MODERADA 
DESNUTRIÇÃO 
GRAVE 
Categoria A B 
 
C 
 
Parâmetros - Ingestão alimentar 
boa. 
- Melhorando a 
ingestão. 
- Redução moderada na 
ingestão, sem melhora 
aparente. 
- Consumo de dieta líquida 
exclusiva. 
- Redução severa na 
ingestão e em declínio. 
- Jejum ou ingestão de 
líquidos hipocalóricos. 
 
Bloco 3: Sintomas Gastrintestinais 
1. “Persistentes”: sintomas diários por mais que duas semanas, como náuseas, 
vômitos, diarreia e anorexia. 
 
Classificação do Estado Nutricional a Partir dos Sintomas Gastrintestinais 
ESTADO 
NUTRIONAL 
NORMAL DESNUTRIÇÃO 
LEVE/MODERADA 
DESNUTRIÇÃO 
GRAVE 
Categoria A B 
 
C 
 
Parâmetros - Sem sintomas. 
- Sintomas de curto prazo 
(<2 semanas) ou 
intermitentes. 
- Sintomas persistentes, 
porém moderados em sua 
gravidade. 
- Sintomas persistentes 
e graves. 
 
Bloco 4: Capacidade Funcional 
1. É a avaliação do grau de capacidade de realizar atividades de rotina. Por exemplo, 
a dificuldade que um paciente tem de ser levantar de uma posição sentada, o 
cansaço ao realizar pequenas tarefas, ou a mudança substancial da capacidade 
de executar exercícios físicos. 
2. É definida como perda de função devido à redução significativa da massa 
muscular, podendo indicar desnutrição grave ou moderada. 
3. A incapacidade ou debilidade funcional a ser observada é aquela clinicamente 
óbvia e que ocorreu durante o mesmo período de tempo que a perda de peso 
corporal. 
4. A força muscular pode ser avaliada solicitando que o paciente aperte fortemente 
61 
os dedos indicador e médio do examinador durante, pelo menos, 10 segundos 
5. Para avaliar a função dos músculos respiratórios, solicitar que o paciente coloque 
na boca uma tira de papel de 10 cm e assopre. Em condições normais, a tira é 
assoprada para longe> em condição de debilidade extrema, a tira não se move 
6. Classificar o paciente quanto à mudanças nas atividades funcionais durante as 
últimas duas semanas. 
7. Não considerar outras causas de incapacidade funcional como evidência de 
desnutrição. Por exemplo: um paciente diabético, cujo os dedos foram amputados, 
ou um outro com artrite e degradação grave das articulações. Nenhuma dessas 
incapacidades deve afetar a classificação do SGA, pois não estão relacionadas à 
desnutrição. 
 
Classificação do Estado Nutricional a Partir da Capacidade Funcional 
ESTADO 
NUTRIONAL 
NORMAL DESNUTRIÇÃO 
LEVE/MODERADA 
DESNUTRIÇÃO 
GRAVE 
Categoria A B 
 
C 
 
 Parâmetros - Sem limitações. 
- Melhora nas atividades 
funcionais. 
- Atividades restritas 
devido à fadiga e 
fraqueza. 
- Deterioração grande 
(ex.: acamado) das 
atividades funcionais. 
 
Bloco 5: Exame Físico (ver ítens 1.2.3, 1.2.4 e 1.2.5) 
Classificação Final 
Somar os pontos de cada bloco e classificar de acordo com a pontuação abaixo: 
- Bem nutrido < 17 pontos 
- D. moderado entre 17 e 22 pontos 
- D. grave > 22 pontos 
 
62 
IV. AVALIAÇÃO BIOQUÍMICA 
 
Resolução do CFN 306/2003: 
� Art 1º Compete ao nutricionista a solicitação de exames laboratoriais 
na área de nutrição clínica; 
� Art 2º O nutricionista, ao solicitar exames bioquímicos, deve avaliar 
adequadamente os critérios técnicos e científicos de sua conduta, 
estando ciente de sua responsabilidade frente aos questionamentos 
técnicos decorrentes; 
 
 
Exames bioquímicos que podem ser solicitados pelo nutricionista:
�Hemograma Completo 
� Ferro sérico 
� Transferrina 
� Ferritina 
� Vitamina B12 
� Proteinograma 
� Lipidograma 
� Dosagem de eletrólitos 
� Uréia e Creatinina 
� Ácido úrico 
� Amilase 
� Lípase 
� Transaminases 
� Glicemia 
 
1. MARCADORES UTILIZADOS NA AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL 
 
HEMOGRAMA COMPLETO 
 
Material analisado Valores de referência Interpretação dos resultados 
Eritrograma – Série vermelha 
Hemácias Homens: 4,3 – 5,7 
milhões/mm3 
Mulheres: 3,9 – 5,0 
milhões/mm3 
Valores abaixo do normal podem indicar anemias 
carenciais devido à baixa ingestão de ferro, vitamina 
B12 e ácido fólico, perdas crônicas (parasitose como 
ancilostomíase e estrongiloidíase), sangramentos do 
tubo digestivo, genitourinárias, distúrbios na 
menstruação, pólipos, hemorróidas, inflamações no 
intestino e outras patologias que na fase aguda 
apresentam sangramentos. 
Hemoglobina 
Pigmento encontrado nas 
hemácias 
Homens: 13,5 – 17,5g/dL 
Mulheres: 12 – 15,5g/dL 
Valores abaixo do intervalo indicam hipocromia, 
deficiências crônicas de ferro e posteriormente podem 
levar a microcitose (redução no tamanho

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