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Aula 02 D. Tributário (rev)26.02

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XIII EXAME DE ORDEM UNIFICADO 
Intensivo Modular Semanal 
EXAME DE ORDEM 
Complexo Educacional Damásio de Jesus 
 
 
 
CURSO INTENSIVO MODULAR SEMANAL – XIII EXAME DE ORDEM UNIFICADO 
 
Disciplina Direito Tributário 
Aula 02 
 
EMENTA DA AULA 
1. Competência tributária; 
2. Capacidade tributária ativa; 
3. Limitações constitucionais ao poder de tributar. 
 
GUIA DE ESTUDO 
1. Competência tributária: 
• A competência em matéria tributária é estabelecida pela Constituição Federal e trata 
da instituição ou criação de tributos. Toda competência para instituição de tributos só 
pode ser exercida pelos entes federativos (União, Estados, Distrito Federal e 
Municípios). 
• A competência tributária possui características próprias, dentre elas citamos a 
indelegabilidade, intransferibilidade e a incaducabilidade ou imprescritibilidade. 
• A indelegabilidade se traduz na ausência de possibilidade de delegação da 
competência tributária, nem mesmo em caráter excepcional. Ou seja, é a 
impossibilidade dos entes federativos delegarem a competência para terceiros, como 
por exemplo, às autarquias e fundações. 
• A instransferibilidade é a impossibilidade dos entes federativos transmitirem a 
competência tributária entre si. 
• A incaducabilidade se refere a não previsão de prazo para criação de tributo, ou seja, a 
competência tributária não se perde por decurso de tempo de lapso temporal, 
portanto, não sofre caducidade nem prescrição. Exemplo: Imposto sobre grandes 
fortunas. 
� Espécies de competência tributária: 
• Competência privativa, que é aquela conferida aos entes para a instituição de 
impostos ordinários (possibilidade que os entes têm de criar os impostos federais, 
impostos estaduais e os impostos municipais, respectivamente de acordo com os 
artigos 153, 155 e 156 da CF). 
XIII EXAME DE ORDEM UNIFICADO 
Intensivo Modular Semanal 
EXAME DE ORDEM 
Complexo Educacional Damásio de Jesus 
 
 
• Competência residual, que é a competência que pertence apenas a União, ou seja, 
nenhum outro ente poderá exercê-la. A competência residual é a competência que a 
União tem para criar outros impostos, não previstos na Constituição Federal, em 
outras palavras é a possibilidade de criar novos impostos federais. Também faz parte 
da competência residual, a competência para criação de outras contribuições sociais, 
não previstas na Constituição Federal. Desse modo, tal competência não trata de todo 
e qualquer tributo, mas somente dos impostos federais e das contribuições. Atenção! 
Para essa criação, a União deve preencher certos requisitos previstos no artigo 154, 
inciso I da CF, são eles: a. criação mediante lei complementar, ou seja, não podem ser 
criados por lei ordinária ou medida provisória; b. os tributos não podem ser 
cumulativos, assim evita-se a cobrança de “tributo como efeito cascata” e permite, 
portanto, a dedução daquilo que já foi pago; c. devem possuir fato gerador e base de 
cálculo diferente dos outros impostos e de outras contribuições sociais, já previstas na 
Constituição. 
• Competência exclusiva, que em regra pertence à União. É a competência que a União 
possui para criar as contribuições especiais (artigos 149, 195, 239 e 240 da CF), são 
elas: a contribuição sobre intervenção no domínio econômico (CIDE), contribuições 
coorporativas (que se subdividem naquelas cobradas pelos conselhos profissionais e 
pelo sistema “S”) e contribuições sociais. A competência exclusiva possui exceção, ou 
seja, existem competências especiais que não são de competência da União, segundo 
o artigo 149-A da CF, os Municípios e o Distrito Federal poderão criar contribuição para 
o custeio do serviço de iluminação pública (COSIP). E ainda, de acordo com o artigo 
149 §1º da CF, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir 
contribuição para o custeio do regime previdenciário de seus servidores. 
 
2. Capacidade tributária ativa: (trata da arrecadação e fiscalização de tributos) 
• A mera arrecadação não traduz na capacidade tributária ativa. A capacidade tributária 
ativa só pode ser exercida por pessoa jurídica de direito público, ou seja, os entes 
federativos, autarquias e fundações públicas. Note que toda pessoa que tem 
competência tributária tem capacidade, mas nem toda pessoa que tem capacidade 
tributária tem competência. 
• Características da capacidade: a. delegabilidade, ou seja, todos os entes federativos 
podem delegar a capacidade para suas autarquias e fundações públicas. b. 
Transferibilidade, ou seja, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios 
XIII EXAME DE ORDEM UNIFICADO 
Intensivo Modular Semanal 
EXAME DE ORDEM 
Complexo Educacional Damásio de Jesus 
 
 
podem transmitir a capacidade entre si, desde que haja expressa previsão 
constitucional. Somente há um único exemplo: artigo 153 §4º inciso III da CF que 
determina que os Municípios podem (opcional) arrecadar e fiscalizar o imposto 
territorial rural (ITR); havendo permanência com 100% do produto arrecadado. c. 
Precariedade, ou seja, a delegação da capacidade pode ser revogada a qualquer tempo 
por ato unilateral. 
 
3. Limitações Constitucionais ao Poder de Tributar: 
• O Supremo Tribunal Federal determinou que tais limites são direitos fundamentais do 
contribuinte. 
• A partir do artigo 150 da CF é possível extrair duas grandes limitações em matéria 
tributária: os princípios e as imunidades. 
� Princípio da legalidade: artigo 150, inciso I da CF e artigo 97 do CTN. 
• Todo e qualquer tributo existente só poderá ser instituído, aumentado, reduzido ou 
extinto mediante lei. Em regra geral ocorre por lei ordinária, mas também a lei 
complementar pode ser utilizada para instituir tributos, desde que haja expressado 
previsão constitucional (artigo 146 da CF). Note que os tributos instituídos por lei 
complementar são: IGF (artigo 153, inciso VII da CF), empréstimos compulsórios (artigo 
148 da CF) e os tributos residuais (artigo 154, inciso I da CF). A medida provisória, 
conforme artigo 62 §2º da CF, também pode ser utilizado para instituir ou majorar 
impostos federais (ato normativo expedido pelo Chefe do Poder Executivo Federal); 
note que a medida provisória não pode tratar de matéria reservada à lei 
complementar (artigo 62 §1º inciso III da CF). Note que o IEG (artigo 154, inciso II da 
CF) pode ser criado tanto por lei ordinária quanto por medida provisória. 
• Existe exceção quanto ao principio da legalidade, ou seja, quando da possibilidade de 
determinados tributos serem majorados ou reduzidos sem a necessidade de lei. Figura 
como exceção o uso do decreto executivo, em dois casos: para alterar as alíquotas dos 
seguintes impostos federais: imposto de importação, imposto de exportação, imposto 
sobre produtos industrializados e imposto sobre operações financeiras, tanto 
aumentar quanto reduzir (artigo 153 §1º da CF). E para reduzir ou reestabelecer as 
alíquotas da CIDE combustíveis (artigo 177 §4º inciso I alínea b da CF). 
� Princípio da anterioridade tributária: substituiu o principio da anualidade tributária, 
que pregava que o tributo só poderia ser exigido se estivesse previsto no orçamento 
anual. A principal finalidade do principio da anterioridade é de conferir segurança 
XIII EXAME DE ORDEM UNIFICADO 
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jurídica na tributação, de forma que evita justamente que o contribuinte seja 
surpreendido da noite para o dia com o pagamento de um tributo. 
• Anterioridade comum (exercício): artigo 150 inciso III alínea b da CF. Todo tributo só 
poderá ser exigido no exercício financeiro seguinte da leique o instituiu ou aumentou. 
• Anterioridade nonagesimal (noventena): artigo 150, inciso III, alínea c da CF. Entre os 
exercícios financeiros deve ser observado um prazo mínimo de 90 dias contados da lei 
que instituiu ou aumentou o tributo. 
• De maneira geral os tributos observam as duas regras da anterioridade, porém existem 
certas exceções, conforme o seguinte quadro (artigo 150 §1º da CF): 
 
Tributos exigidos 
imediatamente 
Tributos que só observam o 
prazo de 90 dias 
(podem ser exigidos no 
mesmo ano) 
Tributos que só 
observam o ano seguinte 
(não precisam respeitar o 
prazo de 90 dias) 
II 
IE 
IOF 
IEG 
Empréstimos 
Compulsórios 
Emergenciais (artigo 
148 inciso I da CF) 
IPI 
ICMS combustíveis 
CIDE combustíveis 
Contribuições Sociais 
IR 
Fixação da base de 
cálculo do IPVA e IPTU

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