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Introdução ao Direito Tributário e Conceito de Tributo

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Licenciado para Gabriele Santos, E-mail: gabriele.con.santos@hotmail.com
Introdução 
O Direito Tributário é um ramo do direito público que vai regular as 
relações jurídicas entre o Estado e as pessoas, sendo elas pessoas físicas 
ou jurídicas, contribuintes ou não. Para Paulo de Barros Carvalho Direito 
Tributário é o ramo “didaticamente autônomo do direito, integrado pelo 
conjunto das proposições jurídico-normativas que correspondam, direta 
ou indiretamente, à instituição arrecadação e fiscalização de tributos”. No 
mesmo sentido, o autor Rubens Gomes de Souza conceitua como “ramo 
do Direito Público que rege as relações jurídicas entre o Estado e os 
particulares decorrentes de atividade financeira do Estado, no que se 
refere à obtenção de receitas que correspondem ao conceito de tributos”. 
 
TRIBUTO 
 
Conceito 
 
Nos termos do artigo 3°, do CTN, “Tributo é toda prestação pecuniária 
compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não 
constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante 
atividade administrativa plenamente vinculada” 
 
Características 
 
a) Prestação Pecuniária Compulsória: uma vez que a obrigação 
tributária nasce independente da vontade do devedor. Trata-se de 
obrigação ex lege, decorrente da lei, que para sua formação não depende 
da vontade do agente. 
 
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b) Em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir: todo tributo deve 
ser expresso em moeda, não há previsão no nosso ordenamento de 
tributo in natura ou in labore. Todavia, alguns doutrinadores, entendem 
que ao afirmar que tributo é toda prestação pecuniária ou cujo valor nela 
se possa exprimir o Código estabeleceu a possibilidade de criação de 
tributo in natura. 
c) Que não constitua sanção de ato ilícito: não se confunde tributo 
com sanção, pois esta decorre de um ilícito que pode ser penal, 
administrativo, civil, tributário, etc. 
d) Prestação instituída em lei: reflexo do princípio da legalidade, 
sendo a obrigação tributária imposta unilateralmente pelo poder público. 
A instituição ou majoração de um tributo somente pode ocorrer por lei ou 
ato normativo com força de lei. 
e) Cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada: 
reflexo do princípio da indisponibilidade do interesse público, no advento 
do fato gerador do tributo, deve ser o crédito tributário devidamente 
construído e cobrado. 
 
Natureza Jurídica 
 
A natureza jurídica do tributo é dada pelo fato gerador(situação 
prevista em lei, cuja ocorrência faz surgir a obrigação e pagar o tributo) e a 
base de cálculo(é a grandeza adotada pela lei que permite a aferição do 
montante a ser recolhido a título de tributo). Ex: se o fato gerador do IPVA 
é a propriedade de veículos automotores, a sua base de cálculo deve ser 
algo que quantifique essa propriedade, como o seu valor venal. 
 
 
Classificação 
 
a) Tributos vinculados e não vinculados: os tributos vinculados estão 
ligados a uma atividade estatal, que para viabilizar a cobrança é necessário 
alguma atividade do Estado a favor do contribuinte. Incluem-se neste rol: 
Taxas e Contribuições de Melhoria. Já os tributos não vinculados 
independem de uma atividade estatal para serem cobrados, incluem-se 
nesta classificação os Impostos e Empréstimos Compulsórios. 
 
 
 
 
 
 
 
Licenciado para Gabriele Santos, E-mail: gabriele.con.santos@hotmail.com
b) Tributos ficais, extrafiscais e parafiscais: acaso a finalidade principal 
do tributo seja carrear recursos aos cofres públicos, este tributo será 
classificado como fiscal. Por outro lado, se não for carrear recursos aos 
cofres do Estado, mas intervir numa situação econômica social, teremos 
um tributo precipuamente extrafiscal. Por fim, se a finalidade do tributo 
for acarrear recursos, mas o destino do produto da arrecadação não for o 
Estado, estaremos diante de um tributo tipicamente parafiscal. 
 
c) Tributos reais e pessoais: reais seriam aqueles tributos que 
incidiram sobre bens ou outro fato econômico. Em contra partida, os 
tributos pessoais, seriam aqueles que levariam em conta as características 
individuais do contribuinte, a exemplo do imposto de renda com suas 
alíquotas progressivas e possibilidade de dedução de despesas com saúde, 
educação, ensino, etc. 
 
Segundo os Arts. 145 CF, e 5° CTN: são tributos os impostos, taxas e as 
contribuições de melhoria. Já na visão do STF, são tributos: a) Impostos; b) 
Taxas; c) Contribuições de melhoria; d) Empréstimos compulsórios e e) 
Contribuições especiais. 
 
a) Impostos: Art. 16, CTN - “é o tributo cuja obrigação tem por fato 
gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal 
específica, relativa ao contribuinte.” ou seja, é um tributo cujo fato 
gerador é algo não vinculado a uma atividade estatal específica. 
Importante! O princípio da não afetação, (art. 167, IV, CF) proíbe a 
vinculação da receita de impostos a órgão, fundo ou despesa. 
Existem quatro exceções aos impostos: saúde, ensino, atividades da 
administração tributária e prestações de garantia a operações de crédito. 
Em regra, os impostos são disciplinados por Lei Ordinária. 
A competência residual para a instituição de novos impostos é 
somente da união. 
 
- Os impostos poderão ser: 
 
Federais: União; 
Estaduais: Estados e DF; 
Municipais: Municípios e DF. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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*ainda não criado 
 
- Impostos em espécie: 
 
• IPTU (Imposto Sobre Propriedade Predial e Territorial Urbana): é um 
imposto de competência dos municípios e possui função arrecadatória. De 
acordo com o Art. 32 do CTN, o IPTU incide sobre imóveis localizados 
em área definida como urbana pela lei municipal. 
O fato gerador do IPTU é a propriedade, o domínio útil ou a posse do 
bem imóvel e a base de cálculo é o valor venal do imóvel, o valor do bem 
no mercado. 
As alíquotas são fixadas por lei municipal. A Constituição Federal 
admite a progressividade de alíquotas no tempo(Art. 182, § 4°, II) e a 
progressividade de alíquotas em razão do valor do bem (CF, Art. 156, § 1º, 
I). 
O município onde está localizado o bem é o sujeito ativo e o 
contribuinte proprietário do imóvel, titular de seu domínio útil ou o seu 
possuidor a qualquer título é o sujeito passivo. 
O lançamento do IPTU é feito, em regra, de ofício. 
ATENÇÃO para a lei n° 6.830/80: o contribuinte ao ser citado em 
execução fiscal, pode impugnar tal cobrança por meio de embargos à 
execução, apresentados no prazo de 30 dias contados a partir da data da 
intimação da penhora. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
IPI 
ITR 
IGF 
imposto Extraordinários* 
Imposto Residual* 
Federais Estaduais e Estaduais DF Municipais e DF 
II IPVA IPTU 
IE ICMS ISS (ISSQN) 
IOF ITCSMD (causa mortis) ITBI (ITIV) 
IR 
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• ISS (Imposto Sobre Serviços): de competência dos municípios, com 
função preponderantemente fiscal. 
O fato gerador do ISS encontra-se em uma lista anexa da LC 
116/2003, é um rol taxativo. Tem-se por ocorrido o fato gerador no 
momento em que o serviço é disponibilizado ao tomador. De acordo com 
a súmula vinculante n. 31, o ISS não incide sobre locação de bem. 
A base de cálculo do ISS é o preço do serviço, não se admite 
abatimentos ou compensações, pois, o tributo é cumulativo. 
O sujeito ativo é o município onde o serviço é prestado (em regra ISS 
é devido no município da sede do prestador, exceto construção civil, paga 
no local da prestação) e o sujeito passivo, o contribuinte, é o prestador do 
serviço. No entanto, a mencionada lei complementar em seu Art. 6º traz a 
previsãode responsáveis tributáveis. 
Em regra o lançamento do ISS é por homologação. 
 
• ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de 
Serviços): tem função fiscal(arrecadatória), embora poderá ser seletivo em 
função da essencialidade dos produtos e dos serviços. 
O fato gerador do ICMS é: a circulação de mercadorias; a prestação de 
serviços de transporte interestadual e intermunicipal; a prestação de 
serviços de comunicação onerosos; a importação de produtos ou serviços 
do exterior; a prestação de serviços não incluídos na competência dos 
municípios, desde que prestados com fornecimento de mercadorias. 
O ICMS incide sobre o total da operação quando mercadorias forem 
fornecidas com serviços não sujeitos ao ISS. Não incide sobre 
arrendamento mercantil. (STF: no leasing não há transferência de 
propriedade). 
O fato gerador do ICMS ocorre no momento: da saída de mercadoria 
de estabelecimento de contribuinte; do início da prestação de serviços 
tributados; das prestações onerosas de serviços de comunicação. 
A base de cálculo do imposto é o valor da operação, o preço do 
serviço ou o valor total da importação. Não compreenderá em sua base de 
cálculo, o montante do IPI. 
As alíquotas são fixadas pela lei estadual, porém, o Senado Federal 
tem competência para limitá-las. O Senado define, por resolução, as 
alíquotas para as operações e prestações interestaduais. Poderá 
estabelecer alíquotas mínimas nas operações internas e alíquotas 
máximas, nas mesmas operações, para resolver conflito específico que 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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envolva interesses de Estados. 
 Três serviços pagam ICMS: comunicação, transporte intermunicipal e 
transporte interestadual. 
O sujeito ativo é o Estado ou o DF e sujeito passivo, contribuinte, é 
aquele que realiza habitualmente ou em volume que caracteriza intuito 
comercial, operações ou prestações que configurem fato gerador do ICMS, 
anda que se iniciem no exterior. 
O lançamento do ICMS em regra se dá por homologação. 
 
• IPVA (Imposto Sobre Propriedade de Veículos): é de competência 
dos Estados e do DF, possui função fiscal. 
Seu fato gerador é a propriedade de veículos automotores, não incide 
sobre a propriedade de barcos e aeronaves (jurisprudência do STF). 
A base de cálculo é o valor venal do veículo. 
As alíquotas do IPVA poderão ser diferenciadas em função do tipo do 
veículo e sua utilização. A constituição proíbe alíquotas diferenciadas para 
veículos importados. 
O sujeito ativo é o Estado, ou DF, onde o veículo está registrado 
perante a autoridade de trânsito competente. O sujeito passivo, é o 
proprietário do veículo. 
O lançamento é feito, usualmente, de ofício. 
 
• IR (Imposto de Renda): é de competência da União. Tem função 
preponderantemente fiscal, entretanto, tem uma função extrafiscal de 
distribuição de renda. 
A cobrança do IR é informada por três critérios: a) progressividade 
(quanto maior a renda, maior a alíquota); b) generalidade (todos têm que 
pagar); c) universalidade (em relação às rendas). 
O fato gerador do IR é a aquisição da disponibilidade econômica ou 
jurídica da renda ou dos proventos. É essencial que haja acréscimo 
patrimonial para que se configure o fato gerador. 
Para as pessoas físicas a base de cálculo é o seu rendimento líquido. 
Para as pessoas jurídicas a base de cálculo está elencado no Art. 44 do 
CTN. 
As alíquotas são fixadas pela lei federal e devem ser progressivas. 
O sujeito ativo do IR é a União e o sujeito passivo é o contribuinte 
estabelecido no Art. 45 do CTN. 
O lançamento do IR é realizado por homologação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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• II (Imposto de Importação): de competência da União. Tem função 
preponderantemente extrafiscal. 
O fato gerador é a entrada do produto estrangeiro no território 
nacional, na data do registro da declaração de importação de mercadoria 
submetida a despacho para consumo ou no momento da arrematação em 
hasta pública. 
A base de cálculo do imposto é: quando a alíquota for específica, a 
unidade de medida adotada pela lei tributária; quando a alíquota for ad 
valorem, o preço de mercado do produto; e quando levado a leilão por 
apreensão ou abandono, o preço de arrematação. 
Sua alíquotas são fixadas na tarifa externa comum ou na legislação 
federal. Podem ser modificadas por ato do Executivo. 
O sujeito ativo do II é a União e o sujeito passivo é o importador ou 
quem a ele a lei equiparar. 
 
 • IE (Imposto de Exportação): de competência da União. 
 Seu fato gerador é a exportação, para o exterior, de produtos 
nacionais ou nacionalizados, considerada como tal a saída do território 
nacional. O fato gerador ocorre no momento do registro de exportação no 
SISCOMEX (sistema integrado de comércio exterior). 
O art. 24 do CTN versa sobre a base de cálculo do imposto. 
A alíquota fixada pela legislação federal é de 30%. Podem ser 
modificadas por ato do executivo de acordo com a lei, sem observância 
aos princípios da anterioridade anual e nonagesimal. 
O sujeito ativo desse imposto é a união e o sujeito passivo é o 
exportador ou quem a lei a ele equiparar. 
 
• IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados): é de competência da 
União e deve ser seletivo em função da essencialidade do produto. 
Os produtos destinados ao exterior são imunes ao IPI. 
O fato gerador é a promoção de operações relativas a produtos 
industrializados (submetido a modificação na sua natureza, finalidade ou 
aperfeiçoamento para seu consumo). Ocorre (art.46 do CTN): no momento 
do seu desembaraço aduaneiro, quando de procedência estrangeira (a 
base de cálculo será o seu preço normal, acrescido dos encargos); de sua 
saída dos estabelecimentos dos contribuintes (base de cálculo será o valor 
da operação ou o preço corrente da mercadoria ou seu similar); de sua 
arrematação, quando apreendido ou abandonado e levado a leilão( base 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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de cálculo será o preço da arrematação). 
 As alíquotas do IPI podem ser modificadas por ato do executivo, 
sem submissão ao princípio da anterioridade anual, porém, submete-se ao 
princípio da anterioridade nonagesimal. 
 Esse imposto é não cumulativo. Na não cumulatividade, 
distribui-se o ônus do tributo na cadeia produtiva. 
O sujeito ativo é a união e o sujeito passivo encontra-se no rol do 
art.51 do CTN. 
Esse tributo, em regra, é lançado por homologação. 
 
• IOF (Imposto sobre Operações de crédito, câmbio e seguro, e sobre 
operações relativas a títulos de crédito e valores mobiliários): de 
competência da união. 
O fato gerador é a realização de operações de crédito, câmbio e 
seguro, relativas a títulos ou valores mobiliários e operações com ouro 
como ativo financeiro ou instrumento cambial. 
A base de cálculo encontra-se no rol do art. 64 do CTN. 
As alíquotas podem ser modificadas por decreto do Executivo sem 
observar os princípios da anterioridade anual e nonagesimal. 
O sujeito ativo é a união e o sujeito passivo é qualquer das partes na 
operação tributada, como dispuser a lei. 
 
• ITR (Imposto sobre a propriedade Territorial Rural): de competência 
da união. Os municípios poderão, de acordo com a lei, optar por fiscalizar 
e arrecadar o ITR, sem possibilidade de reduzir o imposto ou renunciar à 
sua receita. 
O fato gerador é a propriedade, o domínio útil ou a posse de imóvel 
por natureza, localizado fora da zona urbana do município. 
O imposto incide somente no valor do terreno e não no valor das 
construções. 
A base de cálculo do ITR é o valor fundiário, o valor da terra,sem 
nenhuma benfeitoria. 
As alíquotas serão fixadas de forma a desestimular a manutenção de 
propriedades improdutivas e não incidirão sobre pequenas glebas rurais, 
definidas em lei, quando as explore o proprietário que não possua outro 
imóvel. 
O sujeito ativo poderá ser a união ou os municípios e o sujeito passivo 
é o titular do imóvel, o titular de seu domínio útil ou seu possuidor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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• ITCMD (Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação): tem 
função fiscal, arrecadatória. É de competência dos Estados e do Distrito 
Federal. 
O fato gerador desse imposto é a transmissão não onerosa de bens, 
por causa mortis ou por doação. 
A base de cálculo é o valor venal do bem ou do direito transmitido. 
Suas alíquotas máximas serão fixadas pelo Senado Federal e as 
mínimas de acordo com a lei de cada Estado e do DF. 
O sujeito ativo é o Estado ou o DF e o sujeito passivo é o herdeiro ou 
legatário na hipótese causa mortis e na hipótese de doação a lei pode 
optar entre o doador ou o donatário. 
 
• ITBI (Imposto sobre a Transmissão inter vivos de Bens Imóveis e 
direitos a eles relativos): de competência do município em que se localiza 
o bem. 
O fato gerador é a transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato 
oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos 
reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos à 
sua aquisição. 
A base de cálculo é o valor de mercado em uma venda à vista em 
condições normais. 
As alíquotas são fixada por lei municipal. 
O sujeito ativo é o município onde se localiza o imóvel e o sujeito 
passivo é qualquer das partes na operação tributada, competindo à lei 
ordinária municipal decidir. 
O lançamento é através da homologação ou da declaração. 
 
b) Taxas (Art. 145, II, CF): São tributos vinculados (dependem de uma 
atividade estatal); criadas e disciplinadas por lei ordinária; competência 
comum (há taxas da união, estados, DF, e municípios); as taxas não terão 
base de cálculo própria de impostos. 
 
São criadas em duas circunstâncias: 
 
1- Para o exercício regular do poder de polícia - nas hipóteses em que o 
individuo, para desenvolver um direito seu, necessitar de autorização da 
autoridade administrativa. Ex: taxa de alvará. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2- Para utilização efetiva ou potencial de um serviço público, específico e 
divisível - o específico é aquele que se sabe exatamente qual o serviço que 
foi prestado. Divisível quando se consegue mensurar o quanto cada 
contribuinte usufruiu daquele serviço (ex: taxa de coleta de lixo). 
 
Súmula vinculante 19, STF: A taxa cobrada exclusivamente em razão 
de serviço público de coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo 
ou resíduos de imóveis não viola o artigo 145 da Constituição Federal. 
 
ATENÇÃO: A taxa de iluminação pública é específica mas não divisível, 
sendo assim inconstitucional, de acordo com a súmula 660 do STJ. 
 
c) Contribuição de melhoria (81 e 82, CTN): São tributos vinculados a 
atividade estatal; criadas e disciplinadas por Lei Ordinária; de competência 
comum; é cobrada quando se realiza um obra pública que valoriza imóvel 
do contribuinte. 
Fato gerador: valorização imobiliária decorrente de obra pública. Será 
Federal, Estadual ou Municipal, dependendo de quem faz a obra. 
 A base de cálculo não é o valor da obra nem o custo da obra, mas 
sim, o quantum de valorização experimentada pelo imóvel. 
Existem dois limites ao valor da contribuição de melhoria: 
- Limite global: é o custo da obra (juntando todo mundo que vai 
pagar); 
- Limite individual: a valorização em cada imóvel. 
 
Espécies: 
 
1- Contribuições Sociais - será criada para custear a seguridade social, 
sendo ela a PAS, Previdência social, Assistência social e a Saúde. Via de 
regra quem detém poder sobre essa contribuição é a união. A exceção é a 
contribuição social de previdência privada do servidor público, sendo de 
competente o ente a que pertence o servidor. Em regra é criada por lei 
ordinária, a exceção é a contribuição social residual, sendo esta criada por 
lei complementar, observando-se quatro requisitos: que somente a união 
poderá criar esse tipo de contribuição, de caráter não cumulativo, e de 
fato gerador e base de cálculo diferentes das contribuições sociais já 
existentes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2- Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE) - criados 
pela união, por lei ordinária e para intervir no domínio econômico. Com a 
CIDE combustíveis, o poder executivo pode reduzir e restabelecer as 
alíquotas, através de Decreto, o restabelecimento não obedecendo o 
próximo exercício, mas apenas a nonagesimal. 
 
3- Contribuições de interesse da categoria profissional ou econômica - 
criada pela união, por lei ordinária. Ex: CREA, CRM, etc. 
 
4- Contribuições de iluminação pública - criada apenas por municípios e 
pelo Distrito Federal, através de lei ordinária, para custear o serviço da 
administração pública, serviço de iluminação pública. 
 
d) Empréstimo Compulsório: A união (quem detém a competência), 
mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios: 
para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade 
pública, de guerra externa ou sua iminência (o tributo vai ser cobrado, 
nessas hipóteses, imediatamente pela sua urgência, não respeitando a 
anterioridade do exercício e a nonagesimal); assim como em caso de 
investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional 
(essa hipótese respeita a anterioridade do exercício e a nonagesimal), 
observando o disposto no art. 150, III, b (art. 148 da CF/ 88). 
 
- São tributos restituíveis. É uma entrada provisória de receita; 
- Só podem ser criados por Lei Complementar (LC), não podem ser 
definidos por Medida Provisória (art. 62, § 1°, III, CF); 
- São de competência exclusiva da União, só podem ser restituídos pela 
união; 
- O valor arrecadado com o empréstimo compulsório fica vinculado à 
situação que ensejou sua cobrança. Proíbe o desvio de finalidade; 
- Não se admite mais empréstimo compulsório para situação que exige 
absorção temporária do poder aquisitivo da população. O art. 15, III do 
CTN está revogado pela Constituição. 
 
e) Tributação de guerra: Diante de uma guerra externa a CF/88 prevê 
dois mecanismos tributários para obtenção de recursos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 Art. 154. A União poderá instituir: 
I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, 
desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de 
cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição; 
II - na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, 
compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão 
suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação. 
 
Obs.: Empréstimos compulsórios e IEGs podem bitributar, tendo o mesmo 
fato gerador ou base de cálculo de outro imposto. 
 
 
 
 
 
 
 
Imposto extraordinário 
de guerra (IEG) 
Empréstimo compulsório 
 de guerra 
154, II CF 148 CF 
Cobrado pela União Corado pela União 
Criado por LO Criado por LC 
Admite medida provisória Não admite MP 
Não é restituído É restituído 
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QUESTÃO 1 
Em 17/07/2014, o Tribunal de Justiça do Estado X da Federação instituiu, por 
meio de Provimentoda Corregedoria Geral da Justiça, as custas judiciais e os 
emolumentos cartorários vigentes a partir da data da publicação. Sobre a 
hipótese, assinale a afirmativa correta. 
 
A) As custas judiciais e os emolumentos cartorários têm natureza jurídica de 
preço público e, portanto, não estão sujeitos às limitações constitucionais ao 
poder de tributar. 
B) As custas judiciais e os emolumentos cartorários têm natureza jurídica de 
taxa de serviço. Sendo assim, o provimento da Corregedoria Geral viola os 
princípios da legalidade, da anterioridade de exercício e nonagesimal. 
C) As custas judiciais e os emolumentos cartorários têm natureza jurídica de 
contribuição social. Sendo assim, o provimento da Corregedoria Geral viola 
os princípios da legalidade, da anterioridade de exercício e nonagesimal. 
D) As custas judiciais e os emolumentos cartorários têm natureza jurídica de 
taxa de poder de polícia. Sendo assim, o provimento da Corregedoria Geral 
viola os princípios da 
legalidade e da anterioridade de exercício. 
 
Comentário: São taxas que visam custear a prestação do serviço público 
jurisdicional e o serviço público prestado nos cartórios extrajudiciais (STF – 
ADI 1444). Se a natureza jurídica é de taxa, devem ser observados os 
princípios da legalidade para sua instituição (art. 150, I, da CF/88) e da 
anterioridade de exercício e nonagesimal (art. 150, III, ‘b’ e ‘c’ da CF/88) para 
a sua exigência. Isto porque a espécie tributária taxa não é exceção a estes 
princípios, conforme a Constituição Federal. Alternativa correta: B 
 
 
 
Questões Comentadas dos 
Últimos Exames 
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QUESTÃO 2 
A pessoa jurídica Verdes Campos Ltda. realiza transporte de cargas entre 
os estados “X” e “Y” por meio de sua frota de 30 caminhões. Sobre a 
referida prestação de serviço de transporte, assinale a opção correta. 
 
 A) Incide o ISS, de competência dos Municípios. 
B) Não incide qualquer imposto. 
C) Incide o ICMS, de competência dos Estados. 
D) Incide o IPVA, de competência dos Estados. 
 
Comentário: Como se trata de prestação de serviços, não há que se falar 
em incidência de IPVA, mas sim do ISS ou ICMS. O ICMS incide sobre 
prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de 
comunicação. Portanto, tendo em vista o caráter interestadual do serviço 
mencionado na questão, a incidência é de ICMS. Alternativa certa Letra C. 
 
QUESTÃO 3 
João foi citado, em execução fiscal, para pagamento do Imposto sobre a 
Propriedade Predial e Territorial Urbana (“IPTU”) relativo ao imóvel em 
que reside e do qual é proprietário. Ocorre que o contribuinte pretende 
impugnar tal cobrança por meio de embargos à execução. 
 
Tendo em vista a disciplina da Lei no 6.830/80, tais embargos poderão ser 
apresentados no prazo de 30 dias, contados a partir 
 
A) da juntada aos autos do mandado de penhora devidamente cumprido. 
B) da sua citação. 
C) da data da intimação da penhora. 
D) da propositura da execução fiscal. 
 
Comentário: Os embargos podem ser apresentados no prazo de 30 dias 
contados a partir da data do depósito, da juntada da prova da fiança 
bancária ou do seguro garantia ou da intimação da penhora, conforme 
dispõe o art. 16, da Lei 6.830/80. A Alternativa correta é a Letra C. 
 
 
 
 
 
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Conceito 
As limitações ao poder de tributar consistem em instrumentos voltados a 
conter a competência tributária. Esses instrumentos são materializados em 
princípios e regras trazidos pela Constituição, a fim de proteger o contribuinte 
da ação estatal. Dividem-se em princípios e imunidades, vejamos: 
 
Princípios: 
a) Princípio da Legalidade: todo tributo deve ser criado obrigatoriamente por 
lei (ordinária ou complementar). A CF é quem diz quando deverá haver lei 
complementar. LO=CF silente; LC=CF fixa (ex. empréstimo compulsório). 
Impostos criados por LC: imposto sobre Grandes Fortunas, Imposto Residual, 
Empréstimo compulsório, Contribuição social-previdenciária residual. 
São exceções à regra da legalidade: II, IE, IPI, IOF, CIDE combustível e 
ICMS combustível (EC 33/2001), eles não podem ser criados, mas podem ser 
atualizados por atos administrativos (decretos). 
Atualização é diferente de majoração. A mera atualização da base de 
cálculo pode ser feita por decreto, enquanto a majoração só pode ser feita 
por lei. 
A atualização ocorre desde que seja utilizado o índice oficial de correção 
monetária. 
 
b) Princípio da anterioridade do exercício financeiro e anterioridade 
nonagésimal: deve ser utilizado para instituir, criar ou majorar. O tributo só 
será cobrado no exercício financeiro seguinte e/ou no mínimo 90 dias da data 
de publicação da lei ou majoração do tributo. O exercício financeiro é de 1° 
de janeiro a 31 de dezembro. Anterioridade anual (espera-se pelo novo 
exercício e 90 dias) é diferente de anualidade (quando tem que se esperar um 
ano). 
 
 
 
 
 
 
Limitação ao Poder 
Tributário 
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A redução do tributo não se aplica o princípio, nem concessão de 
isenção. Para revogação de isenção para o STF não se aplica o princípio, o 
tributo poderá ser exigido imediatamente. 
A data de incidência do tributo será sempre a mais favorável ao 
contribuinte, nonagesimal ou anual. Caso o tributo seja criado ou 
majorado entre janeiro e setembro (2 de outubro), a incidência da lei 
ocorrerá em 1° de janeiro do ano seguinte. Caso isso se dê entre outubro 
e dezembro, a lei incidirá em data posterior a 1° de janeiro. 
 
Exceções: (150, §1°, CF) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
c) Princípio da Irretroatividade: a lei não pode alcançar fatos pretéritos. 
EXCEÇÕES: 
1- Pode retroagir quando for lei expressamente interpretativa e desde que 
não comine em penalidade (aquela que vem dizendo sobre o alcance e 
conteúdo de uma lei anterior); 
2- Lei que excluir infrações ou reduzir penalidades (multa) de atos não 
definitivamente julgados; 
3- Lançamento tributário quando criar novos métodos de fiscalização ou 
arrecadação. 
 
d) Princípio da liberalidade de tráfego: é vedada a cobrança de tributos 
interestaduais ou intermunicipais que impeçam o direito de ir e vir. 
Exceção: cobrança de pedágio nas vias conservadas pelo poder público. 
Quando a rodovia é conservada pelo próprio poder público é taxa; quando 
a via é conservada por uma concessionária ou permissionária é preço 
público. 
APLICAÇÃO IMPOSTOS 
Imediata II, IE, IOF, Empréstimos compulsórios (calamidade ou 
guerra) imposto de guerra. 
Apenas 
Nonagesimal 
IDI, CIDE comb., Contribuição social, ICMS comb. 
Apenas Anual IR, IPVA, IPTU (modificação apenas da base de cálculo, 
se modificar a alíquota aguarda as duas regras). 
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e) Princípio da uniformidade geográfica: é vedado à União instituir tributo 
que não seja uniforme em todo o território nacional ou que implique 
distinção ou preferência em relação ao Estado, ao Distrito Federal ou à 
Município, em detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos 
fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento 
socioeconômico entre as diferentes regiões do país, salvo na concessão de 
incentivos fiscais. 
 
f) Princípio da capacidade contributiva: tal princípio vem previsto no art. 
145, § 1°, da CF/ 88: “Sempre que possível, os impostos terão caráter 
pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do 
contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para 
conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos 
individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as 
atividades econômicas docontribuinte”. 
Tem sido usada a capacidade contributiva, especialmente no IPI e 
ICMS, que seguem o princípio da seletividade e em razão desta, pode-se 
chegar a capacidade contributiva, porque analisa-se o consumo da pessoa. 
 
g) Princípio da Isonomia: O direito tributário trata igualmente os iguais e 
desigualmente os desiguais na medida de suas desigualdades. Quem ganha 
mais pode pagar mais em suas contribuições tributárias e pagamentos nos 
impostos. 
 
h) Princípio do Não confisco: Não pode ser criado um tributo que 
inviabilize o direito de propriedade. Segundo entendimento a multa 
também não pode ter caráter confiscatório. 
 
 
 
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As imunidades são limitações à competência tributária, previstas na CF. 
Art. 5º (...) 
XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de 
taxas: 
 
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou 
contra ilegalidade ou abuso de poder; 
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de 
direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal; 
 
Art. 195 do CTN 
 
“§ 7º - São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades 
beneficentes de assistência social que atendam às exigências estabelecidas 
em lei.” 
 
- São imunes as contribuições sociais, as entidades de assistência social; 
- São asseguradas independentemente do pagamento de taxas o direito 
petição e a obtenção de certidões para defesa de direitos; 
 
 
 
Imunidade é diferente de isenção, mas em ambos o efeito é o mesmo: o 
contribuinte não tem que pagar o tributo. Ademais, tanto a imunidade 
quanto a isenção afastam somente a obrigação tributária principal. Não 
afastando as obrigações acessórias. 
 
 ATENÇÃO 
Imunidades Tributárias 
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Imunidades em Espécie (art. 150, VI, CF) 
 
a) Imunidade recíproca: União, Estados, DF e municípios não pagam 
impostos uns aos outros. O art. 150, § 2° da CF estendeu essa imunidade 
também para autarquias e fundações públicas (inclui agências reguladoras, 
agências executivas e associações públicas), mas somente no que se refere 
ao patrimônio, renda e serviço vinculados às finalidades essenciais da 
entidade. Ex. terreno baldio da União não paga IPTU, mas se fosse do INSS 
(autarquia) pagaria IPTU por não atender à finalidade da autarquia. 
Empresas públicas e sociedades de economia mista tem imunidade? na 
doutrina e jurisprudência, não há legislação a respeito disto. As 
prestadoras de serviços públicos são imunes, mas as exploradoras de 
atividade econômica não têm imunidade. Ex. banco do Brasil, Petrobrás e 
Caixa Econômica Federal. 
 
§ 2º - A vedação do inciso VI, "a", é extensiva às autarquias e às fundações 
instituídas e mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, 
à renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas 
decorrentes. 
 
b) Imunidade religiosa (art. 150, VI, "b" CF): Templos (instituições) de 
qualquer culto estão imunes apenas a impostos, e não qualquer tipo de 
tributo. A imunidade vale para todas as religiões. Não importando o 
número de adeptos. Essa imunidade abarca não apenas os prédios onde 
ocorrem os cultos, mas também aqueles necessários à ocorrência de tais 
cultos. Ademais, embora a CF fale em templos, as atividades da entidade 
religiosa relacionadas estritamente ao culto são também imunes. 
 
 
Imunidade Isenção 
Constituição Lei 
Limita a competência tributária Dispensa o pagamento do tributo 
(Causa de exclusão do crédito 
tributário) 
Em regra atinge apenas impostos Atinge qualquer tributo 
Interpretação ampliativa Interpretação literal (111 CTN) 
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c) Imunidade dos partidos políticos. (art. 150, VI, "c" CF) Beneficia quatro 
pessoas jurídicas diferentes: 
- Partidos e suas fundações; 
- Sindicato de empregados; 
- Entidades de assistência social sem fins lucrativos (também imunes a 
contribuições sociais); 
- Entidades de educação, sem fins lucrativos. 
 
Serão três as condições para que as entidades de assistência social e 
entidades de educação sejam imunes: 
- Não distribuírem patrimônio ou renda; 
- Aplicarem integralmente no país os seus recursos nos objetivos 
institucionais; 
- Regularidade contábil. 
 
d) Imunidade de imprensa (art. 150, VI, "d" CF) – livros, jornais, periódicos 
e papéis para a sua impressão não são suscetíveis de impostos. Ao 
contrário das outras três, essa imunidade é objetiva do produto, e não 
subjetiva das editoras e livrarias. Editoras e livrarias têm que pagar 
impostos pessoais, como IPTU, IR e IPVA. 
 
 
Segundo a CF o papel é a única matéria-prima imune (tinta não tem 
imunidade). Porem o STF conferiu imunidade a mais duas matérias-
primas: filmes e papéis fotográficos para fabricação de livros. 
 
 ATENÇÃO 
 
 
 
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É o poder atribuído pela Constituição a cada ente federativo (União, 
Estados, DF e Municípios) para instituir tributos. 
 
Art. 7º: A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das 
funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, 
atos ou decisões administrativas em matéria tributária, conferida por uma 
pessoa jurídica de direito público a outra, nos termos do § 3º do artigo 18 
da Constituição. 
§ 1º A atribuição compreende as garantias e os privilégios processuais que 
competem à pessoa jurídica de direito público que a conferir. 
§ 2º A atribuição pode ser revogada, a qualquer tempo, por ato unilateral 
da pessoa jurídica de direito público que a tenha conferido. 
§ 3º Não constitui delegação de competência o cometimento, a pessoas de 
direito privado, do encargo ou da função de arrecadar tributos. 
 
A competência tributária é absolutamente indelegável, mas as 
funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, executar leis, serviços, atos ou 
decisões administrativas podem ser delegadas por uma pessoa jurídica de 
direito público a outra (delegação da competência tributária ativa). 
Ademais, eventualmente, quando ocorrer delegação da capacidade 
tributária ativa, poderá ser verificado o fenômeno da Parafiscalidade. A 
Parafiscalidade, pois, consiste na delegação da capacidade de arrecadar 
tributos, podendo ser revogada a qualquer tempo. Como exemplos, 
podemos citar os Conselhos de classe (entidades que fiscalizam profissões: 
CRM, CREA, são autarquias, exceto a OAB, a qual desde 2006 é entendida 
pelo STF como uma entidade sui generis). 
Os Sindicatos cobram contribuição sindical, entendida pelo art. 8°, IV, 
como contribuição de natureza de tributo, mas a contribuição 
confederativa não é tributo, posto que é fixada pela assembléia geral da 
categoria, enquanto o tributo é sempre uma obrigação legal. 
 
 
 
Competência Tributária 
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Não se pode confundir competência tributária, que é o poder conferido 
pela Constituição ao ente político para instituir e dispor sobre tributos, 
absolutamente indelegável, com delegação de capacidade tributária 
ativa, que é a atribuição administrativa conferida a outra pessoa 
jurídica de direito público para arrecadar, fiscalizar ou mesmo executar 
leis, serviços, atos ou decisões administrativas. 
 
 ATENÇÃO 
Repartição Constitucional da Competência Tributária 
 
A Constituição, em se tratando de repartição das competências tributárias, 
optou por reparti-las em tributos vinculados e tributos não vinculados. Em 
se tratando de tributos vinculados, há uma atuação específica estatal em 
relação ao contribuinte(ex.: taxas e contribuições de melhoria), já no caso 
dos tributos não vinculados, não haveria uma atividade estatal específica 
(ex.: impostos), a Constituição optou por repartir a competência de forma 
privativa a cada ente público. 
 
a) Competência Privativa: refere-se à competência para instituir impostos 
e como o próprio nome diz é privativa de cada unidade da Federação. Nos 
termos do art. 153, incisos I a VII, compete à União instituir impostos 
sobre: 
 
I - importação de produtos estrangeiros; 
II - exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados; 
III - renda e proventos de qualquer natureza; 
IV - produtos industrializados; 
V - operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores 
mobiliários; 
VII - grandes fortunas, nos termos de lei complementar. 
 
Ao seu turno, de acordo com o artigo 155 da CF, compete aos Estados e ao 
Distrito Federal instituir impostos sobre: 
 
I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos; 
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II - transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso, de bens 
imóveis, por natureza. 
 
b) Competência cumulativa: Em razão de o Distrito Federal reunir 
atribuições de Estado e Município, cabe a ele instituir os impostos 
estaduais e municipais em seu território. O art. 32 veda a divisão do 
Distrito Federal em municípios. 
 
c) Competência comum: Conforme acima citado, em se tratando de 
tributos vinculados a alguma atividade estatal, a Constituição optou por 
atribuir a competência ao ente que desempenhar a atividade que deu 
ensejo à instituição do tributo. 
 
d) Competência residual: A Constituição prevê duas hipóteses de 
competência tributária residual, uma para instituição de impostos 
(impostos residuais) e outra para contribuições para seguridade social 
(contribuições residuais). Somente a União possui competência residual 
para instituir, mediante lei complementar, impostos, não previstos na 
Constituição, desde que sejam não cumulativos e não tenham fato gerador 
ou base de cálculo própria dos impostos discriminados na Constituição. 
 
e) Competência extraordinária: A competência extraordinária também é 
exclusiva da União. Nos termos do artigo 154, II, da CF: “a União poderá 
instituir, na iminência ou no caso de guerra externa, impostos 
extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária, os 
quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua 
criação”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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QUESTÃO 1 
O Art. 146, III, a, da Constituição Federal estabelece que lei complementar 
deve trazer a definição dos fatos geradores, da base de cálculo e dos 
contribuintes dos impostos previstos na Constituição. Caso não exista lei 
complementar prevendo tais definições relativamente aos impostos 
estaduais, os estados 
 
A) não podem instituir e cobrar seus impostos, sob pena de violação do 
Art. 146 da Constituição. 
B) podem instituir e cobrar seus impostos, desde que celebrem convênio 
para estabelecer normas gerais. 
C) podem instituir e cobrar seus impostos, pois possuem competência 
legislativa plena até que a lei complementar venha a ser editada. 
D) podem instituir e cobrar seus impostos, desde que seja publicada 
Medida Provisória autorizando. 
 
Comentário: O art. 24, § 2º da Constituição Federal determina que a 
competência da União para legislar sobre normas gerais, quando a 
competência é concorrente com os Estados, não exclui a competência 
suplementar destes últimos. O 3º determina, ainda, que inexistindo lei 
federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência 
legislativa plena, para atender a suas peculiaridades. Alternativa correta: C 
 
QUESTÃO 2 
O Estado X, visando aumentar a sua arrecadação, instituiu novo imposto, 
não previsto na Constituição Federal. Sobre a hipótese, assinale a 
afirmativa correta. 
 
 
Questões Comentadas dos 
Últimos Exames 
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A) O Estado X pode instituir imposto, mediante lei complementar, desde 
que previsto na Constituição Estadual. 
B) Para exercer a competência residual do Estado X, é necessária lei de 
iniciativa do Governador do Estado. 
C) O Estado X não pode instituir o imposto novo, tendo em vista que a 
competência residual para a instituição de novos impostos é somente da 
União. 
D) É vedada à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, a 
instituição de impostos não previstos na Constituição Federal. 
 
Comentário: Somente a União possui competência residual para instituir, 
mediante lei complementar, impostos, não previstos na Constituição. 
Alternativa correta: C. 
 
 
 
 
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Legislação Tributária 
 
Nos termos do artigo 96 do CTN: “A expressão “legislação tributária” 
compreende as leis, os tratados e as convenções internacionais, os 
decretos e as normas complementares que versem, no todo ou em parte, 
sobre tributos e relações jurídicas a eles pertinentes”. Toda interpretação 
da legislação tributária dar-se-á em conformidade com as disposições 
constitucionais. 
 
A seu turno, o art. 100 do CTN nos informa o que são normas 
complementares das leis, dos tratados e das convenções internacionais e 
dos decretos: 
 
a) Atos normativos - entram em vigor na data de sua publicação (não tem 
vacatio legis, mas também não retroage); 
b) Decisões de órgãos do fisco - entram em vigor 30 dias após sua 
publicação; 
c) Práticas reiteradamente observadas - Costumes; 
d) Convênios - entram em vigor na data neles previstas. 
 
A observância das normas referidas no artigo 100 do CTN - Normas 
Complementares – exclui a imposição de penalidades, a cobrança de 
juros de mora e a atualização do valor monetário da base de cálculo do 
tributo. Entretanto, o tributo continua sendo devido. 
 
 ATENÇÃO 
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FONTES DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA 
 
1. Leis ordinárias e complementares 
As leis produzidas pelos legislativos da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios, são o veículo básico de instituição, modificação e 
extinção de tributos. Trata-se de postulado do princípio da legalidade 
estrita. Embora a CF fixe as competências tributárias desses entes e no 
exercício dessa competência, instituam os tributos, alterem-nos por lei 
ordinária, via de regra, há uma categoria e normas produzidas pelo 
Congresso Nacional que se aplicam a todos os entes federados (normas 
nacionais), numa posição intermediária entre a Constituição Federal e dos 
Municípios. Nessa posição de norma nacional encontram-se as leis 
complementares que determinam as bases de cálculo e os contribuintes 
dos impostos previsto na CF. 
 
2. Medida Provisória 
A união pode instituir ou majorar tributos por meio de medida provisória, 
porém, no caso de majoração do IR somente poderá ser exigido o valor 
correspondente ao aumento se a medida provisória for convertida em lei 
até o último dia do exercício em que foi editada, produzindo efeito a partir 
do ano seguinte. Os Estados e o Distrito Federal podem ter suas medidas 
provisórias desde que previstas em suas respectivas Constituições e Lei 
Orgânica. 
 
3. Tratados e Convenções Internacionais 
Possuem paridade normativa com as leis ordinárias federais produzidas 
pelo Estado Brasileiro. Como regra, uma lei ordinária federal posterior 
pode revogar um tratado ou uma convenção internacional. Há exceções 
nos casos de tratados e convenções sobre direitos humanos (atenção ao 
art. 5°, § 3° da CF). 
 
4. Resoluções do Senado 
O Senado Federal expede resoluções que tem força de norma nacional, 
aplicando-sea toda a federação. Cabe ao Senado também, por resolução, 
fixar alíquotas máximas do ITCMD, definir alíquotas interestaduais 
mínimas e máximas de ICMS e definir alíquotas mínimas do IPVA. 
 
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5. Decretos 
Pelo Decreto (produzido pelo chefe do Executivo) regulamenta-se a lei, 
dentro de seus estritos limites. Regulamenta o preenchimento de guias 
para o recolhimento do tributo, a forma como os recursos administrativos 
serão encaminhados, os vencimentos das obrigações, etc. 
 
6. Normas Complementares 
São todas as outras que não as leis, tratados e convenções internacionais, 
e decretos. Submetem-se aos ditames da lei e dos decretos expedidos pelo 
chefe do Executivo. 
 
VIGÊNCIA DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA 
 
A vigência da legislação tributária, segundo o artigo 101 do CTN, deve ser 
estudada sob dois aspectos: o espacial e o temporal. O aspecto espacial diz 
respeito aos limites territoriais em que a lei pode ser aplicada. O CTN traz a 
previsão normativa no seu artigo 102, nos seguintes termos: 
 
Art. 102. A legislação tributária dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios vigora, no País, fora dos respectivos territórios, nos limites em 
que lhe reconheçam extraterritorialidade os convênios de que participem, 
ou do que disponham esta ou outras leis de normas gerais expedidas pela 
União. 
 
Em regra, vigora no nosso ordenamento jurídico o princípio da 
territorialidade, de modo que a norma tributária vigora dentro dos limites 
territoriais do ente da Federação competente para instituir o tributo. 
Excepcionalmente, poderá ocorrer a extraterritorialidade da lei tributária, 
nos seguintes casos: quando estabelecido em convênios ou quando 
determinados pelo próprio CTN ou por outras normas gerais da União. 
 
O outro aspecto da vigência da legislação tributária é o aspecto temporal 
que diz respeito ao momento que a lei estará apta a produzir efeitos. De 
acordo com o art. 8º da Lei Complementar nº 95/1998, a própria lei deve 
dispor sobre a data que ela entrará em vigor. Na falta de previsão na lei 
deve-se adotar subsidiariamente a Lei de Introdução ao Código Civil que 
determina que a lei entre em vigor 45 dias após a publicação da lei. 
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Ademais, o artigo 103 do CTN, traz regras específicas sobre o momento de 
vigência de algumas normas tributárias, tais como: 
- Os atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas entram 
em vigor na data da sua publicação, salvo disposição em lei em contrário; 
- As decisões de órgãos singulares ou coletivos de jurisdição administrativa 
que a lei atribua eficácia normativa entram em vigor 30 dias após a 
publicação da lei, salvo disposição de lei em contrário; 
- Os convênios que entre si celebrem a União, os Estados, o Distrito 
Federal e os municípios entram em vigor na data neles previstas; 
 
APLICAÇÃO DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA 
 
A legislação tributária, em regra, aplica-se aos fatos geradores futuros e 
aos que ainda não estão completos, tendo em vista o princípio da 
irretroatividade. 
 
Art. 105 - A legislação tributária aplica-se imediatamente aos fatos 
geradores futuros e aos pendentes, assim entendidos aqueles cuja 
ocorrência tenha tido início, mas não esteja completa nos termos do Art. 
116. 
 
Desse modo, o artigo 105 do CTN determina que a legislação tributária 
tenha aplicação imediata e prospectiva. Ademais, excepcionalmente, a 
legislação tributária pode ter aplicação retroativa, aplicando-se ao fato ou 
ato pretérito, em duas situações, conforme determina o artigo 106 do 
CTN, vejamos: 
 
Art. 106 - A lei aplica-se a ato ou fato pretérito: 
I - em qualquer caso, quando seja expressamente interpretativa, excluída a 
aplicação de penalidade à infração dos dispositivos interpretados; 
II - tratando-se de ato não definitivamente julgado: 
a) quando deixe de defini-lo como infração; 
b) quando deixe de tratá-lo como contrário a qualquer exigência de ação 
ou omissão, desde que não tenha sido fraudulento e não tenha implicado 
em falta de pagamento de tributo; 
c) quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei 
vigente ao tempo da sua prática. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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A lei interpretativa (produzida pelo legislativo para explicar o sentido e 
alcance de outra norma) não altera o ordenamento jurídico, somente tem 
efeitos declaratórios, por isso sua aplicação poderá ser retroativa., 
aplicando-se a fatos anteriores. 
 
INTERPRETAÇÃO DA LEI TRIBUTÁRIA (Arts. 111 e 112, CTN) 
 
Interpretar é buscar o conteúdo e o alcance das normas, importante não 
confundir interpretação com integração que é o suprimento de eventuais 
lacunas. A primeira regra é a de que a lei tributária “(...) não pode alterar a 
definição, o conteúdo e o alcance de institutos, conceitos e formas de 
direito privado, utilizados, expressa ou implicitamente, pela Constituição 
Federal, pelas Constituições dos Estados, ou pelas Leis Orgânicas do 
Distrito Federal ou dos Municípios, para definir ou limitar competências 
tributárias” (artigo 110, do CTN). 
 
O CTN deixa claro que as normas que tratam das situações excepcionais 
listadas nos incisos do art. 111 devem ser interpretadas estritamente, ou 
seja, o intérprete não pode aplicar tais normas a situações outras que não 
as estritamente previstas por elas. 
 
Ademais, no que tange as matérias que devem ser interpretadas 
literalmente, a legislação tributária aponta as seguintes hipóteses: 
suspensão ou exclusão do crédito tributário; outorga de isenção; e 
dispensa do cumprimento de obrigações acessórias. 
 
De acordo com o art. 12 do CTN, havendo dubiedade, o contribuinte não 
pode ser prejudicado, no caso das infrações. Decorre do princípio da 
legalidade e da tipicidade. Assemelha-se ao in dubio pro reu do direito 
penal. 
 
Interpreta-se literalmente (interpretação restritiva) a lei sobre: 
a) Suspensão ou exclusão do crédito; 
b) Isenção; 
c) Dispensa de obrigações acessórias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA 
 
Relação jurídica, que une o credor e o devedor. As obrigações podem ser 
de dois tipos: 
 
a) Obrigação Tributária Principal: surge com o fato gerador, previsto em lei 
e tem como objeto o pagamento do tributo e da multa; (no direito 
tributário também é obrigação principal); 
b) Obrigação Tributária Acessória: surge com o fato gerador previsto na 
legislação tributária e tem como objeto prestações positivas ou negativas 
(obrigações de fazer ou não fazer) no interesse da arrecadação, ex: 
manutenção de livros fiscais, emitir nota fiscal. Quando se descumpre uma 
obrigação acessória, surge uma obrigação principal, com relação à multa. 
 
O polo ativo da obrigação tributária (credor) pode ser ocupado por duas 
figuras: entidades federativas ou entidades parafiscais (ex: sindicatos e 
conselhos de classe, CREA< CRM< CORCOM). O pólo passivo da obrigação 
(devedor), também pode ser ocupado por duas figuras: o contribuinte 
(relação pessoal e direta com o fato gerador) ou o responsável tributário 
(todo devedor que não se enquadra como contribuinte, relação pessoal e 
indireta com o fato gerador). Quando o adquirente é responsável, ele se 
torna responsável por impostos, taxa de serviço e contribuição de 
melhoria. Nos casos de arrematação de bens em hasta pública, o 
arrematante não será incomodado no futuro, pois, o lance ofertado tem 
que ser suficiente desde logo, ou seja, o valor total do bem somado aos 
impostos devidos pelo antigo proprietário. 
 
 
 
 
 
 
 
Obrigação Tributária 
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Tudo que se pagaé principal, o que se faz ou não faz é obrigação 
acessória. Perigo! No direto tributário o acessório não segue a sorte do 
principal. Na imunidade e na isenção desaparece somente a obrigação 
principal. Imunidade tá na constituição, é na lei que mora a isenção. 
 
Causa da Obrigação Tributária 
 
É o vínculo jurídico justificador do dever que surge com o fato gerador. 
Assim, teremos a causa da Obrigação tributária principal (é a lei tributária, 
uma vez que o dever de pagar só pode estar previsto em lei e a causa da 
Obrigação Tributária acessória) legislação tributária, expressão que inclui 
portarias, instruções normativas, regulamentos, etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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QUESTÃO 1 
Uma obrigação tributária referente ao Imposto sobre Circulação de 
Mercadorias e Serviços (ICMS) teve seu fato gerador ocorrido em 1º de 
junho de 2012. O débito foi objeto de lançamento em 21 de janeiro de 
2014. A inscrição em dívida ativa ocorreu em 02 de junho de 2014. A 
execução fiscal foi ajuizada em 21 de outubro de 2014 e, em 02 de março 
de 2015, o juiz proferiu despacho citatório nos autos da execução fiscal. 
Considerando que o contribuinte devedor alienou todos os seus bens sem 
reservar montante suficiente para o pagamento do tributo devido, assinale 
a opção que indica o marco temporal, segundo o CTN, caracterizador da 
fraude à execução fiscal, em termos de data de alienação. 
 
A) 21 de janeiro de 2014 
B) 02 de junho de 2014 
C) 02 de março de 2015 
D) 21 de outubro de 2014 
 
Comentário: Artigo 185, caput do CTN: Presume-se fraudulenta a 
alienação ou oneração de bens ou rendas, ou seu começo, por sujeito 
passivo em débito para com a Fazenda Pública, por crédito tributário 
regularmente inscrito como dívida ativa. Alternativa correta: B 
 
QUESTÃO 2 
Determinado contribuinte verificou a existência de débitos vencidos de 
Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) e da taxa 
de coleta de lixo com o Município M. 
 
 
 
 
Questões Comentadas dos 
Últimos Exames 
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Os dois tributos são relativos ao ano-calendário de 2012 e se referem ao 
imóvel onde reside. O contribuinte pagou ao Município M montante 
insuficiente para a quitação de ambos os tributos. 
Diante de tais débitos, a autoridade administrativa municipal que recebeu 
o pagamento 
A) determinará, primeiramente, a imputação do pagamento à taxa e, 
posteriormente, ao imposto. 
B) determinará o pagamento na ordem decrescente dos prazos 
prescricionais. 
C) determinará o pagamento na ordem crescente dos montantes. 
D) determinará, primeiramente, a imputação do pagamento ao imposto e, 
posteriormente, à taxa. 
 
Comentário: Artigo 163, inciso II,CTN: Existindo simultaneamente dois ou 
mais débitos vencidos do mesmo sujeito passivo para com a mesma 
pessoa jurídica de direito público, relativos ao mesmo ou a diferentes 
tributos ou provenientes de penalidade pecuniária ou juros de mora, a 
autoridade administrativa competente para receber o pagamento 
determinará a respectiva imputação, obedecidas as seguintes regras, na 
ordem em que enumeradas: II - primeiramente, às contribuições de 
melhoria, depois às taxas e por fim aos impostos. Alternativa correta: A 
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1. Em caso de extinção da sociedade anterior (nos casos de fusão, 
transformação ou incorporação) a nova empresa ou a resultante, 
responde integralmente pelos débitos tributários daquela. No caso de 
cisão, o fisco entende que há solidariedade entre as empresas resultantes. 
2. Sócios gerentes e administradores só respondem por dívidas da 
empresa se o fisco provar excesso de poder ou infração (desconsideração 
da personalidade jurídica) 
3. Empresa/pessoa que adquirir de outra, estabelecimento comercial ou 
fundo de comércio (trespasse), o adquirente só responde (integralmente) 
por dívidas da empresa anterior se mantiver o mesmo ramo comercial 
retorne dentro de 6 meses (responsabilidade subsidiária). Mas se a 
aquisição ocorrer em processo de falência ou recuperação judicial o 
adquirente nunca responde ainda que se mantenha no mesmo ramo. 
 
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA 
 
• Os tributos relacionados aos bens imóveis são devidos pelo adquirente, 
salvo se houver prova anterior da quitação. Neste caso, supõe-se que não 
haja débito tributário em aberto. 
• Os pessoalmente responsáveis estão descritos no Art. 131 do CTN, são 
eles: 
I - o adquirente ou remitente, pelos tributos relativos aos bens adquiridos 
ou remidos; 
II - o sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro, pelos tributos devidos 
pelo de cujus até a data da partilha ou adjudicação, limitada esta 
responsabilidade ao montante do quinhão do legado ou da meação; 
III - o espólio, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da abertura 
da sucessão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Responsabilidade 
Tributária (casos especiais) 
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• A responsabilidade daqueles que intervieram ou se omitiram com 
relação a obrigação de contribuintes sob seus cuidados está no art. 134 do 
CTN. Essa responsabilidade é semelhante a uma sanção aos pais, 
responsáveis, inventariantes, síndicos, etc. que deixaram de cumprir 
deveres a eles impostos pela legislação, quanto ao agamento do tributo 
pelo contribuinte. O fisco, deve buscar receber o tributo e a penalidade 
pecuniária do contribuinte. Nos casos de impossibilidade, os responsáveis 
passam a responder pelo tributo e pelas multas moratórias. 
 
• As pessoas listadas nos arts. 134 e 135 do CTN, responderão 
pessoalmente pelo tributo e pelas penalidades pecuniárias, desde que 
cometam atos ilícitos, como excesso de poderes ou infração de lei, 
contrato social, estatutos, etc. 
 
• Em regra a responsabilidade independe da intenção do agente ou do 
responsável, ou dos efeitos causados pelo ilícito (art. 136). Embora a regra 
seja a irrelevância da comprovação de dolo para configuração do ilícito 
tributário, há casos excepcionais em que a vontade do agente é relevante 
e implica sua responsabilidade pessoal. 
 
• Quando a infração é praticada pela empresa, esta é autuada (art. 137). A 
responsabilidade poderá recair sobre o funcionário, desde que 
comprovado o dolo específico (prejudicar a empresa). 
 
• A Denúncia espontânea (o sujeito passivo se antecipa a qualquer medida 
fiscalizatória relacionada a infração e efetua o pagamento do tributo 
acrescido da correção e juros moratórios) exclui a responsabilidade por 
infrações (art. 138). 
 
• Para o fisco exigir o pagamento do tributo, deve constituir o credito 
tributário, o que é feito através do lançamento. 
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QUESTÃO 1 
A União ajuizou execução fiscal em face da pessoa jurídica XYZ Ltda., 
devedora de tributos federais. No curso da execução fiscal, a falência da 
pessoa jurídica foi decretada. Após requerimento da União, deferido pelo 
Juízo, Francisco, sócio da pessoa jurídica XYZ Ltda., é incluído no polo 
passivo da execução fiscal, em razão da decretação de falência. Sobre a 
hipótese, é possível afirmar que 
 
A) a decretação de falência autoriza o redirecionamento da execução fiscal 
para Francisco, por ser considerada hipótese de infração à lei, que enseja 
responsabilidade tributária. 
B) o fato de Francisco ser sócio da XYZ Ltda. acarreta, por si só, 
responsabilidade pessoal pelos créditos correspondentes a obrigações 
tributárias da pessoa jurídica. 
C) Francisco não poderia ser incluído no polo passivo, ainda que fosse 
administrador da XYZ Ltda. e tivesse encerrado ilegalmente as atividades 
da pessoa jurídica. 
D) Francisconão poderia, unicamente em razão da decretação de falência 
de XYZ Ltda., ser incluído no polo passivo da execução fiscal. 
 
Comentário: A falência não é considerada dissolução irregular da pessoa 
jurídica e, por isso, não é possível imputar ao sócio (sobretudo àquele que 
não é administrador) a responsabilidade pelos débitos tributários da 
pessoa jurídica. Para o sócio administrador ser responsabilizado pelo 
passivo tributário da pessoa jurídica deve haver atuação dolosa, com 
infração a lei, contrato social ou estatutos, nos termos da jurisprudência 
do STJ (Ex. dissolução irregular da pessoa jurídica). Alternativa correta: D 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Questões Comentadas dos 
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LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO 
 
É um instituto jurídico que constitui o crédito tributário, conforme se nota 
na linha do tempo. Assim, o lançamento tributário traz a noção de 
exigibilidade para a relação jurídico-tributária, uma vez que até a 
obrigação tributária, só existia o dever de pagar. Se o contribuinte não 
pagar o tributo, o fisco entrará em ação para exigir o pagamento. O 
lançamento permite a identificação do tributo devido, bem como de seu 
valor, tudo conforme a lei, sendo assim, um ato vinculado. 
 
• Modalidades: 
 
a) Lançamento direto ou de ofício (149, CTN). Independem de qualquer 
manifestação do contribuinte. Ex. IPTU, IPVA, taxas e contribuições de 
melhoria. Um auto de infração também é um a espécie de lançamento de 
ofício. 
b) Misto ou por declaração (art. 147). Lançamento em desuso. Ex. Imposto 
de Importação quando através de declaração de bagagem acompanhada 
(DBA). 
c) Auto lançamento ou por homologação (art. 150, CTN). O contribuinte 
presta as informações para o fisco e calcula o valor do tributo e antecipa o 
pagamento. O fisco apenas homologa o pagamento. A homologação pode 
ser expressa ou tácita. 
 
• ATENÇÃO: Os créditos não pagos devem ser inscritos na dívida ativa. Daí 
se pode retirar o título executivo fiscal extrajudicial – Certidão de 
Dívida Ativa (CDA) – necessário para a propositura da execução fiscal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lançamento Tributário 
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Formas de exclusão do crédito tributário 
• Anistia – dispensa legal do pagamento de multa, mas se deve pagar o 
tributo. Não confundir com remissão, que é o perdão da dívida, anistia é o 
perdão da multa. A remissão pode ser parcial. 
• Isenção – dispensa legal do pagamento do tributo. Pode ser concedida a 
qualquer tempo, por lei. Pode, em regra, ser revogada a qualquer tempo, 
também por meio de lei, exceto na hipótese de concedida por prazo certo e 
sob determinadas condições – gera direito adquirido. Se a isenção for 
temporária e condicionada aquele que preenche a condição não pode perder 
a isenção, no prazo prometido. 
 
Formas de suspensão da exigibilidade do Crédito Tributário (art. 151 a 155 
CTN) 
• Consequências: 
a) Impedem a execução fiscal; 
b) É permitida a inscrição na dívida ativa; 
c) A certidão expedida pela dívida ativa é positiva, mas com efeitos de 
negativa. 
 
• Modalidades: 
a) Concessão de tutela antecipada – não é o pedido que suspende, mas sua 
concessão. 
b) Concessão de liminar de mandado de segurança – não é o pedido que 
suspende, mas sua concessão. 
c) Parcelamento - Não é o pedido que suspense a exigibilidade, mas o seu 
deferimento. 
d) Depósito do montante integral 
e) Moratória – dilatação legal do prazo de pagamento do tributo. 
f) Reclamações e Recursos Administrativos – desde que apresentados 
tempestivamente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Crédito Tributário 
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Formas de extinção do crédito tributário (art. 156 ao 154 CTN) 
 
• Pagamento 
• Compensação – autorizada e regulada por lei, é possível compensar 
créditos vencidos ou vincendos. 
• Transação – previsto em lei (acordo entre as partes – fisco e contribuinte), 
acordo que visa o fim de um litígio. 
• Remissão 
• Prescrição e Decadência 
• Conversão de depósito em renda 
• Pagamento antecipado e Homologação do lançamento 
• Consignação em pagamento 
• Decisão administrativa irreformável 
• Decisão judicial passada em julgado 
 •Dação em pagamento em bens imóveis 
 
Súmulas 
 
Súmula Vinculante 21: é inconstitucional a exigência de depósito ou 
arrolamento prévio de dinheiro ou bens para a admissibilidade de recurso 
administrativo. 
 
 
Prescrição Decadência 
5 anos para: Constituir Executar 
Criação Lei Complementar Lei complementar 
Lançamento Após o lançamento Antes do lançamento 
Suspensão e 
interrupção 
Não Sim 
Termo inicial Regra geral: primeiro 
dia do exercício 
seguinte em que o 
lançamento poderia 
ter sido efetuado 
(173, I, CTN) 
Tem início a partir do momento 
em que o credito tributário 
encontrar-se definitivamente 
constituído (depois dos trinta dias 
para apresentação de defesa 
administrativa, já que esta pode 
modificar o credito). 
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Súmula Vinculante 28: é inconstitucional a exigência de depósito prévio 
como requisito de admissibilidade de ação judicial na qual se pretenda 
discutir a exigibilidade de crédito tributário. Depósito não e exercício da 
ação é faculdade. 
 
 
Garantias e privilégios do crédito tributário (183 a 193, CTN) 
 
Cláusulas de impenhorabilidade e inalienabilidade. De acordo com o CTN, 
essas cláusulas não poderão ser opostas à fazenda Pública, 
independentemente da data de sua constituição. Os únicos bens que 
podem ser opostos à Fazenda Pública, são os absolutamente 
impenhoráveis (os descritos em lei). 
 
Presunção de fraude: em regra, alienação de bens ou oneração de rendas 
é considerada fraude à execução, quando se tem crédito tributário inscrito 
na dívida ativa (185, CTN), salvo se o contribuinte tiver bens e rendas 
suficientes para o pagamento da dívida. 
 
Preferências: a regra é que o crédito tributário prefere a qualquer outro, 
salvo os créditos decorrentes da legislação trabalhista e de acidente do 
trabalho fora da falência, além disso, a União tem de respeitar a 
preferência dos credores hipotecários, no limite do valor dos bens 
gravados. 
 
Preferências na falência: 
1. legislação do trabalho e acidente do trabalho; 
2. garantia real; 
3. crédito tributário. 
 
 
Resolução do Senado pode fixar 
 
 
 
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QUESTÃO 1 
O Fisco do estado “X” lavrou auto de infração contra a pessoa jurídica “Y” 
para cobrar ICMS sobre a remessa de mercadorias entre a matriz e a filial 
dessa empresa, ambas localizadas no referido estado. A empresa “Y” 
impetrou, então, mandado de segurança objetivando ver reconhecido seu 
direito líquido e certo ao não recolhimento do ICMS naquela operação. 
Pleiteou também medida liminar. Assinale a opção que pode, validamente, 
ser objeto do pedido de liminar formulado pela pessoa jurídica Y. 
 
A) Extinção do crédito tributário. 
B) Exclusão de crédito tributário. 
C) Constituição do crédito tributário. 
D) Suspensão da exigibilidade do crédito tributário. 
 
Comentário: De acordo com o art. 151, inciso IV, do Código Tributário 
Nacional, a concessão de medida liminar em mandado de segurança é 
hipótese de suspensão da exigibilidade do crédito tributário. Alternativa 
correta: D 
 
QUESTÃO 2 
Um empresário consulta um escritório de advocacia sobre a possibilidade 
de a sociedade da qual é administrador participar de uma licitação, sendo 
certo que, para tal, terá que apresentar uma certidão demonstrando a 
inexistênciade débitos fiscais com o governo federal. Ele informa que a 
sociedade foi autuada pelo não recolhimento do Imposto sobre a Renda e 
Proventos de Qualquer Natureza (IR), e a defesa administrativa, 
apresentada no prazo, ainda não foi apreciada pelo órgão competente. 
Considerando apenas os dados apresentados, é correto afirmar que a 
sociedade 
 
 
 
 
 
 
Questões Comentadas dos 
Últimos Exames 
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A) não poderá participar da licitação, pela existência de crédito tributário 
vencido e não pago. 
B) poderá participar da licitação, pois o crédito tributário está com a 
exigibilidade suspensa. 
C) poderá participar da licitação somente após a defesa administrativa ser 
analisada. 
D) somente poderá participar da licitação se depositar o valor do crédito 
tributário. 
 
Comentário: De acordo com o art. 151, II, do Código Tributário Nacional, o 
processo administrativo tributário sem decisão definitiva suspende a 
exigibilidade do crédito tributário e o art. 206 dispõe que o crédito com a 
exigibilidade suspensa constará de certidão com o mesmo efeito da 
certidão negativa. Alternativa correta: B 
 
QUESTÃO 3 
 A União concedeu isenção, pelo prazo de cinco anos, da Contribuição para 
o Financiamento da Seguridade Social (COFINS) para as indústrias de 
veículos automotores terrestres que cumprissem determinadas condições. 
Sobre a isenção tributária, é possível afirmar que 
 
A) as indústrias de aviação podem requerer a fruição do benefício, pois a 
norma que concede isenção deve ser interpretada extensivamente. 
B) a União poderá, a qualquer tempo, revogar ou modificar a isenção 
concedida. 
C) a isenção da COFINS pode ser concedida mediante decreto, desde que a 
norma seja específica. 
D) as indústrias de veículos automotores terrestres não estão dispensadas 
do cumprimento das obrigações acessórias, pois elas são independentes 
da existência da obrigação principal. 
 
Comentário: Artigo 175, CTN: Art. 175. Excluem o crédito tributário: 
I - a isenção; 
II - a anistia. 
Parágrafo único. A exclusão do crédito tributário não dispensa o 
cumprimento das obrigações acessórias dependentes da obrigação 
principal cujo crédito seja excluído, ou dela consequente. Alternativa 
correta: D 
 
 
 
 
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QUESTÃO 4 
Após ser intimada da lavratura de um auto de infração visando à cobrança 
da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS) dos 
últimos cinco anos, a pessoa jurídica XYZ Participações Ltda. verificou que 
o tributo não era devido e ofereceu impugnação ao auto de infração. 
Como irá participar de uma licitação, a pessoa jurídica em questão irá 
precisar de certidão de regularidade fiscal – no caso, Certidão Positiva de 
Débito com Efeito de Negativa (CPD-EN). Na hipótese, considerando que o 
contribuinte não possui outros débitos, assinale a afirmativa correta. 
 
A) A impugnação ao auto de infração exclui o crédito tributário, sendo 
possível a emissão da CPD-EN. 
B) A impugnação ao auto de infração, sem o pagamento do crédito, 
impede a emissão da CPD-EN. 
C) A pessoa jurídica XYZ Participações Ltda. somente terá direito à CPD-EN 
caso realize o depósito do montante integral. 
D) A impugnação ao auto de infração suspende a exigibilidade do crédito, 
sendo possível a emissão da CPD-EN. 
 
Comentário: A impugnação administrativa suspende a exigibilidade do 
crédito tributário, permitindo a expedição de certidão positiva de débito 
com efeito de negativa. Ressalte-se que o deposito do montante integral é 
uma faculdade para o sujeito passivo (Súmulas Vinculantes 21 e 28). 
Alternativa correta: D 
 
QUESTÃO 5 
A pessoa jurídica X foi contemplada com isenção do Imposto sobre a 
Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) do imóvel utilizado para 
suas atividades comerciais. A referida isenção foi concedida pelo prazo de 
5 (cinco) anos e sob a condição de que o imóvel seja utilizado para a 
produção de artesanato regional. Com base no caso apresentado, sobre a 
referida isenção assinale a opção correta. 
 
A) Poderá ser suprimida por lei, a qualquer tempo, ainda que o 
contribuinte atenda à condição de utilizar o imóvel para a produção de 
artesanato regional. 
 
 
 
 
 
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B) Não poderá ser suprimida no prazo de 5 (cinco) anos, caso o 
contribuinte cumpra a condição de utilizar o imóvel para a produção de 
artesanato regional. 
C) Não poderá ser suprimida no prazo de 5 (cinco) anos, ainda que o 
contribuinte utilize o imóvel para a realização de atividades comerciais 
diversas da produção de artesanato regional. 
D) Poderá ser suprimida por decreto, a qualquer tempo, ainda que o 
contribuinte cumpra a condição de utilizar o imóvel para a produção de 
artesanato regional. 
 
Comentário: A isenção é causa de exclusão do crédito tributário (art. 175 
do CTN). No caso exposto, foi concedida isenção onerosa (por prazo certo 
e sob determinadas condições) que não pode ser revogada se o sujeito 
passivo está cumprindo com as condições impostas em lei. Alternativa 
correta: B 
 
QUESTÃO 6 
A falência da sociedade XYZ Ltda. foi decretada em 5/6/2014. Nessa data, a 
pessoa jurídica já possuía dois imóveis hipotecados para garantia de 
dívidas diversas. A União tem créditos tributários a receber da sociedade, 
inscritos em dívida ativa em abril de 2013. 
Baseado nos fatos narrados, assinale a afirmativa correta. 
 
A) A União tem direito de preferência sobre todo e qualquer credor, 
porque o crédito tributário foi inscrito em dívida ativa antes da decretação 
da falência. 
B) A União tem direito de preferência sobre os credores com garantia real, 
pois o crédito tributário prefere a qualquer outro, seja qual for sua 
natureza ou o tempo de sua constituição. 
C) A União tem de respeitar a preferência dos credores hipotecários, no 
limite do valor dos bens gravados. 
D) A União tem de respeitar a preferência dos credores hipotecários, no 
limite do valor das dívidas garantidas pelas hipotecas. 
 
 
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 Comentário: De acordo com o art. 186, par. único, do CTN, na falência, o 
crédito tributário não prefere aos créditos extraconcursais ou às 
importâncias passíveis de restituição, nos termos da lei falimentar, nem 
aos créditos com garantia real, no limite do valor do bem gravado. Assim 
sendo, a União tem de respeitar a preferência dos credores hipotecários, 
no limite do valor dos bens gravados. Alternativa correta: C. 
 
 
 
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Resolução do Senado pode fixar 
Alíquota mínima Alíquota máxima 
IPVA Pode Não pode 
ITCMD Não pode Pode 
ICMS Pode Pode 
 
Além disso, lei complementar da União pode fixar alíquotas mínima e 
máxima do ISS. 
 
Reserva de lei complementar (art. 146, CF) 
Lembrar que "temas de LC não admitem MP" 
 
a) Empréstimos compulsórios; 
b) IGF – Impostos sobre grandes fortunas; 
c) Impostos residuais – impostos novos, não previstos na CF (competência 
da União); 
d) Novas fontes de custeio da seguridade – novas contribuições 
e) Resolver conflitos de matéria tributária; 
f) Adequado tratamento ao ato cooperativo; 
g) Normas gerais sobre direito tributário; 
- Prescrição 
- Decadência 
- Lançamento 
- Obrigação Tributária 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Intervenção da União em 
Alíquotas Não Federais 
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h) Regulamentação das limitações constitucionais ao poder de tributar; 
- Princípios tributários 
- Imunidades tributárias 
i) Regime unificado de recolhimento

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