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Direitos Fundamentais Resumo para Prova p1 Teoria Geral dos Direitos Fundamentais Direito é o instrumento utilizado pelo o Estado para organizar a sociedade Direito oferece essa condição através das normas jurídicas Norma Jurídica – Conceito e Estrutura São comandos que impõem ao cidadão um determinado comportamento sob pena de sanção. Composta de dois fragmentos que estão unidos por uma relação de implicação: Antecedente: descreve uma situação de fato permitida, proibida ou obrigatória; Consequente: Impõe determinado comportamento ou efeito jurídico. Direito Positivo Brasileiro É o conjunto de normas jurídicas aplicáveis em determinado Estado, em um dado momento. Todo Direito Fundamental faz parte do Direito Positivo Brasileiro, mas o inverso não é verdadeiro. Diferenças entre os Direitos que objetivam a vida Humana Direito do Homem É o Direito na visão Jusnaturalista, advindas de uma ordem suprema universal e que não foram “positivadas”. Direitos Humanos É o Direito reconhecido em um prisma Internacional, positivados em Tratados e Declarações Internacionais Direitos Fundamentais São os Direitos positivados em Constituição Direitos Fundamentais Decorreram principalmente da necessidade de limitação e controle dos abusos de poder do próprio Estado e de suas autoridades constituídas. Os Direitos Fundamentais são institutos jurídicos que foram criados no decorrer do desenvolvimento da humanidade e se constituem de normas protetivas que formam um núcleo mínimo de prerrogativas inerentes à condição humana. Conceito Objetivo dos Direitos Fundamentais Proteger a vida humana Têm como objetivo proteger a vida como Integridade Física Manutenção da anatomia e fisiologia do corpo humano O que é protegido pelo Direito como sendo “vida humana”? A Integridade Física (anatomia e fisiologia) A Liberdade (criando uma limitação ao Estado/Revolução Francesa) A Dignidade (Revolução Industrial) A Humanidade ( 2ª G.Mundial) Importante: Os Direito Fundamentais não podem ser reduzidos, só podem ser ampliados, no entanto a Constituição Federal protege somente os direitos e garantias individuais, com cláusula pétrea art. 60 § 4 CF/88: Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir. 1ª Geração de Direitos Fundamentais 1ª Dimensão / Liberdades Públicas / Direitos e Garantias Individuais Normas Jurídicas que têm como objetivo a liberdade do cidadão De que forma? Limitando a atuação do Estado sobre o indivíduo A Revolução Francesa ocorreu no período do Imperialismo em que a burguesia ganhava cada vez mais força mas sempre estava abaixo do clero e da realeza, com isso não tinha a liberdade para expandir seus negócios, direito de ir e vir e de escolhas Direitos Tutelados Direito de Liberdade – Ir e vir, prisão legal, juiz natural, integridade física, liberdade de expressão, religiosa, etc. Direitos negativos: Estado deve abster-se de fazer Estado Liberal 2ª Geração dos Direitos Fundamentais 2ª Dimensão / Direitos Sociais / Direitos Econômicos e Sociais Normas Jurídicas que têm como objetivo condições Digna de vida (Dignidade) do ser humano, impondo atividade positiva do Estado em relação ao cidadão. Participação do Estado com medidas políticas, sociais e econômicas visando ações e serviços de proteção, promoção e recuperação da condição digna de vida humana Revolução Industrial – exploração dos trabalhadores Direitos Tutelados Direitos de Igualdade – condição mínima de dignidade, através dos direitos sociais culturais, econômicos. Direitos trabalhistas, direitos coletivos. Estado deve fazer – Direitos prestacionais Estado Liberal 3ª Geração dos Direitos Fundamentais 3ª Dimensão / Direitos de Solidariedade Normas Jurídicas que têm como objetivo proteger a vida como “Manutenção da humanidade”, impondo atividade ao Estado e a Sociedade como um todo Após a 2ª GM (bomba atômica, nazistas), o mundo passa a ver que o homem têm capacidade de destruir toda a humanidade, podendo prejudicar futuras gerações. Direitos Tutelados Direitos de Fraternidade – direitos difusos, direitos do consumidor, ambientais, direito à paz, etc. Estado Social – Democrático Origem e Fundamentação dos Direitos Fundamentais Origem no Cristianismo – aspecto histórico Nas declarações surgidas de movimentos sociais contra o autoritarismo e o arbítrio Magna Carta (Inglaterra, 1215); Petição de Direitos / Bill Rights (Inglaterra, 1629); A Lei de Habeas Corpus (Inglaterra, 1679); Declaração dos Direitos da Virgínia (EUA, 1776); Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão (França, 1789); Direitos Fundamentais nas Constituições dos países. Premissas dos Direitos Fundamentais Inviolabilidade da pessoa humana – Ser humano não é descartável, passa a ser o centro do Direito e do Estado Autonomia da Pessoa – livre-arbítrio, desde de que não prejudique outros Situação real Possiblidade de Comportamentos Decisão Juízo de Valor Dignidade da Pessoa Humana Base de Construção dos Direitos Fundamentais Base filosófica- religiosa: existência de direitos naturais de origem divina e que, por consequência, são imutáveis; Têm visão Jusnaturalista, Direito Natural Visão Positivista: Hans Kelsen “Teoria Pura do Direito” – 0 Direito não têm como objetivo a justiça, mas sim os conflitos sociais, as normas jurídicas são criadas pelo Estado diferentemente do Direito Natural. Evolução dos Direitos Fundamentais Questão Social: Igualdade perante a lei e liberdade contratual como instrumentos de exploração do ser humano Necessidade de resposta do Direito Extensão do “Sufrágio Eleitoral” (França, 1948) necessidade de atendimento dos anseios de todas as classes sociais. As Declarações de Direitos – 1789 e 1948 Declaração X Constituição Declarar Constituir Declara-se algo que já existe Constitui-se a criação de algo Magna Carta – Inglaterra, 1215 João Sem Terra ; Limitação dos poderes dos monarcas na Inglaterra; Direito ao julgamento justo e à proporcionalidade entre pena e delito; Composta de 63 artigos; Grande importância do art. 39: “Nenhum homem livre será preso, aprisionado ou privado de uma propriedade, ou tornado fora-da-lei, ou exilado, ou de maneira alguma destruído, nem agiremos contra ele ou mandaremos alguém contra ele, a não ser por julgamento legal dos seus pares, ou pela lei da terra.” Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão – França,1789 Documento originado da Revolução Francesa; Influenciado pela Doutrina dos “Direitos Naturais”; Define Direitos Individuais e Coletivos dos Homens (no sentido de seres humanos); Característica INDIVIDUALISTA (Liberdade e propriedade são focos dessa declaração; 17 artigos. Introdução de Direitos Sociais em Constituições Constituição Mexicana de 1917 - Pioneira na consagração dos Direitos Sociais com o status de Direitos Fundamentais, a cerca das questões trabalhistas e da propriedade privada; Constituição Alemã de 1919 – “Constituição de Weimar” - Direitos sociais; Constituição Espanhola de 1931 - Estado Laico Declaração Universal dos Direitos Humanos – ONU, 1948: Igualdade, Liberdade , Dignidade Humana e Propriedade. Justificação Jurídica dos Direitos Fundamentais Jusnaturalismo: Inscreve os Direitos Fundamentais em uma ordem suprema universal, imutável, ante a sua origem divina, não humana. Existem Independentemente de positivação. Positivismo: Entende que os Direitos Humanos são criação normativa, na medida de que é legítima manifestação humana. Somente são Direitos Humanos aqueles reconhecidos pela Legislação. Conteúdo dos Direitos Fundamentais Conjunto de PRERROGATIVAS e GARANTIAS inerentes ao homem, indissociáveis da condição humana), cuja finalidade básica é o respeito à sua dignidade, tutelando-o contra os excessos do Estado, além de estabelecer um mínimo de condição digna de vida e de proteger o futuro da Humanidade. DIREITOS FUNDAMENTAIS “PROPRIAMENTE DITOS” DIREITOS FUNDAMENTAIS “PROPRIAMENTE DITOS” São as Normas Jurídicas que conferem ao cidadão determinado direito, seja à liberdade, seja à integridade física, seja a condições mínimas de sobrevivência, seja à preservação da humanidade. Garantias e Remédios Constitucionais São as Garantias os DIREITOS FUNDAMENTAIS “PROPRIAMENTE DITOS” Remédios Constitucionais: São as vias judiciais destinadas à proteção das regras que protegem os direitos fundamentais. Sendo assim as “garantias das garantias”. São considerados os Remédios Constitucionais: Mandado de Segurança (individual ou coletivo); Habeas Corpus e Habeas Data; Mandado de Injunção; Ação Popular. Quando usa-se os Remédios Constitucionais? Nos casos que haja um afronta ou uma ameaça de afronta aos direitos dos cidadãos. Jurisdição: Ocorre quando um caso concreto não solucionado está com o Estado para solucioná-lo através do judiciário. Que é a ação judicial através do texto escrito, ou seja, instrumento de ação conhecido como petição inicial. Habeas Corpus Instrumento jurídico contra a ilegalidade e abuso de poder; Impetrar o Habeas Corpus; Garantia Constitucional da liberdade individual contra o afronta ou ameaça de afronta a liberdade de locomoção, direito de ir e vir; É legal a prisão do devedor de pensão alimentícia. Qualquer pessoa poderá impetrar habeas corpus para si ou terceiros, mesmo que esse não tenha conhecimento jurídico. Habeas Data Impetrar Habeas Data Destina-se: assegurar o conhecimento de informações pessoais em registro ou bancos de dados de entidade governamentais ou de caráter publico; Para a retificação dessas informações/desses dados. Habeas Data dá acesso a informações sobre o impetrante constante em um cadastro de entidade governamental ou banco de dados de natureza publica. Mandado de Segurança Qualquer direito constitucional violado, desde que consiga de início a comprovação imediata do direito e da violação desse direito; Proteção de direito liquido e certo (direito expresso em lei que possa ser demonstrado de plano mediante prova pré- constituída) que não é amparado por habeas corpus ou habeas data. Quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder seja uma autoridade pública ou agente de pessoa jurídica em atribuições de poder pública (ex: reitor de universidade privada); Extremante cheia de Formalidade e requisitos, somente advogados poderá ingressar o pedido. Ação Popular Provar condição de cidadão – título de eleitor; Destina-se a anular ato lesivo ao patrimônio público, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural. É isenta a custas judiciais e do ônus da sucumbência. Quando se anula um ato administrativo deve se retornar ao estado como era antes- “status quo ante”. Mandado de Injunção Destina-se a suprir a falta de norma regulamentadora (Normas de Eficácia Limitada) que torna inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas relativas à nacionalidade, à soberania e à cidadania (SoCiNa); Ação com formalidades para a sua impetração. Relativismo Cultural X Universalismo Cultural A UNIVERSALIZAÇÃO dos Direitos Fundamentais deve se sobrepor à cultura de um determinado povo? RELATIVISMO CULTURAL – Os meios culturais e morais de uma sociedade devem ser respeitados, ainda que em prejuízo dos Direitos Humanos dos membros dessa sociedade. O fundamento dessa visão é no sentido de que o universalismo acarreta uma acidentalização de costumes, destruindo diferenças culturais. UNIVERSALISMO CULTURAL – Entende pela implementação global dos Direitos humanos. Características Gerais dos Direitos Fundamentais Historiciedade Os Direitos Fundamentais não formam um todo imodificável, mas, sim, um conjunto de normas que deve evoluir de acordo com a evolução da sociedade. As experiências vividas pela Sociedade alimentam o surgimento de novos Direitos Fundamentais. UNIVERSALIDADE Os Direitos Fundamentais destinam-se a todos os Seres Humanos, independentemente de raça, credo, classe social etc. IMPRESCRITIBILIDADE: Os Direitos Fundamentais não se perdem com o passar do tempo. INALIENABILIDADE: Os Direitos Fundamentais não podem ser transferidos a terceiros, seja a que título for. IRRENUNCIABILIDADE: Os Direitos fundamentais não podem ser renunciados. Ninguém pode “abrir mão” de seus Direitos Fundamentais. INVIOLABILIDADE: Os Direitos Fundamentais não podem ser violados por lei infraconstitucional ou por ato administrativo. EFETIVIDADE: A Administração Pública deve criar mecanismos coercitivos aptos à efetividade dos Direitos Fundamentais. Quando se utiliza a expressão “efetividade”, está-se referindo à efetiva realização dos Direitos Fundamentais no mundo real. INEXAURIBILIDADE Os Direitos Fundamentais podem ser expandidos, ampliados, inclusive com o surgimento de novos Direitos Fundamentais. ESSENCIALIDADE Os Direitos Fundamentais fazem parte da essência do Ser Humano, sendo, portanto, inerentes ao Ser Humano. LIMITABILIDADE: Os Direitos Fundamentais não são absolutos, podendo sofrer restrições em momentos de crise e também frente à colidência (confronto) com outros Direitos Fundamentais. Ex. CF. Art. 139. Na vigência do estado de sítio decretado com fundamento no art. 137, I, só poderão ser tomadas contra as pessoas as seguintes medidas: I- obrigação de permanência em localidade determinada; II- detenção em edifício não destinado a acusados ou condenados por crimes comuns; III- restrições relativas à inviolabilidade da correspondência, ao sigilo das comunicações, à prestação de informações e à liberdade de imprensa, radio fusão e televisão, na forma da lei; (…) COMPLEMENTARIDADE: Os Direitos Fundamentais devem ser observados não só de forma individualizada, mas como sistema, levando em consideração todos os demais Direitos Fundamentais vigentes. CONCORRÊNCIA: Os Direitos Fundamentais pode ser exercidos de forma acumulada. Por exemplo, sobre determinada situação fática, determinada pessoa poderá exercer 2(dois) ou mais Direitos Fundamentais ao mesmo tempo. Bons Estudos e boa prova. Kamilla Pessoa,
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