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Aula 06 Atualidades p/ Bombeiros-PE (Com videoaulas) Professor: Leandro Signori 08441993700 - fenando pinyo Atualidades para o Corpo de Bombeiros de Pernambuco ʹ Bombeiros Prof. Leandro Signori Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 97 AULA 06 ± Ecologia e Desenvolvimento Sustentável Caros Alunos, ú�Hoje é a nossa última aula «�e�YHUGDGH��QRVVD�aulD�GH�KRMH�p�D�~OWLPD« ú Ah... ú�(X WDPEpP�JRVWHL�PXLWR�GD�FRPSDQKLD�GH�YRFrV« De coração, agradeço a oportunidade do convívio com vocês. Foi um imenso prazer ter ministrado este curso. Sobre o curso, espero sinceramente que ele tenha atendido as suas expectativas e lhes propiciado um excelente aprendizado. Fico no aguardo de notícias positivas sobre suas aprovações, que certamente virão. Ótimos estudos, que Deus os abençoe, ilumine e os acompanhe nos estudos, nas provas, como futuros servidores públicos e em todas as suas vidas. Um grande abraço, Prof. Leandro Signori Sumário Página 1. As origens das preocupações ambientais 2 2. A sociedade de consumo 3 3. O desenvolvimento sustentável 5 4. Objetivos do Desenvolvimento Sustentável 11 5. Problemas ambientais do planeta e do Brasil 14 5.1 Aquecimento global 14 5.2 Desmatamento 22 5.3 Biodiversidade e extinção de espécies 24 5.4 Desertificação 26 5.5 Escassez de água 27 5.6 Crise hídrica em São Paulo 32 5.7 Resíduos sólidos 33 6. Rompimento de barragem em Minas Gerais 34 7. Questões Comentadas 37 8. Lista de Questões 76 9. Gabarito 97 08441993700 08441993700 - fenando pinyo Atualidades para o Corpo de Bombeiros de Pernambuco ʹ Bombeiros Prof. Leandro Signori Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 97 1. As origens das preocupações ambientais A subsistência do ser humano sempre dependeu dos recursos naturais à sua volta. Ao longo da história, a exploração do meio ambiente contribuiu para o apogeu e para o declínio de grandes civilizações. Por conta dessa forte interdependência, o debate ambiental ganhou visibilidade aos poucos, trazendo diferentes visões sobre o desenvolvimento e a conservação da natureza. Durante milhares de anos, o homem argumentou que destruía o meio ambiente para obter recursos indispensáveis à sua subsistência. Hoje, cientistas mostram que a própria sobrevivência da humanidade está em xeque por causa da exploração desenfreada dos recursos da natureza. Já não resta outra saída: a preservação de nossa espécie depende de uma mudança radical. Praticada há milênios, a agricultura sempre produziu impactos negativos sobre o meio ambiente. O desmatamento e a desertificação do solo promovidos por nossos ancestrais são prova disso. Porém, foi com o avanço tecnológico que se impôs um novo ritmo de ação predatória. Foi só a partir da industrialização que os cientistas começaram a se articular para discutir os efeitos da poluição e os inúmeros problemas socioambientais causados pelo novo modelo de produção. Iniciada na Inglaterra, a Revolução Industrial foi um divisor de águas na história da humanidade. Ela transformou artesãos em proletários, ambientes domesticados em artificiais, subsistência em salário, imprimindo uma drástica mudança na organização social. Além das transformações socioeconômicas, a Revolução Industrial também intensificou problemas ambientais, acelerando a extração dos recursos naturais. No final do século XVIII, a comunidade científica passa a se interessar mais intensamente pelas questões ambientais. Preocupados com a falta de freio do progresso tecnológico, os cientistas argumentavam que era necessário estabelecer áreas intocáveis, onde a ação transformadora do homem fosse bloqueada. Nasciam, assim, os primeiros santuários ecológicos, como o Parque Yellowstone nos Estados Unidos, criado em 1872. Após a II Guerra Mundial, no período da Guerra Fria, Estados Unidos e União Soviética armaram-se até os dentes, ostentando arsenais bélicos suficientes para destruir o planeta inteiro várias vezes. A corrida armamentista alarmou não apenas os estudiosos, mas largas parcelas da população mundial. O debate ambiental, antes restrito às camadas intelectuais, ganhou a atenção de todas as classes, tornando-se um assunto do dia a dia. Influenciados pela crescente pressão social, os governos não ignoraram esses alertas. Com a chegada do século XX, diversos acordos internacionais buscaram mitigar os efeitos nocivos da ação humana sobre a natureza. 08441993700 08441993700 - fenando pinyo Atualidades para o Corpo de Bombeiros de Pernambuco ʹ Bombeiros Prof. Leandro Signori Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 97 2. A sociedade de consumo Vivemos em uma sociedade marcada e dominada pela lógica do consumo. Todas as pessoas - jovens, adultos, idosos ± sejam elas ricas ou pobres - estão inseridas nesse contexto. São centenas de milhares de produtos apresentados como se tivéssemos a necessidade de tê-los para se alcançar a felicidade. O ato de consumir é colocado como uma das formas que permitem ao cidadão ou ao indivíduo sentir-se inserido na sociedade. A economia mundial vive um momento em que um dos seus sustentáculos é a produção em larga escala de bens materiais. Vive-se um tempo em que existe forte pressão para que o estilo de vida seja baseado no consumo. A casa, o carro, as viagens fazem parte desse estilo. A expansão do consumismo acelerado acarreta alta demanda/necessidade de energia, minérios, água e tudo o que é necessário à produção e ao funcionamento dos bens de consumo. O consumo exacerbado, não sustentável, globalizou-se. A expansão desenfreada do consumo trouxe consigo problemas que antes eram vistos como indiretos, mas que hoje estão cada vez mais ligados de forma direta aos problemas ambientais. A ONU tem alertado para a velocidade da utilização dos recursos naturais, que já é muito maior que a capacidade de regeneração da natureza. Para alguns elementos da natureza a reposição é impossível, a escala de tempo para a formação é milhões de vezes maior que a vida média dos seres humanos. Segundo o World Wildlife Fund (WWF), uma das ONGs ambientalistas mais ativas no mundo, o homem está consumindo 30% a mais dos recursos naturais que a Terra pode oferecer. Se continuarmos nesse ritmo predatório, em 2030 a demanda atingirá os 100% - ou seja, precisaremos de dois planetas para sustentar o mundo. A biocapacidade é um indicador que mede a área de terras e águas capazes de gerar recursos biológicos úteis e de absorver os resíduos produzidos pelas atividades humanas. A Terra tem uma biocapacidade de 13,4 bilhões de hectares globais. A pressão das atividades humanas sobre os ecossistemas é medida pela pegada ecológica. Ela nos mostra se o nosso estilo de vida está de acordo com a capacidade do planeta em oferecer e renovar seus recursos naturais e absorver os resíduos provocados pela atividade humana. O índice, apresentado em hectares globais, representa a superfície ocupada por terras cultivadas, pastagens, florestas, áreas de pesca ou edificadas. Em tese, a sustentabilidade do planeta estaria garantida se cada pessoa no mundo utilizasse 1,8 hectares de área (quase dois campos de futebol). O problema é que essa média é de cerca de 2,7 hectares. Nos países desenvolvidos, esse número é ainda maior ± o índice dos Estados Unidos, por exemplo, é de 9,6 hectares por pessoa. 08441993700 08441993700 - fenando pinyo Atualidades para o Corpo de Bombeiros de Pernambuco ʹ Bombeiros Prof. Leandro Signori Prof. Leandro Signoriwww.estrategiaconcursos.com.br 4 de 97 Pegada ecológica humana Crédito: Ecological Footprint Network, 2010 PASSAMOS DO LIMITE - A linha azul representa tudo de que a humanidade dispõe para sobreviver - os recursos de um planeta, nem mais nem menos. É sobre esse planeta que a humanidade imprime sua pegada ecológica (linha vermelha). A maneira de manter o equilíbrio entra a pegada ecológica e a biocapacidade é reduzir o ritmo de exploração dos recursos naturais, desenvolvendo a produção de uma forma equilibrada. (FGV/AL BA/2014 ± TÉCNICO DE NÍVEL SUPERIOR) É um indicador utilizado para avaliar o consumo humano de recursos naturais em relação à capacidade da Terra de regeneráǦlos. Esse indicador mede a área biologicamente produtiva necessária para regenerar os recursos consumidos por uma população humana, de modo D�HVWLPDU�TXDQWRV�³SODQHWDV�7HUUD´�VHULDP�QHFHVViULRV�SDUD�VXVWHQWDU a humanidade, caso todos vivessem segundo um determinado estilo de vida. A descrição acima faz referência à noção de 08441993700 08441993700 - fenando pinyo Atualidades para o Corpo de Bombeiros de Pernambuco ʹ Bombeiros Prof. Leandro Signori Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 97 a) pegada ecológica. b) manejo sustentável. c) biodiversidade. d) sustentabilidade. e) ecossistema. COMENTÁRIOS: A pressão das atividades humanas sobre os ecossistemas é medida pela pegada ecológica. Ela nos mostra se o nosso estilo de vida está de acordo com a capacidade do planeta em oferecer e renovar seus recursos naturais e absorver os resíduos provocados pela atividade humana. O índice foi criado pelo World Wildlife Fund (WWF). Apresentado em hectares globais, representa a superfície ocupada por terras cultivadas, pastagens, florestas, áreas de pesca ou edificadas. Em tese, a sustentabilidade do planeta estaria garantida se cada pessoa no mundo utilizasse 1,8 hectares de área (quase dois campos de futebol). O problema é que essa média é de cerca de 2,7 hectares. Nos países desenvolvidos, esse número é ainda maior ± o índice dos Estados Unidos, por exemplo, é de 9,6 hectares por pessoa. Gabarito: A 3. O desenvolvimento sustentável $SHVDU� GH� UHODWLYDPHQWH� UHFHQWH�� D� LGHLD� GH� ³GHVHQYROYLPHQWR� VXVWHQWiYHO´�HUD�SHUFHELGD�Ki�PXLWDV�GpFDGDV��$�GHWHULRUDomR�GR�DU��GD�iJXD�H� dos solos já preocupava muitos governos europeus, que vivenciavam a destruição das florestas e dos rios, bem como a péssima qualidade de vida dos seus habitantes. No início do século XX ficava cada vez mais claro que esses problemas somente cresceriam e que seria necessária uma ação conjunta. Porém, foi somente depois da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) que os esforços internacionais pela preservação ambiental começaram a ter algum resultado. Gradativamente, a comunidade internacional despertava para a problemática atual, até que em 1972, o Clube de Roma, uma organização voltada ao debate do futuro da humanidade, publicou com apoio de especialistas do Massachusetts Institute of Technology (MIT), o relatório Limites do Crescimento. Alvo de muita polêmica, o relatório afirmava que se continuassem os ritmos de crescimento da população, da utilização de recursos naturais e da poluição, a humanidade correria sérios riscos de sobrevivência no final do século XXI. 08441993700 08441993700 - fenando pinyo Atualidades para o Corpo de Bombeiros de Pernambuco ʹ Bombeiros Prof. Leandro Signori Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 97 O relatório do Clube de Roma repercutiu de tal forma que, em 1972, a ONU organizou a Conferência de Estocolmo, conhecida como 1ª Conferência Internacional para o Meio Ambiente Humano. Considerada um marco do movimento ambiental, foi a primeira conferência organizada pela ONU que debateu os problemas ambientais do planeta. Poucos avanços foram conseguidos ao final da conferência, porém, a sensibilização das lideranças da comunidade internacional acabou levando a ONU a criar o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma). Após a Conferência de Estocolmo, a comunidade internacional continuou debatendo e se mobilizando sobre o tema. Mas o conceito de desenvolvimento sustentável só iria surgir quinze anos depois, em 1987, em um contundente documento divulgado pelo Pnuma ± o Relatório Nosso Futuro Comum (também chamado de Relatório Brundtland). A coordenação da elaboração do documento coube a então primeira-ministra da Noruega ± Gro Harlem Brundtland. O relatório Nosso Futuro Comum é o primeiro grande documento científico que apresenta com detalhes as causas dos principais problemas ambientais e ecológicos, envolvendo atividades e políticas econômicas e discutindo abertamente os problemas das tecnologias usadas para movimentar a sociedade. O documento popularizou o conceito de desenvolvimento sustentável, assim definido pelo relatório: ³'HVHQYROYLPHQWR�VXVWHQWiYHO�p�DTXHOH�TXH�VDWLVID]�DV�QHFHVVLGDGHV�GD� geração presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras de VDWLVID]HUHP�DV�VXDV�SUySULDV�QHFHVVLGDGHV�´ Galera, não há um conceito único para o desenvolvimento sustentável. Há muitos conceitos, que variam conforme o autor. Por isto, é fundamental compreender a ideia, a proposta do desenvolvimento sustentável. Vários autores propõe o conceito de sustentabilidade, que, segundo os próprios, seria mais abrangente que o desenvolvimento sustentável. Pode-se dizer que o desenvolvimento sustentável diz respeito à noção de que a sociedade deve viver com os recursos naturais que o meio ambiente pode fornecer-lhe, e não com o que ela deseja que a Terra lhe forneça. O grande desafio é aliar o progresso econômico à preservação do meio ambiente, o que exige uma mudança de modelo de desenvolvimento e nos padrões de consumo vigentes. 08441993700 08441993700 - fenando pinyo Atualidades para o Corpo de Bombeiros de Pernambuco ʹ Bombeiros Prof. Leandro Signori Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 97 Sustentável é o desenvolvimento visto da maneira mais ampla possível ± crescimento econômico com igualdade e justiça social, sem comprometer os recursos naturais, que garanta qualidade de vida para as gerações futuras. A ideia é que a pressão exercida pelas atividades humanas não seja tão intensa a ponto de esgotar seus recursos, como as terras aráveis, água limpa e florestas. Ao mesmo tempo, todo desenvolvimento deve garantir condições de saúde, moradia e educação a toda a população ± respeitando, inclusive, as peculiaridades e culturas de diferentes grupos, como as populações indígenas. (ESAF/MI/2012 ± CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR) Recente relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) informa que, nas duas últimas décadas, a população cresceu 26% (são 1,45 bilhão de pessoas a mais) enquanto o consumo de recursos naturais aumentou 40%. As emissões de gás carbônico aumentaram 36% no mesmo período. A propósito desse quadro, assinale a opção correta. a) O uso acelerado de recursos naturais é um sinal de alerta para o planeta, que pode vir a enfrentar a exaustão de recursos estratégicos. b) Apesar de seu efeito poluidor, as emissões de gás carbônico ainda não podem ser relacionadas às mudanças climáticas, a exemplo do aquecimento global. c) Em geral, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) dos países é inversamente proporcional ao aumento do consumo de recursos naturais. d) Nos últimos anos, verifica-se aparente paradoxo ambiental: enquanto o nível do mar temaumentado, recua significativamente o número de catástrofes naturais. e) O relatório do Pnuma demonstra que já não há mais possibilidade de se alterar a trajetória de tendências perigosas que ameaçam a vida humana no planeta. COMENTÁRIOS: a) Correta. A ONU e outras entidades ambientais e científicas internacionais têm alertado para a velocidade da utilização dos recursos naturais, que já é muito maior que a capacidade de regeneração da natureza. Segundo o World Wildlife Fund (WWF), o homem está consumindo 30% a mais dos recursos 08441993700 08441993700 - fenando pinyo Atualidades para o Corpo de Bombeiros de Pernambuco ʹ Bombeiros Prof. Leandro Signori Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 97 naturais que a Terra pode oferecer. Se continuarmos nesse ritmo predatório, em 2030 a demanda atingirá os 100%, ou seja, precisaremos de dois planetas para sustentar o mundo. b) Incorreta. O COЇ (gás carbônico) é o principal gás causador da intensificação do efeito estufa, responsável pelo aquecimento global. c) Incorreta. Em geral, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) dos países é diretamente proporcional ao aumento do consumo de recursos naturais. d) Incorreta. As mudanças ambientais pelas quais o planeta Terra tem passado demonstram que nos últimos anos o nível médio dos oceanos tem se elevado, bem como tem ocorrido um aumento no número de catástrofes naturais. e) Incorreta. Ainda há tempo para uma mudança efetiva no processo civilizatório da humanidade de forma a evitar e, onde não for mais possível, minimizar, as tendências perigosas que ameaçam a vida humana no planeta. Gabarito: A O debate sobre a insustentabilidade do atual modelo de desenvolvimento e sobre formas de alcançar o desenvolvimento sustentável seguiu após a divulgação do Relatório Nosso Futuro Comum. Na verdade, é um tema central, cada vez mais presente nas conferências ambientais da ONU. Perpassou a ECO- 92, Rio+5, Rio+10 e Rio+20. A Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento ± ECO92, realizou-se no Rio de Janeiro, de 3 a 14 de junho de 1992. A Agenda 21, foi o mais importante documento aprovado pelos Estados-membros presentes na ECO 92. O documento está dividido em quatro seções e quarenta capítulos sobre as mais variadas áreas. Trata-se de um planejamento de futuro, com ações de curto, médio e longo prazos, contendo metas, indicadores, instrumentos, recursos e responsabilidades definidas. Não é uma agenda ambiental, mas uma agenda para o desenvolvimento sustentável. O compromisso com a sustentabilidade traduz-se, na Agenda 21, em vinte e sete princípios, calcados em três premissas: � RV� SDtVHV� GHVHQYROYLGRV� GHYHP� PXGDU� VHX� SDGUmR� GH� SURGXomR� H� consumo e, portanto, seu modelo econômico; �RV�SDtVHV�HP�GHVHQYROYLPHQWR�GHYHP�PDQWHU�DV�PHWDV�GH�FUHVFLPento, mas adotar métodos e sistemas de produção sustentáveis; �DV�QDo}HV�GHVHQYROYLGDV�GHYHP�DSRLDU�R�FUHVFLPHQWR�GDV�PDLV�SREUHV�� com recursos financeiros, transferência de tecnologia e reformas nas relações comerciais e financeiras internacionais. 08441993700 08441993700 - fenando pinyo Atualidades para o Corpo de Bombeiros de Pernambuco ʹ Bombeiros Prof. Leandro Signori Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 97 Vinte anos após a Rio92, os países membros da ONU, reuniram-se em 2012, no Rio de Janeiro, na Conferência da ONU para o Desenvolvimento Sustentável - RIO+20. O evento teve como objetivo analisar os progressos feitos, desde 1992, e avançar na adoção de políticas para o desenvolvimento sustentável. Previamente à conferência, a ONU divulgou um balanço geral da situação do planeta. A entidade considerou que o progresso em prol da sustentabilidade nas duas décadas anteriores, havia sido bastante limitado. Segundo a ONU, novas tecnologias e métodos de produção adotados pela indústria baixaram em um terço o volume de recursos empregados em cada bem ou serviço produzido nos últimos vinte e cinco anos. Apesar dessa evolução, no resultado final, o planeta passou a consumir 50% a mais de recursos naturais. Isso ocorreu porque as nações mais ricas não reduziram seu nível de consumo. Simultaneamente, as economias emergentes, como Índia e China, extremamente populosas, passaram a consumir mais do que nas décadas anteriores. Como o cenário era de muita expectativa, esperavam-se resultados concretos. Não foi o que ocorreu. A Rio+20 causou frustração aos que esperavam metas ou agendas de compromissos. (ESAF/MF/2014 ± ASSISTENTE TÉCNICO-ADMINISTRATIVO) Sobre o desenvolvimento sustentável e iniciativas governamentais e de organismos internacionais voltadas à sua promoção, assinale a afirmativa incorreta. a) A Conferência das Nações Unidas sobre o Ambiente e o Desenvolvimento (Eco-92) propôs a superação da ideia de que crescimento econômico é o mesmo que desenvolvimento. Com a Eco-92, passa-se a falar em desenvolvimento sustentável, que contempla 3 dimensões interdependentes: a econômica, a social e a ambiental. b) A primeira definição de desenvolvimento sustentável ± como sendo ³DTXHOH� TXH� VDWLVID]� DV� QHFHVVLGDGHV� SUHVHQWHV�� VHP� FRPSURPHWHU� D� capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades" ± adota somente o enfrentamento dos problemas ambientais como objetivo do desenvolvimento sustentável. c) A Agenda Ambiental da Administração Pública (A3P) é um programa de gestão socioambiental criado pelo Ministério do Meio Ambiente. O programa tem sido implementado por diversos órgãos e instituições 08441993700 08441993700 - fenando pinyo Atualidades para o Corpo de Bombeiros de Pernambuco ʹ Bombeiros Prof. Leandro Signori Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 97 públicas das três esferas de governo e no âmbito dos três poderes e pode ser usado como modelo de gestão socioambiental por outros segmentos da sociedade. d) A Eco-92 e as conferências internacionais que a sucederam tiveram importante papel na edição de leis brasileiras voltadas à promoção do desenvolvimento sustentável, a exemplo da Lei n. 12.187/2009, que institui a Política Nacional sobre Mudança do Clima, e da Lei n. 12.305/2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos. e) Embora os resultados práticos das conferências que sucederam a Eco-92 ± em especial a Rio+10 em Johanesburgo e a Rio+20 no Brasil ± sejam fortemente criticados, estas conferências têm um importante papel de questionamento e mobilização dos povos em relação ao tipo de desenvolvimento que se deseja e às responsabilidades individuais e coletivas pelo legado que deixaremos às gerações futuras. COMENTÁRIOS: a) Correta. Crescimento econômico é um conceito referente ao crescimento da atividade econômica, à expansão do Produto Interno Bruto (PIB). Isso é diferente de desenvolvimento, que pode ser humano, social, econômico, ambiental, entre outros. Muitos autores discorrem que o desenvolvimento sustentável contempla até mais de três dimensões interdependentes, seriam cinco: econômica, social, ambiental, cultural e política ou democrática. b) Incorreta. O mais conhecido conceito de desenvolvimento sustentável é aquele apresentado no Relatório Brundtland ± Nosso Futuro Comum. &RQIRUPH�R�GRFXPHQWR��GHVHQYROYLPHQWR�VXVWHQWiYHO�p�³DTXHOH�TXH�VDWLVID]�DV� necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades". Veja que o conceito é um tanto genérico, amplo e não restringe o desenvolvimento sustentável ao o enfrentamento dos problemas ambientais.c) Correta. A Agenda Ambiental da Administração Pública (A3P) é um programa de gestão socioambiental criado pelo Ministério do Meio Ambiente. O programa tem sido implementado por diversos órgãos e instituições públicas das três esferas de governo e no âmbito dos três poderes e pode ser usado como modelo de gestão socioambiental por outros segmentos da sociedade. d) Correta. A Eco-92 e as conferências internacionais que a sucederam tiveram importante papel na edição de leis brasileiras, voltadas à promoção do desenvolvimento sustentável, a exemplo da Lei n. 12.187/2009, que institui a Política Nacional sobre Mudança do Clima, e da Lei n. 12.305/2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos. e) Correta. As conferências da ONU são os principais momentos de debate e tomada de decisões sobre o futuro do planeta. Elas têm um importante papel de 08441993700 08441993700 - fenando pinyo Atualidades para o Corpo de Bombeiros de Pernambuco ʹ Bombeiros Prof. Leandro Signori Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 97 questionamento e mobilização dos povos em relação ao tipo de desenvolvimento que se deseja e às responsabilidades individuais e coletivas pelo legado que deixaremos às gerações futuras. Gabarito: B 4. Objetivos do Desenvolvimento Sustentável A Rio+20 deliberou pela elaboração dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), que viriam após o fim do período dos Objetivos do Desenvolvimento do Milênio (ODM) da ONU. Em, 2015, após mais de três anos de discussão, os líderes de governo e de estado aprovaram, por consenso, o documento ³7UDQVIRUPDQGR� 1RVVR� 0XQGR�� $� $JHQGD� ����� SDUD� R� 'HVHQYROYLPHQWR� 6XVWHQWiYHO´. Nas SDODYUDV� GD� 318'�218�� ³D� Agenda é um plano de ação para as pessoas, o planeta e a prosperidade. Ela busca fortalecer a paz universal com mais liberdade e reconhece que a erradicação da pobreza em todas as suas formas e dimensões, incluindo a pobreza extrema, é o maior desafio global ao desenvolvimento sustentável´. A Agenda consiste em uma Declaração, 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e as 169 metas, uma seção sobre meios de implementação e de parcerias globais, e um arcabouço para acompanhamento e revisão. Os ODS aprovados foram construídos sobre as bases estabelecidas pelos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), de maneira a completar o trabalho deles e responder a novos desafios. São integrados e indivisíveis e mesclam, de forma equilibrada, as três dimensões do desenvolvimento sustentável, consideradas pela ONU: a econômica, a social e a ambiental. A Agenda considera cinco áreas como de importância crucial para a humanidade e para o planeta no período 2016-������GHQRPLQDGDV�GH�FLQFR�3¶V�� Vejamos na figura a seguir: 08441993700 08441993700 - fenando pinyo Atualidades para o Corpo de Bombeiros de Pernambuco ʹ Bombeiros Prof. Leandro Signori Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 97 Os cinco P´s da Agenda 2030 Vamos ver agora os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável: 1. Acabar com a pobreza em todas as suas formas, em todos os lugares. 2. Acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhoria da nutrição e promover a agricultura sustentável. 3. Assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades. 4. Assegurar a educação inclusiva e equitativa de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos. 5. Alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas. 6. Assegurar a disponibilidade e gestão sustentável da água e saneamento para todos. 7. Assegurar o acesso confiável, sustentável, moderno e a preço acessível à energia para todos. 8. Promover o crescimento econômico sustentado, inclusivo e sustentável, emprego pleno e produtivo e trabalho decente para todos. 9. Construir infraestruturas robustas, promover a industrialização inclusiva e sustentável e fomentar a inovação. 10. Reduzir a desigualdade dentro dos países e entre eles. 11. Tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resistentes e sustentáveis. 08441993700 08441993700 - fenando pinyo Atualidades para o Corpo de Bombeiros de Pernambuco ʹ Bombeiros Prof. Leandro Signori Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 97 12. Assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis. 13. Tomar medidas urgentes para combater a mudança do clima e seus impactos. 14. Conservar e usar sustentavelmente dos oceanos, dos mares e dos recursos marinhos para o desenvolvimento sustentável. 15. Proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, gerir de forma sustentável as florestas, combater a desertificação, deter e reverter a degradação da terra e deter a perda de biodiversidade. 16. Promover sociedades pacíficas e inclusivas para o desenvolvimento sustentável, proporcionar o acesso à justiça para todos e construir instituições eficazes, responsáveis e inclusivas em todos os níveis. 17. Fortalecer os meios de implementação e revitalizar a parceria global para o desenvolvimento sustentável. (FCC/TCE SP/2015 ± AUXILIAR DE FISCALIZAÇÃO FINANCEIRA) Em 02 de agosto, os 193 Estados-membros da ONU chegaram a um acordo sobre o rascunho do documento final que constituirá a nova agenda de desenvolvimento sustentável (ODS), que será formalmente adotada pelos líderes mundiais em Nova York durante a Cúpula de Desenvolvimento Sustentável em setembro. O documento final destaca, como um de seus principais objetivos: a) a erradicação da pobreza no mundo. b) o fim do terrorismo na África e no Oriente Médio. c) a luta contra a xenofobia no mundo. d) a expansão da justiça social em todo o mundo. e) o fim das perseguições religiosas no mundo. COMENTÁRIOS: Eis uma forma fácil de memorizarmos os ODS: 08441993700 08441993700 - fenando pinyo Atualidades para o Corpo de Bombeiros de Pernambuco ʹ Bombeiros Prof. Leandro Signori Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 97 Pelo que estudamos, o gabarito é a alternativa ³$´� 5. Problemas ambientais do planeta e do Brasil 5.1 Aquecimento global O aquecimento global tem como causa a intensificação do fenômeno natural do efeito estufa. Ele permite à atmosfera da Terra reter parte do calor que o Sol envia ao planeta, o que mantém a temperatura média do nosso planeta em torno de 14ºC, essencial para boa parte das formas de vida. Quando os cientistas falam em mudança do clima e em aquecimento global, estão se referindo ao aumento extraordinário da capacidade da atmosfera de reter calor. Situações desse tipo já ocorreram antes na história da Terra, motivadas, por exemplo, por alterações na atividade solar ou por grandes erupções vulcânicas. Mas agora a maioria dos cientistas acredita que o fenômeno está sendo alimentado pela ação do homem. Os gases responsáveis pelo efeito estufa, como o dióxido de carbono e o gás carbônico (CO2), são produzidos pela queima de combustíveis fósseis, como petróleo e carvão mineral. O metano (CH4) é gerado pelo arroto e flatulência do gado, pela decomposição da matéria orgânica no lixo e em plantações alagadas. O óxido nitroso (N2O) advém do processo digestivo do gado. Além disso, ao 08441993700 08441993700 - fenando pinyo Atualidades para o Corpo de Bombeiros de Pernambuco ʹ Bombeiros Prof. Leandro Signori Prof. Leandro Signoriwww.estrategiaconcursos.com.br 15 de 97 alterar o uso da terra, por meio do desmatamento e de atividades agrícolas, o ser humano lança no ar CO2 que estava acumulado nas plantas e no solo. Efeito Estufa O excesso de gases liberados na atmosfera tem como consequência alterações no clima, como o aumento das chuvas em várias regiões, o avanço do mar em áreas litorâneas e rasas e o agravamento das secas. Considerando as emissões anuais, tendo como base os últimos anos, a China é o maior emissor mundial de CO2, seguida dos Estados Unidos, União Europeia, Rússia, Índia, Japão, Brasil e Canadá. No entanto, se considerarmos as emissões acumuladas, os dados são diferentes. Estudo do World Resources Institute e Global Carbon Project/Programa Internacional Geosfera-Biosfera das emissões acumuladas, no período entre 1850 a 2011, informam que os Estados Unidos são os maiores emissores de CO2, seguidos da União Europeia, China, Rússia e Japão. O Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) da ONU analisa e acompanha o processo do aquecimento global. O organismo elabora relatórios e documentos para acompanhar a situação ambiental do planeta. As conclusões são de que já existe um aquecimento global em andamento, com evidências de que ele é agravado pelas atividades humanas. 08441993700 08441993700 - fenando pinyo Atualidades para o Corpo de Bombeiros de Pernambuco ʹ Bombeiros Prof. Leandro Signori Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 97 A posição do IPCC não é unânime no meio científico. Um grupo bastante minoritário de cientistas contesta a afirmação de que o aquecimento global estaria sendo causado pelas atividades humanas. Os críticos argumentam que até hoje a ciência não conhece todos os mecanismos que regem o clima, e que mudanças climáticas intensas sempre aconteceram e são naturais. Nos últimos 500 mil anos ocorreram vários períodos glaciais (nos quais a temperatura global baixava muito) e também interglaciais (em que havia um aquecimento global). Assim, para os críticos, mesmo que esteja ocorrendo um aquecimento global, ele pode ter causas naturais, e não há certeza de que as ações humanas reforcem significativamente o efeito estufa. De acordo com três das mais importantes instituições de monitoramento do clima no mundo - Nasa (agência espacial dos EUA), Noaa (Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera, também dos EUA) e Met Office (serviço de meteorologia do Reino Unido) ± 2015 desbancou 2014 e foi o ano mais quente desde que os registros globais de temperatura começaram, em 1880. O século XXI teve 15 dos 16 anos mais quentes, desde 1880. O ano que passou ficou marcado por eventos climáticos extremos em todo o mundo ± seca e incêndios nos EUA, recordes de temperatura no verão de países europeus, onda de calor que deixou milhares de mortos na Índia, calor acima da média na Rússia, na China e na América do Sul, com algumas capitais brasileiras batendo recordes históricos de temperatura, ciclones extratropicais como o Patrícia, inundações na Ásia, entre outros. A combinação das mudanças climáticas globais, causadas pelo acúmulo de gases de efeito estufa na atmosfera, e de um forte El Niño está provavelmente por trás do tamanho do recorde ± a última vez que um recorde de alta de temperatura global foi batido com tanta folga foi justamente em 1998, outro ano de El Niño forte. O El Niño é um ciclo natural de aquecimento no Oceano Pacífico, que tem um impacto sobre o clima global, elevando os termômetros. O Protocolo de Kyoto Para enfrentar o problema do aquecimento global, governos do mundo todo buscam, sob o guarda-chuva da ONU, adotar atitudes em conjunto para diminuir as emissões dos gases de efeito estufa. Pelo Protocolo de Kyoto, elaborado em 1997, os países desenvolvidos se comprometeram a reduzir sua emissão de gases do efeito estufa em pelo menos 5,2% em relação aos níveis de 1990 ± meta que deveria ser cumprida entre 2008 e 2012. Nações em desenvolvimento, como Brasil e China, não têm metas de redução. Para entrar em vigor, o protocolo precisava ser ratificado por países que representassem pelo menos 55% das emissões mundiais de gases do efeito estufa. O Protocolo de Kyoto entrou em vigor em 2005, mas grandes poluidores, 08441993700 08441993700 - fenando pinyo Atualidades para o Corpo de Bombeiros de Pernambuco ʹ Bombeiros Prof. Leandro Signori Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 97 como os Estados Unidos, não o ratificaram, por considerar que isso afetaria sua economia. O prazo do protocolo venceu em 2005, mais foi prorrogado até 2020 por falta de um novo acordo. E o Brasil? O Brasil é o sétimo maior emissor mundial de gases estufa. Neste quesito, o Brasil continua melhorando, ao diminuir as suas emissões totais. A Terceira Comunicação Nacional do Brasil, submetida à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, aponta redução de 53,5% no total de gás carbônico (CO2) emitido pelo Brasil na atmosfera, entre 2005 e 2010. O setor que mais se destacou na redução das emissões foi o uso da terra, ou seja, a retirada da vegetação para a atividade agropecuária. A Lei da Política Nacional da Mudança do Clima (PNMC) oficializa o compromisso do país em reduzir as suas emissões de gases de efeito estufa em 37% até 2025 e 43% até 2030 em relação aos valores de 2005. Essas metas apresentadas na COP-21 foram consideradas ambiciosas porque são absolutas, ou seja, não dependem do crescimento da economia como foi apresentado por outros países. Vejamos as metas apresentadas pelo Brasil: 9 Acabar com o desmatamento ilegal; 9 Restaurar 12 milhões de hectares de florestas; 9 Recuperar 15 milhões de hectares de pastagens degradadas; 9 Integrar 5 milhões de hectares de lavoura-pecuária-florestas; 9 Garantir 45% de fontes renováveis no total da matriz energética; 9 Ampliar para 66% a participação da fonte hídrica na geração de eletricidade; 9 Ampliar para 23% a participação de fontes renováveis (eólica, solar e biomassa) na geração de energia elétrica; e 9 Aumentar para 16% a participação de etanol carburante e das biomassas derivadas de cana-de-açúcar no total da matriz energética. Segundo relatório científico do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas, 2013, o aquecimento global pode levar a uma elevação da temperatura no Brasil de 3ºC a 6ºC até 2100, situação que ficaria ainda mais crítica com uma possível escassez de chuvas. Na Amazônia, por exemplo, em 2100 a temperatura pode subir cerca de 6ºC e a distribuição de chuvas na região pode cair 45%. Desmatamento e queimadas no bioma podem contribuir para alterar drasticamente o ciclo hidrológico da floresta, prolongando a estação de seca e alterando a distribuição de chuvas no país. 08441993700 08441993700 - fenando pinyo Atualidades para o Corpo de Bombeiros de Pernambuco ʹ Bombeiros Prof. Leandro Signori Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 97 O calor acentuado, até 5,5ºC a mais do que a temperatura registrada atualmente, desencadearia um processo de desertificação da Caatinga, bioma já considerado ameaçado de extinção. O Pantanal sofreria uma redução de 45% na quantidade de chuvas e um aumento de 4,5ºC na temperatura. Na Mata Atlântica (porção Sul/Sudeste) a quantidade de chuva pode subir até 30% nas próximas décadas, e no Pampa, até 40% ± o que aumenta o risco de inundações e deslizamentos em áreas costeiras. Se acontecerem, essas mudanças trarão drásticas consequências para a produtividadeagrícola, a vazão dos rios vai diminuir reduzindo a geração de energia, entre outros efeitos negativos. Veja no mapa a seguir, as previsões do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas. Fonte: Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas (UEPA/SEFAZ PA/2013 ± FISCAL DE RECEITAS ESTADUAIS) Leia o Texto para responder a Questão ³2�DTXHFLPHQWR�JOREDO�p�XPD�FRQVHTXrQFLD�GDV�DOWHUDo}HV�FOLPiWLFDV� ocorridas no planeta." 08441993700 08441993700 - fenando pinyo Atualidades para o Corpo de Bombeiros de Pernambuco ʹ Bombeiros Prof. Leandro Signori Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 97 Diversas pesquisas confirmam o aumento da temperatura média global. Conforme cientistas do Painel Intergovernamental em Mudança do Clima (IPCC), da Organização das Nações Unidas (ONU), o século XX foi o mais quente dos últimos cinco séculos, com aumento de temperatura média entre 0,3°C e 0,6°C. "Esse crescimento pode parecer insignificante, mas é suficiente para modificar todo clima de uma região e afetar profundamente a biodiversidade, desencadeando vários desastres ambientais". Brasil Escola, disponível: http://www.brasilescola.com/ geografia/aquecimento- global.htm (com adaptações) Sobre o aquecimento global é correto afirmar que: a) o aquecimento global está diretamente relacionado aos fenômenos físicos e naturais como degelo das camadas polares a desertificação e à atividade industrial. b) as previsões mais otimistas da comunidade científica estimam que nos próximos anos nos aproximaremos da erradicação da emissão de gases poluentes pela consciência social e política do problema. c) o Brasil, principal poluidor e emissor de gases de efeito estufa, tem nos desmatamentos e nas queimadas as principais fontes de emissão de gases causadores do aquecimento global. d) as principais atribuições para o aquecimento global são relacionadas às atividades humanas, que intensificam o efeito estufa através do aumento na queima de gases de combustíveis fósseis, como petróleo, carvão mineral e gás natural. e) através do Protocolo de Kyoto as nações desenvolvidas comprometem-se a reduzir sua emissão de gases que provocam o efeito estufa, pela metade em relação aos níveis de 1990. COMENTÁRIOS: a) Incorreta. O aquecimento global está diretamente relacionado ao aumento da concentração de gases estufa na atmosfera. O degelo das camadas polares é uma das consequências do aquecimento global. b) Incorreta. As previsões da comunidade científica indicam um aumento da emissão de gases estufa na atmosfera, em linha com o que vem ocorrendo nas últimas décadas. Os sucessivos alertas dos cientistas não têm sido suficientes para a formação de uma sólida consciência social e da adoção, por meio da classe política mundial, de medidas para a efetiva solução do problema. c) Incorreta. O desmatamento foi, durante muito tempo, a principal fonte das emissões brasileiras de gases do efeito estufa. Conforme o último Relatório de Estimativas Anuais de Emissões de Gases de Efeito Estufa, divulgado em outubro 08441993700 08441993700 - fenando pinyo Atualidades para o Corpo de Bombeiros de Pernambuco ʹ Bombeiros Prof. Leandro Signori Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 97 de 2013 pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, a agropecuária passou a ser a maior emissora, seguida do conjunto dos usos da energia, sobretudo os combustíveis fósseis. d) Correta. As atividades antrópicas (humanas) são as grandes responsáveis pelo fenômeno da intensificação do efeito estufa, principalmente, por meio da queima de combustíveis fósseis como o petróleo, carvão e gás natural. e) Incorreta. Por meio do Protocolo de Quioto, as nações desenvolvidas se comprometeram a reduzir as suas emissões de gases em 5,2% em relação aos níveis de 1990. A redução deveria ter ocorrido no período de 2008 a 2012, denominado de Primeiro Período de Compromisso do Protocolo de Quioto. Gabarito: D COP-21 ± Conferência do Clima de Paris A Vigésima Primeira Conferência das Partes da Convenção Quadro sobre a Mudança do Clima (COP 21) da ONU, realizou-se nos dias 30 de novembro a 11 de dezembro de 2015, em Paris, França. A COP-21 foi realizada sobre um inédito e fortíssimo sistema e controle de segurança, pois, foi realizada poucos dias após os atentados terroristas de Paris. O acordo, alcançado na COP-21, determina que seus 195 países signatários ajam para que temperatura média do planeta sofra uma elevação "muito abaixo de 2°C", mas "reunindo esforços para limitar o aumento de temperatura a 1,5°C", frente aos níveis da era pré- industrial. Não foram dadas metas de redução de emissão de gases do efeito estufa, mas uma intenção global em mudar para uma economia de baixo carbono. É a primeira vez que se atinge um consenso global em um acordo em que todos os países reconhecem que as emissões de gases do efeito estufa precisam ser desaceleradas e, em algum momento, comecem a cair. Cientistas criticaram a ausência de metas específicas de cortes de emissão para períodos de longo prazo ± de 2050 -, mas o acordo deixa em aberto a possibilidade de que essas sejam estabelecidas posteriormente, com "a melhor ciência possível". O tratado não determina com precisão até quando as emissões precisam parar de subir e começar a cair, mas reconhece o pico tem de ocorrer logo. "As partes do acordo visam atingir um pico global nas emissões de gases de efeito estufa assim que possível, reconhecendo que o pico levará mais tempo para países em desenvolvimento", diz o texto. 08441993700 08441993700 - fenando pinyo Atualidades para o Corpo de Bombeiros de Pernambuco ʹ Bombeiros Prof. Leandro Signori Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 97 O documento ainda conclama os países a "adotarem reduções rápidas a partir de então, de acordo com a melhor ciência disponível, de modo a atingir um equilíbrio entre as emissões antropogênicas por fontes [queima de combustíveis fósseis] e pela remoção por sorvedouros de gases de efeito estufa na segunda metade deste século." Antes da COP-21, as partes (países) apresentaram Contribuições Nacionalmente Determinadas (CND) de redução de emissões. São intenções de cada país, não são compromissos obrigatórios. O Brasil apresentou como CND reduzir a emissão de gases de efeito estufa em 37% até 2025 e em 43% até 2030, sobre o que o país emitiu no ano de 2005. Também está incluído o compromisso de países ricos de garantirem um financiamento de ao menos US$ 100 bilhões por ano para combater a mudança climática em nações pobres e em desenvolvimento a partir de 2020, até ao menos 2025, quando o valor deve ser rediscutido. O acordo também inclui um mecanismo para revisão periódica das promessas nacionais dos países para rever suas metas (CNDs) de desacelerar as emissões do efeito estufa, que não atingem hoje nem metade da ambição necessária para evitar o aquecimento de 2°C. Tanto o financiamento quanto a ambição terão de ser revistos de cinco em cinco anos. A primeira reunião para reavaliar o grau de ambição dos cortes é prevista para 2023, mas em 2018 deve ocorrer um encontro que vai debatê-las antecipadamente. Em novembro de 2016, entrou oficialmente em vigor. O limite mínimo de 55 países que representam 55% das emissões mundiais de gases do efeito estufa -- necessário para que o acordo entrasse em vigor -- foi atingido antes do que os especialistas esperavam. O Brasil foi um dos primeiros países a retificar o acordo. Entre os principais países emissores, Rússia, Austrália e Japãoainda não ratificaram o acordo. A COP-22, que se realizará em novembro de 2016, em Marrakesh, no Marrocos, deve avançar no detalhamento do Acordo de Paris. Nas discussões sobre a mudança do clima, o Brasil se articula e coordena posições com a China, Índia e África do Sul, num grupo denominado de Basic. Principais pontos do Acordo do Clima aprovado: - Manter o aumento da temperatura média global bem abaixo de 2°C e perseguir esforços para limitar este aumento em 1,5 °C acima dos níveis pré- industriais. 08441993700 08441993700 - fenando pinyo Atualidades para o Corpo de Bombeiros de Pernambuco ʹ Bombeiros Prof. Leandro Signori Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 97 - Pico de emissões o mais rápido possível - As partes deste acordo objetivam alcançar um pico de emissões de GEE o mais rapidamente possível, reconhecendo que as nações em desenvolvimento vão levar mais tempo para alcançar seu pico de emissões. O texto não determina quando emissões precisam parar de subir. - Não há menção à porcentagem de corte de emissão de gases-estufa necessária - Cada parte (país) deve fazer sucessivas contribuições nacionalmente determinadas (CND) para o acordo, mas no acordo não há um número a ser atingido ou já inicialmente prometido. - Países ricos devem garantir financiamento de US$ 100 bilhões por ano, em ajuda aos países em desenvolvimento para se adaptarem a mudança do clima e enfrentarem o aquecimento global. - Acordo deve ser revisto a cada 5 anos. 5.2 Desmatamento A destruição das florestas está entre os grandes problemas ambientais da humanidade. O desmatamento acentua o aumento das temperaturas globais e afeta os níveis de biodiversidade. A expansão de novas terras dedicadas à agropecuária corresponde a ¾ da redução das superfícies das formações florestais do mundo. Outras causas do desmatamento são a exploração de madeira, o crescimento das cidades, a construção de grandes obras, como estradas e barragens de hidrelétricas, e a mineração. Nos séculos passados, os países desenvolvidos devastaram a maior parte de suas florestas. A Europa, por exemplo, praticamente eliminou todas as matas nativas do continente. Hoje, o desmatamento é maior nas nações em desenvolvimento, principalmente no Brasil e na Indonésia. As áreas florestais do mundo cobrem aproximadamente 1/3 das terras emersas do planeta. Em termos continentais, a América é o continente que apresenta as mais extensas áreas recobertas por formações florestais, devido principalmente as terras florestadas do Brasil, Canadá e EUA. Cinco países ± Rússia, Brasil, Canadá, Estados Unidos e China -, concentram pouco mais da metade das formações florestais do mundo. O Brasil é um país florestal com aproximadamente 54% do seu território coberto por florestas naturais. No entanto, o país perde anualmente milhares de quilômetros quadrados de vegetação com o corte de árvores e as queimadas. Estima-se que quase um quinto da mata original já tenha sido derrubada, até 2010. Somente no Bioma Amazônia, estima-se que, até 2010, tenham sido derrubados em torno de 740 mil km2, cerca de 18% da mata original do Bioma. 08441993700 08441993700 - fenando pinyo Atualidades para o Corpo de Bombeiros de Pernambuco ʹ Bombeiros Prof. Leandro Signori Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 97 O desmate da Amazônia acontece tanto nas zonas de transição, nas bordas da floresta com o cerrado ± região conhecida como Arco do Desmatamento ±, quanto no interior da mata, principalmente no oeste paraense e no entorno da Rodovia BR-163 (Cuiabá-Santarém), na Terra do Meio. A taxa de desmatamento na Amazônia cresceu 16% em 2015, puxada por aumentos expressivos em Mato Grosso, Rondônia e Amazonas. A devastação acumulada na floresta entre agosto de 2014 e julho de 2015 foi de 5.831 quilômetros quadrados, contra 5.012 quilômetros quadrados no período anterior. O maior crescimento percentual foi no Amazonas ± 54%. Mas Mato Grosso foi o Estado que mais perdeu floresta: 433 quilômetros quadrados de mata viraram fumaça em várias regiões mato-grossenses, mas sobretudo no noroeste, região de grilagem, pecuária extensiva e extração de madeira. Uma outra pesquisa, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), analisou o desmatamento acumulado nos últimos dez anos. Por este levantamento o Pará IRL�R�(VWDGR�TXH�PDLV�GHVPDWRX�D�IORUHVWD�QR�SHUtRGR�DQDOLVDGR��³O avanço da agricultura se dá pelo estado do Pará e Mato Grosso, por isso chefiam a lista dos grandes desmatadores da Amazônia Legal" concluiu Igor Narvaes, que realizou o estudo. Diminuir o desmatamento na Amazônia é um dos focos mais importantes da Política Nacional de Mudança do Clima (PNMC). O plano objetiva alcançar até o ano 2020, uma taxa 80% menor que a média registrada entre 1996 e 2005. Uma das grandes polêmicas atuais sobre o uso do solo na Amazônia diz respeito à construção de usinas hidrelétricas, que pretendem aproveitar o potencial hídrico da Bacia Amazônica. Em 2010 e 2011, foram iniciadas obras das represas de Santo Antônio e Jirau, no Rio Madeira, em Rondônia (ambas já inauguradas), e a de Belo Monte, no Rio Xingu, no Pará. Essa usina, com capacidade instalada para gerar 11,2 mil megawatts, será a segunda maior do país. Entidades ambientalistas temem os impactos sobre os ecossistemas amazônicos, as comunidades ribeirinhas e os 2,2 mil indígenas da região. Outro grande problema da Amazônia, que contribui sobremaneira para o desmatamento da Amazônia são as queimadas. Segundo o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), entre janeiro e junho de 2016, os focos de incêndio na Amazônia brasileira aumentaram 81% em relação à média histórica, com dados colhidos a partir de 1999. Houve ainda um aumento de 746% no número de queimadas no Amazonas, Estado que costuma ter enormes porções de floresta preservadas. Queimadas na Amazônia normalmente não são acidente, mas provocadas por ação humana. Agricultores e pecuaristas usam o fogo para desmatar 08441993700 08441993700 - fenando pinyo Atualidades para o Corpo de Bombeiros de Pernambuco ʹ Bombeiros Prof. Leandro Signori Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 97 grandes áreas a fim de iniciar cultivos e outras atividades. O mês de agosto tradicionalmente é o início da temporada dessas queimadas. Os incêndios provocam grandes prejuízos à floresta. A fauna e a flora são imensamente afetadas. Além disso, o fogo causa a emissões de gases estufa que agravam o aquecimento global. 5.3 Biodiversidade e extinção de espécies A biodiversidade consiste na variedade de todas as formas de vida (animais, vegetais e micro-organismos), espécies e ecossistemas em uma região ou em todo o planeta. Estudos recentes começam a avaliar o valor econômico da biodiversidade considerando os serviços ambientais que oferece à sociedade humana, tais como, a possibilidade de amenizar impactos de eventos extremos (ex. enchentes) e a contribuição para o equilíbrio da saúde mental e física da população (lazer e turismo). Não se fala mais em conservação de florestas apenas por causa de seu papel climático na absorção do carbono. Florestas, como outros biomas, devem também ser conservadas porque a diversidade genética das plantas e animais é a base das atividades agrícolas, pecuárias, pesqueiras e extrativistas e da moderna indústria de biotecnologia. A manutenção da biodiversidade é essencial para processos vitais do meio ambiente, como a purificação de are água, a fertilidade do solo, a manutenção das chuvas e a regulação climática. A biodiversidade não se distribui de maneira uniforme pelo planeta. Ela é maior em ambientes em que há abundância de luz solar, água doce e clima mais estável. Isso explica por que as florestas tropicais, mesmo ocupando apenas 7% da superfície do globo, podem abrigar até 90% de todos os seres vivos. Humm .... agora deu para entender por que o Brasil é destaque em termos de biodiversidade. Está no território nacional a maior floresta tropical úmida (Floresta Amazônica), com mais de 30 mil espécies vegetais, bem como a maior planície inundável (o Pantanal), além do Cerrado, da Caatinga e da Mata Atlântica. Além disso, a costa brasileira possui uma série de ecossistemas que incluem recifes de corais, dunas, manguezais, estuários e lagoas. O país abriga 20% das espécies conhecidas, graças à extensão de seu território e aos diversos climas que caracterizam os seus biomas. A Mata Atlântica é o bioma brasileiro mais devastado. Por esta situação crítica ela é considerada um hotspot (ponto quente, em português). O termo é usado para designar lugares que, além de apresentarem alto grau de diversidade biológica e endemismo (referência a espécies que só existem naquele ecossistema), devem ser especialmente protegidos, pois estão muito ameaçados pela atividade humana. Foram definidos 34 hotspots no planeta, visando 08441993700 08441993700 - fenando pinyo Atualidades para o Corpo de Bombeiros de Pernambuco ʹ Bombeiros Prof. Leandro Signori Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 97 concentrar esforços na proteção dessas áreas, sendo dois no Brasil. Além da Mata Atlântica, o Cerrado também é um hotspot. Hotspots Regiões ricas em diversidade biológica mais ameaçadas do planeta Fonte: Conservation International No mundo todo, ocorre um processo acelerado de perda de biodiversidade, de tal modo que há cientistas falando que a Terra está passando por seu sexto período de extinção em massa (já houve cinco antes, por diversos motivos). O Brasil possui atualmente 627 espécies de animais ameaçados de extinção, de acordo com o Ministério do Meio Ambiente. As principais causas de extinção de espécies são a degradação de ambientes naturais ± consequência da abertura de grandes áreas para a implantação de pastagens ou da agricultura convencional ±, o extrativismo desordenado, a expansão urbana, a ampliação da malha viária, os desastres ambientais (derramamento de petróleo, poluição), o desmatamento, a formação de lagos para hidrelétricas e a mineração. 08441993700 08441993700 - fenando pinyo Atualidades para o Corpo de Bombeiros de Pernambuco ʹ Bombeiros Prof. Leandro Signori Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 97 Outra causa importante é a introdução de espécies exóticas. São aquelas que entram em um ecossistema no qual não existiam (como, por exemplo, ocorre no Brasil com os eucaliptos, árvore australiana). Algumas dessas espécies se veem com vantagens competitivas no novo ambiente e, favorecidas pela ausência de predadores, dominam nichos ocupados por espécies nativas. A Convenção da Biodiversidade é o acordo internacional que busca garantir a conservação e o uso sustentável da biodiversidade no mundo. O tratado estabelece que deve haver valores comerciais para o conhecimento acumulado pelos povos das florestas, e que os países paguem pelo direito de usar produtos sintetizados com a biodiversidade de fora de seu território. O acordo pode significar a entrada de recursos nos países em desenvolvimento, em que há florestas preservadas, que poderão ser aplicados para desenvolver e preservar seus ecossistemas. Com o tratado, a saída de material genético de uma nação para a exploração comercial em outra sem pagamento de patente passa a ser considerada biopirataria. No âmbito da convenção, o Protocolo de Cartagena sobre Biossegurança estabelece normas para transferir, manipular e usar organismos vivos modificados por biotecnologia, inclusive transgênicos. A convenção inclui ainda o Protocolo de Nagoya, com metas para a conservação e o uso sustentável da biodiversidade no mundo. 5.4 Desertificação A desertificação é a redução da vegetação e da capacidade produtiva do solo, principalmente em regiões áridas, semiáridas e subúmidas, causada pela ação humana e, em menor grau, por mudanças naturais. Cerca de 15% da superfície terrestre sofre algum tipo de desertificação. As áreas mais afetadas são o oeste da América do Sul, o nordeste do Brasil, o norte e o sul da África, o Oriente Médio, a Ásia Central, o noroeste da China, a Austrália e o sudoeste dos Estados Unidos. O principal fator para a expansão das regiões áridas no globo é a ação do homem, por meio do desmatamento, das atividades de agropecuária extensiva e de certos tipos de mineração. Essas atividades levam à redução da cobertura vegetal, ao surgimento de terrenos arenosos, à perda de água e nutrientes do subsolo e à erosão eólica. Quando o solo se desertifica, a população se desloca para outras terras, nas quais, com frequência, provoca os mesmos danos, criando um círculo vicioso. A longo prazo, a desertificação pode causar redução drástica das terras férteis. Atualmente, ela ameaça mais de 110 países e afeta a vida de mais de 250 milhões de pessoas. Um bilhão vive em regiões de risco e podem ser prejudicadas nos próximos anos. 08441993700 08441993700 - fenando pinyo Atualidades para o Corpo de Bombeiros de Pernambuco ʹ Bombeiros Prof. Leandro Signori Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 97 As áreas semiáridas somam 13% do território brasileiro e incluem o Polígono das Secas, que abrange a região do semiárido nordestino e o norte de Minas Gerais. Cerca de 10% do polígono sofre de desertificação grave. O Brasil conta com um Plano de Ação de Combate à Desertificação. Segundo o Ministério do Meio Ambiente, os quatro núcleos de desertificação onde o processo ocorre de forma mais acentuada são Cabrobó (PE), Gilbués (PI), Seridó (RN) e Irauçuba (CE). Polígono das Secas Mais de 60% da polução nordestina vive em áreas ameaçadas pela desertificação Fontes: Ibama e Agência Nacional de Águas 5.5 Escassez de água Mais de um bilhão de pessoas no mundo vivem sem acesso à quantidade mínima de água de que necessitam diariamente. A crescente escassez hídrica é uma realidade local e global. Resultado de um fenômeno natural e cíclico, agravado por falta de políticas públicas eficientes, a seca castiga o ser humano há muito tempo. Historicamente, diversos conflitos foram travados pelo controle do líquido. A ONU identifica 273 aquíferos e 163 bacias hidrográficas transnacionais, onde vivem mais de 40% da população mundial. A disputa pelo controle de rios e aquíferos integra as causas de alguns dos mais longos embates entre nações, como o confronto entre Israel e seus vizinhos. 08441993700 08441993700 - fenando pinyo Atualidades para o Corpo de Bombeiros de Pernambuco ʹ Bombeiros Prof. Leandro Signori Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 97 Costuma-se dizer que a escassez é também de qualidade da água. Estima- se que mais de 700 milhões de pessoas no mundo não têm acesso à água potável e 2,3 bilhões carecem de esgoto tratado. A água transmite diferentes tipos de doenças, que podem ser evitadas com investimento econômico maciço na área de saúde e saneamento básico. Essas medidas fariam a mortalidadeinfantil diminuir drasticamente no mundo e, como resultado, haveria o aumento da expectativa de vida da população mundial. Especialistas em gestão de recursos hídricos ponderam que a crise de água é mais uma questão de mau gerenciamento do recurso do que de escassez natural. O acelerado crescimento demográfico, as alterações climáticas e a rápida urbanização do planeta estão entre os principais fatores que pressionam o ciclo hidrológico. Consome-se água mais rapidamente do que a capacidade de reposição do líquido pela natureza. O Brasil é um dos países mais ricos em recursos hídricos do planeta. Abriga 12% de toda a água doce disponível na superfície de planeta. O líquido, porém, não se distribui de maneira uniforme pelo território nacional. Cerca de 72% das reservas encontram-se nos rios da Região Norte, que reúne 5% da população nacional. 08441993700 08441993700 - fenando pinyo Atualidades para o Corpo de Bombeiros de Pernambuco ʹ Bombeiros Prof. Leandro Signori Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 97 Para a gestão de políticas públicas, o Brasil é dividido em 12 regiões hidrográficas. O clima e o regime de chuvas alimentam uma rede hidrográfica extensa, formada por rios com grande volume de água. Com exceção das nascentes do Rio Amazonas, que se abastecem com o derretimento das geleiras andinas, a origem das águas dos rios brasileiros são basicamente as chuvas. As regiões hidrográficas brasileiras Crédito: Conjuntura dos Recursos Hídricos no Brasil - Informe 2012. Agência Nacional de Águas (ANA) O nosso país também possui muita água subterrânea. Embora ainda não haja dados finalizados, considera-se que existam 27 aquíferos principais no país, entre os quais se destacam o Aquífero Guarani, que se estende do Centro-Oeste ao Sudeste e Sul. Maior aquífero do Brasil em extensão e volumes de água, o Sistema Guarani, se distribui por uma área de aproximadamente 1,1 milhão de quilômetros quadrados. Deste total, 70% estão em território brasileiro, espalhados pelo subsolo de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, e o restante nos territórios do Uruguai, do Paraguai e da Argentina. As reservas potenciais calculadas do Guarani são de 37 trilhões de metros cúbicos de água. 08441993700 08441993700 - fenando pinyo Atualidades para o Corpo de Bombeiros de Pernambuco ʹ Bombeiros Prof. Leandro Signori Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 97 Em 2010, pesquisadores das universidades federais do Pará (UFPA) e do Ceará (UFC) divulgaram dados de um estudo preliminar no qual dimensionam o Aquífero Alter do Chão, nos estados do Pará e Amazonas, com um volume de água que o situa entre os maiores do mundo. Com área de 437,5 mil quilômetros quadrados, projetando reservas que seriam de 86 trilhões de metros cúbicos, um volume tão grande que, caso confirmado, alteraria todos os cálculos das reservas brasileiras, atualmente em 112 trilhões de metros cúbicos. Com toda esta água na superfície e no subsolo, o Brasil não está livre do flagelo da escassez de água. Como já dissemos, ela não está uniformemente distribuída, tendo muito pouca água no semiárido, que sofre com secas constantes. No Brasil, o semiárido, no Nordeste, é uma região que sofre com secas constantes. A seca é um fenômeno natural, mas, quando prolongada, causa graves problemas sociais, econômicos e ambientais no sertão. Para atenuar o problema, o Estado brasileiro desenvolveu, principalmente a partir do século XX, políticas públicas de combate aos efeitos da seca, tais como a construção de açudes, represas, perímetros de irrigação e políticas sociais. Atualmente dois grandes programas governamentais estão em execução no semiárido. Um deles é a instalação de um milhão de cisternas para coletar a água da chuva, nas zonas rurais. O outro programa é a controversa obra de transposição do Rio São Francisco, com previsão de gastos de oito bilhões de reais. Alguns especialistas afirmam que a construção de poços profundos e de cisternas para a coleta de água da chuva seria uma alternativa mais eficaz e barata para combater a seca. Opositores da obra também argumentam que o projeto não alcançará muitas comunidades e beneficiará principalmente os grandes fazendeiros, além de FDXVDU�LPSDFWRV�DPELHQWDLV�DLQGD�QmR�EHP�PHQVXUDGRV�QR�HQWRUQR�GR�³9HOKR� &KLFR´� 08441993700 08441993700 - fenando pinyo Atualidades para o Corpo de Bombeiros de Pernambuco ʹ Bombeiros Prof. Leandro Signori Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 31 de 97 O Brasil é um dos países mais ricos em recursos hídricos do planeta. Abriga 12% de toda a água doce disponível na superfície de planeta. O líquido, porém, não se distribui de maneira uniforme pelo território nacional. Cerca de 72% das reservas encontram-se nos rios da Região Norte, que reúne 5% da população nacional. Seca no Nordeste já dura 5 anos e pode se tornar ainda mais severa A seca atual que aflige o Nordeste teve início em 2012 e se intensificou desde então. Ela já dura cinco anos e é considerada a mais severa em várias décadas. A intensidade e a persistência da atual estiagem podem ser indícios de que as mudanças climáticas já começam a cobrar sua fatura, aponta um estudo publicado na revista Theoretical and Applied Climatology. "As projeções de clima geradas pelos modelos climáticos sugerem que, daqui para a frente, as estiagens mais severas e prolongadas tenderão a ser a 08441993700 08441993700 - fenando pinyo Atualidades para o Corpo de Bombeiros de Pernambuco ʹ Bombeiros Prof. Leandro Signori Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 32 de 97 regra, não mais a exceção", afirma o hidrologista e meteorologista José Antônio Marengo, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden). A seca é um fenômeno natural no Nordeste. Há relatos da sua incidência desde o século 16, ou seja, desde o início da colonização do país. O clima hoje é semiárido, mas no futuro poderá não ser mais. Em outras palavras, o sertão pode se tornar uma zona árida e favorecer um processo de desertificação, afirma Marengo. Atualmente, durante os meses chuvosos, há intervalos sem precipitação que duram de cinco a seis dias. O que as projeções indicam é que esses intervalos "secos" tenderão a ser mais numerosos e mais longos, podendo alcançar 40 dias. Menos chuva significa também dias mais quentes. Segundo Marengo, a temperatura média no Nordeste já aumentou 0,8ºC entre 1900 e 2000 e as projeções indicam que, na melhor das hipóteses, o aquecimento vai aumentar 2ºC até 2040. No pior dos cenários, até 4,4ºC até 2100. Nestas condições, se medidas governamentais sérias e imediatas não forem tomadas para, por exemplo, conter os desmatamentos, o sertão pode virar um grande deserto, alerta Marengo. Com menos chuvas e mais calor ao longo do ano, a vegetação típica da caatinga tenderá a ser gradualmente substituída pelas cactáceas, que são vegetação típica de desertos. O impacto disso para a agricultura, principalmente a familiar e de subsistência, será incomensurável. Fonte: UOL ± 21.09.2016 5.6 Crise hídrica em São Paulo São Paulo viveu nos anos de 2014 e 2015 a pior crise hídrica de sua história. Por mais de um ano, foi dramático, o cenário de escassez de água. O Sistema Cantareira esteve com seu nível de água muito abaixo da sua capacidade de armazenamento. Um dos maioressistemas produtores de água do mundo, o Cantareira, abastecia 8,8 milhões de pessoas na região metropolitana de São Paulo. Com a crise hídrica passou a abastecer 5,6 milhões de pessoas, as demais passaram a ser abastecidas pelos Sistemas Guarapiranga e Alto Tietê. Outro sistema que esteve em situação crítica foi o Alto Tietê que abastece 4,8 milhões de pessoas. Os demais sistemas ± Guarapiranga (5,8 milhões de pessoas), Rio Claro (1,5 milhão de pessoas), Rio Grande (1,2 milhão de pessoas) e Alto Cotia (410 mil) estavam em melhor situação. O baixíssimo nível dos reservatórios teve como causa a pouca quantidade de chuva nos meses chuvosos na região Sudeste - novembro a fevereiro. Os meses subsequentes ± março a outubro ± são de poucas chuvas, insuficientes 08441993700 08441993700 - fenando pinyo Atualidades para o Corpo de Bombeiros de Pernambuco ʹ Bombeiros Prof. Leandro Signori Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 33 de 97 para repor o volume de água dos reservatórios. O baixo volume de chuvas ocorreu nos meses de novembro a fevereiro de 2013 e 2014 e no início de 2015 (novembro a janeiro). Por 19 meses ± junho de 2014 a dezembro de 2015 ± o nível de água do Sistema Cantareira esteve no volume morto, água que fica abaixo do nível de captação das comportas. Diante da situação de escassez, a Sabesp, companhia de saneamento do Governo de São Paulo, ofereceu um desconto para os consumidores que economizassem água e passou a multar aqueles que consumissem água excessivamente. A companhia também reverteu a distribuição de água para 2,6 milhões de pessoas que passaram a ser abastecidas pelos sistemas Guarapiranga e Alto Tietê, em vez do sistema Cantareira. 1R�HQWDQWR��D�PHGLGD�PDLV�SROrPLFD�IRL�D�XWLOL]DomR�GR�FKDPDGR�³YROXPH� PRUWR´�GDV�UHSUHVDV�GH�1D]DUp�3DXOLVWD�H�-RDQySROLV��7UDWD-se de uma reserva GH�����ELOK}HV�GH�OLWURV�G¶iJXD��TXH�HVWi abaixo da linha de captação das bombas dessas represas. Entre as medidas para solucionar a crise, o Governo de São Paulo apresentou um pacote de obras hídricas, sendo que uma delas causou polêmica: A transposição das águas do Rio Paraíba do Sul para o Sistema Cantareira. A proposta chegou a gerar uma disputa entre os governos de São Paulo e do Rio de Janeiro. Autoridades fluminenses alegaram que a transposição poderia afetar o abastecimento de água no Rio de Janeiro, já que o Paraíba do Sul é a principal fonte de abastecimento do Estado. Depois de uma longa negociação, em que foram estabelecidos limites e condições para a retirada de água, o projeto recebeu o aval da Agência Nacional de Águas (ANA). O órgão tem entre suas funções mediar conflitos que envolvam rios que atravessam vários estados e, portanto, pertencem à União ± como é o caso do Paraíba do Sul. Não se pode atribuir culpa exclusiva à natureza para justificar a crise. O consumo de água cresce anualmente na grande São Paulo e a capacidade de armazenamento não acompanhou o ritmo desse crescimento. A poluição dos rios, a degradação das suas margens e nascentes, o desperdício de água pelos consumidores e as perdas (vazamentos) na rede de distribuição também ajudam a explicar a atual crise. O drama GD� IDOWD�G¶iJXD� WDPEpP�DWLQJLX��HP�PDLRr ou menor grau, os moradores dos Estados vizinhos do Rio de Janeiro e Minas Gerais. 5.7 Resíduos sólidos A grande produção de resíduos nas sociedades modernas obriga os governos a adotar soluções caras para armazenar esse material. Se isso não for 08441993700 08441993700 - fenando pinyo Atualidades para o Corpo de Bombeiros de Pernambuco ʹ Bombeiros Prof. Leandro Signori Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 34 de 97 feito de maneira adequada, o lixo jogado na natureza contamina a água, prejudica a flora e a fauna, compromete a saúde pública e contribui para as enchentes. De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, 59% do lixo produzido pelas cidades brasileiras vão para os lixões ± locais onde os resíduos são lançados a céu aberto, sem nenhum controle ± e somente 13% são reaproveitados. Dados como esse levaram o governo federal criar a Lei da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), em 2010. A lei estabelece a responsabilidade compartilhada entre o poder público, a indústria e a sociedade. Também proíbe a criação de lixões e deu prazo de quatro anos, findo em 02/08/2014, para que os municípios substituam os lixões por aterros sanitários ± locais adequados para o destino final dos resíduos sólidos. Vencido o prazo de adaptação, menos da metade dos municípios cumpriu a determinação: somente 2.202, de um total de 5.564 municípios. O Distrito Federal foi um dos entes federados que não cumpriu a determinação da lei. O lixo dos brasilienses é depositado a menos de 15 km do centro da capital federal, no Lixão da Estrutural. Está em construção o Aterro Sanitário de Samambaia para onde deverá ser levado o lixo, após entrar em operação. Um dos destaques da PNRS é a chamada logística reversa, que prevê a responsabilidade do consumidor em devolver os produtos usados no final de sua vida útil, como também a responsabilidade do comércio de receber os aparelhos usados, e dos fabricantes e importadores de dar uma destinação final ambientalmente adequada ao lixo. Por exemplo, ao comprar um computador, a pessoa fica obrigada de, ao final de sua utilização, dar um destino previamente acertado ao produto. 6. Rompimento de barragem em Minas Gerais No dia 05 de novembro de 2015, a barragem do Fundão que armazenava lama resultante do rejeito da produção de minério de ferro se rompeu em Mariana (MG). O mar de lama que escorreu da barragem passou por cima de outra barragem, a de Santarém. Ambas, ficam no subdistrito de Bento Rodrigues, a 35 km do centro do município de Mariana, cidade histórica mineira a 124 km de distância de Belo Horizonte. As barragens são de propriedade da mineradora Samarco, controlada pela brasileira Vale e pela anglo-australiana BHP Billiton. Além de Santarém, que não se rompeu, outra barragem corre o risco de se romper, a de Germano. A avalanche de lama destruiu o subdistrito de Bento Rodrigues. Mas de 600 pessoas ficaram desabrigadas e foram resgatadas pelo Corpo de Bombeiros. Elas abandonaram as casas e fugiram para as partes altas do 08441993700 08441993700 - fenando pinyo Atualidades para o Corpo de Bombeiros de Pernambuco ʹ Bombeiros Prof. Leandro Signori Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 35 de 97 distrito, mas afirmaram que nenhum sinal de alerta foi emitido. A Samarco admitiu que avisou moradores somente por telefone. Ao todo, 19 pessoas morreram e 556 perderam tudo na tragédia. A lama chegou ao Rio Doce, seguiu pelo seu leito e chegou no Oceano Atlântico, desaguando no litoral do Espírito Santo, no município de Linhares. Além dos metais pesados encontrados nos rejeitos, a força da lama prejudicou a biodiversidade do rio para sempre ± ambientalistas não descartam a possibilidade de que espécies endêmicas inteiras tenham sido soterradas pela lama. Por onde passou, a lama causou a morte de grande quantidade de peixes. Vários municípios, alguns localizados a centenas de quilômetros de Mariana, que dependem do rio Doce para o abastecimento de água para a população, tiveram que suspender total ou parcialmente a captação de água no rio. Entre eles, grandes municípios como Uberaba e Governador Valadares. Economicamente, o município mais afetado é Mariana (MG). Milhares de ações judiciais estão em andamento contra as mineradoras Samarco, Vale e BHP Billiton para ressarcir os danos ambientais
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