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curso 28147 aula 06 v1

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Aula 06
Atualidades p/ Bombeiros-PE (Com videoaulas)
Professor: Leandro Signori
08441993700 - fenando pinyo
Atualidades para o Corpo de Bombeiros de Pernambuco ʹ Bombeiros 
Prof. Leandro Signori 
 
 
 
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AULA 06 ± Ecologia e Desenvolvimento Sustentável 
 
 Caros Alunos, 
 ú�Hoje é a nossa última aula «�e�YHUGDGH��QRVVD�aulD�GH�KRMH�p�D�~OWLPD« 
 ú Ah... 
 ú�(X WDPEpP�JRVWHL�PXLWR�GD�FRPSDQKLD�GH�YRFrV« 
 De coração, agradeço a oportunidade do convívio com vocês. Foi um 
imenso prazer ter ministrado este curso. 
Sobre o curso, espero sinceramente que ele tenha atendido as suas 
expectativas e lhes propiciado um excelente aprendizado. 
 Fico no aguardo de notícias positivas sobre suas aprovações, que 
certamente virão. 
Ótimos estudos, que Deus os abençoe, ilumine e os acompanhe nos 
estudos, nas provas, como futuros servidores públicos e em todas as suas vidas. 
Um grande abraço, 
 Prof. Leandro Signori 
 
 Sumário Página 
1. As origens das preocupações ambientais 2 
2. A sociedade de consumo 3 
3. O desenvolvimento sustentável 5 
4. Objetivos do Desenvolvimento Sustentável 11 
5. Problemas ambientais do planeta e do Brasil 14 
5.1 Aquecimento global 14 
5.2 Desmatamento 22 
5.3 Biodiversidade e extinção de espécies 24 
5.4 Desertificação 26 
5.5 Escassez de água 27 
5.6 Crise hídrica em São Paulo 32 
5.7 Resíduos sólidos 33 
6. Rompimento de barragem em Minas Gerais 34 
7. Questões Comentadas 37 
8. Lista de Questões 76 
9. Gabarito 97 
 
08441993700
08441993700 - fenando pinyo
Atualidades para o Corpo de Bombeiros de Pernambuco ʹ Bombeiros 
Prof. Leandro Signori 
 
 
 
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1. As origens das preocupações ambientais 
A subsistência do ser humano sempre dependeu dos recursos naturais à 
sua volta. Ao longo da história, a exploração do meio ambiente contribuiu para 
o apogeu e para o declínio de grandes civilizações. Por conta dessa forte 
interdependência, o debate ambiental ganhou visibilidade aos poucos, trazendo 
diferentes visões sobre o desenvolvimento e a conservação da natureza. 
Durante milhares de anos, o homem argumentou que destruía o meio 
ambiente para obter recursos indispensáveis à sua subsistência. Hoje, cientistas 
mostram que a própria sobrevivência da humanidade está em xeque por causa 
da exploração desenfreada dos recursos da natureza. Já não resta outra saída: 
a preservação de nossa espécie depende de uma mudança radical. 
Praticada há milênios, a agricultura sempre produziu impactos negativos 
sobre o meio ambiente. O desmatamento e a desertificação do solo promovidos 
por nossos ancestrais são prova disso. Porém, foi com o avanço tecnológico que 
se impôs um novo ritmo de ação predatória. Foi só a partir da industrialização 
que os cientistas começaram a se articular para discutir os efeitos da poluição 
e os inúmeros problemas socioambientais causados pelo novo modelo de 
produção. 
Iniciada na Inglaterra, a Revolução Industrial foi um divisor de águas 
na história da humanidade. Ela transformou artesãos em proletários, ambientes 
domesticados em artificiais, subsistência em salário, imprimindo uma drástica 
mudança na organização social. Além das transformações socioeconômicas, a 
Revolução Industrial também intensificou problemas ambientais, acelerando a 
extração dos recursos naturais. 
No final do século XVIII, a comunidade científica passa a se interessar mais 
intensamente pelas questões ambientais. Preocupados com a falta de freio do 
progresso tecnológico, os cientistas argumentavam que era necessário 
estabelecer áreas intocáveis, onde a ação transformadora do homem fosse 
bloqueada. Nasciam, assim, os primeiros santuários ecológicos, como o Parque 
Yellowstone nos Estados Unidos, criado em 1872. 
Após a II Guerra Mundial, no período da Guerra Fria, Estados Unidos e 
União Soviética armaram-se até os dentes, ostentando arsenais bélicos 
suficientes para destruir o planeta inteiro várias vezes. A corrida armamentista 
alarmou não apenas os estudiosos, mas largas parcelas da população mundial. 
O debate ambiental, antes restrito às camadas intelectuais, ganhou a atenção 
de todas as classes, tornando-se um assunto do dia a dia. 
Influenciados pela crescente pressão social, os governos não ignoraram 
esses alertas. Com a chegada do século XX, diversos acordos internacionais 
buscaram mitigar os efeitos nocivos da ação humana sobre a natureza. 
 
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2. A sociedade de consumo 
 Vivemos em uma sociedade marcada e dominada pela lógica do consumo. 
Todas as pessoas - jovens, adultos, idosos ± sejam elas ricas ou pobres - estão 
inseridas nesse contexto. São centenas de milhares de produtos apresentados 
como se tivéssemos a necessidade de tê-los para se alcançar a felicidade. O ato 
de consumir é colocado como uma das formas que permitem ao cidadão ou ao 
indivíduo sentir-se inserido na sociedade. 
 A economia mundial vive um momento em que um dos seus sustentáculos 
é a produção em larga escala de bens materiais. Vive-se um tempo em que 
existe forte pressão para que o estilo de vida seja baseado no consumo. A casa, 
o carro, as viagens fazem parte desse estilo. 
 A expansão do consumismo acelerado acarreta alta demanda/necessidade 
de energia, minérios, água e tudo o que é necessário à produção e ao 
funcionamento dos bens de consumo. O consumo exacerbado, não sustentável, 
globalizou-se. A expansão desenfreada do consumo trouxe consigo problemas 
que antes eram vistos como indiretos, mas que hoje estão cada vez mais ligados 
de forma direta aos problemas ambientais. 
A ONU tem alertado para a velocidade da utilização dos recursos naturais, 
que já é muito maior que a capacidade de regeneração da natureza. Para alguns 
elementos da natureza a reposição é impossível, a escala de tempo para a 
formação é milhões de vezes maior que a vida média dos seres humanos. 
Segundo o World Wildlife Fund (WWF), uma das ONGs ambientalistas mais 
ativas no mundo, o homem está consumindo 30% a mais dos recursos naturais 
que a Terra pode oferecer. Se continuarmos nesse ritmo predatório, em 2030 a 
demanda atingirá os 100% - ou seja, precisaremos de dois planetas para 
sustentar o mundo. 
A biocapacidade é um indicador que mede a área de terras e águas 
capazes de gerar recursos biológicos úteis e de absorver os resíduos produzidos 
pelas atividades humanas. A Terra tem uma biocapacidade de 13,4 bilhões de 
hectares globais. A pressão das atividades humanas sobre os ecossistemas é 
medida pela pegada ecológica. Ela nos mostra se o nosso estilo de vida está 
de acordo com a capacidade do planeta em oferecer e renovar seus recursos 
naturais e absorver os resíduos provocados pela atividade humana. 
O índice, apresentado em hectares globais, representa a superfície 
ocupada por terras cultivadas, pastagens, florestas, áreas de pesca ou 
edificadas. Em tese, a sustentabilidade do planeta estaria garantida se cada 
pessoa no mundo utilizasse 1,8 hectares de área (quase dois campos de futebol). 
O problema é que essa média é de cerca de 2,7 hectares. Nos países 
desenvolvidos, esse número é ainda maior ± o índice dos Estados Unidos, por 
exemplo, é de 9,6 hectares por pessoa. 
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Pegada ecológica humana 
 
Crédito: Ecological Footprint Network, 2010 
PASSAMOS DO LIMITE - A linha azul representa tudo de que a humanidade 
dispõe para sobreviver - os recursos de um planeta, nem mais nem menos. É 
sobre esse planeta que a humanidade imprime sua pegada ecológica (linha 
vermelha). A maneira de manter o equilíbrio entra a pegada ecológica e a 
biocapacidade é reduzir o ritmo de exploração dos recursos naturais, 
desenvolvendo a produção de uma forma equilibrada. 
 
(FGV/AL BA/2014 ± TÉCNICO DE NÍVEL SUPERIOR) É um indicador 
utilizado para avaliar o consumo humano de recursos naturais em 
relação à capacidade da Terra de regeneráǦlos. 
Esse indicador mede a área biologicamente produtiva necessária para 
regenerar os recursos consumidos por uma população humana, de modo 
D�HVWLPDU�TXDQWRV�³SODQHWDV�7HUUD´�VHULDP�QHFHVViULRV�SDUD�VXVWHQWDU a 
humanidade, caso todos vivessem segundo um determinado estilo de 
vida. 
A descrição acima faz referência à noção de 
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a) pegada ecológica. 
b) manejo sustentável. 
c) biodiversidade. 
d) sustentabilidade. 
e) ecossistema. 
COMENTÁRIOS: 
A pressão das atividades humanas sobre os ecossistemas é medida pela 
pegada ecológica. Ela nos mostra se o nosso estilo de vida está de acordo com 
a capacidade do planeta em oferecer e renovar seus recursos naturais e absorver 
os resíduos provocados pela atividade humana. 
O índice foi criado pelo World Wildlife Fund (WWF). Apresentado em 
hectares globais, representa a superfície ocupada por terras cultivadas, 
pastagens, florestas, áreas de pesca ou edificadas. Em tese, a sustentabilidade 
do planeta estaria garantida se cada pessoa no mundo utilizasse 1,8 hectares 
de área (quase dois campos de futebol). O problema é que essa média é de 
cerca de 2,7 hectares. Nos países desenvolvidos, esse número é ainda maior ± 
o índice dos Estados Unidos, por exemplo, é de 9,6 hectares por pessoa. 
Gabarito: A 
 
3. O desenvolvimento sustentável 
$SHVDU� GH� UHODWLYDPHQWH� UHFHQWH�� D� LGHLD� GH� ³GHVHQYROYLPHQWR�
VXVWHQWiYHO´�HUD�SHUFHELGD�Ki�PXLWDV�GpFDGDV��$�GHWHULRUDomR�GR�DU��GD�iJXD�H�
dos solos já preocupava muitos governos europeus, que vivenciavam a 
destruição das florestas e dos rios, bem como a péssima qualidade de vida dos 
seus habitantes. 
No início do século XX ficava cada vez mais claro que esses problemas 
somente cresceriam e que seria necessária uma ação conjunta. Porém, foi 
somente depois da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) que os esforços 
internacionais pela preservação ambiental começaram a ter algum resultado. 
Gradativamente, a comunidade internacional despertava para a 
problemática atual, até que em 1972, o Clube de Roma, uma organização 
voltada ao debate do futuro da humanidade, publicou com apoio de especialistas 
do Massachusetts Institute of Technology (MIT), o relatório Limites do 
Crescimento. Alvo de muita polêmica, o relatório afirmava que se 
continuassem os ritmos de crescimento da população, da utilização de recursos 
naturais e da poluição, a humanidade correria sérios riscos de sobrevivência no 
final do século XXI. 
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O relatório do Clube de Roma repercutiu de tal forma que, em 1972, a 
ONU organizou a Conferência de Estocolmo, conhecida como 1ª Conferência 
Internacional para o Meio Ambiente Humano. 
Considerada um marco do movimento ambiental, foi a primeira 
conferência organizada pela ONU que debateu os problemas ambientais do 
planeta. Poucos avanços foram conseguidos ao final da conferência, porém, a 
sensibilização das lideranças da comunidade internacional acabou levando a 
ONU a criar o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma). 
Após a Conferência de Estocolmo, a comunidade internacional continuou 
debatendo e se mobilizando sobre o tema. Mas o conceito de desenvolvimento 
sustentável só iria surgir quinze anos depois, em 1987, em um contundente 
documento divulgado pelo Pnuma ± o Relatório Nosso Futuro Comum 
(também chamado de Relatório Brundtland). A coordenação da elaboração 
do documento coube a então primeira-ministra da Noruega ± Gro Harlem 
Brundtland. 
 O relatório Nosso Futuro Comum é o primeiro grande documento científico 
que apresenta com detalhes as causas dos principais problemas ambientais e 
ecológicos, envolvendo atividades e políticas econômicas e discutindo 
abertamente os problemas das tecnologias usadas para movimentar a 
sociedade. 
 O documento popularizou o conceito de desenvolvimento sustentável, 
assim definido pelo relatório: 
 
 ³'HVHQYROYLPHQWR�VXVWHQWiYHO�p�DTXHOH�TXH�VDWLVID]�DV�QHFHVVLGDGHV�GD�
geração presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras de 
VDWLVID]HUHP�DV�VXDV�SUySULDV�QHFHVVLGDGHV�´ 
 
Galera, não há um conceito único para o desenvolvimento sustentável. Há 
muitos conceitos, que variam conforme o autor. Por isto, é fundamental 
compreender a ideia, a proposta do desenvolvimento sustentável. 
Vários autores propõe o conceito de sustentabilidade, que, segundo os 
próprios, seria mais abrangente que o desenvolvimento sustentável. Pode-se 
dizer que o desenvolvimento sustentável diz respeito à noção de que a sociedade 
deve viver com os recursos naturais que o meio ambiente pode fornecer-lhe, e 
não com o que ela deseja que a Terra lhe forneça. O grande desafio é aliar o 
progresso econômico à preservação do meio ambiente, o que exige uma 
mudança de modelo de desenvolvimento e nos padrões de consumo 
vigentes. 
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Sustentável é o desenvolvimento visto da maneira mais ampla possível ± 
crescimento econômico com igualdade e justiça social, sem comprometer os 
recursos naturais, que garanta qualidade de vida para as gerações futuras. A 
ideia é que a pressão exercida pelas atividades humanas não seja tão intensa a 
ponto de esgotar seus recursos, como as terras aráveis, água limpa e florestas. 
Ao mesmo tempo, todo desenvolvimento deve garantir condições de saúde, 
moradia e educação a toda a população ± respeitando, inclusive, as 
peculiaridades e culturas de diferentes grupos, como as populações indígenas. 
 
(ESAF/MI/2012 ± CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR) Recente relatório do 
Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) informa 
que, nas duas últimas décadas, a população cresceu 26% (são 1,45 
bilhão de pessoas a mais) enquanto o consumo de recursos naturais 
aumentou 40%. As emissões de gás carbônico aumentaram 36% no 
mesmo período. A propósito desse quadro, assinale a opção correta. 
a) O uso acelerado de recursos naturais é um sinal de alerta para o 
planeta, que pode vir a enfrentar a exaustão de recursos estratégicos. 
b) Apesar de seu efeito poluidor, as emissões de gás carbônico ainda 
não podem ser relacionadas às mudanças climáticas, a exemplo do 
aquecimento global. 
c) Em geral, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) dos países é 
inversamente proporcional ao aumento do consumo de recursos 
naturais. 
d) Nos últimos anos, verifica-se aparente paradoxo ambiental: 
enquanto o nível do mar temaumentado, recua significativamente o 
número de catástrofes naturais. 
e) O relatório do Pnuma demonstra que já não há mais possibilidade de 
se alterar a trajetória de tendências perigosas que ameaçam a vida 
humana no planeta. 
COMENTÁRIOS: 
a) Correta. A ONU e outras entidades ambientais e científicas internacionais 
têm alertado para a velocidade da utilização dos recursos naturais, que já é 
muito maior que a capacidade de regeneração da natureza. Segundo o World 
Wildlife Fund (WWF), o homem está consumindo 30% a mais dos recursos 
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naturais que a Terra pode oferecer. Se continuarmos nesse ritmo predatório, em 
2030 a demanda atingirá os 100%, ou seja, precisaremos de dois planetas para 
sustentar o mundo. 
b) Incorreta. O COЇ (gás carbônico) é o principal gás causador da intensificação 
do efeito estufa, responsável pelo aquecimento global. 
c) Incorreta. Em geral, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) dos países 
é diretamente proporcional ao aumento do consumo de recursos naturais. 
d) Incorreta. As mudanças ambientais pelas quais o planeta Terra tem passado 
demonstram que nos últimos anos o nível médio dos oceanos tem se elevado, 
bem como tem ocorrido um aumento no número de catástrofes naturais. 
e) Incorreta. Ainda há tempo para uma mudança efetiva no processo 
civilizatório da humanidade de forma a evitar e, onde não for mais possível, 
minimizar, as tendências perigosas que ameaçam a vida humana no planeta. 
Gabarito: A 
 
O debate sobre a insustentabilidade do atual modelo de desenvolvimento 
e sobre formas de alcançar o desenvolvimento sustentável seguiu após a 
divulgação do Relatório Nosso Futuro Comum. Na verdade, é um tema central, 
cada vez mais presente nas conferências ambientais da ONU. Perpassou a ECO-
92, Rio+5, Rio+10 e Rio+20. 
A Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e 
Desenvolvimento ± ECO92, realizou-se no Rio de Janeiro, de 3 a 14 de junho 
de 1992. A Agenda 21, foi o mais importante documento aprovado pelos 
Estados-membros presentes na ECO 92. O documento está dividido em quatro 
seções e quarenta capítulos sobre as mais variadas áreas. Trata-se de um 
planejamento de futuro, com ações de curto, médio e longo prazos, contendo 
metas, indicadores, instrumentos, recursos e responsabilidades definidas. Não é 
uma agenda ambiental, mas uma agenda para o desenvolvimento sustentável. 
O compromisso com a sustentabilidade traduz-se, na Agenda 21, em vinte 
e sete princípios, calcados em três premissas: 
‡� RV� SDtVHV� GHVHQYROYLGRV� GHYHP� PXGDU� VHX� SDGUmR� GH� SURGXomR� H�
consumo e, portanto, seu modelo econômico; 
‡�RV�SDtVHV�HP�GHVHQYROYLPHQWR�GHYHP�PDQWHU�DV�PHWDV�GH�FUHVFLPento, 
mas adotar métodos e sistemas de produção sustentáveis; 
‡�DV�QDo}HV�GHVHQYROYLGDV�GHYHP�DSRLDU�R�FUHVFLPHQWR�GDV�PDLV�SREUHV��
com recursos financeiros, transferência de tecnologia e reformas nas relações 
comerciais e financeiras internacionais. 
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Vinte anos após a Rio92, os países membros da ONU, reuniram-se em 
2012, no Rio de Janeiro, na Conferência da ONU para o Desenvolvimento 
Sustentável - RIO+20. O evento teve como objetivo analisar os progressos 
feitos, desde 1992, e avançar na adoção de políticas para o desenvolvimento 
sustentável. 
Previamente à conferência, a ONU divulgou um balanço geral da situação 
do planeta. A entidade considerou que o progresso em prol da sustentabilidade 
nas duas décadas anteriores, havia sido bastante limitado. Segundo a ONU, 
novas tecnologias e métodos de produção adotados pela indústria baixaram em 
um terço o volume de recursos empregados em cada bem ou serviço produzido 
nos últimos vinte e cinco anos. 
Apesar dessa evolução, no resultado final, o planeta passou a consumir 
50% a mais de recursos naturais. Isso ocorreu porque as nações mais ricas não 
reduziram seu nível de consumo. Simultaneamente, as economias emergentes, 
como Índia e China, extremamente populosas, passaram a consumir mais do 
que nas décadas anteriores. 
Como o cenário era de muita expectativa, esperavam-se resultados 
concretos. Não foi o que ocorreu. A Rio+20 causou frustração aos que 
esperavam metas ou agendas de compromissos. 
 
(ESAF/MF/2014 ± ASSISTENTE TÉCNICO-ADMINISTRATIVO) Sobre o 
desenvolvimento sustentável e iniciativas governamentais e de 
organismos internacionais voltadas à sua promoção, assinale a 
afirmativa incorreta. 
a) A Conferência das Nações Unidas sobre o Ambiente e o 
Desenvolvimento (Eco-92) propôs a superação da ideia de que 
crescimento econômico é o mesmo que desenvolvimento. Com a Eco-92, 
passa-se a falar em desenvolvimento sustentável, que contempla 3 
dimensões interdependentes: a econômica, a social e a ambiental. 
b) A primeira definição de desenvolvimento sustentável ± como sendo 
³DTXHOH� TXH� VDWLVID]� DV� QHFHVVLGDGHV� SUHVHQWHV�� VHP� FRPSURPHWHU� D�
capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades" 
± adota somente o enfrentamento dos problemas ambientais como 
objetivo do desenvolvimento sustentável. 
c) A Agenda Ambiental da Administração Pública (A3P) é um programa 
de gestão socioambiental criado pelo Ministério do Meio Ambiente. O 
programa tem sido implementado por diversos órgãos e instituições 
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públicas das três esferas de governo e no âmbito dos três poderes e 
pode ser usado como modelo de gestão socioambiental por outros 
segmentos da sociedade. 
d) A Eco-92 e as conferências internacionais que a sucederam tiveram 
importante papel na edição de leis brasileiras voltadas à promoção do 
desenvolvimento sustentável, a exemplo da Lei n. 12.187/2009, que 
institui a Política Nacional sobre Mudança do Clima, e da Lei n. 
12.305/2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos. 
e) Embora os resultados práticos das conferências que sucederam a 
Eco-92 ± em especial a Rio+10 em Johanesburgo e a Rio+20 no Brasil ± 
sejam fortemente criticados, estas conferências têm um importante 
papel de questionamento e mobilização dos povos em relação ao tipo de 
desenvolvimento que se deseja e às responsabilidades individuais e 
coletivas pelo legado que deixaremos às gerações futuras. 
COMENTÁRIOS: 
a) Correta. Crescimento econômico é um conceito referente ao crescimento da 
atividade econômica, à expansão do Produto Interno Bruto (PIB). Isso é 
diferente de desenvolvimento, que pode ser humano, social, econômico, 
ambiental, entre outros. Muitos autores discorrem que o desenvolvimento 
sustentável contempla até mais de três dimensões interdependentes, seriam 
cinco: econômica, social, ambiental, cultural e política ou democrática. 
b) Incorreta. O mais conhecido conceito de desenvolvimento sustentável é 
aquele apresentado no Relatório Brundtland ± Nosso Futuro Comum. 
&RQIRUPH�R�GRFXPHQWR��GHVHQYROYLPHQWR�VXVWHQWiYHO�p�³DTXHOH�TXH�VDWLVID]�DV�
necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras 
de suprir suas próprias necessidades". Veja que o conceito é um tanto genérico, 
amplo e não restringe o desenvolvimento sustentável ao o enfrentamento dos 
problemas ambientais.c) Correta. A Agenda Ambiental da Administração Pública (A3P) é um programa 
de gestão socioambiental criado pelo Ministério do Meio Ambiente. O programa 
tem sido implementado por diversos órgãos e instituições públicas das três 
esferas de governo e no âmbito dos três poderes e pode ser usado como modelo 
de gestão socioambiental por outros segmentos da sociedade. 
d) Correta. A Eco-92 e as conferências internacionais que a sucederam tiveram 
importante papel na edição de leis brasileiras, voltadas à promoção do 
desenvolvimento sustentável, a exemplo da Lei n. 12.187/2009, que institui a 
Política Nacional sobre Mudança do Clima, e da Lei n. 12.305/2010, que institui 
a Política Nacional de Resíduos Sólidos. 
e) Correta. As conferências da ONU são os principais momentos de debate e 
tomada de decisões sobre o futuro do planeta. Elas têm um importante papel de 
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questionamento e mobilização dos povos em relação ao tipo de desenvolvimento 
que se deseja e às responsabilidades individuais e coletivas pelo legado que 
deixaremos às gerações futuras. 
Gabarito: B 
 
 4. Objetivos do Desenvolvimento Sustentável 
 A Rio+20 deliberou pela elaboração dos Objetivos do Desenvolvimento 
Sustentável (ODS), que viriam após o fim do período dos Objetivos do 
Desenvolvimento do Milênio (ODM) da ONU. 
 Em, 2015, após mais de três anos de discussão, os líderes de governo e 
de estado aprovaram, por consenso, o documento ³7UDQVIRUPDQGR� 1RVVR�
0XQGR�� $� $JHQGD� ����� SDUD� R� 'HVHQYROYLPHQWR� 6XVWHQWiYHO´. Nas 
SDODYUDV� GD� 318'�218�� ³D� Agenda é um plano de ação para as pessoas, o 
planeta e a prosperidade. Ela busca fortalecer a paz universal com mais 
liberdade e reconhece que a erradicação da pobreza em todas as suas formas e 
dimensões, incluindo a pobreza extrema, é o maior desafio global ao 
desenvolvimento sustentável´. 
A Agenda consiste em uma Declaração, 17 Objetivos de Desenvolvimento 
Sustentável e as 169 metas, uma seção sobre meios de implementação e de 
parcerias globais, e um arcabouço para acompanhamento e revisão. Os ODS 
aprovados foram construídos sobre as bases estabelecidas pelos Objetivos de 
Desenvolvimento do Milênio (ODM), de maneira a completar o trabalho deles e 
responder a novos desafios. São integrados e indivisíveis e mesclam, de forma 
equilibrada, as três dimensões do desenvolvimento sustentável, consideradas 
pela ONU: a econômica, a social e a ambiental. 
A Agenda considera cinco áreas como de importância crucial para a 
humanidade e para o planeta no período 2016-������GHQRPLQDGDV�GH�FLQFR�3¶V��
Vejamos na figura a seguir: 
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Os cinco P´s da Agenda 2030 
 
 
 Vamos ver agora os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável: 
1. Acabar com a pobreza em todas as suas formas, em todos os lugares. 
2. Acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhoria da 
nutrição e promover a agricultura sustentável. 
3. Assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, 
em todas as idades. 
4. Assegurar a educação inclusiva e equitativa de qualidade, e 
promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos. 
5. Alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e 
meninas. 
6. Assegurar a disponibilidade e gestão sustentável da água e 
saneamento para todos. 
7. Assegurar o acesso confiável, sustentável, moderno e a preço 
acessível à energia para todos. 
8. Promover o crescimento econômico sustentado, inclusivo e 
sustentável, emprego pleno e produtivo e trabalho decente para todos. 
9. Construir infraestruturas robustas, promover a industrialização 
inclusiva e sustentável e fomentar a inovação. 
10. Reduzir a desigualdade dentro dos países e entre eles. 
11. Tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, 
seguros, resistentes e sustentáveis. 
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12. Assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis. 
13. Tomar medidas urgentes para combater a mudança do clima e seus 
impactos. 
14. Conservar e usar sustentavelmente dos oceanos, dos mares e dos 
recursos marinhos para o desenvolvimento sustentável. 
15. Proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos 
ecossistemas terrestres, gerir de forma sustentável as florestas, combater a 
desertificação, deter e reverter a degradação da terra e deter a perda de 
biodiversidade. 
16. Promover sociedades pacíficas e inclusivas para o desenvolvimento 
sustentável, proporcionar o acesso à justiça para todos e construir 
instituições eficazes, responsáveis e inclusivas em todos os níveis. 
17. Fortalecer os meios de implementação e revitalizar a parceria global 
para o desenvolvimento sustentável. 
 
(FCC/TCE SP/2015 ± AUXILIAR DE FISCALIZAÇÃO FINANCEIRA) Em 02 
de agosto, os 193 Estados-membros da ONU chegaram a um acordo 
sobre o rascunho do documento final que constituirá a nova agenda de 
desenvolvimento sustentável (ODS), que será formalmente adotada 
pelos líderes mundiais em Nova York durante a Cúpula de 
Desenvolvimento Sustentável em setembro. 
O documento final destaca, como um de seus principais objetivos: 
a) a erradicação da pobreza no mundo. 
b) o fim do terrorismo na África e no Oriente Médio. 
c) a luta contra a xenofobia no mundo. 
d) a expansão da justiça social em todo o mundo. 
e) o fim das perseguições religiosas no mundo. 
 
COMENTÁRIOS: 
 Eis uma forma fácil de memorizarmos os ODS: 
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 Pelo que estudamos, o gabarito é a alternativa ³$´� 
 
5. Problemas ambientais do planeta e do Brasil 
 
5.1 Aquecimento global 
O aquecimento global tem como causa a intensificação do 
fenômeno natural do efeito estufa. Ele permite à atmosfera da Terra reter 
parte do calor que o Sol envia ao planeta, o que mantém a temperatura média 
do nosso planeta em torno de 14ºC, essencial para boa parte das formas de 
vida. 
Quando os cientistas falam em mudança do clima e em aquecimento 
global, estão se referindo ao aumento extraordinário da capacidade da 
atmosfera de reter calor. Situações desse tipo já ocorreram antes na história da 
Terra, motivadas, por exemplo, por alterações na atividade solar ou por grandes 
erupções vulcânicas. Mas agora a maioria dos cientistas acredita que o fenômeno 
está sendo alimentado pela ação do homem. 
Os gases responsáveis pelo efeito estufa, como o dióxido de carbono e o 
gás carbônico (CO2), são produzidos pela queima de combustíveis fósseis, como 
petróleo e carvão mineral. O metano (CH4) é gerado pelo arroto e flatulência do 
gado, pela decomposição da matéria orgânica no lixo e em plantações alagadas. 
O óxido nitroso (N2O) advém do processo digestivo do gado. Além disso, ao 
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alterar o uso da terra, por meio do desmatamento e de atividades agrícolas, o 
ser humano lança no ar CO2 que estava acumulado nas plantas e no solo. 
 
Efeito Estufa 
 
 
O excesso de gases liberados na atmosfera tem como consequência 
alterações no clima, como o aumento das chuvas em várias regiões, o avanço 
do mar em áreas litorâneas e rasas e o agravamento das secas. 
Considerando as emissões anuais, tendo como base os últimos anos, a 
China é o maior emissor mundial de CO2, seguida dos Estados Unidos, União 
Europeia, Rússia, Índia, Japão, Brasil e Canadá. No entanto, se considerarmos 
as emissões acumuladas, os dados são diferentes. Estudo do World Resources 
Institute e Global Carbon Project/Programa Internacional Geosfera-Biosfera das 
emissões acumuladas, no período entre 1850 a 2011, informam que os Estados 
Unidos são os maiores emissores de CO2, seguidos da União Europeia, China, 
Rússia e Japão. 
O Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) da 
ONU analisa e acompanha o processo do aquecimento global. O organismo 
elabora relatórios e documentos para acompanhar a situação ambiental do 
planeta. As conclusões são de que já existe um aquecimento global em 
andamento, com evidências de que ele é agravado pelas atividades humanas. 
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A posição do IPCC não é unânime no meio científico. Um grupo 
bastante minoritário de cientistas contesta a afirmação de que o aquecimento 
global estaria sendo causado pelas atividades humanas. Os críticos argumentam 
que até hoje a ciência não conhece todos os mecanismos que regem o clima, e 
que mudanças climáticas intensas sempre aconteceram e são naturais. 
Nos últimos 500 mil anos ocorreram vários períodos glaciais (nos quais a 
temperatura global baixava muito) e também interglaciais (em que havia um 
aquecimento global). Assim, para os críticos, mesmo que esteja ocorrendo um 
aquecimento global, ele pode ter causas naturais, e não há certeza de que as 
ações humanas reforcem significativamente o efeito estufa. 
De acordo com três das mais importantes instituições de monitoramento 
do clima no mundo - Nasa (agência espacial dos EUA), Noaa (Administração 
Nacional de Oceanos e Atmosfera, também dos EUA) e Met Office (serviço de 
meteorologia do Reino Unido) ± 2015 desbancou 2014 e foi o ano mais quente 
desde que os registros globais de temperatura começaram, em 1880. O século 
XXI teve 15 dos 16 anos mais quentes, desde 1880. 
O ano que passou ficou marcado por eventos climáticos extremos em todo 
o mundo ± seca e incêndios nos EUA, recordes de temperatura no verão de 
países europeus, onda de calor que deixou milhares de mortos na Índia, calor 
acima da média na Rússia, na China e na América do Sul, com algumas capitais 
brasileiras batendo recordes históricos de temperatura, ciclones extratropicais 
como o Patrícia, inundações na Ásia, entre outros. 
A combinação das mudanças climáticas globais, causadas pelo acúmulo de 
gases de efeito estufa na atmosfera, e de um forte El Niño está provavelmente 
por trás do tamanho do recorde ± a última vez que um recorde de alta de 
temperatura global foi batido com tanta folga foi justamente em 1998, outro ano 
de El Niño forte. O El Niño é um ciclo natural de aquecimento no Oceano Pacífico, 
que tem um impacto sobre o clima global, elevando os termômetros. 
 
O Protocolo de Kyoto 
Para enfrentar o problema do aquecimento global, governos do mundo 
todo buscam, sob o guarda-chuva da ONU, adotar atitudes em conjunto para 
diminuir as emissões dos gases de efeito estufa. Pelo Protocolo de Kyoto, 
elaborado em 1997, os países desenvolvidos se comprometeram a reduzir sua 
emissão de gases do efeito estufa em pelo menos 5,2% em relação aos níveis 
de 1990 ± meta que deveria ser cumprida entre 2008 e 2012. Nações em 
desenvolvimento, como Brasil e China, não têm metas de redução. 
Para entrar em vigor, o protocolo precisava ser ratificado por países que 
representassem pelo menos 55% das emissões mundiais de gases do efeito 
estufa. O Protocolo de Kyoto entrou em vigor em 2005, mas grandes poluidores, 
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como os Estados Unidos, não o ratificaram, por considerar que isso afetaria sua 
economia. 
O prazo do protocolo venceu em 2005, mais foi prorrogado até 2020 por 
falta de um novo acordo. 
 
E o Brasil? 
O Brasil é o sétimo maior emissor mundial de gases estufa. Neste 
quesito, o Brasil continua melhorando, ao diminuir as suas emissões totais. A 
Terceira Comunicação Nacional do Brasil, submetida à Convenção-Quadro das 
Nações Unidas sobre Mudança do Clima, aponta redução de 53,5% no total de 
gás carbônico (CO2) emitido pelo Brasil na atmosfera, entre 2005 e 2010. O 
setor que mais se destacou na redução das emissões foi o uso da terra, ou 
seja, a retirada da vegetação para a atividade agropecuária. 
A Lei da Política Nacional da Mudança do Clima (PNMC) oficializa o 
compromisso do país em reduzir as suas emissões de gases de efeito estufa em 
37% até 2025 e 43% até 2030 em relação aos valores de 2005. Essas metas 
apresentadas na COP-21 foram consideradas ambiciosas porque são absolutas, 
ou seja, não dependem do crescimento da economia como foi apresentado por 
outros países. Vejamos as metas apresentadas pelo Brasil: 
9 Acabar com o desmatamento ilegal; 
9 Restaurar 12 milhões de hectares de florestas; 
9 Recuperar 15 milhões de hectares de pastagens degradadas; 
9 Integrar 5 milhões de hectares de lavoura-pecuária-florestas; 
9 Garantir 45% de fontes renováveis no total da matriz energética; 
9 Ampliar para 66% a participação da fonte hídrica na geração de 
eletricidade; 
9 Ampliar para 23% a participação de fontes renováveis (eólica, solar 
e biomassa) na geração de energia elétrica; e 
9 Aumentar para 16% a participação de etanol carburante e das 
biomassas derivadas de cana-de-açúcar no total da matriz 
energética. 
Segundo relatório científico do Painel Brasileiro de Mudanças 
Climáticas, 2013, o aquecimento global pode levar a uma elevação da 
temperatura no Brasil de 3ºC a 6ºC até 2100, situação que ficaria ainda mais 
crítica com uma possível escassez de chuvas. 
Na Amazônia, por exemplo, em 2100 a temperatura pode subir cerca de 
6ºC e a distribuição de chuvas na região pode cair 45%. Desmatamento e 
queimadas no bioma podem contribuir para alterar drasticamente o ciclo 
hidrológico da floresta, prolongando a estação de seca e alterando a distribuição 
de chuvas no país. 
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O calor acentuado, até 5,5ºC a mais do que a temperatura registrada 
atualmente, desencadearia um processo de desertificação da Caatinga, bioma já 
considerado ameaçado de extinção. O Pantanal sofreria uma redução de 45% 
na quantidade de chuvas e um aumento de 4,5ºC na temperatura. Na Mata 
Atlântica (porção Sul/Sudeste) a quantidade de chuva pode subir até 30% nas 
próximas décadas, e no Pampa, até 40% ± o que aumenta o risco de inundações 
e deslizamentos em áreas costeiras. 
Se acontecerem, essas mudanças trarão drásticas consequências para a 
produtividadeagrícola, a vazão dos rios vai diminuir reduzindo a geração de 
energia, entre outros efeitos negativos. Veja no mapa a seguir, as previsões do 
Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas. 
 
 
 Fonte: Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas 
 
 
(UEPA/SEFAZ PA/2013 ± FISCAL DE RECEITAS ESTADUAIS) Leia o 
Texto para responder a Questão 
³2�DTXHFLPHQWR�JOREDO�p�XPD�FRQVHTXrQFLD�GDV�DOWHUDo}HV�FOLPiWLFDV�
ocorridas no planeta." 
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Diversas pesquisas confirmam o aumento da temperatura média global. 
Conforme cientistas do Painel Intergovernamental em Mudança do 
Clima (IPCC), da Organização das Nações Unidas (ONU), o século XX foi 
o mais quente dos últimos cinco séculos, com aumento de temperatura 
média entre 0,3°C e 0,6°C. "Esse crescimento pode parecer 
insignificante, mas é suficiente para modificar todo clima de uma região 
e afetar profundamente a biodiversidade, desencadeando vários 
desastres ambientais". 
Brasil Escola, disponível: http://www.brasilescola.com/ geografia/aquecimento-
global.htm (com adaptações) 
 Sobre o aquecimento global é correto afirmar que: 
a) o aquecimento global está diretamente relacionado aos fenômenos 
físicos e naturais como degelo das camadas polares a desertificação e à 
atividade industrial. 
b) as previsões mais otimistas da comunidade científica estimam que 
nos próximos anos nos aproximaremos da erradicação da emissão de 
gases poluentes pela consciência social e política do problema. 
c) o Brasil, principal poluidor e emissor de gases de efeito estufa, tem 
nos desmatamentos e nas queimadas as principais fontes de emissão de 
gases causadores do aquecimento global. 
d) as principais atribuições para o aquecimento global são relacionadas 
às atividades humanas, que intensificam o efeito estufa através do 
aumento na queima de gases de combustíveis fósseis, como petróleo, 
carvão mineral e gás natural. 
e) através do Protocolo de Kyoto as nações desenvolvidas 
comprometem-se a reduzir sua emissão de gases que provocam o efeito 
estufa, pela metade em relação aos níveis de 1990. 
COMENTÁRIOS: 
a) Incorreta. O aquecimento global está diretamente relacionado ao aumento 
da concentração de gases estufa na atmosfera. O degelo das camadas polares é 
uma das consequências do aquecimento global. 
b) Incorreta. As previsões da comunidade científica indicam um aumento da 
emissão de gases estufa na atmosfera, em linha com o que vem ocorrendo nas 
últimas décadas. Os sucessivos alertas dos cientistas não têm sido suficientes 
para a formação de uma sólida consciência social e da adoção, por meio da 
classe política mundial, de medidas para a efetiva solução do problema. 
c) Incorreta. O desmatamento foi, durante muito tempo, a principal fonte das 
emissões brasileiras de gases do efeito estufa. Conforme o último Relatório de 
Estimativas Anuais de Emissões de Gases de Efeito Estufa, divulgado em outubro 
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de 2013 pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, a agropecuária passou a ser 
a maior emissora, seguida do conjunto dos usos da energia, sobretudo os 
combustíveis fósseis. 
d) Correta. As atividades antrópicas (humanas) são as grandes responsáveis 
pelo fenômeno da intensificação do efeito estufa, principalmente, por meio da 
queima de combustíveis fósseis como o petróleo, carvão e gás natural. 
e) Incorreta. Por meio do Protocolo de Quioto, as nações desenvolvidas se 
comprometeram a reduzir as suas emissões de gases em 5,2% em relação aos 
níveis de 1990. A redução deveria ter ocorrido no período de 2008 a 2012, 
denominado de Primeiro Período de Compromisso do Protocolo de Quioto. 
Gabarito: D 
 
COP-21 ± Conferência do Clima de Paris 
A Vigésima Primeira Conferência das Partes da Convenção Quadro sobre a 
Mudança do Clima (COP 21) da ONU, realizou-se nos dias 30 de novembro a 11 
de dezembro de 2015, em Paris, França. A COP-21 foi realizada sobre um inédito 
e fortíssimo sistema e controle de segurança, pois, foi realizada poucos dias após 
os atentados terroristas de Paris. 
O acordo, alcançado na COP-21, determina que seus 195 países 
signatários ajam para que temperatura média do planeta sofra uma 
elevação "muito abaixo de 2°C", mas "reunindo esforços para limitar o 
aumento de temperatura a 1,5°C", frente aos níveis da era pré-
industrial. Não foram dadas metas de redução de emissão de gases do efeito 
estufa, mas uma intenção global em mudar para uma economia de baixo 
carbono. 
É a primeira vez que se atinge um consenso global em um acordo em que 
todos os países reconhecem que as emissões de gases do efeito estufa precisam 
ser desaceleradas e, em algum momento, comecem a cair. 
Cientistas criticaram a ausência de metas específicas de cortes de emissão 
para períodos de longo prazo ± de 2050 -, mas o acordo deixa em aberto a 
possibilidade de que essas sejam estabelecidas posteriormente, com "a melhor 
ciência possível". 
O tratado não determina com precisão até quando as emissões precisam 
parar de subir e começar a cair, mas reconhece o pico tem de ocorrer logo. 
"As partes do acordo visam atingir um pico global nas emissões de gases 
de efeito estufa assim que possível, reconhecendo que o pico levará mais tempo 
para países em desenvolvimento", diz o texto. 
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O documento ainda conclama os países a "adotarem reduções rápidas a 
partir de então, de acordo com a melhor ciência disponível, de modo a atingir 
um equilíbrio entre as emissões antropogênicas por fontes [queima de 
combustíveis fósseis] e pela remoção por sorvedouros de gases de efeito estufa 
na segunda metade deste século." 
Antes da COP-21, as partes (países) apresentaram Contribuições 
Nacionalmente Determinadas (CND) de redução de emissões. São intenções de 
cada país, não são compromissos obrigatórios. O Brasil apresentou como CND 
reduzir a emissão de gases de efeito estufa em 37% até 2025 e em 43% até 
2030, sobre o que o país emitiu no ano de 2005. 
Também está incluído o compromisso de países ricos de garantirem um 
financiamento de ao menos US$ 100 bilhões por ano para combater a mudança 
climática em nações pobres e em desenvolvimento a partir de 2020, até ao 
menos 2025, quando o valor deve ser rediscutido. 
O acordo também inclui um mecanismo para revisão periódica das 
promessas nacionais dos países para rever suas metas (CNDs) de desacelerar 
as emissões do efeito estufa, que não atingem hoje nem metade da ambição 
necessária para evitar o aquecimento de 2°C. 
Tanto o financiamento quanto a ambição terão de ser revistos de cinco em 
cinco anos. A primeira reunião para reavaliar o grau de ambição dos cortes é 
prevista para 2023, mas em 2018 deve ocorrer um encontro que vai debatê-las 
antecipadamente. 
Em novembro de 2016, entrou oficialmente em vigor. O limite mínimo de 
55 países que representam 55% das emissões mundiais de gases do efeito 
estufa -- necessário para que o acordo entrasse em vigor -- foi atingido antes 
do que os especialistas esperavam. O Brasil foi um dos primeiros países a 
retificar o acordo. Entre os principais países emissores, Rússia, Austrália e Japãoainda não ratificaram o acordo. 
A COP-22, que se realizará em novembro de 2016, em Marrakesh, no 
Marrocos, deve avançar no detalhamento do Acordo de Paris. 
Nas discussões sobre a mudança do clima, o Brasil se articula e coordena 
posições com a China, Índia e África do Sul, num grupo denominado de 
Basic. 
 
Principais pontos do Acordo do Clima aprovado: 
- Manter o aumento da temperatura média global bem abaixo de 2°C e 
perseguir esforços para limitar este aumento em 1,5 °C acima dos níveis pré-
industriais. 
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- Pico de emissões o mais rápido possível - As partes deste acordo 
objetivam alcançar um pico de emissões de GEE o mais rapidamente possível, 
reconhecendo que as nações em desenvolvimento vão levar mais tempo para 
alcançar seu pico de emissões. O texto não determina quando emissões 
precisam parar de subir. 
- Não há menção à porcentagem de corte de emissão de gases-estufa 
necessária - Cada parte (país) deve fazer sucessivas contribuições 
nacionalmente determinadas (CND) para o acordo, mas no acordo não há um 
número a ser atingido ou já inicialmente prometido. 
- Países ricos devem garantir financiamento de US$ 100 bilhões por ano, 
em ajuda aos países em desenvolvimento para se adaptarem a mudança do 
clima e enfrentarem o aquecimento global. 
- Acordo deve ser revisto a cada 5 anos. 
 
5.2 Desmatamento 
A destruição das florestas está entre os grandes problemas ambientais da 
humanidade. O desmatamento acentua o aumento das temperaturas globais e 
afeta os níveis de biodiversidade. A expansão de novas terras dedicadas à 
agropecuária corresponde a ¾ da redução das superfícies das formações 
florestais do mundo. Outras causas do desmatamento são a exploração de 
madeira, o crescimento das cidades, a construção de grandes obras, como 
estradas e barragens de hidrelétricas, e a mineração. 
Nos séculos passados, os países desenvolvidos devastaram a maior parte 
de suas florestas. A Europa, por exemplo, praticamente eliminou todas as 
matas nativas do continente. Hoje, o desmatamento é maior nas nações em 
desenvolvimento, principalmente no Brasil e na Indonésia. 
As áreas florestais do mundo cobrem aproximadamente 1/3 das terras 
emersas do planeta. Em termos continentais, a América é o continente que 
apresenta as mais extensas áreas recobertas por formações florestais, devido 
principalmente as terras florestadas do Brasil, Canadá e EUA. Cinco países ± 
Rússia, Brasil, Canadá, Estados Unidos e China -, concentram pouco mais da 
metade das formações florestais do mundo. 
O Brasil é um país florestal com aproximadamente 54% do seu território 
coberto por florestas naturais. No entanto, o país perde anualmente milhares de 
quilômetros quadrados de vegetação com o corte de árvores e as queimadas. 
Estima-se que quase um quinto da mata original já tenha sido derrubada, até 
2010. 
Somente no Bioma Amazônia, estima-se que, até 2010, tenham sido 
derrubados em torno de 740 mil km2, cerca de 18% da mata original do Bioma. 
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O desmate da Amazônia acontece tanto nas zonas de transição, nas bordas da 
floresta com o cerrado ± região conhecida como Arco do Desmatamento ±, 
quanto no interior da mata, principalmente no oeste paraense e no entorno da 
Rodovia BR-163 (Cuiabá-Santarém), na Terra do Meio. 
A taxa de desmatamento na Amazônia cresceu 16% em 2015, puxada por 
aumentos expressivos em Mato Grosso, Rondônia e Amazonas. A devastação 
acumulada na floresta entre agosto de 2014 e julho de 2015 foi de 5.831 
quilômetros quadrados, contra 5.012 quilômetros quadrados no período 
anterior. O maior crescimento percentual foi no Amazonas ± 54%. Mas Mato 
Grosso foi o Estado que mais perdeu floresta: 433 quilômetros quadrados de 
mata viraram fumaça em várias regiões mato-grossenses, mas sobretudo no 
noroeste, região de grilagem, pecuária extensiva e extração de madeira. 
Uma outra pesquisa, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) 
e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), analisou o 
desmatamento acumulado nos últimos dez anos. Por este levantamento o Pará 
IRL�R�(VWDGR�TXH�PDLV�GHVPDWRX�D�IORUHVWD�QR�SHUtRGR�DQDOLVDGR��³O avanço da 
agricultura se dá pelo estado do Pará e Mato Grosso, por isso chefiam a lista dos 
grandes desmatadores da Amazônia Legal" concluiu Igor Narvaes, que realizou 
o estudo. 
Diminuir o desmatamento na Amazônia é um dos focos mais importantes 
da Política Nacional de Mudança do Clima (PNMC). O plano objetiva alcançar até 
o ano 2020, uma taxa 80% menor que a média registrada entre 1996 e 2005. 
Uma das grandes polêmicas atuais sobre o uso do solo na Amazônia diz 
respeito à construção de usinas hidrelétricas, que pretendem aproveitar o 
potencial hídrico da Bacia Amazônica. Em 2010 e 2011, foram iniciadas obras 
das represas de Santo Antônio e Jirau, no Rio Madeira, em Rondônia (ambas já 
inauguradas), e a de Belo Monte, no Rio Xingu, no Pará. Essa usina, com 
capacidade instalada para gerar 11,2 mil megawatts, será a segunda maior do 
país. Entidades ambientalistas temem os impactos sobre os ecossistemas 
amazônicos, as comunidades ribeirinhas e os 2,2 mil indígenas da região. 
Outro grande problema da Amazônia, que contribui sobremaneira para o 
desmatamento da Amazônia são as queimadas. Segundo o Inpe (Instituto 
Nacional de Pesquisas Espaciais), entre janeiro e junho de 2016, os focos de 
incêndio na Amazônia brasileira aumentaram 81% em relação à média 
histórica, com dados colhidos a partir de 1999. Houve ainda um aumento de 
746% no número de queimadas no Amazonas, Estado que costuma ter enormes 
porções de floresta preservadas. 
Queimadas na Amazônia normalmente não são acidente, mas provocadas 
por ação humana. Agricultores e pecuaristas usam o fogo para desmatar 
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grandes áreas a fim de iniciar cultivos e outras atividades. O mês de agosto 
tradicionalmente é o início da temporada dessas queimadas. 
Os incêndios provocam grandes prejuízos à floresta. A fauna e a flora são 
imensamente afetadas. Além disso, o fogo causa a emissões de gases estufa 
que agravam o aquecimento global. 
 
5.3 Biodiversidade e extinção de espécies 
A biodiversidade consiste na variedade de todas as formas de vida 
(animais, vegetais e micro-organismos), espécies e ecossistemas em uma região 
ou em todo o planeta. Estudos recentes começam a avaliar o valor econômico 
da biodiversidade considerando os serviços ambientais que oferece à sociedade 
humana, tais como, a possibilidade de amenizar impactos de eventos extremos 
(ex. enchentes) e a contribuição para o equilíbrio da saúde mental e física da 
população (lazer e turismo). 
Não se fala mais em conservação de florestas apenas por causa de seu 
papel climático na absorção do carbono. Florestas, como outros biomas, devem 
também ser conservadas porque a diversidade genética das plantas e animais é 
a base das atividades agrícolas, pecuárias, pesqueiras e extrativistas e da 
moderna indústria de biotecnologia. A manutenção da biodiversidade é essencial 
para processos vitais do meio ambiente, como a purificação de are água, a 
fertilidade do solo, a manutenção das chuvas e a regulação climática. A 
biodiversidade não se distribui de maneira uniforme pelo planeta. Ela é maior 
em ambientes em que há abundância de luz solar, água doce e clima mais 
estável. Isso explica por que as florestas tropicais, mesmo ocupando 
apenas 7% da superfície do globo, podem abrigar até 90% de todos os 
seres vivos. 
Humm .... agora deu para entender por que o Brasil é destaque em termos 
de biodiversidade. Está no território nacional a maior floresta tropical úmida 
(Floresta Amazônica), com mais de 30 mil espécies vegetais, bem como a maior 
planície inundável (o Pantanal), além do Cerrado, da Caatinga e da Mata 
Atlântica. Além disso, a costa brasileira possui uma série de ecossistemas que 
incluem recifes de corais, dunas, manguezais, estuários e lagoas. O país abriga 
20% das espécies conhecidas, graças à extensão de seu território e aos diversos 
climas que caracterizam os seus biomas. 
A Mata Atlântica é o bioma brasileiro mais devastado. Por esta situação 
crítica ela é considerada um hotspot (ponto quente, em português). O termo é 
usado para designar lugares que, além de apresentarem alto grau de diversidade 
biológica e endemismo (referência a espécies que só existem naquele 
ecossistema), devem ser especialmente protegidos, pois estão muito ameaçados 
pela atividade humana. Foram definidos 34 hotspots no planeta, visando 
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concentrar esforços na proteção dessas áreas, sendo dois no Brasil. Além da 
Mata Atlântica, o Cerrado também é um hotspot. 
 
Hotspots 
Regiões ricas em diversidade biológica mais ameaçadas do planeta 
 
Fonte: Conservation International 
 
No mundo todo, ocorre um processo acelerado de perda de biodiversidade, 
de tal modo que há cientistas falando que a Terra está passando por seu sexto 
período de extinção em massa (já houve cinco antes, por diversos motivos). O 
Brasil possui atualmente 627 espécies de animais ameaçados de extinção, de 
acordo com o Ministério do Meio Ambiente. As principais causas de extinção de 
espécies são a degradação de ambientes naturais ± consequência da abertura 
de grandes áreas para a implantação de pastagens ou da agricultura 
convencional ±, o extrativismo desordenado, a expansão urbana, a ampliação 
da malha viária, os desastres ambientais (derramamento de petróleo, poluição), 
o desmatamento, a formação de lagos para hidrelétricas e a mineração. 
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Outra causa importante é a introdução de espécies exóticas. São aquelas 
que entram em um ecossistema no qual não existiam (como, por exemplo, 
ocorre no Brasil com os eucaliptos, árvore australiana). Algumas dessas espécies 
se veem com vantagens competitivas no novo ambiente e, favorecidas pela 
ausência de predadores, dominam nichos ocupados por espécies nativas. 
A Convenção da Biodiversidade é o acordo internacional que busca 
garantir a conservação e o uso sustentável da biodiversidade no mundo. O 
tratado estabelece que deve haver valores comerciais para o conhecimento 
acumulado pelos povos das florestas, e que os países paguem pelo direito de 
usar produtos sintetizados com a biodiversidade de fora de seu território. O 
acordo pode significar a entrada de recursos nos países em desenvolvimento, 
em que há florestas preservadas, que poderão ser aplicados para desenvolver e 
preservar seus ecossistemas. Com o tratado, a saída de material genético de 
uma nação para a exploração comercial em outra sem pagamento de patente 
passa a ser considerada biopirataria. 
No âmbito da convenção, o Protocolo de Cartagena sobre 
Biossegurança estabelece normas para transferir, manipular e usar 
organismos vivos modificados por biotecnologia, inclusive transgênicos. A 
convenção inclui ainda o Protocolo de Nagoya, com metas para a conservação 
e o uso sustentável da biodiversidade no mundo. 
 
5.4 Desertificação 
A desertificação é a redução da vegetação e da capacidade produtiva do 
solo, principalmente em regiões áridas, semiáridas e subúmidas, causada pela 
ação humana e, em menor grau, por mudanças naturais. Cerca de 15% da 
superfície terrestre sofre algum tipo de desertificação. As áreas mais afetadas 
são o oeste da América do Sul, o nordeste do Brasil, o norte e o sul da África, o 
Oriente Médio, a Ásia Central, o noroeste da China, a Austrália e o sudoeste dos 
Estados Unidos. 
O principal fator para a expansão das regiões áridas no globo é a ação do 
homem, por meio do desmatamento, das atividades de agropecuária extensiva 
e de certos tipos de mineração. Essas atividades levam à redução da cobertura 
vegetal, ao surgimento de terrenos arenosos, à perda de água e nutrientes do 
subsolo e à erosão eólica. 
Quando o solo se desertifica, a população se desloca para outras terras, 
nas quais, com frequência, provoca os mesmos danos, criando um círculo 
vicioso. A longo prazo, a desertificação pode causar redução drástica das terras 
férteis. Atualmente, ela ameaça mais de 110 países e afeta a vida de mais de 
250 milhões de pessoas. Um bilhão vive em regiões de risco e podem ser 
prejudicadas nos próximos anos. 
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As áreas semiáridas somam 13% do território brasileiro e incluem o 
Polígono das Secas, que abrange a região do semiárido nordestino e o norte de 
Minas Gerais. Cerca de 10% do polígono sofre de desertificação grave. O Brasil 
conta com um Plano de Ação de Combate à Desertificação. Segundo o Ministério 
do Meio Ambiente, os quatro núcleos de desertificação onde o processo ocorre 
de forma mais acentuada são Cabrobó (PE), Gilbués (PI), Seridó (RN) e Irauçuba 
(CE). 
 
Polígono das Secas 
Mais de 60% da polução nordestina vive em áreas ameaçadas pela desertificação 
 
 Fontes: Ibama e Agência Nacional de Águas 
 
5.5 Escassez de água 
Mais de um bilhão de pessoas no mundo vivem sem acesso à quantidade 
mínima de água de que necessitam diariamente. A crescente escassez hídrica é 
uma realidade local e global. Resultado de um fenômeno natural e cíclico, 
agravado por falta de políticas públicas eficientes, a seca castiga o ser humano 
há muito tempo. 
Historicamente, diversos conflitos foram travados pelo controle do líquido. 
A ONU identifica 273 aquíferos e 163 bacias hidrográficas transnacionais, onde 
vivem mais de 40% da população mundial. A disputa pelo controle de rios e 
aquíferos integra as causas de alguns dos mais longos embates entre nações, 
como o confronto entre Israel e seus vizinhos. 
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Costuma-se dizer que a escassez é também de qualidade da água. Estima-
se que mais de 700 milhões de pessoas no mundo não têm acesso à água potável 
e 2,3 bilhões carecem de esgoto tratado. A água transmite diferentes tipos de 
doenças, que podem ser evitadas com investimento econômico maciço na área 
de saúde e saneamento básico. Essas medidas fariam a mortalidadeinfantil 
diminuir drasticamente no mundo e, como resultado, haveria o aumento da 
expectativa de vida da população mundial. 
 
Especialistas em gestão de recursos hídricos ponderam que a crise de água 
é mais uma questão de mau gerenciamento do recurso do que de escassez 
natural. O acelerado crescimento demográfico, as alterações climáticas e a 
rápida urbanização do planeta estão entre os principais fatores que pressionam 
o ciclo hidrológico. Consome-se água mais rapidamente do que a capacidade de 
reposição do líquido pela natureza. 
O Brasil é um dos países mais ricos em recursos hídricos do planeta. Abriga 
12% de toda a água doce disponível na superfície de planeta. O líquido, porém, 
não se distribui de maneira uniforme pelo território nacional. Cerca de 72% das 
reservas encontram-se nos rios da Região Norte, que reúne 5% da população 
nacional. 
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Para a gestão de políticas públicas, o Brasil é dividido em 12 regiões 
hidrográficas. O clima e o regime de chuvas alimentam uma rede hidrográfica 
extensa, formada por rios com grande volume de água. Com exceção das 
nascentes do Rio Amazonas, que se abastecem com o derretimento das geleiras 
andinas, a origem das águas dos rios brasileiros são basicamente as chuvas. 
 
As regiões hidrográficas brasileiras 
 
Crédito: Conjuntura dos Recursos Hídricos no Brasil - Informe 2012. Agência Nacional de Águas (ANA) 
 
O nosso país também possui muita água subterrânea. Embora ainda não 
haja dados finalizados, considera-se que existam 27 aquíferos principais no país, 
entre os quais se destacam o Aquífero Guarani, que se estende do Centro-Oeste 
ao Sudeste e Sul. 
Maior aquífero do Brasil em extensão e volumes de água, o Sistema 
Guarani, se distribui por uma área de aproximadamente 1,1 milhão de 
quilômetros quadrados. Deste total, 70% estão em território brasileiro, 
espalhados pelo subsolo de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas 
Gerais, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, e o restante nos 
territórios do Uruguai, do Paraguai e da Argentina. As reservas potenciais 
calculadas do Guarani são de 37 trilhões de metros cúbicos de água. 
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Em 2010, pesquisadores das universidades federais do Pará (UFPA) e do 
Ceará (UFC) divulgaram dados de um estudo preliminar no qual dimensionam o 
Aquífero Alter do Chão, nos estados do Pará e Amazonas, com um volume de 
água que o situa entre os maiores do mundo. Com área de 437,5 mil quilômetros 
quadrados, projetando reservas que seriam de 86 trilhões de metros cúbicos, 
um volume tão grande que, caso confirmado, alteraria todos os cálculos das 
reservas brasileiras, atualmente em 112 trilhões de metros cúbicos. 
Com toda esta água na superfície e no subsolo, o Brasil não está livre do 
flagelo da escassez de água. Como já dissemos, ela não está uniformemente 
distribuída, tendo muito pouca água no semiárido, que sofre com secas 
constantes. 
No Brasil, o semiárido, no Nordeste, é uma região que sofre com secas 
constantes. A seca é um fenômeno natural, mas, quando prolongada, causa 
graves problemas sociais, econômicos e ambientais no sertão. 
Para atenuar o problema, o Estado brasileiro desenvolveu, principalmente 
a partir do século XX, políticas públicas de combate aos efeitos da seca, tais 
como a construção de açudes, represas, perímetros de irrigação e políticas 
sociais. Atualmente dois grandes programas governamentais estão em execução 
no semiárido. Um deles é a instalação de um milhão de cisternas para coletar a 
água da chuva, nas zonas rurais. 
O outro programa é a controversa obra de transposição do Rio São 
Francisco, com previsão de gastos de oito bilhões de reais. Alguns especialistas 
afirmam que a construção de poços profundos e de cisternas para a coleta de 
água da chuva seria uma alternativa mais eficaz e barata para combater a seca. 
Opositores da obra também argumentam que o projeto não alcançará muitas 
comunidades e beneficiará principalmente os grandes fazendeiros, além de 
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 O Brasil é um dos países mais ricos em recursos hídricos do planeta. Abriga 
12% de toda a água doce disponível na superfície de planeta. O líquido, porém, 
não se distribui de maneira uniforme pelo território nacional. Cerca de 72% das 
reservas encontram-se nos rios da Região Norte, que reúne 5% da população 
nacional. 
 
 
Seca no Nordeste já dura 5 anos e pode se tornar ainda mais severa 
 A seca atual que aflige o Nordeste teve início em 2012 e se intensificou 
desde então. Ela já dura cinco anos e é considerada a mais severa em várias 
décadas. A intensidade e a persistência da atual estiagem podem ser indícios de 
que as mudanças climáticas já começam a cobrar sua fatura, aponta um estudo 
publicado na revista Theoretical and Applied Climatology. 
"As projeções de clima geradas pelos modelos climáticos sugerem que, 
daqui para a frente, as estiagens mais severas e prolongadas tenderão a ser a 
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regra, não mais a exceção", afirma o hidrologista e meteorologista José Antônio 
Marengo, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais 
(Cemaden). 
A seca é um fenômeno natural no Nordeste. Há relatos da sua incidência 
desde o século 16, ou seja, desde o início da colonização do país. O clima hoje 
é semiárido, mas no futuro poderá não ser mais. Em outras palavras, o sertão 
pode se tornar uma zona árida e favorecer um processo de 
desertificação, afirma Marengo. 
Atualmente, durante os meses chuvosos, há intervalos sem precipitação 
que duram de cinco a seis dias. O que as projeções indicam é que esses 
intervalos "secos" tenderão a ser mais numerosos e mais longos, podendo 
alcançar 40 dias. 
Menos chuva significa também dias mais quentes. Segundo Marengo, a 
temperatura média no Nordeste já aumentou 0,8ºC entre 1900 e 2000 e as 
projeções indicam que, na melhor das hipóteses, o aquecimento vai aumentar 
2ºC até 2040. No pior dos cenários, até 4,4ºC até 2100. 
Nestas condições, se medidas governamentais sérias e imediatas não 
forem tomadas para, por exemplo, conter os desmatamentos, o sertão pode 
virar um grande deserto, alerta Marengo. 
Com menos chuvas e mais calor ao longo do ano, a vegetação típica da 
caatinga tenderá a ser gradualmente substituída pelas cactáceas, que são 
vegetação típica de desertos. O impacto disso para a agricultura, principalmente 
a familiar e de subsistência, será incomensurável. Fonte: UOL ± 21.09.2016 
 
5.6 Crise hídrica em São Paulo 
São Paulo viveu nos anos de 2014 e 2015 a pior crise hídrica de sua 
história. Por mais de um ano, foi dramático, o cenário de escassez de água. O 
Sistema Cantareira esteve com seu nível de água muito abaixo da sua 
capacidade de armazenamento. Um dos maioressistemas produtores de água 
do mundo, o Cantareira, abastecia 8,8 milhões de pessoas na região 
metropolitana de São Paulo. Com a crise hídrica passou a abastecer 5,6 milhões 
de pessoas, as demais passaram a ser abastecidas pelos Sistemas Guarapiranga 
e Alto Tietê. Outro sistema que esteve em situação crítica foi o Alto Tietê que 
abastece 4,8 milhões de pessoas. Os demais sistemas ± Guarapiranga (5,8 
milhões de pessoas), Rio Claro (1,5 milhão de pessoas), Rio Grande (1,2 milhão 
de pessoas) e Alto Cotia (410 mil) estavam em melhor situação. 
 O baixíssimo nível dos reservatórios teve como causa a pouca quantidade 
de chuva nos meses chuvosos na região Sudeste - novembro a fevereiro. Os 
meses subsequentes ± março a outubro ± são de poucas chuvas, insuficientes 
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para repor o volume de água dos reservatórios. O baixo volume de chuvas 
ocorreu nos meses de novembro a fevereiro de 2013 e 2014 e no início de 2015 
(novembro a janeiro). 
Por 19 meses ± junho de 2014 a dezembro de 2015 ± o nível de água do 
Sistema Cantareira esteve no volume morto, água que fica abaixo do nível de 
captação das comportas. 
 Diante da situação de escassez, a Sabesp, companhia de saneamento do 
Governo de São Paulo, ofereceu um desconto para os consumidores que 
economizassem água e passou a multar aqueles que consumissem água 
excessivamente. A companhia também reverteu a distribuição de água para 2,6 
milhões de pessoas que passaram a ser abastecidas pelos sistemas 
Guarapiranga e Alto Tietê, em vez do sistema Cantareira. 
 1R�HQWDQWR��D�PHGLGD�PDLV�SROrPLFD�IRL�D�XWLOL]DomR�GR�FKDPDGR�³YROXPH�
PRUWR´�GDV�UHSUHVDV�GH�1D]DUp�3DXOLVWD�H�-RDQySROLV��7UDWD-se de uma reserva 
GH�����ELOK}HV�GH�OLWURV�G¶iJXD��TXH�HVWi abaixo da linha de captação das bombas 
dessas represas. 
 Entre as medidas para solucionar a crise, o Governo de São Paulo 
apresentou um pacote de obras hídricas, sendo que uma delas causou polêmica: 
A transposição das águas do Rio Paraíba do Sul para o Sistema Cantareira. A 
proposta chegou a gerar uma disputa entre os governos de São Paulo e do Rio 
de Janeiro. Autoridades fluminenses alegaram que a transposição poderia afetar 
o abastecimento de água no Rio de Janeiro, já que o Paraíba do Sul é a principal 
fonte de abastecimento do Estado. Depois de uma longa negociação, em que 
foram estabelecidos limites e condições para a retirada de água, o projeto 
recebeu o aval da Agência Nacional de Águas (ANA). O órgão tem entre suas 
funções mediar conflitos que envolvam rios que atravessam vários estados e, 
portanto, pertencem à União ± como é o caso do Paraíba do Sul. 
 Não se pode atribuir culpa exclusiva à natureza para justificar a 
crise. O consumo de água cresce anualmente na grande São Paulo e a 
capacidade de armazenamento não acompanhou o ritmo desse crescimento. A 
poluição dos rios, a degradação das suas margens e nascentes, o desperdício de 
água pelos consumidores e as perdas (vazamentos) na rede de distribuição 
também ajudam a explicar a atual crise. 
O drama GD� IDOWD�G¶iJXD� WDPEpP�DWLQJLX��HP�PDLRr ou menor grau, os 
moradores dos Estados vizinhos do Rio de Janeiro e Minas Gerais. 
 
5.7 Resíduos sólidos 
A grande produção de resíduos nas sociedades modernas obriga os 
governos a adotar soluções caras para armazenar esse material. Se isso não for 
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feito de maneira adequada, o lixo jogado na natureza contamina a água, 
prejudica a flora e a fauna, compromete a saúde pública e contribui para as 
enchentes. 
De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, 59% do lixo produzido pelas 
cidades brasileiras vão para os lixões ± locais onde os resíduos são lançados a 
céu aberto, sem nenhum controle ± e somente 13% são reaproveitados. Dados 
como esse levaram o governo federal criar a Lei da Política Nacional de 
Resíduos Sólidos (PNRS), em 2010. 
A lei estabelece a responsabilidade compartilhada entre o poder público, a 
indústria e a sociedade. Também proíbe a criação de lixões e deu prazo de quatro 
anos, findo em 02/08/2014, para que os municípios substituam os lixões por 
aterros sanitários ± locais adequados para o destino final dos resíduos sólidos. 
Vencido o prazo de adaptação, menos da metade dos municípios cumpriu a 
determinação: somente 2.202, de um total de 5.564 municípios. 
O Distrito Federal foi um dos entes federados que não cumpriu a 
determinação da lei. O lixo dos brasilienses é depositado a menos de 15 km do 
centro da capital federal, no Lixão da Estrutural. Está em construção o Aterro 
Sanitário de Samambaia para onde deverá ser levado o lixo, após entrar em 
operação. 
 Um dos destaques da PNRS é a chamada logística reversa, que prevê a 
responsabilidade do consumidor em devolver os produtos usados no final de sua 
vida útil, como também a responsabilidade do comércio de receber os aparelhos 
usados, e dos fabricantes e importadores de dar uma destinação final 
ambientalmente adequada ao lixo. Por exemplo, ao comprar um computador, a 
pessoa fica obrigada de, ao final de sua utilização, dar um destino previamente 
acertado ao produto. 
 
6. Rompimento de barragem em Minas Gerais 
 No dia 05 de novembro de 2015, a barragem do Fundão que 
armazenava lama resultante do rejeito da produção de minério de ferro 
se rompeu em Mariana (MG). O mar de lama que escorreu da barragem passou 
por cima de outra barragem, a de Santarém. Ambas, ficam no subdistrito de 
Bento Rodrigues, a 35 km do centro do município de Mariana, cidade histórica 
mineira a 124 km de distância de Belo Horizonte. As barragens são de 
propriedade da mineradora Samarco, controlada pela brasileira Vale e pela 
anglo-australiana BHP Billiton. Além de Santarém, que não se rompeu, outra 
barragem corre o risco de se romper, a de Germano. 
 A avalanche de lama destruiu o subdistrito de Bento Rodrigues. 
Mas de 600 pessoas ficaram desabrigadas e foram resgatadas pelo Corpo de 
Bombeiros. Elas abandonaram as casas e fugiram para as partes altas do 
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distrito, mas afirmaram que nenhum sinal de alerta foi emitido. A 
Samarco admitiu que avisou moradores somente por telefone. Ao todo, 19 
pessoas morreram e 556 perderam tudo na tragédia. 
 A lama chegou ao Rio Doce, seguiu pelo seu leito e chegou no 
Oceano Atlântico, desaguando no litoral do Espírito Santo, no município de 
Linhares. Além dos metais pesados encontrados nos rejeitos, a força da lama 
prejudicou a biodiversidade do rio para sempre ± ambientalistas não descartam 
a possibilidade de que espécies endêmicas inteiras tenham sido soterradas pela 
lama. Por onde passou, a lama causou a morte de grande quantidade de peixes. 
 Vários municípios, alguns localizados a centenas de quilômetros de 
Mariana, que dependem do rio Doce para o abastecimento de água para a 
população, tiveram que suspender total ou parcialmente a captação de água no 
rio. Entre eles, grandes municípios como Uberaba e Governador Valadares. 
Economicamente, o município mais afetado é Mariana (MG). 
 Milhares de ações judiciais estão em andamento contra as mineradoras 
Samarco, Vale e BHP Billiton para ressarcir os danos ambientais

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