Buscar

PROCESSO CIVIL III. QUESTIONÁRIO. REVISÃO PARA AV1. ESTÁCIO. FIC.2017

Prévia do material em texto

QUESTIONÁRIO REVISÃO – AV 1 – PC 3
Sobre os embargos de declaração pode-se afirmar que:
( ) podem ser opostos no prazo de 10 (dez) dias.
(x) não estão sujeitos a preparo.
( ) só têm cabimento na segunda instância.
( ) mesmo quando manifestamente protelatórios, não ensejam a imposição de multa.
Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para:
I - esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;
II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento;
III - corrigir erro material.
Art. 1.023. Os embargos serão opostos, no prazo de 5 (cinco) dias, em petição dirigida ao juiz, com indicação do erro, obscuridade, contradição ou omissão, e não se sujeitam a preparo. 
Art. 1.026. Os embargos de declaração não possuem efeito suspensivo e interrompem o prazo para a interposição de recurso. (...)
§ 2º Quando manifestamente protelatórios os embargos de declaração, o juiz ou o tribunal, em decisão fundamentada, condenará o embargante a pagar ao embargado multa não excedente a dois por cento sobre o valor atualizado da causa.
§ 3º Na reiteração de embargos de declaração manifestamente protelatórios, a multa será elevada a até dez por cento sobre o valor atualizado da causa, e a interposição de qualquer recurso ficará condicionada ao depósito prévio do valor da multa, à exceção da Fazenda Pública e do beneficiário de gratuidade da justiça, que a recolherão ao final.
No CPC/2015, à exceção dos Embargos de Declaração, os recursos deverão ser interpostos no prazo máximo de:
( ) 10 dias úteis.
(x ) 15 dias úteis.
( ) 15 dias corridos.
( ) 14 dias, sem contar os finais de semana e feriados.
Art. 1.003. O prazo para interposição de recurso conta-se da data em que os advogados, a sociedade de advogados, a Advocacia Pública, a Defensoria Pública ou o Ministério Público são intimados da decisão. (...)
§ 5º Excetuados os embargos de declaração, o prazo para interpor os recursos e para responder-lhes é de 15 (quinze) dias.
Art. 212. Os atos processuais serão realizados em dias úteis, das 6 (seis) às 20 (vinte) horas.
Art. 219. Na contagem de prazo em dias, estabelecido por lei ou pelo juiz, computar-se-ão somente os dias úteis.
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se somente aos prazos processuais.
A respeito da teoria dos recursos, é correto afirmar que:
( ) a renúncia ao direito de recorrer depende da aceitação da outra parte.
(x ) a renúncia ao direito de recorrer independe da aceitação da outra parte.
Art. 999.  A renúncia ao direito de recorrer independe da aceitação da outra parte. (CPC)
( ) a sentença só pode ser impugnada no todo, nunca em parte.
Art. 1.002.  A decisão pode ser impugnada no todo ou em parte. (CPC)
( ) podem ser criados pelos Regimentos Internos dos Tribunais.
No CPC/2015, a interposição do agravo de instrumento:
( ) não admite juízo de retratação.
(X) não obsta o andamento do processo, em regra.
( ) é regra geral no ordenamento processual civil, sendo cabível contra todas as decisões interlocutórias.
( ) dirigir-se-á ao juiz da causa, a quem caberá o encaminhamento dos autos ao tribunal
competente.
Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre:
I - tutelas provisórias;
II - mérito do processo;
III - rejeição da alegação de convenção de arbitragem;
IV - incidente de desconsideração da personalidade jurídica;
V - rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do pedido de sua revogação;
VI - exibição ou posse de documento ou coisa;
VII - exclusão de litisconsorte;
VIII - rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio;
IX - admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros;
X - concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo aos embargos à execução;
XI - redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 373, § 1o;
XII - (VETADO);
XIII - outros casos expressamente referidos em lei.
Parágrafo único. Também caberá agravo de instrumento contra decisões interlocutórias proferidas na fase de liquidação de sentença ou de cumprimento de sentença, no processo de execução e no processo de inventário.
Art. 1.016. O agravo de instrumento será dirigido diretamente ao tribunal competente, por meio de petição com os seguintes requisitos:
I - os nomes das partes;
II - a exposição do fato e do direito;
III - as razões do pedido de reforma ou de invalidação da decisão e o próprio pedido;
IV - o nome e o endereço completo dos advogados constantes do processo.
No CPC/2015, a apelação interposta contra sentença que condenar à prestação de alimentos será recebida:
( ) no efeito que o juiz considerar mais adequado ao caso concreto.
( ) só no efeito suspensivo.
( ) nos efeitos suspensivo e devolutivo.
(X) só no efeito devolutivo.
Art. 1.012. A apelação terá efeito suspensivo.
§ 1º Além de outras hipóteses previstas em lei, começa a produzir efeitos imediatamente após a sua publicação a sentença que:
I - homologa divisão ou demarcação de terras;
II - condena a pagar alimentos;
III - extingue sem resolução do mérito ou julga improcedentes os embargos do executado;
IV - julga procedente o pedido de instituição de arbitragem;
V - confirma, concede ou revoga tutela provisória;
VI - decreta a interdição.
§ 2º Nos casos do § 1o, o apelado poderá promover o pedido de cumprimento provisório depois de publicada a sentença.
§ 3º O pedido de concessão de efeito suspensivo nas hipóteses do § 1o poderá ser formulado por requerimento dirigido ao:
I - tribunal, no período compreendido entre a interposição da apelação e sua distribuição, ficando o relator designado para seu exame prevento para julgá-la;
II - relator, se já distribuída a apelação.
Um pedido de cobrança, sob o procedimento ordinário, foi julgado improcedente por insuficiência de provas do crédito reclamado. Houve recurso de apelação por parte do autor e os autos foram remetidos à superior instância. Neste caso, o relator, por meio de decisão monocrática, NÃO poderá:
( ) negar seguimento ao recurso, se o considerar inadmissível.
( ) negar seguimento ao recurso, se o considerar prejudicado.
(X) dar provimento ao recurso, se a decisão recorrida estiver em confronto com súmula de Tribunal Superior.
( ) dar provimento ao recurso com base na jurisprudência de outro Tribunal.
 Art. 932.  Incumbe ao relator:
I - dirigir e ordenar o processo no tribunal, inclusive em relação à produção de prova, bem como, quando for o caso, homologar autocomposição das partes;
II - apreciar o pedido de tutela provisória nos recursos e nos processos de competência originária do tribunal;
III - não conhecer de recurso inadmissível, prejudicado ou que não tenha impugnado especificamente os fundamentos da decisão recorrida;
IV - negar provimento a recurso que for contrário a:
a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do próprio tribunal;
b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos;
c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência;
V - depois de facultada a apresentação de contrarrazões, dar provimento ao recurso se a decisão recorrida for contrária a:
a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do próprio tribunal;
b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos;
c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência;
VI - decidir o incidente de desconsideração da personalidade jurídica, quando este for instaurado originariamente perante o tribunal;
VII - determinar a intimação do Ministério Público, quando for o caso;
VIII - exercer outras atribuições estabelecidas no regimento interno do tribunal.Parágrafo único. Antes de considerar inadmissível o recurso, o relator concederá o prazo de 5 (cinco) dias ao recorrente para que seja sanado vício ou complementada a documentação exigível.
No que consiste o princípio da dialeticidade?
	O princípio da dialeticidade é atualmente reconhecido como um requisito de admissibilidade extrínseco recursal, podendo ser definido como a dialética em que se dá entre o recorrente e o tribunal ad quem, tendo aquele o ônus de impugnar especificamente a decisão que se quer reformar, não valendo assim a mera repetição dos argumentos expostos na exordial e já julgados pelo juízo de primeiro grau. Nesse sentido são os artigos 932, III e 1.010, III, todos do CPC. Vejamos:
 Art. 932. Incumbe ao relator:
I - dirigir e ordenar o processo no tribunal, inclusive em relação à produção de prova, bem como, quando for o caso, homologar autocomposição das partes;
II - apreciar o pedido de tutela provisória nos recursos e nos processos de competência originária do tribunal;
III - não conhecer de recurso inadmissível, prejudicado ou que não tenha impugnado especificamente os fundamentos da decisão recorrida;
Art. 1.010. A apelação, interposta por petição dirigida ao juízo de primeiro grau, conterá:
I - os nomes e a qualificação das partes;
II - a exposição do fato e do direito;
III - as razões do pedido de reforma ou de decretação de nulidade;
IV - o pedido de nova decisão. (CPC)
No que se refere ao preparo recursal, enumere os possíveis defeitos e as soluções enunciadas pelo CPC/2015.
	O preparo recursal pode ser conceituado como um depósito prévio que o recorrente deverá executar para que se tenha a admissibilidade de seu recurso, e ainda, com isso dá-se também o pagamento das custas processuais e emolumentos referentes ao transporte do processo ( o que nos dias atuais está cada vez mais raro, visto a grande maioria de processos eletrônicos que hoje circulam no país). 
	No cpc de 73, a falta de preparo acarretava a deserção do recurso, era sumariamente inadmitido, todavia, com o novo código, essa consequência foi mitigada, visto a possibilidade de se completar o valor do depósito na concessão de prazo estabelecido no novo regramento, na ocorrência de erro quanto ao preenchimento de custas ou de valor insuficiente, e no depósito em dobro, quando o recorrente não chega a efetuar o pagamento de quantia alguma. Nesse sentido:
Art. 1.007.  No ato de interposição do recurso, o recorrente comprovará, quando exigido pela legislação pertinente, o respectivo preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, sob pena de deserção.
§ 1o São dispensados de preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, os recursos interpostos pelo Ministério Público, pela União, pelo Distrito Federal, pelos Estados, pelos Municípios, e respectivas autarquias, e pelos que gozam de isenção legal.
§ 2o A insuficiência no valor do preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, implicará deserção se o recorrente, intimado na pessoa de seu advogado, não vier a supri-lo no prazo de 5 (cinco) dias.
§ 3o É dispensado o recolhimento do porte de remessa e de retorno no processo em autos eletrônicos.
§ 4o O recorrente que não comprovar, no ato de interposição do recurso, o recolhimento do preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, será intimado, na pessoa de seu advogado, para realizar o recolhimento em dobro, sob pena de deserção.
§ 5o É vedada a complementação se houver insuficiência parcial do preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, no recolhimento realizado na forma do § 4o.
§ 6o Provando o recorrente justo impedimento, o relator relevará a pena de deserção, por decisão irrecorrível, fixando-lhe prazo de 5 (cinco) dias para efetuar o preparo.
§ 7o O equívoco no preenchimento da guia de custas não implicará a aplicação da pena de deserção, cabendo ao relator, na hipótese de dúvida quanto ao recolhimento, intimar o recorrente para sanar o vício no prazo de 5 (cinco) dias.
Discorra sobre os requisitos de admissibilidade dos recursos.
São requisitos de admissibilidade recursal: os pressupostos extrínsecos e intrínsecos recursais. 
	Tem-se por pressupostos extrínsecos os requisitos de admissibilidade externos ao instrumento recursivo, relativos ao exercício do direito de recorrer, podendo entender-se como requisito de validade do recurso, exemplos: o preparo ( depósito prévio. art. 1.007 do CPC), tempestividade ( o recurso tem ser interposto até o último dia de prazo estipulado em lei), regularidade formal ( o recorrente deve atender a alguns requisitos expostos especificamente em lei para cada recurso).
	Os pressupostos intrínsecos são os requisitos inerentes ao direito de recorrer, sendo reconhecidos atualmente como pressupostos de existência deste direito, uma vez que se constatando a não ocorrência de algum deles, verifica-se a impossibilidade da interposição do instrumento recursal. São eles: Cabimento ( a decisão deve ser recorrível por recurso exposto em lei); interesse recursal ( dando-se aqui o binômio necessidade-adequação, devendo o recurso ser necessário para que haja melhora/proveito ao recorrente e que a forma escolhida seja a mais adequada); Legitimidade recursal ( é a legitimidade ad causam, tendo somente a parte sucumbente legitimidade para recorrer, o ministério público, quando fiscal da lei, e o terceiro prejudicado pela sentença) 
CASO CONCRETO
Obs 1: Esta atividade deverá ser feita à mão, vale dizer, manuscrita, sob pena de valor 05, ponto
Obs 2: Esta atividade deverá ser entregue no dia da AV1, quando da entrega da prova
Paula, menor relativamente incapaz, assistida por sua genitora, Francisca, propôs ação judicial contra Lucas, tendo por objeto a condenação deste em verba alimentícia no valor de um salário mínimo por mês. Além disso, pediu a citação do demandado, a designação de audiência de conciliação e instrução, juntou documentos e arrolou testemunhas. Por fim, pediu os benefícios da assistência judiciária e a antecipação dos efeitos da tutela de mérito.
O Juízo da Vara Única da Comarca de Abaiara/CE recebeu a petição inicial, designou audiência de conciliação e instrução, determinou a citação do réu, porém indeferiu o pedido de assistência judiciária sob o fundamento de que não constava nos autos a declaração da hipossuficiência econômica firmada pela autora. Igualmente, indeferiu o pedido de antecipação dos efeitos da tutela de mérito por não ter vislumbrado, na hipótese, a existência de prova inequívoca que conduzisse ao juízo de verossimilhança das alegações, tampouco o fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação, ou caracterizado o abuso de direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório do réu.
Considerando a situação hipotética descrita e, ainda, que a autora tenha discordado dos indeferimentos dos pedidos da antecipação dos efeitos da tutela de mérito e da assistência judiciária, redija, na qualidade de advogado(a) contratado(a) pela autora, a peça processual da medida judicial visando à reforma de tais decisões.
A decisão consta do Diário de Justiça eletrônico disponibilizado no dia 29/09/2017 e o recurso deverá ser protocolizado no último dia do prazo.

Outros materiais