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ESTUDO DE CASO: análise da eficiência da Administração Científica na CIEP (Clínica Integrada de Especialidades Pediátricas)

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ESTUDO DE CASO: análise da eficiência da Administração Científica na CIEP (Clínica Integrada de Especialidades Pediátricas)
Gilberto de Sousa Holanda1
Leonardo Veloso Sousa2 
Luma Maria de Sousa Neiva Santos3
Pedro Pablo de Sousa Barros4
Resumo: Este artigo tem como objetivo, através da entrevista em profundidade, avaliar a eficiência e contribuição da Administração Científica na CIEP – Clínica Integrada de Especialidades Pediátricas. Pretendemos entender como essa teoria vem sendo aplicada; além da análise da independência dos setores na clínica. Mapeamos as funções básicas da empresa, definindo e estabelecendo racionalmente cargos e tarefas; compreendemos também como a Administração Científica ajuda a empresa a desenvolver suas especialidades. A gestão de pessoas passou por amplo processo de transformação e a teoria de Taylor enfrentou críticas, mas até os dias atuais se mostra base para muitas empresas. Todos os objetivos desse artigo foram alcançados, e percebemos em que aspectos da empresa a Administração Científica se faz presente.
Palavras-chave: Administração Científica. Empreendedorismo. Organização. Taylor.
INTRODUÇÃO
A Administração mostra-se como uma área de estudos repleta de complexidades e desafios. O profissional que utiliza a administração como profissão pode atuar nos mais variados níveis de uma organização, desde o hierárquico de supervisão elementar até o de dirigente máximo da organização (CHIAVENATO, 2014).
Ela se ocupa do estudo das organizações em geral, sejam elas com fins lucrativos ou não. O principal objetivo da administração é assegurar, ao mesmo tempo, o máximo de 
__________________________
1 Graduando em Administração no Instituto de Educação Superior Raimundo Sá.
2 Graduando em Ciências Contábeis no Instituto de Educação Superior Raimundo Sá.
3 Graduanda em Administração no Instituto de Educação Superior Raimundo Sá.
4 Graduando em Administração no Instituto de Educação Superior Raimundo Sá.
prosperidade ao patrão e ao empregado. Assim, deve haver identidade de interesses entre empregados e empregadores.
A Administração Científica é uma das principais teorias relacionadas ao estudo do funcionamento das organizações. Recebeu esse nome por conta da “tentativa de aplicação dos métodos da ciência aos problemas da administração a fim de aumentar a eficiência industrial” (CHIAVENATO, 2014, p. 56).
O fundador da Administração Científica foi Frederick Winslow Taylor. Ele pregava a importância da racionalização do trabalho operário, por meio do estudo de tempos e movimentos. Taylor começou por baixo, com os operários no nível de execução, efetuando um paciente trabalho de análise das tarefas de cada operário, decompondo os seus movimentos e processor de trabalho para aperfeiçoá-los e racionalizá-los.
Desta maneira, este projeto tem o propósito de estudar a Administração Científica, tomando como objeto de estudo e pesquisa a empresa CIEP – Clinica Integrada de Especialidades Pediátricas, com a finalidade de verificar quais aspectos da teoria a empresa possui e a eficiência deste método. 
Diante disso, levantamos as seguintes questões norteadoras: Como a Administração Científica influencia no desemprenho da organização? Quais as características do comportamento humano, os funcionários necessitam possuir, para que haja uma boa aplicação desta teoria dentro da empresa? Qual o papel da Administração Científica na empresa?
Este projeto tem como principal objetivo analisar a eficiência da Administração Científica na CIEP (Clinica Integrada de Especialidades Pediátricas). E, como objetivos específicos: analisar a independência dos setores na CIEP de acordo com a Administração Científica; mapear as funções básicas da empresa, definir e estabelecer racionalmente cargos e tarefas; compreender como a Administração Científica ajuda a empresa a desenvolver suas especialidades. 
O tema foi escolhido no intuito de nos aprofundarmos sobre esta teoria que é a Administração Científica, que, tem como base o estudo de tempos e movimentos, uma estrutura hierárquica e com divisão do trabalho. E, consequentemente, essa pesquisa tem a importância de trazer conhecimento para que futuros administradores possam verificar a eficiência da Administração Científica, e ainda, contribuir para as atuais empresas observarem, compararem sua própria organização e mudar seu modo de administrar de acordo com as vantagens dessa teoria. 
Escolhemos a CIEP (Clinica Integrada de Especialidades Pediátricas) como objeto de estudo, para avaliar sua estrutura com base na Administração Científica, contribuindo assim para a pesquisa, que visa demonstrar todos os efeitos dessa teoria em uma organização, ampliando desta forma o conhecimento sobre este tema.
ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA
A administração Científica, segundo Coelho e Gonzaga (2007) é um modelo de administração criado pelo americano Frederick Winslow Taylor no fim do século XIX e início do século XX e que se baseia na aplicação do método científico na administração com o intuito de garantir o melhor custo/benefício aos sistemas produtivos.
Taylor discorre que, em seu segundo livro, intitulado “Princípios de Administração Científica”, publicado em 1911, seus estudos com maior ênfase em sua filosofia, introduzindo os quatro princípios fundamentais da administração científica:
1. Princípio de planejamento: substituição de métodos empíricos por procedimentos científicos – sai de cena o improviso e o julgamento individual, o trabalho deve ser planejado e testado, seus movimentos decompostos a fim de reduzir e racionalizar sua execução. 
2. Princípio de preparo dos trabalhadores: selecionar os operários de acordo com as suas aptidões e então prepará-los e treiná-los para produzirem mais e melhor, de acordo com o método planejado para que atinjam a meta estabelecida. 
3. Princípio de controle: controlar o desenvolvimento do trabalho para se certificar de que está sendo realizado de acordo com a metodologia estabelecida e dentro da meta. 
4. Princípio da execução: distribuir as atribuições e responsabilidades para que o trabalho seja o mais disciplinado possível. (TAYLOR, 1911, p. 49-50. Grifo nosso)
Taylor era um visionário, dedicado ao trabalho e estudos da melhor receita com o menor custo, da harmonia entre gerência e o trabalhador da aplicação da ciência sobre o empirismo, destaca-se até os tempos hodiernos para a Engenharia Mecânica e Administração de Empresas como um modelo a ser seguido e seus princípios aplicados, trazendo prosperidade para a empresa e o desenvolvimento econômico social.
A tentativa de substituir métodos empíricos e rudimentares pelos métodos científicos recebeu o nome de Organização Racional do Trabalho (ORT). A ORT se fundamenta nos seguintes aspectos: 1. Análise do trabalho e do estudo de tempos e movimentos; 2. Estudo da fadiga humana; 3. Divisão do trabalho e especialização do operário; 4. Desenho de cargos e de tarefas; 5. Incentivos salariais e prêmios de produção; 6. Conceito de homo economicus; 7. Condições ambientais de trabalho; e 8. Padronização (TAYLOR, 1911).
A teoria proposta por Taylor e que causou uma verdadeira revolução no sistema produtivo seguiu sendo aperfeiçoada ao longo dos anos apesar das críticas e é a precursora da Teoria Administrativa atual. Contribuíram para o desenvolvimento da administração científica: Frank e Lilian Gilbreth que se aprofundaram nos estudos dos tempos e movimentos e no estudo da fadiga, propondo princípios relativos à economia de movimentos (CHIAVENATO, 2014); Henry Grant que trabalhou o sistema de pagamento por incentivo; Harrington Emerson que definiu os doze princípios da eficiência; Morris Cooke que estendeu a aplicação da administração científica à educação e às administrações públicas; e Henry Ford que criou a linha de montagem aplicando e aperfeiçoando o princípio da racionalização (MAXIMIANO, 2000).
Coelho e Gonzaga (2007) citam que algumas características de Taylor contribuíram para que ele não tivesse o reconhecimento como teórico da administração,mesmo tendo sua teoria espaço na prática administrativa até a atualidade. Tais argumentos fazem com que a Administração Científica, ao longo dos anos, recebesse diversas críticas.
As principais críticas à Administração Científica de Taylor para Coelho e Gonzaga (2016), são:
Não considerar o lado social e humano do trabalhador. O seu desempenho é analisado apenas pelas tarefas executadas na linha de produção; transformar o homem em uma máquina, pois o operário é tratado apenas como uma engrenagem do sistema produtivo, passivo e desencorajado de tomar iniciativas; a padronização do trabalho é visto como uma intensificação e não como uma forma de racionalizar o trabalho; como também, a redução da satisfação com o trabalho, pois a  superespecialização do operário facilita o treinamento e a supervisão do trabalho, porém, o mesmo tem apenas  uma visão limitada do processo; e que a Administração Cientifica propõe uma abordagem científica para a administração, no entanto, ela mesma teve sua formulação baseada no conhecimento empírico sem comprovação científica;
Ela Se restringe apenas aos aspectos formais da organização não considerando, por exemplo, aspectos psicológicos desconsiderando o conflito que pode haver entre objetivos individuais e organizacionais. Não considerou também as influências externas que afetam a organização tratando esta como um sistema fechado. 
Mesmo diante dessas críticas, resolvemos estudar a Administração Científica, pois ela tem seus pontos positivos, como a racionalização do trabalho, especialização e a supervisão dos funcionários. Deve-se utilizá-la na empresa para que haja um bom desempenho de setores, para que haja também a certificação do serviço que está sendo feito.
Chiavenato (2014) demonstra que Taylor começou por baixo, com os operários no nível de execução, efetuando um paciente trabalho de análise das tarefas de cada trabalhador, decompondo seus movimentos e processos de trabalho para aperfeiçoá-los e racionalizá-los. Verificou que o operário médio, com o equipamento disponível, produzia muito menos do que era potencialmente capaz. Concluiu que, se o operário mais produtivo percebe que obtém a mesma remuneração que o seu colega menos produtivo, acaba se acomodando, perdendo o interesse e não produzindo de acordo com sua capacidade.
Em essência, Taylor diz, em Shop Management (1903), que: a) O objetivo da administração é pagar salários melhores e reduzir custos unitários de produção. b) Para realizar tal objetivo, a administração deve aplicar métodos científicos de pesquisa e experimentos para formular princípios e estabelecer processos padronizados que permitam o controle das operações fabris. Outra coisa que ele diz, é que os empregados devem ser cientificamente selecionados e colocados em seus postos com condições de trabalho adequadas para que as normas sejam cumpridas; os empregados devem ser cientificamente treinados para aperfeiçoar suas aptidões e executar uma tarefa, para que a produção normal seja cumprida, e que, a administração precisa criar uma atmosfera de íntima e cordial cooperação com os trabalhadores para garantir a permanência desse ambiente psicológico.
Chiavenato (2014) ressalta que o ponto de partida de Taylor foi a aplicação dos princípios da tecnologia de sua época ao trabalho manual. Procurou aplicar às operações manuais os mesmos princípios que os projetistas aplicavam às operações das máquinas no século XIX.
O instrumento básico para se racionalizar o trabalho dos operários era o estudo de tempos e movimentos (motion-time study). O trabalho é executado melhor e mais economicamente por meio da análise do trabalho, isto é, da divisão e da subdivisão de todos os movimentos necessários à execução de cada operação de uma tarefa. Observando metodicamente a execução de cada operação a cargo dos operários, Taylor viu a possibilidade de decompor cada tarefa e cada operação da tarefa em uma série ordenada de movimentos simples. Os movimentos inúteis eram eliminados enquanto os movimentos úteis eram simplificados, racionalizados ou fundidos com outros movimentos para proporcionar economia de tempo e de esforço ao operário. (CHIAVENATO, 2014, p. 60)
Além disso, o método traz muitas vantagens para a empresa: Elimina o desperdício de esforço humano e de movimentos inúteis; racionaliza a seleção dos operários e sua adaptação ao trabalho e facilita o treinamento dos operários e melhora a eficiência e o rendimento da produção pela especialização das atividades (CHIAVENATO, 2014).
A ideia básica era a de que a remuneração baseada no tempo (salário mensal, diário ou por hora) não estimula ninguém a trabalhar mais e deve ser substituída por remuneração baseada na produção de cada operário (p.ex., salário por peça): o operário que produz pouco ganha pouco e o que produz mais ganha na proporção de sua produção. O estímulo salarial adicional para que os operários ultrapassem o tempos padrão é o prêmio de produção.
METODOLOGIA 
O método de pesquisa utilizado foi a Entrevista em Profundidade, que, “podem ser realizadas com formadores de opinião ou com os cidadãos comuns. A entrevista em profundidade tem um caráter subjetivo, o que torna necessário que toda interpretação deva levar em consideração a perspectiva da pessoa analisada” (VEIGA, 2016). Sua vida e seu mundo só podem ser entendidos a partir 'de seus olhos'. 
É neste aspecto que as entrevistas em profundidade apresentam-se como mais pertinentes se se pretende aproximar da realidade social das representações que a pessoa constrói dela. “Os dados não são apenas colhidos, mas também resultado de interpretação e reconstrução pelo pesquisador, em diálogo inteligente e crítico com a realidade” (DEMO, 2001).
“A entrevista em profundidade não permite testar hipóteses, dar tratamento estatístico às informações, definir a amplitude ou quantidade de um fenômeno. Não se busca, por exemplo, saber quantas ou qual a proporção de pessoas que identifica determinado atributo na empresa "A". Objetiva-se saber como ela é percebida pelo conjunto de entrevistados. Seu objetivo está relacionado ao fornecimento de elementos para compreensão de uma situação ou estrutura de um problema. Deste modo, como nos estudos qualitativos em geral, o objetivo muitas vezes está mais relacionado à aprendizagem por meio da identificação da riqueza e diversidade, pela integração das informações e síntese das descobertas do que ao estabelecimento de conclusões precisas e definitivas” (DUARTE, 2014).
Entrevistamos o proprietário e administrador da CIEP, Marciel Lopes Lima, com o objetivo de alcançar o resultado esperado da nossa pesquisa. A Entrevista em Profundidade se encaixou melhor nessa pesquisa, pois ela com um caráter subjetivo, permitiu-nos entender mais de perto como funciona a Administração Científica nessa empresa.
DISCUSSÃO E ANÁLISE DOS DADOS
A entrevista foi realizada com o proprietário e administrador da CIEP – Clínica Integrada de Especialidades Pediátricas – Marciel Lopes Lima. Baseado nas respostas às perguntas do questionário – feito a fim de responder nossos objetivos – foi realizada a seguinte análise:
A empresa utiliza a Administração Científica quando se diz respeito à análise de funções, qual a tarefa específica para cada atividade pertinente à administração daquela função. A teoria é aplicada ao definir quais as tarefas específicas de cada função, segundo uma análise do cargo, especificamente na forma de controle. Controlar o que cada colaborador faz segundo a sua responsabilidade, como cada atividade é desempenhada.
A Administração Científica na empresa é um reflexo das contribuições teóricas no processo de gestão. “Dentro do processo de construção e evolução da empresa, adaptamos a mesma ao meio atual, aprimoramos a teoria de acordo com as diversas outras existentes para que pudéssemos obter um ótimo desempenho no nosso trabalho” (LIMA, 2016). 
Taylor (1911) diz que devemos selecionar os operários de acordo com as suas aptidões e então prepará-los. A CIEP possui a Função Administrativa, essa funçãoé responsável pela coordenação da equipe de enfermagem, recepção, serviços multifuncionais e também pela gerência dos atendimentos. Porém não há independência de setores como no método científico, o que é bom para a empresa, pois por ser uma empresa de pequeno porte, todos os setores são muito próximos, tendo assim uma forma de trabalho integrada, com interdependência. 
Chiavenato (2014) ressalta que o ambiente de trabalho agradável tanto para o chão de fábrica quanto para a diretoria. Na CIEP não é diferente, há um clima organizacional favorável, porém, sem a característica científica de hierarquia forte ou autoritarismo. É uma organização com um ambiente harmonioso. 
Taylor em Shop Management (1903) diz que o objetivo da administração é pagar salários melhores e reduzir custos unitários de produção. Na Clínica o pagamento é feito de acordo com a Administração Científica, “Há um reconhecimento justo do trabalho na empresa” (LIMA, 2016). Aquele funcionário que tem um desempenho melhor, recebe também recompensas monetárias. Da mesma forma é a contratação de pessoas e definições dos cargos da empresa. Feito mediante uma análise de experiência dos candidatos às vagas. “O critério era a experiência na área específica” (LIMA, 2016).
“O instrumento básico para se racionalizar o trabalho dos operários era o estudo de tempos e movimentos” (CHIAVENATO, 2014, p. 60). Na CIEP, há racionalização do trabalho, feita de forma profissional. “Identificamos os pontos importantes de se racionalizar. Delegamos responsabilidades, dividindo os serviços entre a equipe de forma homogênea” (LIMA, 2016). A empresa tem seus colaboradores trabalhando de forma bem dividida, técnicos e enfermeiros possuem suas funções, já os médicos possuem outras determinadas funções, as atendentes da mesma forma, e assim é feita uma boa divisão do trabalho.
Por ser uma empresa de multiespecialidades, a Administração Científica contribui no critério de especialização dos funcionários e também na funcionalidade de cada cargo, atividade ou tarefa. “Quando você tem um profissional de determinada área, o trabalho é melhor realizado, e às vezes só pode ser realizado assim” (LIMA, 2016). Taylor (1911) diz que é preciso treinar os operários para produzirem mais e melhor, de acordo com o método planejado para que atinjam a meta estabelecida. Não há um treinamento periódico na CIEP, porém uma especialização, sempre voltada para o conhecimento da empresa e áreas que ela abrange. “Há um apolítica de pesquisa e análise, aprofundamento do conhecimento, respeitando sempre o procedimento de trabalho” (LIMA, 2016).
O foco principal da empresa é a qualidade da prestação de serviços, por ser uma clínica totalmente humanizada no que diz respeito à Enfermagem. Porém, a Administração Científica está presente na questão física e modestamente no atendimento. Isso influencia também na relação empregador/empregado, havendo uma evolução positiva ao longo dos anos. “Realizamos encontros semanais para discutir sobre toda a empresa” (LIMA, 2016).
O terceiro princípio de eficiência de Emerson5 é oferecer orientação e supervisão competentes aos funcionários (CHIAVENATO, 2014, p. 68). Na CIEP, há também a supervisão do trabalho, feita sobre responsabilidade do administrador6 da empresa e da médica pedriatra Ellen Barros Araújo Lopes Luz 7. Há observação dos procedimentos de enfermagem e verificação da funcionalidade correta do trabalho, segundo eles.
O caráter científico tem importância na clínica no que diz respeito aos procedimentos organizacionais, pois a burocracia tem seus pontos positivos. “A burocracia é sinônimo de organização. Temos um controle rigoroso, e buscamos sempre melhorar nossos 
CONSIDERAÇÕES FINAIS	
O propósito principal deste trabalho foi de apresentar e analisar a eficiência da Administração Científica na Clínica Integrada de Especialidades Pediátricas – CIEP, com intuito de trazer conhecimentos a cerca do tema proposto. E, diante da pesquisa realizada, observamos os seguintes aspectos:
Através do questionário aplicado ao administrador e proprietário da clínica, Marciel Lopes Lima, conseguimos alcançar o objetivo deste trabalho, identificando todos os pontos onde o conceito científico se encontra dentro da empresa, qual sua influência nos serviços oferecidos pela organização, como é aplicado e seus resultados.
Um ponto de relevância para nosso estudo são os motivos principais alegados pelo entrevistado para justificar a utilização da Teoria Científica. Conseguimos identificar que em muitas de suas aplicações não são feitas de forma direta, pois essa teoria é de certa forma insuficiente para o bom funcionamento da clínica. Já que, num ambiente como aquele, deve haver o máximo de humanismo possível, coisa que não acontece no método científico. __________________________
5 Harrington Emerson , seguidor da Teoria Científica de Taylor, popularizador do treinamento de operários.
6 Marciel Lopes Lima, graduado em Administração, proprietário e administrador da CIEP.
7 Médica pediatra, chefe da equipe de enfermagem na CIEP.
serviços com muita disciplina” (LIMA, 2016).
Ao analisar a independência dos setores na CIEP de acordo com a Administração Científica, observamos o quão descentralizada a clínica encontra-se atualmente, sem qualquer independência em seus setores, por motivos claros como a falta de necessidade desse ato, tornando a empresa incompatível com a Teoria Científica nesse aspecto. 
Mapeando as funções básicas da empresa, conseguimos identificar que a função administrativa é a que mais prevalece dentro da empresa, pois definir e estabelecer racionalmente cargos e tarefas depende exclusivamente dessa função. Entendemos como a Administração Científica ajuda a empresa a desenvolver suas especialidades quando percebemos a eficiência da hierarquização e divisão do trabalho tão presente nas atividades diárias da empresa.
De acordo com os dados coletados, percebemos que apesar de não ser presente em todos os aspectos da empresa, a Administração Científica deixa sua marca, seus resquícios, desde os detalhes até as coisas maiores no modo de administrar, sendo assim, bastante importante.
REFERÊNCIAS
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração. 9 ed. São Paulo, Editora Manole Ltda, 2014.
COELHO, José Márcio; GONZAGA, Ricardo Martins. Administração Científica de Taylor: o homem do tempo. Disponível em: <http://www.administradores.com.br/producao-academica/administracao-cientifica-de-taylor-o-homem-do-tempo/318/>. Acesso em: 20 de Novembro de 2016.
LIMA, Marciel Lopes. Entrevista concedida pelo Administrador da CIEP. Piauí, Picos, 11 de Novembro de 2016.
MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru. Introdução à Administração. 5 ed. São Paulo, Editora Atlas S.A., 2000.
TAYLOR, Frederick Winslow. Princípios da Administração Científica. 8 ed. São Paulo, Editora Atlas S.A., 1995.
TAYLOR, Frederick Winslow. Shop Management. 1 ed. New York, American Society of Mechanical Engineers, 1903.

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