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Trabalho de Processo Civil.docx

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INTRODUÇÃO
	O Código de Processo Civil Brasileiro, lei 5.869 de 11 de janeiro de 1973, vem sofrendo importantes  alterações desde os anos 90. Por meio originariamente do Projeto de lei do Senado nº 166 de 2010 e após diversos profícuos debates acerca do assunto, nesse ano de 2015 o Buzaid  sofreu  alterações significativas, visando dentre outras evoluções a celeridade  dos processos, recente baluarte levantado pelo Direito Processual hodierno.
	Neste trabalho estudaremos as disposições gerais referentes aos artigos 642 e 643  do C.P.C. e suas alterações respectivas nos art. 822 e 823 CPC,  buscando nos aprofundar de uma forma mais significativa e didática, pois esta mudança auxiliará em todos os sentidos e é fundamental o conhecimento de tal atualização por parte de todos os interessados no Direito. O presente trabalho será desenvolvido  baseado  no Código de Processo Civil, nos debates doutrinários acerca do assunto estudado, e em textos pesquisados na Internet a fim de  auxiliar na construção do conhecimento.
	Assim, embora tais mudanças   no Código de Processo Civil sejam necessárias,   devemos mudar também as formas de trabalho visando sempre a celeridade processual. Se não mudarmos, se os agentes da Justiça  que trabalham nesta área não empenharem esforços, de nada adianta as mudanças. É  importante para a sociedade a otimização dos trâmites processuais, tornando os processos mais simples proporcionando uma rápida prestação jurisdicional.
A EXECUÇÃO DAS OBRIGAÇÕES DE FAZER E NÃO FAZER NO NOVO CPC
É por meio do processo de execução que ocorre a relação entre o universo das leis e a realidade fática; de nada adianta um sofisticado conjunto normativo e importantes teorias se o credor não obtiver na vida real, o que ele já teria direito se não fosse o inadimplemento do devedor e a necessidade do processo judicial. O regime da execução das obrigações de fazer e de não sofreu ao longo dos anos diversas transformações, tanto em suas características, como em seu conteúdo, evoluindo para ser utilizado como um instrumento de realização do direito material. O escopo das futuras mudanças é conferir celeridade e efetividade àquelas modalidades de prestação jurisdicional. Embora o Código em vigor até o presente momento, tenha operado satisfatoriamente, sentiu a comunidade jurídica a necessidade de que lhe fossem aplicadas alterações, com o objetivo de adaptar as normas processuais às mudanças da sociedade e ao funcionamento das instituições, em uma evidente preocupação de que o direito possa sempre ser instrumento moderno à disposição dos cidadãos. 
Um Código é produto histórico de uma dada sociedade em um determinado período da história. A leitura do novo texto permite concluir que o novo CPC manteve a estrutura do cumprimento de sentença relativo à obrigação de fazer e não fazer do Código atual, especialmente no que diz respeito à obtenção do “resultado prático equivalente”. O novo CPC (que aguarda sanção presidencial) não alterou de maneira radical o regime das medidas de apoio ao cumprimento das obrigações de fazer e não fazer. O novo código de processo civil manteve a sistemática vigente com relação aos meios de coerção para o cumprimento das obrigações de fazer e não fazer, sendo que a multa continua como o principal instrumento de medida coercitiva. No atual Código de Processo Civil é possível a fixação da multa de ofício, independentemente de pedido do autor (art. 461, § 4º do CPC), ou seja, de ofício ou a requerimento da parte, o juiz pode fixar a astreinte de acordo com o caso concreto. Tal possibilidade também foi expressamente consolidada no novo CPC.
A seguir um quadro comparativo com as principais alterações no que concerne à execução de obrigações de fazer e não fazer.
	QUADRO COMPARATIVO
	ATUAL CPC
	NOVO CPC
	Art. 461. Na ação que tenha por objeto o cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer, o juiz concederá a tutela específica da obrigação ou, se procedente o pedido, determinará providências que assegurem o resultado prático equivalente ao do adimplemento. 
§ 1o A obrigação somente se converterá em perdas e danos se o autor o requerer ou se impossível a tutela específica ou a obtenção do resultado prático correspondente
CAPÍTULO III
DA EXECUÇÃO DAS OBRIGAÇÕES DE FAZER E DE NÃO FAZER
Seção I
Da Obrigação de Fazer
Art. 632. Quando o objeto da execução for obrigação de fazer, o devedor será citado para satisfazê-la no prazo que o juiz Ihe assinar, se outro não estiver determinado no título executivo. 
Art. 633. Se, no prazo fixado, o devedor não satisfizer a obrigação, é lícito ao credor, nos próprios autos do processo, requerer que ela seja executada à custa do devedor, ou haver perdas e danos; caso em que ela se converte em indenização.
Parágrafo único. O valor das perdas e danos será apurado em liquidação, seguindo-se a execução para cobrança de quantia certa.
Art. 634.  Se o fato puder ser prestado por terceiro, é lícito ao juiz, a requerimento do exequente, decidir que aquele o realize à custa do executado.  
Parágrafo único.  O exequente adiantará as quantias previstas na proposta que, ouvidas as partes, o juiz houver aprovado. 
Art. 635. Prestado o fato, o juiz ouvirá as partes no prazo de 10 (dez) dias; não havendo impugnação, dará por cumprida a obrigação; em caso contrário, decidirá a impugnação.
Art. 636. Se o contratante não prestar o fato no prazo, ou se o praticar de modo incompleto ou defeituoso, poderá o credor requerer ao juiz, no prazo de 10 (dez) dias, que o autorize a concluí-lo, ou a repará-lo, por conta do contratante.
Parágrafo único. Ouvido o contratante no prazo de 5 (cinco) dias, o juiz mandará avaliar o custo das despesas necessárias e condenará o contratante a pagá-lo.
Art. 637. Se o credor quiser executar, ou mandar executar, sob sua direção e vigilância, as obras e trabalhos necessários à prestação do fato, terá preferência, em igualdade de condições de oferta, ao terceiro.
Parágrafo único.  O direito de preferência será exercido no prazo de 5 (cinco) dias, contados da apresentação da proposta pelo terceiro (art. 634, parágrafo único).  
Art. 638. Nas obrigações de fazer, quando for convencionado que o devedor a faça pessoalmente, o credor poderá requerer ao juiz que Ihe assine prazo para cumpri-la.
Parágrafo único. Havendo recusa ou mora do devedor, a obrigação pessoal do devedor converter-se-á em perdas e danos, aplicando-se outrossim o disposto no art. 633.
Seção II
Da Obrigação de Não Fazer
Art. 642. Se o devedor praticou o ato, a cuja abstenção estava obrigado pela lei ou pelo contrato, o credor requererá ao juiz que Ihe assine prazo para desfazê-lo.
Art. 643. Havendo recusa ou mora do devedor, o credor requererá ao juiz que mande desfazer o ato à sua custa, respondendo o devedor por perdas e danos.
Parágrafo único. Não sendo possível desfazer-se o ato, a obrigação resolve-se em perdas e danos.
Seção III
Das Disposições Comuns às Seções Precedentes
Art. 644. A sentença relativa a obrigação de fazer ou não fazer cumpre-se de acordo com o art. 461, observando-se, subsidiariamente, o disposto neste Capítulo. 
Art. 645. Na execução de obrigação de fazer ou não fazer, fundada em título extrajudicial, o juiz, ao despachar a inicial, fixará multa por dia de atraso no cumprimento da obrigação e a data a partir da qual será devida. 
Parágrafo único. Se o valor da multa estiver previsto no título, o juiz poderá reduzi-lo se excessivo. 
	Art. 497. Na ação que tenha por objeto a prestação de fazer ou de não fazer, o juiz, se procedente o pedido, concederá a tutela específica ou determinará providências que assegurem a obtenção de tutela pelo resultado prático equivalente. 
Parágrafo único. Para a concessão da tutela específica destinada a inibir a prática, a reiteração ou a continuação de um ilícito, ou a sua remoção, é irrelevante a demonstração da ocorrência de dano ou da existência de culpa ou dolo.
CAPÍTULO III
DA EXECUÇÃO DAS OBRIGAÇÕES DE FAZER OU DE NÃO FAZER
Seção II
Da Obrigaçãode Fazer
Art. 815. Quando o objeto da execução for obrigação de fazer, o executado será citado para satisfazê-la no prazo que o juiz lhe designar, se outro não estiver determinado no título executivo.
Art. 816. Se o executado não satisfizer a obrigação no prazo designado, é lícito ao exequente, nos próprios autos do processo, requerer a satisfação da obrigação à custa do executado ou perdas e danos, hipótese em que se converterá em indenização.
 Parágrafo único. O valor das perdas e danos será apurado em liquidação, seguindo-se a execução para cobrança de quantia certa. 
Art. 817. Se a obrigação puder ser satisfeita por terceiro, é lícito ao juiz autorizar, a requerimento do exequente, que aquele a satisfaça à custa do executado. 
Parágrafo único. O exequente adiantará as quantias previstas na proposta que, ouvidas as partes, o juiz houver aprovado.
 Art. 818. Realizada a prestação, o juiz ouvirá as partes no prazo de 10 (dez) dias e, não havendo impugnação, considerará satisfeita a obrigação. 
Parágrafo único. Caso haja impugnação, o juiz a decidirá.
Art. 819. Se o terceiro contratado não realizar a prestação no prazo ou se o fizer de modo incompleto ou defeituoso, poderá o exequente requerer ao juiz, no prazo de 15 (quinze) dias, que o autorize a concluí-la ou a repará-la à custa do contratante.
Parágrafo único. Ouvido o contratante no prazo de 15 (quinze) dias, o juiz mandará avaliar o custo das despesas necessárias e o condenará a pagá-lo.
Art. 820. Se o exequente quiser executar ou mandar executar, sob sua direção e vigilância, as obras e os trabalhos necessários à realização da prestação, terá preferência, em igualdade de condições de oferta, em relação ao terceiro.
Parágrafo único. O direito de preferência deverá ser exercido no prazo de 5 (cinco) dias, após aprovada a proposta do terceiro
.
Art. 821. Na obrigação de fazer, quando se convencionar que o executado a satisfaça pessoalmente, o exequente poderá requerer ao juiz que lhe assine prazo para cumpri-la.
Parágrafo único. Havendo recusa ou mora do executado, sua obrigação pessoal será convertida em perdas e danos, caso em que se observará o procedimento de execução por quantia certa.
Seção III
Da Obrigação de Não Fazer
Art. 822. Se o executado praticou ato a cuja abstenção estava obrigado por lei ou por
contrato, o exequente requererá ao juiz que assine prazo ao executado para desfazê-lo.
Art. 823. Havendo recusa ou mora do executado, o exequente requererá ao juiz que mande desfazer o ato à custa daquele, que responderá por perdas e danos.
Parágrafo único. Não sendo possível desfazer-se o ato, a obrigação resolve-se em perdas e danos, caso em que, após a liquidação, se observará o procedimento de execução por quantia certa.
Seção I
Disposições Comuns
Art. 814. Na execução de obrigação de fazer ou de não fazer fundada em título extrajudicial, ao despachar a inicial, o juiz fixará multa por período de atraso no cumprimento da obrigação e a data a partir da qual será devida.
Parágrafo único. Se o valor da multa estiver previsto no título e for excessivo, o juiz poderá reduzi-lo.
A redação do futuro art. 497 do novo CPC, inova ao inserir um parágrafo único que prevê a concessão da tutela específica, como a fixação de astreinte, por exemplo, sem a necessidade de demonstração da ocorrência de dano ou da existência de culpa ou dolo. Pois são presumíveis em razão do pactuado no instrumento que obriga as partes.
Algumas diferenças são notadas em nomenclaturas, o novel código processual refere-se ao autor como exequente e ao réu como executado e não mais como credor e devedor, respectivamente.
Outra mudança foi em relação ao prazo para requerer a conclusão ou a reparação da obrigação quando a obrigação puder ser satisfeita por terceiro e esse prestar de modo incompleto ou defeituoso, de 10 dias previsto pelo art. 635 do atual código foi alterado para 15 dias no novo CPC. E ainda, o prazo para oitiva do terceiro aumentou de 05 para 15 dias.
Quanto ao antigo artigo 642, em sua atualização respectiva houve apenas uma adequação semântica, esclarecendo melhor o sentido da lei: 
Texto antigo: Art. 642. Se o devedor praticou o ato, a cuja abstenção estava obrigado pela lei ou pelo contrato, o credor requererá ao juiz que lhe assine prazo para desfazê-lo.
Texto novo: Art. 822. Se o devedor praticou ato a cuja abstenção estava obrigado pela lei ou pelo contrato, o credor requererá ao juiz que assine prazo ao devedor para desfazê-lo.
Conforme dispõe a redação original da lei em seu artigo 643 e conforme a redação apresentada no relatório-geral do projeto de lei do Senado, ocorreu acréscimo ao parágrafo único do antigo texto.
Parágrafo único. Não sendo possível desfazer-se o ato, a obrigação resolve-se em perdas e danos, caso em, após a liquidação, se observará o procedimento de execução por quantia certa.
	Portanto houve uma especificação quanto ao procedimento a ser utilizado – o de execução por quantia certa. 
	
CONCLUSÃO
Conclui-se assim, que as alterações introduzidas pelo Novo Código de Processo Civil realmente propiciem maior efetividade à execução, como tanto almejam a doutrina e a jurisprudência, limitando o formalismo exacerbado, e, principalmente, prestando à sociedade a devida e justa tutela jurisdicional, pautada nos princípios constitucionais basilares de um verdadeiro Estado Democrático de Direito.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Quadro comparativo entre a redação original do projeto de Lei do Senado n.º 166, de 2010, o Código de Processo Civil em vigor e as alterações apresentadas no substitutivo do Senador Valter Pereira. Disponível em: <http://www.senado.gov.br/atividade/materia/getPDF.asp?t=84496>. Acessado em: 05-03-2015.
FARIAS, Cristiano Chaves de Farias. DIREITO DAS OBRIGAÇÕES, 4ª Ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2009.
GOMES, Orlando. TRANSFORMAÇÕES GERAIS DO DIREITO DAS OBRIGAÇÕES, São Paulo: Revista dos Tribunais, 1980.
HIRONAKA, Giselda Maria Fernandes Novaes. DIREITO DAS OBRIGAÇÕES. O caráter de permanência dos seus institutos, as alterações produzidas pela lei civil brasileira de 2002 e a tutela das gerações futuras. Disponível em: http://twixar.me/zB9. Acesso em: 02 mar. 2015.
UNIVERSIDADE DO PLANALTO CATARINENSE - UNIPLAC
CENTRO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS
DIREITO EMPRESARIAL
MAELEM ARRUDA
PÂMELA DA SILVA LIMA
THAMIRES MATEI DE SOUZA
A EXECUÇÃO DAS OBRIGAÇÕES DE FAZER E NÃO FAZER NO NOVO CPC
Trabalho apresentado ao curso de Direito, da Universidade do Planalto Catarinense, como parte das exigências para a aprovação na disciplina de Direito Processual Civil.
Docente: Edgar José Galilheti.
LAGES – SC
2015	
UNIVERSIDADE DO PLANALTO CATARINENSE - UNIPLAC
CENTRO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS
DIREITO EMPRESARIAL
MAELEM ARRUDA
PÂMELA DA SILVA LIMA
THAMIRES MATEI DE SOUZA
A EXECUÇÃO DAS OBRIGAÇÕES DE FAZER E NÃO FAZER NO NOVO CPC
LAGES – SC
2015

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