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CENTRO UNIVERSITÁRIO METODISTA - IPA CURSO DE ADMINISTRAÇÃO Matheus Mello Blehm A IMPORTÂNCIA DO MAKETING PESSOAL COMO DIFERENCIAL PARA O MERCADO DE TRABALHO Porto Alegre 2015 MATHEUS MELLO BLEHM A IMPORTANCIA DO MAKETING PESSOAL COMO DIFERENCIAL PARA O MERCADO DE TRABALHO Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Administração do Centro Universitário Metodista do IPA, como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Administração. Orientadora: Profa. Dra. Cláudia de Salles Stadtlober Porto Alegre 2015 2 LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Os 4 P´s do marketing pessoal..............................................................16 3 LISTA DE QUADROS Quadro 1 – TIPOLOGIA E ESTRATÉGIA DE MARKETING.........................17 Quadro 2 – REAL VERSUS IDEAL E PARTICULAR VERSUS SOCIAL.............20 4 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 6 1.1 PROBLEMA DE PESQUISA ................................................................................. 7 1.2 OBJETIVOS DA PESQUISA ................................................................................. 8 1.2.1 Objetivo geral ................................................................................................... 8 1.2.2 Objetivos específicos ....................................................................................... 8 1.3 JUSTIFICATIVA .................................................................................................... 8 2.0 REFERENCIAL TEÓRICO.............................................................................9 2.1 HISTÓRICO E CONCEITO DE MARKETING ..................................................... 10 2.2 ESTRATÉGIA DE MARKETING ......................................................................... 13 2.2 MARKETING PESSOAL ..................................................................................... 18 3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS .............................................................. 25 3.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA .................................................................. 25 3.2 DELIMITAÇÃO DA PESQUISA ........................................................................... 26 3.3 TÉCNICAS E INTRUMENTOS DE COLETAS DE DADOS ................................ 27 3.4 TÉCNICAS DE ANÁLISE DE DADOS ................................................................ 28 4.0 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS............................................................28 4.1 MARKETING PESSOAL CARACTERÍSTICAS E DIFERENCIAIS...................28 4.1.1 CONCEITUANDO O MARKETING PESSOAL............................................29 4.1.2 IMPORTANCIA DO MARKETING PESSOAL.............................................31 4,1,3 IMPORTANCIA DA CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL..................................35 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 37 REFERÊNCIAS......................................................................................................... 40 APÊNDICE A ............................................................................................................ 43 5 RESUMO Este trabalho de conclusão de curso visa entender como o uso das ferramentas do marketing pessoal pode diferencial o profissional da área comercial e uma loja de móveis planejas no momento da decisão de compra do cliente. O trabalho foi realizado através de entrevistas e observação participante, onde foi possível traçar um perfil, entender como os entrevistados conceituam as ferramentas do marketing pessoal e estabelecer a utilidade destas ferramentas e o impacto nos resultados das vendas dos entrevistados. A pesquisa se realizou em uma das lojas da Todeschini em Porto Alegre, a Todeschini Nilo Peçanha, e teve como entrevistados os seis vendedores que compões a área comercial da loja. Tendo em vista a busca por mais um diferencial além da formação acadêmica para a busca de visibilidade e sucesso nas organizações, o problema de pesquisa deste trabalho é: como a prática de marketing pessoal pode diferenciar o profissional da área comercial e uma loja de móveis planejados. O objetivo geral deste trabalho é verificar como a prática de marketing pessoal pode diferenciar o profissional da área comercial de uma loja de móveis planejados. ABSTRACT This work visa completion of course understand how the use of the differential can personal Marketing Tools Professional of the comercial area and a furniture store time Customer's purchase decision. The study was conducted through interviews and participant observation, where it was possible to trace hum Profile, understand as the Respondents conceptualize as tools to marketing staff and establish a utility of these tools and Impact on the results of sales of respondents. The search took place in one of Todeschini of shops in Porto Alegre, Todeschini Nilo Peçanha, and had How respondents six sellers that composing a commercial area of the lodge. Given on visa more search hum differential beyond education search visibility and success on the organizations, the search problem and this work: as a personal marketing practice can differentiate professional comercial area and a shop planned furniture . the general this job purpose and check as a marketing practice personal can differentiate professional comercial area of a shop modular furniture. 6 1 INTRODUÇÃO As relações entre pessoas e organizações podem e quase sempre envolvem o marketing. Quando há interesse em iniciar ou manter o vínculo entre ambos, o marketing pode fazer com que esta relação seja duradoura e traga benefícios e satisfação para os dois lados, com o objetivo e entender e atender estas necessidades. Sobre esta perspectiva, pode-se informar que o marketing está em toda a parte, onde pessoas e organizações se unem em um grande número de atividades que podem ser chamadas de marketing (KOTLER, KELLER, 2006). Em uma definição voltada a produção, McCarthy e Perreault (1997) argumentam que marketing fornece a direção necessária para a produção e ajuda a assegurar que bens e serviços adequados serão fornecidos e encontrarão seu caminho até o consumidor. Sobre as atividades de marketing Kotler e Keller (2006) complementam informando que o marketing se torna cada vez mais indispensável para o sucesso do negócio em todas os setores, estando presente em todos os momentos do nosso cotidiano, desde as atividades mais simples até uma decisão de compra mais complexa. McCarthy e Perreault (1997) expõem que o marketing afeta quase todos os aspectos da vida diária. Todos os bens e serviços que se consome, as lojas onde se compra e os programas de rádio e televisão pagos pelos anunciantes existem em função do marketing. Mesmo os currículos usados para apresentação dos profissionais fazem parte de uma campanha de marketing para vendê-lo ao empregador e para cada dólar gasto com um produto, 0,50 cents é para o marketing. Rapp e Collins (1988) em uma definição mais antiga do marketing expõe que se deve realizar a venda convertendo o interesse do comprador em potencial em intenção de compra real, quase todo o marketing deveria tentar desenvolver umarelação contínua com o comprador após a primeira venda, encorajando as compras adicionais e fidelidade permanente. Entre algumas tipologias do marketing, está o marketing pessoal, voltado para a pessoa como produto a ser promovido. Em uma forma representativa o marketing em seus fundamentos pode ser aplicado à pessoa, Rizzo (2006) informa que seu composto, ciclo de vida e os princípios gerais do relacionamento humano fazem com que a pessoa possa ser entendida como um produto. O autor 7 complementa narrando que o indivíduo recebe um tratamento de produto, para que possa ser trabalhado a cerca das estratégias de marketing. Coelho (2011) define marketing como um conjunto de estratégias e ações visando promover o lançamento, desenvolvimento e sustentação de um produto ou serviço. Neste contexto o marketing pessoal entra na mesma linha de raciocínio quando seu objetivo transformar o indivíduo em um produto e o diferenciar através destas ações. O marketing pessoal pode ser tão relevante quanto o marketing de produtos e serviços, quando se busca diferencial competitivo e visibilidade entre os profissionais, esta ferramenta pode ser usada de forma a projetar e prover a imagem de um indivíduo. Churchill e Peter (2010) argumentam que o marketing pessoal está destinado a criar ações favoráveis em relação a uma pessoa, com o objetivo de promover e destacar sua imagem. Contribuindo com esta perspectiva, Rein, Kotler e Stoller (1999) informam que a visibilidade é o que todo o executivo no inicio de carreira quer e que todo o profissional desconhecido almeja. É também o ingrediente crucial que faz o executivo “X” ser o mais procurado, a entrevistadora “Y” a mais popular em seu marcado e o cirurgião “Z” o mais bem-pago da cidade. Com a perspectiva relacionada às consequências do uso do marketing e suas estratégias voltada à pessoa, este trabalho se propõem a buscar como o uso destas estratégias pode diferenciar e beneficiar o profissional da área comercial em relação aos seus resultados. Estes profissionais atuam em diferentes áreas, comércio de móveis e decoração, imóveis, veículos e instituições financeiras, todos com uma singularidade em comum, trabalham com o cliente final diariamente e tem um mercado altamente competitivo, onde o marketing pessoal pode ser o diferencial decisivo. 1.1 PROBLEMA DE PESQUISA Diante da busca por diferencias competitivos por parte dos profissionais da área comercial, destaque e visibilidade se tornam aspectos relevantes para a obtenção do sucesso na trajetória destes profissionais. Muito além de uma formação teórica, acadêmica, o profissional deve saber se projetar e se manter na memória do mercado de trabalho onde atua. Rein, Kotler e Stoller (1999) contribuem informando que o potencial de contribuição do marketing quando se busca visibilidade pode variar de acordo com 8 os diferentes setores. Nos cem metros rasos, ganha quem for mais rápido e neste caso o marketing não faria diferença no resultado (mas fará grande diferença na recompensa comercial do vitorioso). Em alguns setores como negócios, direito, medicina, religião, meios literários, políticos e entretenimento, onde milhares de aspirantes preenchem as qualidades básicas para exercer tais funções, o impacto do marketing pode ser a diferença para o sucesso. Diante desta situação, o problema desta pesquisa é responder a seguinte questão: como a prática do marketing pessoal pode diferenciar o profissional da área comercial de uma rede de móveis planejados? 1.2 OBJETIVOS DA PESQUISA Os objetivos geral e específicos deste trabalho serão apresentados a seguir. 1.2.1 Objetivo geral Verificar como a prática do marketing pessoal pode diferenciar o profissional da área comercial de uma rede de móveis planejados. 1.2.2 Objetivos específicos a) Identificar as características do marketing pessoal na visão dos vendedores projetistas. b) Descrever a percepção dos vendedores projetistas referente ao uso do marketing pessoal como sendo um diferencial para alcançar e, ou ultrapassar as metas estipuladas pela organização. c) Verificar qual os resultados obtidos para os vendedores projetistas que praticam e para os que não praticam o marketing pessoal. 1.3 JUSTIFICATIVA A importância deste trabalho para o estudante, além de pesquisar os elementos que compõem o marketing pessoal, é entender como a prática desta 9 ferramenta pode diferenciar o profissional no mercado onde atua, afim de obter visibilidade como diferencial em seu segmento. Conforme Bender (2009), há alguns anos atrás, uma faculdade fazia toda a diferença na carreira de um profissional, depois, fazer uma pós-graduação e falar um segundo idioma era o diferencial. Logo surgiram os MBA’s, falar mais de dois idiomas, conhecer a Europa, e assim por diante. Os diferenciais ficaram mínimos, quase imperceptíveis, pois todos tem o mesmo curso, falam os mesmos idiomas, se tornando assim puro commodity. Diante desta situação, este estudo pode ajudar a compreender o marketing pessoal visando desenvolver tais práticas no profissional da área da administração buscando assim um diferencial para a carreira, indo além do seu patrimônio intelectual adquirido durante sua vida, e podendo trabalhar sua aparência física e desenvoltura de forma a trazer benefícios a sua carreira. Bordin Filho (2002) ressalta a importância da aparência física e comportamental nas atividades comercias exemplificando o dia-a-dia das organizações, onde o primeiro julgamento que se faz de uma pessoa é a partir da análise de sua ”embalagem”, ou seja, da sua aparência física. Isso ocorre não somente com os indivíduos mas também com os produtos, que despendem de pesquisa para determinar as formas, cores e tamanhos da sua embalagem. Com o individuo a análise é feita através de sua roupas, cabelos, maquiagem, acessórios, forma de se portar, falar e interagir em seu meio. Independente do individuo ter ou não um bom conteúdo e por mais precipitado e superficial que seja esta avaliação, pode ser a diferença entre conseguir a vaga de emprego ou fechar um bom negócio. De acordo com o Manual de Diretrizes Regimentais do Projeto de Pesquisa e Trabalho de Conclusão de Curso (2015), a linha de pesquisa que será utilizada na construção do trabalho de conclusão de curso será a mercadológica, pois estuda a mercadologia nas organizações e o comportamento do consumidor, realizando estudos e pesquisas sobre o mercado local e global. 10 2 REFERENCIAL TEÓRICO Neste capítulo, serão apresentados conceitos e ideias de alguns autores sobre o marketing nas organizações, marketing pessoal e o mesmo como um diferencial no crescimento profissional. Estes temas estão interligados e serão abordados os conceitos, históricos e o impacto do uso destas ferramentas para administração da carreira tendo como objetivo o crescimento profissional. 2.1 HISTÓRICO E CONCEITO DE MARKETING Com o crescimento populacional no final do século XIX e início do século XX, e o aumento da produção bem como o surgimento de novos concorrentes no âmbito industrial, observou-se uma necessidade de se diferenciar aos consumidores, surgindo assim as primeiras ações de mercado, com o objetivo de entender as necessidades e desenvolver novos produtos para esta crescente população (Associação de Marketing Americana, 1960). A Associação de Marketing Americana (1960) definia o marketing naquela época como o desempenho das atividades de negócios que dirigiam o fluxo de bens e serviços do produtor ao consumidor final. O conceito de marketing surgeinicialmente no Brasil em 1954 com a ideia de mercadologia, embora o termo em inglês seja: ação no mercado. Com o passar dos tempos a definição de marketing adequou-se, cresceu conforme a tecnologia mercadológica, as atividades econômicas e não econômicas ampliaram-se, o marketing sofreu algumas alterações, com isso provavelmente o marketing vai reaparecer de outra forma (COBRA, 1997). McDonald (2008) colabora informando que o conceito de marketing pode ser entendido de forma que todas as atividades de uma organização são impulsionadas por algum desejo de satisfazer algumas necessidades não supridas dos clientes. Já para Para Kotler (2000) marketing é o processo de planejar, executar, determinar o preço, a promoção e a distribuição de ideias, de bens e serviços para proporcionar trocas que satisfaçam metas individuais e/ou organizacionais. Na mesma linha de pensamento Churchill e Peter (2010) afirmam que a orientação para o marketing é uma filosofia de negócios que visa entender as reais 11 necessidades e desejos dos clientes para assim conseguir gerar produtos/serviços que tragam satisfaçam ao consumidor. De acordo com Richers (1994) o marketing pode ser definido como: “Atividades sistemáticas de uma organização humana, voltada para a busca e realização de trocas com seu meio ambiente, visando benefícios específicos” (RICHERS, 1994, p.18). Com isso Severo Filho (2006) afirma que o marketing é um viés da administração que tem como objetivo buscar a satisfação do cliente e o bem estar do consumidor a longo prazo, como forma de satisfazer aos objetivos e a responsabilidade da organização. No entanto para Churchill e Peter (2010) o marketing visa à satisfação de ambas as partes, organizações e consumidores, através de atividades de trocas voluntárias de produtos e serviços que lhes tragam benefícios. Torquato (2004) em uma visão mais detalhada do conceito, aborda que o marketing é um conjunto de atividades que incentiva as relações de troca entre o consumidor e as organizações, no momento certo, com os canais adequados e mensagens apropriadas que atinjam o foco de interesse dos consumidores alvo. Cobra (1997) ressalta a importância do marketing contemporâneo nas organizações. Para o autor os desafios de sobrevivência no mercado atual exigem das organizações uma constante busca por renovação, deixando de lado as “velhas maneiras” de gestão de marketing. Este processo está cada vez mais rápido e os administradores precisam considerar muitas vezes mudanças internas urgentes se quiserem se manter competitivos. Estas mudanças podem disponibilizar às empresas atentas uma abundancia e oportunidade, mas para isso a empresa deve se organizar como um conjunto de negócios comandados por gestores, administradores, empreendedores estimulados pela técnica de marketing de incentivo. Cobra (1997) aborda o marketing criando um escopo onde se percebem algumas áreas de sua aplicabilidade, podendo-se entender sua relevância nas estratégias de curto e longo prazo nas organizações. Este escopo inclui: Comportamento do consumidor, preço, administração de vendas, gerenciamento de produtos, comunicação mercadológica, marketing corporativo, marketing social, eficiência da produtividade do sistema de marketing, o papel do marketing no desenvolvimento econômico, embalagem, vias de distribuição, pesquisa mercadológica, aspecto social e econômico do marketing, varejo, atacado, 12 responsabilidade social do marketing, distribuição física entre outros. Sobre esta perspectiva, pode-se entender que a abrangência do assunto, vai além da área comercial, ou até mesmo do “setor de marketing” das organizações, sendo parte fundamental para o sucesso de uma organização. Hawkins, Mothersbaugh e Best (2007) atentam para o fato de que uma empresa deve conhecer por completo suas próprias capacidades de atender as necessidades dos clientes. Desta maneira envolvendo todos os quantitativos de uma empresa, incluído sua capacidade listadas a seguir: Financeira Aptidões administrativa gerais Capacidade de produção Habilidade de pesquisa e desenvolvimento Sofisticação tecnológica Reputação de mercado Habilidade de marketing As habilidades de marketing incluem capacidade de desenvolvimento de novos produtos, força de canais, habilidade de comunicação, capacidade de serviços, habilidades de pesquisa de marketing, conhecimento de mercado e do consumidor e assim por diante. Os autores alertam que a incapacidade de compreender adequadamente seus próprios pontos fortes e fracos podem causar sérios problemas. Em uma visão ampla e objetiva, Churchill Jr. e Paul Peter (2005) evidenciam a essência do marketing, que desenvolve a troca em que organizações e cliente participam voluntariamente de transações destinadas a beneficiar ambas as partes. Os autores exemplificam sua afirmação com uma situação cotidiana, onde ao comprar um sorvete, clientes e empresas se beneficiam desta troca, o cliente por um lado, satisfaz a vontade de consumir aquele produto, e a empresa se satisfaz com o lucro obtido com aquela transação. McCarthy e Perreault Jr. (1997) complementam informando que o marketing com um conjunto de atividades desempenhadas por organizações e também um processo social. Em outras palavras, o marketing existe em dois níveis, micro e 13 macro. O micromarketring envolve o desempenho das atividades destinadas a realizar os objetivos de uma organização, partindo das necessidades do consumidor ou cliente e dirigindo-lhes um fluxo de bens e serviços a partir de um fabricante ou produtor. Já o macromarketing é um processo social que direciona o fluxo econômico de bens e serviços dos produtores aos consumidores de maneira que iguale eficazmente a oferta e a demanda e realize o objetivo da sociedade. Desta maneira, se pode entender o marketing – levando em conta os autores estudados – como um relacionamento de troca entre empresas e clientes, onde ambos buscam satisfazer seus desejos de alguma forma, visando o lucro ou não. Para um melhor entendimento e aplicabilidade destes conceitos no mercado e na economia atual, será exposto no item a seguir algumas estratégias de marketing utilizadas nas organizações. 2.2 ESTRATÉGIA DE MARKETING As estratégias organizacionais de marketing envolvem planos centrados fundamentados em alcançar um objetivo. Churchill Jr. e Paul Peter (2010) abordam o tema, informando que as estratégias de marketing podem incluir, por exemplo, quanto de dinheiro deve ser alocado para as várias linhas de negócios, ou quais atividades requerem um parceiro com determinada competência. Os autores complementam, destacando que as estratégias de marketing somente obtém sucesso quando seus objetivos são alcançados. McCarthy e Perreault Jr. (1997) definem estratégia de marketing como uma situação ampla que representa o que uma empresa fará em determinado mercado, para isto os autores dividem o marketing estratégico em duas partes inter- relacionadas que são necessárias entender. Uma destas partes é o mercado-alvo, que é um grupo relativamente homogêneo de consumidores que a empresa deseja atrair; e a outra parte é o composto de marketing, onde são abordadas as variáveis controláveis que as organizações reúnem para satisfazer as necessidades destes consumidores. Com esta divisão estratégica, é possível entender e definir quem são os consumidores alvo da empresa em questão e quais os produtos certos para atender as necessidades deste grupo, podendo assim, formular uma estratégia de marketing afim de atingir os objetivos da organização. 14Hawkins, Mothersbaugh e Best (2007) relatam um exemplo comum e genérico de uma estratégia de marketing utilizada nas organizações, os autores ressaltam primeiramente que não é possível selecionar um mercado-alvo sem simultaneamente formar uma estratégia de marketing geral para cada segmento. Um critério decisivo para selecionar um mercado alvo é a habilidade de fornecer valor superior a esses segmentos de mercado. Uma vez que o valor ao cliente é proporcionado pela estratégia de marketing, a empresa deve desenvolver sua estratégia de marketing geral a medida que avalia mercado-alvo potencial. Desta forma, a empresa deve primeiramente entender quais os clientes que deseja atrair, e formar especificamente estratégias para cada um destes grupos, e a estratégia é elaborada à medida que avalia e entende este grupo. Hawkins, Mothersbaugh e Best (2007) finalizam informando que no marketing pessoal este mesmo conceito pode ser adotado, onde o indivíduo como profissional, primeiramente deve entender quem são seus clientes, dentre uma amostra populacional genérica, para a partir desta informação, levando em conta os costumes, tendências e necessidades desta amostra selecionada, formular uma estratégia para atingir seus objetivos. Beemer e Shool (1998) abordam que “a estratégia de pesquisa de marketing não são aplicadas exclusivamente a grandes empresas. Afinal, o objetivo é simplesmente o claro entendimento do que se oferece a clientes”. Uma estratégia de marketing possibilita a gerenciar e planejar o futuro – algo com que homens e mulheres de negócios deveriam se preocupar. Sem um plano a longo prazo, a empresa fica sem rumo e opera no escuro, algo que nenhuma empresa – grande ou pequena – deseja. Desta forma fica evidente a relevância de se ter uma gestão estratégica adequada e recursos humanos com participação ativa no desenvolvimento de estratégias a fim de garantir a sobrevivência das organizações. O mercado está cada vez mais atento e esclarecido em relação aos seus desejos e necessidades, com uma série de opções que lhes dá acesso a informação e troca das mesmas, como por exemplo, troca de experiência entre clientes sobre um mesmo produto, ou seja, este mercado está a cada dia mais exigente. Neste contexto Cobra, (1997) colabora com esta perspectiva e complementa informando que as empresas têm de se definir no sentido de estabelecer o que lhes é mais importante, desde uma instalação e manutenção até a fase de crescimento. É preciso verificar se o enfoque de produção e de qualidade do produto é questão 15 primordial, para melhor orientar sua decisão de produtos e serviços, ou se exigem outras prioridades. Cobra (1998) finaliza fazendo uma analogia onde “imaginar que as teorias gerais de administração não se aplicam ao marketing é o mesmo que concluir que a teoria da gravidade só se aplica a maçã”. Isto justifica a relevância de estratégias das mais diversas para as organizações obterem um ponto de partida e um ponto de chegada. O ponto de partida para uma estratégia de marketing é a definição do posicionamento da companhia, quais as categorias ou qual a categoria de clientes é desejado alcançar é a premissa para o desenvolvimento de um plano de ação e desenvolvimento estratégico, em acordo com esta linha de pensamento, é o que informam Kotler e Trias de Bes (2004) que analisam o fato de que o posicionamento como estratégia competitiva leva inevitavelmente a segmentação. Kotler e Trias de Bes (2004) esclarecem que considerar uma categoria de mercado fixo leva a segmentação como única opção de busca de oportunidade. Se uma categoria foi estabelecida, a única maneira de encontrar novas arenas é selecionando dentro dela alguns subgrupos de consumidores. Segmentação e posicionamento dependem da assunção de que um mercado não pode ser alterado. Isso significa que a única maneira de encontrar novas oportunidades é redefinir o mercado, modificando seus elementos. Para melhor entendimento desta estratégia, Kotler e Trias de Bes (2004) desenvolvem a ideia da seguinte maneira: Imaginando que existe um produto a ser oferecido a um mercado onde há um líder de mercado e outra marca paralela, onde estas duas companhias possuem 75% por cento do mercado, dificilmente este novo produto conseguirá atingir este grupo que já é atendida pelas duas marcar líderes. A partir deste cenário exemplificado, questiona-se qual estratégia poderia ser adotada, uma vez que você não é o líder de mercado. Selecione o subgrupo de pessoas/situações e direcione o produto para eles. Identifique importantes aspectos dessa pessoa/situação e ressalte-os na comunicação do seu produto. Este é um exemplo de segmentação e posicionamento. Hawkins, Mothersbaugh e Best (2007) entendem que o inicio de qualquer estratégia começa pela pesquisa de mercado, para entender qual a necessidade e quem está necessitando, neste aspecto, os autores expõem que as pesquisas são essenciais para o inicio de uma boa estratégia. Em uma abordagem nova, a tecnologia vem ganhando espaço, e disponibiliza as pesquisas on-line. Uma 16 estimativa diz que 60% de todos os testes conceituais de produtos e serviços são feitos on-line. A razão principal é a eficiência em termos de tempo e custo. Cobra (1997) Apresenta o marketing-mix, ou o composto de marketing, onde são apresentados as quatro funções básicas, conhecidas também por “4 PS”, onde todos os elementos do composto foram criados e estabelecidos para entender o mercado-alvo, ou seja, o consumidor. Cobra (1997) primeiramente inicia pelo Produto, e neste caso engloba também serviço, que é dito como certo quando atende plenamente as necessidades a quais se propõem. Este produto ou serviço deve ter qualidade e padronização, em termos de características, desempenho e acabamento; modelos e tamanhos, que atendam as expectativas e necessidades esperadas pelos consumidores; e por fim a configuração, que incluem a apresentação do produto em termos de apresentação física, embalagem, marca e serviço do produto. O Ponto, segundo elemento abordado por Cobra (1997) neste estudo, alerta para o fato de que o produto ou serviço somente tem utilidade se alocado junto a seu mercado consumidor. A escolha deste ponto para o produto e o serviço está necessariamente atrelada ao canal de distribuição dos mesmos. Estes canais de distribuição incluem: atacado, varejo ou distribuição; ao transporte e a armazenagem. No que se refere a Preço, o terceiro elemento abordado Cobra (1997), este pode ser considerado posto na fábrica, posto no cliente, atacadista, varejista ou distribuição, líquido com desconto, ou bruto sem desconto, desconto por quantidade, por condição de pagamento, entre outros. Desta forma, o produto, ou serviço, deve ser o certo, deve esta no ponto certo e deve transferir a posse ao preço certo. Por último, a Promoção, que compreende a publicidade, as relações públicas, a promoção de vendas, a venda pessoal e merchandising do produto. Ritossa (2009) apresenta na Figura 01 o profissional como um composto do marketing, onde há uma comparação do marketing pessoal x marketing empresarial, onde quem busca o sucesso ocuparia as mesmas posições/graus de importância. 17 Figura 1 - Os 4 P’s do marketing pessoal: Fonte: Ritossa (2009, p. 31) Kozel Jr. (1997) exemplifica uma estratégia de marketing utilizando os recursos humanos, onde o diferencial está no tratamento das pessoas com seus clientes, tornando a experiência com a empresa única. O autor traz o exemplo da Companhia Aérea Airline, onde desfruta de uma excelente reputação no mercado, principalmente pelo encantoe simpatia de suas equipes a bordo. Outras empresas como McDonald’s, WallMart, Disney e Citibank criam mundialmente uma diferenciação de marca também utilizando os recursos humanos como parte crucial da sua estratégia de marketing. Os autores Churchiul. e Peter (2010, p. 5) demonstram no quadro onde é possível verificar os tipos de marketing existente, sua descrição, e exemplos estratégicos: Quadro 1 - Tipologia e Estratégia de Marketing Fonte: Churchiul; Peter (2010, p. 5) TIPOS DESCRIÇÃO De Produto Marketing destinado a criar trocas para produtos tangíveis Estratégia para vender computadores e Infoway Serviço Marketing destinado a criar trocas para produtos intangíveis Estratégia da Hertz para alugar carros para viajantes Pessoa Marketing destinado a criar ações favoráveis em relação a uma pessoa Estratégia para obter votos para Fernando Henrique Cardoso Lugar Marketing destinado a atrair pessoas para um lugar Estratégia para levar pessoas a passar férias na Bahia Causa Marketing destinado a criar apoio para ideias e questões ou levar as pessoas a mudar comportamentos socialmente indesejáveis Estratégias para inibir o uso de drogas ilícitas ou para atrair doadores de sangue Organização Marketing destinado a atrair doadores, membros, participantes ou voluntários. Estratégia para aumentar o número de associados do fã- clube do Roberto Carlos 18 Levando em conta os estudos apresentados acima e visto o fato de que a embalagem, apresentação de um produto é fator relevante em sua estratégia de sucesso para o consumidor. Este estudo visa entender melhor esta estratégia aplicada ao profissional, tratando a pessoa em si como produto a ser lançado e os cuidados que devem ser tomados com sua embalagem e aparência como forma de estratégia para o sucesso no âmbito profissional. Em seguida será abordado o marketing pessoal como diferencial para o profissional no mercado de trabalho, entrando em acordo com o problema de pesquisa abordado neste trabalho e de interesse do autor. 2.2 MARKETING PESSOAL Para Bender (2009) a normalidade, no sentido de se fazer as mesmas coisas, da mesma forma, estudando nos mesmos cursos e ainda da mesma maneira pode não levar a lugar nenhum, ou pelo menos, não onde se espera chegar. O autor salienta o fato de que em um mundo de alta competitividade, com milhares de profissionais normais e invisíveis, uma pequena diferença de comportamento pode resultar um enorme diferencial competitivo. Segundo o autor, âmbito profissional onde existem inúmeros profissionais normais está prestes a falir como empresa. Nenhuma marca bem sucedida atingiu o sucesso estando igual às demais, o sucesso, nestes casos, está ligado em se fazer algo novo de maneira diferente. Ninguém está disposto a pagar um centavo a mais por algo normal, o normal tem preço médio de mercado, é comodity. O valor está ligado ao diferencial, seja para marcas corporativas ou para marcais pessoais. Desenvolve-se a ideia acerca da não normalidade abordada acima Bender (2009), o diferencial relacionado à marca pessoal entra em pleno acordo com a importância de se ter estratégias claras e objetivas de marketing pessoal a fim de se ter destaque no mercado, fazendo com que esta visibilidade seja um diferencial competitivo. Desta forma entende-se que para o mundo corporativo de hoje, este tipo de estratégia se faz cada vez mais presente para se ter sucesso nas mais diversas áreas. Para se entender melhor o que é o marketing pessoal, Jardins (2005) diz que o marketing pessoal é o planejamento coerente entre os 4P`s (produto, serviço, 19 ponto e promoção) que utiliza-se para produtos e serviços, considerando que, no caso, o produto é uma pessoa. Pode ser considerado ainda, um esforço individual do profissional, de adequação e mudança, na maneira de pensar e agir, com o objetivo de conquistar e manter seguidores, para alcançar objetivos pessoais, sociais e profissionais. (PADILHA, 1999). Para Kuazaqui e Kanaane (2004) qualquer que seja a atividade ou o trabalho que uma pessoa efetue, essa tarefa terá mais força para existir um sentido maior que o dinheiro, e por essa razão é que o marketing associado ao ser humano se torna uma filosofia de negócios para o profissional moderno. Bender (2009) argumenta sobre assunto abordando os fatos mais corriqueiros, como os profissionais que afirmam não ter dinheiro, ou tempo, ou disposição para um MBA fora do país, porém segundo o autor, o embasamento teórico é muito importante, mas não é tudo, pois já existem centenas de MBA’s, não sendo este um diferencial. É importante deixar claro que este é apenas um exemplo que pode ser aplicado em qualquer área, e o autor frisa que o embasamento teórico não deixa de ser importante em uma carreira. Bender (2009) ainda destaca que ao ser analisado o perfil de alguns executivos das mais variadas áreas de grandes empresas, existe uma titulação invejável, mas isso não é tudo. Por traz de um grande patrimônio intelectual, existe um trabalho de marketing pessoal. Grönroos (2009) informa que a impressão sobre os próprios indivíduos é um fator determinante em um processo de relacionamento, seja ele com clientes ou até mesmo dentro da organização. É comum o julgamento pela aparência física e muitas vezes, o desempenho intelectual é medido precocemente pela capacidade de se manifestar em si próprio uma boa aparência. Uma análise supérflua de um produto, ou neste caso de uma pessoa, baseada apenas no visual do mesmo, pode destacar o profissional, fazendo sua marca ser lembrada dentro do meio em que deseja reconhecimento. Sobre este aspecto, Grönroos (2009) complementa que pode-se perceber o desempenho de um produto através das imagens que ele passa. Para ele, o resultado das experiências e expectativas do cliente é a imagem, sem o uso adequado das ferramentas do marketing pessoal, muitas vezes a imagem do 20 produto, neste caso, do profissional, não fica em evidência, dificultando a lembrança por parte do mercado em relação ao profissional. Alguns indivíduos naturalmente desenvolvem os gestos a aparência que as pessoas valorizam ou desejam. Algumas vezes estes indivíduos obtém alta visibilidade quase sem nenhum esforço, mas para a grande maioria das pessoas a visibilidade e seus benefícios devem ser ativamente perseguidas (REIN, KOTLER; STOLER, 1999). Ciletti (2010) conceitua o marketing pessoal como a criação de ações com o objetivo de vender a si mesmo e as próprias ideias, e complementa sobre a importância desta ferramenta, sendo esta a chave do sucesso no mundo corporativo no século XXI. A autora Ciletti (2010) ainda afirma que: Marketing pessoal foi estruturado para impulsionar o desenvolvimento de um plano de marketing pessoal e de carreira com base na análise das próprias competências e habilidades comercializáveis (CILETTI, 2010, p.38). A autoimagem, dentro desta linha de pensamento é definida, segundo Hawkins, Mothersbaugh e Best, (2007), como a totalidade dos pensamentos e sentimentos de um indivíduo em relação a si mesmo como objeto, em outras palavras, a autoimagem é composta das atitudes que o individuo tem em relação a ele próprio. Esta pode ser dividida em quatro partes fundamentais, como mostra o quadro 02: real versus ideal e particular versus social. Quadro 2 - Real versus Ideal e Particular versus Social Dimensões da autoimagem Autoimagem real Autoimagem ideal Eu particular Como eu realmente me vejo Como eu gostaria de me ver Eu social Como os outros realmente me veem Como eu gostaria que os outros me vissemFonte: Hawkins, Mothersbaugh e Best, (2007, p. 227), Vive-se em um mundo no qual a interação com os outros é fundamental e quanto mais bem sucedida for essa interação, maiores serão as chances de crescimento profissional e a realização das metas e aspirações (RAMALHO, 2008). Segundo Rizzo (2006), de uma forma simbólica pode-se adequar os fundamentos de marketing, ao marketing pessoal, pois o composto de produto, do ciclo de vida do produto e as próprias relações humanas, a própria pessoa passa a 21 ser entendida e tratada como um produto. Sob esta perspectiva, Kuazaqui e Kanaane (2004) abordam: Marketing pessoal é uma demonstração na medida exata das competências técnicas, comportamentais e culturais do indivíduo. É a utilização de ferramentas e exposição e comunicação que traduzem os princípios, os valores, os talentos, as habilidades e capacitação técnica interpessoal e intercultural do talento humano (KUAZAQUI; KANAANE, 2004, p.93). O próximo subitem traz o marketing pessoal como diferencial nas organizações. 2.2.1 Marketing pessoal como diferencial no mercado de trabalho Inicia-se este item fazendo uma analogia entre a gestão de uma organização e a gestão de pessoal. Segundo Bender (2009), se for analisado um modelo de gestão de empresa, por mais simples que seja, encontra-se uma preocupação com as atividades de curto prazo, ou seja, com o faturamento e o resultado mês a mês. São impostos que devem ser pagos, pagamento de fornecedor, compra de matéria- prima, compra de material de expediente entre outros. Uma empresa deve se manter funcionando e isso implica em entender as atividades mais simples cotidianas, como o pagamento de água, luz, salários entre outros. No final do mês é uma preocupação de curto prazo vital para o funcionamento da empresa. Bender (2009) complementa expondo que algumas atividades desenvolvidas pelas empresa, ao menos as empresas bem sucedidas, são tarefas de curto prazo, que estão sendo pensadas e implementadas no presente, mas cujos resultados virão a médio e longo prazo, ou seja, a empresa investe tempo e estratégia agora, pensando nos resultados em cinco, dez anos ou mais. Se uma empresa não se preocupa com a depreciação de seus equipamentos, em breve terá máquinas ultrapassadas, podendo perder produtividade e consequentemente terá prejuízo. Se não se preocupar com investimento no capital intelectual da companhia, em breve terá seu quadro de pessoal frágil e ficará vulnerável novamente. Frente a este quadro Bender (2009) questiona a respeito das ações que as companhias devem tomar. Estas se articulam de forma a gerir tanto as tarefas de curto prazo, como o fechamento de final de mês, e as estratégias em longo prazo, como o crescimento da companhia em dez anos. Sobre este aspecto, é importante 22 refletir e questionar sobre a diferença entre a gestão das empresas e a gestão da carreira pessoal. A resposta é nenhuma, ou deveria ser nenhuma. Pensado sobre a gestão de carreira, o indivíduo estará cuidando de um ativo, o maior ativo de um profissional que é sua marca pessoal. As grandes companhias se articulam de forma a exercer estas atividades de modo brilhante. No entanto, o mesmo não ocorre na gestão da carreira profissional na maioria das vezes. Desta forma, Benner (2009) informa que é possível entender a relevância de se ter um planejamento de carreira profissional, muitas vezes em paralelo com estratégias de curto prazo. Entende-se também a importância de se ter atenção à imagem pessoal do profissional, sendo esta ferramenta fundamental para destaque dentre outros profissionais, porém necessita de cuidado pois para Doin (2006), marketing pessoal é um processo de desenvolvimento pessoal e o sucesso é apenas consequência. Doin (2006) complementa dizendo que é necessário ter criatividade e coragem para criar motivos para interagir com as pessoas e aparecer. Em certas áreas de atividades, como área comercial e de marketing, permitem algumas ações planejadas e assim criarão uma rede de relacionamento, e é essa interatividade que se desenvolve e se constrói o valor para a marca da pessoa. Para Oliveira Neto (1999), o marketing pessoal não trata nem diminui o profissional a um simples objetivo. Ao contrário, valoriza o profissional em toda a sua capacidade, atributos e características, inclusive sua estrutura física, intelectual e espiritual. Na realidade possibilita a utilização plena das ferramentas de marketing pessoal, divulgar e demonstrar todas as capacidades e potencialidades é a principal tarefa do profissional. Desta forma, entende-se que para um profissional que almeja se diferenciar no mercado de trabalho do século XXI, além da divulgação de sua imagem profissional, deve entender que o marketing pessoal é um conjunto de ações planejadas e estrategicamente elaboradas para a obtenção do sucesso. Sobre este aspecto, Ritossa (2009) afirma que o marketing pessoal é um conjunto de ações planejadas que facilitem a obtenção de sucesso pessoal e profissional, seja para conquistar uma nova posição, seja para manter a posição atual. Jardins (2005) destaca que se vive em uma sociedade que avalia as pessoas não apenas em função dos resultados, mas também em função da imagem que é projetada e da embalagem com que elas se apresentam. A embalagem é fundamental para a venda de um produto. Como os produtos não falam, a 23 embalagem trata de atrair atenção. A embalagem o aspecto humano e profissional seriam as roupas, aparência, forma de se posicionar diante a situações no âmbito profissional. Ritossa (2009) também refere-se ao marketing pessoal informando que palavras como determinação, disciplina e perseverança, somadas ao estabelecimento de prioridades e a capacidade tornar adversidades em oportunidades, estão ligados a muitos casos de triunfos pessoais e profissionais De acordo com Davidson (1997) com o crescimento populacional em meados dos anos 60, os profissionais perceberam a necessidade de se destacar em meio a uma oferta numerosa de colaborados nas organizações, por isso o marketing pessoal tornou-se uma ferramenta indispensável para quem almeja sucesso. O desenvolvimento de habilidades que possam divulgar e destacar suas competências e atributos intelectuais e físicos são essenciais para conquistar o respeito e o sucesso merecido no mercado onde atua, visto a necessidade de se mostrar diferenciado e de se destacar perante os concorrentes (DAVIDSON, 1997). Rein, Kotler e Stoler (1999) destacam o fato de que os candidatos aspirantes não devem se transformar até que tenham decidido qual é o mercado alvo em que desejam buscar sucesso. Cada mercado, segmento tem suas características, particularidades e exigências. Desta forma, alinhando o pensamento com a os autores acima, é possível expor o impacto que o uso do marketing pessoal pode trazer para os profissionais da área comercial, sendo esta uma ferramenta facilitadora, a fim de conquistar e manter clientes em um mercado globalizado, onde a oferta de produtos e serviços está cada vez maior. Este profissional diferenciado, que desta ferramenta, tem chances de sucessos maximizadas, potencializando suas características e as expondo como forma de se diferenciar dos demais profissionais que atuam na mesma área. O quadro 03 resume as principais ideias dos autores utilizados na elaboração do referencial teórico deste trabalho. 24 Quadro 03: Principais Ideias e Autores Utilizados no Referencial Teórico Assunto Autores Histórico e conceitos de marketing Malcolm Mcdonalds (2008) Philip Kotler (2000) Junior Churchill;Paul. J. Peter (2010) Raimar Richers (1994) João Severo Filho (2006) Marcos Henrique Nogueira Cobra (1997) Estratégia de marketing Jerome E. McCarthy.;. William D. Perreault Junior. Junior Churchill; Paul. J. Peter (2010) Phillip Kotler; Fernando Trias de Bes (2004) Marcos Henrique Nogueira Cobra (1997) Cláudia Mônica Ritossa (2009) Marketing Pessoal Bender(2009) REFERENCIAR ESTES Ênio Padilha (1999) Edmir Kuazaqui; Roberto Kanaane (2004) Dorene Ciletti (2010) Claudio Rizzo (2006) Marketing pessoal como diferencial no mercado de trabalho Arthur Bender(2009 Elaine Doin (2006) João Antônio Jardins Silveira (2005) Pedro Carvalho de Oliveira Neto (1999) Cláudia Mônica Ritossa (2009) Fonte: Elaborado pelo Autor (2015). A seguir será apresentada a metodologia da pesquisa, onde o autor deste trabalho expôs o modo com o qual se valeu para coletar dados que vaidaram este trabalho. 25 3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Nesse capítulo serão apresentados os procedimentos metodológicos que irão nortear este trabalho de a conclusão de curso administração. 3.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA Gil (2010) Define pesquisa como procedimento racional e sistemático que tem como objetivo proporcionar respostas aos problemas que são propostos. A pesquisa é requerida quando não se dispõem de informação suficiente para responder ao problema, ou então quando a informação disponível se encontra em tal estado de desordem que não possa ser adequadamente relacionada ao problema. “A pesquisa, por tanto, é um procedimento formal, com método de pensamento reflexivo, que requer um tratamento científico e se constitui no caminha para conhecer a realidade ou para descobrir verdades parciais” (LAKATOS; MARCONI, 2007, p. 157). Desta forma, a pesquisa entra em pleno acordo como ferramenta facilitadora de busca de informações para responder os questionamentos deste trabalho, que buscou identificar o impacto do uso de ferramentas de marketing pessoal como diferenciador do indivíduo nas organizações, sendo realizado na organização onde o autor atua, no mercado moveleiro de Porto Alegre, conferindo desta forma, um estudo descritivo, que de acordo com Lopes (2006, p. 217) “é o estudo de uma determinada população, descrevendo suas características, estabelecendo variáveis entre si, a partir de seus objetivos”. Reis (2008, p. 56) complementa articulando que a pesquisa descritiva é desenvolvida por meio de técnicas padronizadas de coletas de dados como questionários e observação sistemática. O método de pesquisa de campo com abordagem qualitativa foi utilizado visto a necessidade de entrevista com gestores de diferentes áreas da organização, todos com poder de contratação, afim de exporem suas opiniões sobre o problema de pesquisa. Para Hair Jr. et al. (2005, p. 100), os dados qualitativos representam descrição de coisas sem atribuição de números. Os dados qualitativos geralmente são coletados utilizando-se de entrevista não estruturada. Banks (2008, p. 9) complementa o método qualitativo ressaltando que “este se abstém de estabelecer um conceito bem definido daquilo que se estuda e de formular hipóteses no início 26 para depois testá-las. Em vez disso, os conceitos são desenvolvidos e refinados no processo da pesquisa”, abrangendo, desta forma para o autor deste trabalho, as possibilidades no momento das entrevistas. 3.2 DELIMITAÇÃO DA PESQUISA Segundo Marconi e Lakatos (2005) “delimitação de pesquisa é estabelecer limites para e investigação”, ainda segundo os autores, estas delimitações podem ser realizadas da seguinte forma: Assunto – selecionando um tópico, a fim de impedir que se torne ou muito extenso ou muito complexo; À extensão – porque nem sempre se pode abranger todo o âmbito onde o fato se desenrola; A uma serie de fatores – meios humanos, econômicos e de exiguidade de prazo – que podem restringir o seu campo de ação (MARCONI; LAKATOS, 2005, p. 164) Desta forma, a pesquisa se propõe a realizar-se em uma das unidades do grupo de lojas de fábrica Todeschini S. A. de Porto Alegre, que possui três lojas em diferentes bairros nobres da cidade, com diferentes equipes comerciais, onde se comercializam móveis exclusivos do fabricante Todeschini S. Focando-se na área comercial da loja Todeschini Nilo Peçanha, composta por 6 vendedores projetistas, todas do sexo feminino e foi realizado nos meses de março e abril de 2015, na loja Todeschini Nilo Peçanha, localizada na Av. Doutor Nilo Peçanha, 2331. As entrevistas foram realizadas todas na parte da manhã, seguindo a orientação da gerência da loja, para não influenciar no fluxo de trabalho das participantes. A observação feita pelo autor desta trabalho foi feita durante o expediente de trabalho de forma discreta e diária, sem horário específico e sem aviso prévio às participantes, para que pudesse observar o comportamento das entrevistadas de forma mais natural possível. A, considerada a maior fabricante de móveis planejados da América latina e a 6˚ maior fábrica do segmento no mundo, com resultados econômicos relevantes para pais, sendo referência em seu meio. Esta organização foi escolhida pelo autor deste trabalho em virtude de o mesmo fazer parte do corpo de colaboradores e ter acesso facilitado a informações requeridas para a realização desta pesquisa, caracterizando assim uma pesquisa por conveniência. Os sujeitos de pesquisa deste trabalho serão 6 colaboradores que fazem parte da área comercial da unidade onde o autor faz parte e que trabalham 27 diretamente com o público, o consumidor, os vendedores e projetistas, buscando compreender o grau de importância para eles do uso do marketing pessoal como diferencial nos resultados de suas metas, e o quanto este quesito é relevante quando praticado por um colaborador no momento da decisão do cliente. 3.3 TÉCNICAS E INTRUMENTOS DE COLETAS DE DADOS Para o levantamento das informações necessárias para este trabalho, foram utilizadas as ferramentas para coleta de dados de observação e entrevistas. A observação será feita pelo estudante tendo em vista a não interferência no meio, caracterizando-se desta forma de observação não-participante, onde Marconi e Lakatos (2007) destacam que: Na observação não-participante o pesquisador toma contato com a comunidade, grupo ou realidade, mas se integrar-se a ela: permanece de fora. Presencia o fato, mas não participa dele; não se deixa envolver pelas situações; faz mais o papel de espectador. Isso, porém, não quer dizer que a observação não seja consciente, dirigida, ordenada para um fim determinado. O procedimento tem caráter sistemático. (MARCONI; LAKATOS, 2005, p. 194) Visando obter maior aproveitamento de informações, foram realizadas entrevistas com os colaboradores da área comercial, como forma de obtenção de dados, onde Santos e Candeloro (2006, p. 75) apresentam que “A entrevista é um instrumento de coleta de dados muito afeito às áreas de saber voltadas para o campo social [...], uma vez que o acadêmico dirigir-se pessoalmente ao seu entrevistado e aplica as questões, permitindo, com isso, o que uma gama de respostas de teor qualitativo sejam inventariadas e analisadas pelo entrevistador. (CANDELORO, p. 75) Para que as entrevistas tivessem eficiência tal qual esperada, foi necessária a elaboração de roteiro prévio, onde estes nortearam o entrevistador através dos questionamentos, mesmo que as mesmas possam ser alterados para melhor aproveitamento das respostas no momento da execução. As entrevistas foram realizadas nos meses de marçoe abril do ano de dois mil e quinze, com os vendedores e projetistas de uma loja. As entrevistas foram 28 realizadas individualmente com cada um dos colaboradores, que atualmente somam o número total de quinze em operação, através de entrevista com roteiro semi estruturado e perguntas abertas. A observação foi realizada neste mesmo período, através de diário de campo, em março e abril de dois mil e quinze, onde o autor deste trabalho teve como base para esta análise os autores citados acima, para observar de que forma estes colaboradores se utilizam do marketing pessoal. 3.4 TÉCNICAS DE ANÁLISE DE DADOS A técnica de análise de dados que foi utilizada neste trabalho foi a interpretativa, visando obter maior aproveitamento das informações obtidas nas entrevistas, onde Marconi e Lakatos (2005) informam que: É a atividade intelectual que procura dar significado mais amplo às respostas, vinculando-as a outros conhecimentos. Em geral, a interpretação significa a exposição do verdadeiro significado do material apresentado, em relação aos objetivos propostos e ao tema. Esclarece não só o significado do material, mas também faz ilações mais amplas dos dados discutidos. (MARCONI; LAKATOS, 2005, p. 171). Através deste tipo de técnica de análise de dados, o autor desta pesquisa poderá encontrar respostas para o problema de pesquisa, responder aos objetivos específicos e desta forma, analisar qual a importância do uso do marketing pessoal como diferencial para o profissional no mercado de trabalho buscando assim mais uma ferramenta para que os administradores possam alcançar novas promoções dentro das organizações ou até mesmo a busca por novas opções no mercado de trabalho. 29 4. APRESENTAÇÃO DO ESTUDO A seguir será apresentado o estudo feito pelo autor deste trabalho, elaborado a partir de entrevistas e observação participante com os colaboradores da empresa, e um comparativo com as teorias expostas neste trabalho, abordado o tema pesquisado. 4.1 MARKETING PESSOAL CARACTERÍSTICAS E DIFERENCIAIS A partir de uma serie de perguntas previamente elaborada, foi possível criar um perfil do grupo entrevistado. A seguir apresentamos uma tabela representativa sobre o grupo: Tabela 1: Perfil dos entrevistados Sexo Idade Formação Média de vendas Entrevistado 1 Feminino 33 anos Design de interiores 66mil/mês Entrevistado 2 Feminino 34 anos Arquitetura (cursando) 89mil/mês Entrevistado 3 Feminino 32 anos Arquitetura (cursando) 60mil/mês Entrevistado 4 Feminino 56 anos Arquitetura (incompleto) 134mil/mês Entrevistado 5 Feminino 25 anos Arquitetura (cursando) 118mil/mês Entrevistado 6 Feminino 36 anos Arquitetura Pós-graduado 117mil/mês Fonte: Elaborado pelo autor (2015). Observa-se a partir da tabela 1 que o grupo é formado por pessoas do sexo feminino, apesar de este não ser um pré-requisito para o desenvolvimento deste tipo de trabalho. Porém no momento o grupo é formado apenas por mulheres. A idade média do grupo está entre 25 e 36 anos de idade, com uma apenas uma exceção, que é a entrevistada 4 (2015) com 56 anos. A formação acadêmica é em geral arquitetura e urbanismo e design de interiores, mas não é uma regra da empresa, o que é exigido para a contratação é a experiência na área exercendo esta atividade e conhecimento profundo sobre arquitetura e urbanismo e design de interiores. Pode se observar também que as entrevistadas 2, 3, 4 e 5 ainda não concluíram o curso de arquitetura e urbanismo mas apresentaram um conhecimento aprofundado da área em virtude do tempo de experiência exercendo esta função. A meta mensal de vendas estipulada pela 30 organização é de 100.000,00 mil reais por mês, a média de vendas entre o grupo varia, onde se pode observar que o maior valor apresentado é da entrevistada 4 (2015) com 134.000,00 reais por mês (média apresentada nos últimos 6 meses). Em seguida a entrevistada 5 apresenta o valor mensal de 118.000,00 reais por mês, com uma pequena diferença para a entrevistada 6, que possui a media mensal de 117.000,00 reais por mês. As entrevistadas 1, 2 e 3 apresentam números abaixo do da meta estipulada pela empresa, ou seja, abaixo do esperado. A loja Todeschini Nilo Peçanha está em operação há 1 ano e 6 meses, e o grupo entrevistado em geral foi formado quando a loja começou a operar. Na observação feita pelo autor (2015) pode se observar: que o grupo entrevistado é formado por mulheres jovens, bem informadas a cerca de notícias e acontecimentos, dominadoras do assunto no que diz respeito a sua área de atuação e sempre bem vestidas, maquiadas. A seguir, será explorado a conceituação do marketing pessoal pela ótica das entrevistadas, expondo o ponto delas sobre os seus conceitos e abrangências. 4.1.1 Conceituando o Marketing Pessoal Foi questionado para as entrevistadas: o que elas entendiam sobre marketing pessoal. A entrevistada 1 (2015) informa que “ o marketing pessoal é a forma de se apresentar para as pessoas, o cuidado com a aparência, dicção e forma de expressão”. A entrevistada 2 (2015) segue pela mesma linha de raciocínio, informando que “o marketing pessoal é estar bem vestida, cuidado com a aparência e apresentação pessoal, com foco no cliente”. A entrevistada 3 (2015) objetiva sua resposta informando que “o marketing pessoal é a maneira com a qual se apresenta para o cliente”, já a entrevistada 4 (2015) informa que em seu ponto de vista “o marketing pessoal é um conjunto de ações para se destacar, sempre em prol do reconhecimento profissional”, a entrevistada 5 (2015) ressalta que “o marketing pessoal é como a pessoal é, como se apresenta, o seu jeito de ser”, e a entrevistada 6 (2015) informa que “o marketing pessoal é a imagem que o indivíduo passa para os outros. Desta forma, é possível observar que em geral, as entrevistas conceituam marketing como a forma de se vestir, de se apresentar para os outros, e ou, para os 31 clientes, a forma de agir e a forma de ser, complementando com ações favoráveis para se destacar, como foco sempre no cliente. Verificando alguns conceitos de marketing pessoal abordados neste trabalho, é possível obter uma definição mais ampla, a cerca do que foi respondido pelas entrevistadas. Celite (2010) conceitua o marketing pessoal como a criação de ações favoráveis com o objetivo de vender a si mesmo e suas próprias ideias. Já Gronroos (2009) informa que pode-se perceber o desempenho de alguns produtos através da imagem que ele passa. Para ele, o resultado das experiências e expectativas do cliente é a imagem, sem o uso adequado das ferramentas de marketing pessoal, muitas vezes a imagem do produto, neste caso, do profissional, não fica em evidencia, dificultando assim a lembrança por parte do cliente. Por tanto, levando em conta a importância de se ter uma boa imagem do profissional, o cuidado com a aparência, forma de apresentação, dicção e forma de se expressar expostos pelas entrevistadas, fazem parte do marketing pessoal e são aspectos relevantes quando se observa a conceituação de Gronrros (2009). Padilha (1999) conceitua o marketing pessoal como um esforço individual do profissional de adequação a mudança, na maneira de pensar e agir, com o objetivo de conquistar e manter seguidores, para alcançar objetivos pessoais, sociais e profissionais. Entrando em acordo com o a resposta das entrevistadas 3 e 5 por exemplo, quando informa que o marketing pessoal é o “jeito de ser”. A cerca da utilização do marketing pessoal no dia-a-dia, as respostas foram positivas, as entrevistada 4 (2015) complementainformando que “utiliza, porém pode melhorar, e a entrevistada 5 (2015) informa que “utiliza, porem acredita que seja o básico”. O autor deste trabalho observou que em geral, o cuidado com a aparência, que é relevante dentro do marketing pessoal, existe diariamente, além de existir uma constante preocupação com o desenvolvimento intelectual, a entrevistada 1 (2015) é graduada em design de interiores e tem participação assíduo em todos os cursos e treinamentos oferecidos pela organização. A entrevistada 2 (2015) está com a graduação cursando arquitetura e urbanismo, o mesmo ocorre com as entrevistadas 3, 4 e 5 (2015), apenas a entrevistada 6 (2015) tem graduação em arquitetura e urbanismo e pós graduação em gestão de pessoas. Neste contexto, o que pode se observar, quando se compara os números de vendas individuais de casa entrevistado com a graduação de cada um, não existe um padrão, como por exemplo a entrevistada 4, não sendo graduada possui um 32 volume de venda superior a entrevistada 6 que é pós graduada. Bender (2009) argumenta sobre assunto abordando os fatos mais corriqueiros, como os profissionais que afirmam não ter dinheiro, ou tempo, ou disposição para um MBA fora do país, porem segundo o autor, o embasamento teórico é muito importante, mas não é tudo, pois já existem centenas de MBA’s, não sendo este um diferencial. É importante deixar claro que este é apenas um exemplo que pode ser aplicado em qualquer área, e o autor frisa que o embasamento teórico não deixa de ser importante em uma carreira. Foi questionado às entrevistadas por qual objetivo as mesmas utilizavam o marketing pessoal em seu dia-a-dia: a entrevistada 1 (2015) informou que “utiliza o marketing pessoal para o alcance de seus objetivos, tanto pessoais quando profissionais”, já a entrevistada 2 (2015) aborda que “primeiramente utiliza a ferramenta porque faz com que se sinta bem, e segundo porque é relevante para o público que atende”. A entrevistada 3 (2015) utiliza a o marketing pessoal “para passar confiança para os clientes, entrando em acordo com a entrevistada 4 (2015) que complementa ainda informando que “é fundamental saber o que fala e como se comportar, para transmitir credibilidade aos clientes”. A entrevistada 5 (2015) relata que “utiliza o marketing pessoal como forma de apresentação pessoal, em virtude de seu trabalho”, e a entrevistada 6 (2015) concorda e informa que “utiliza o marketing pessoal para estar bem apresentada para o meio profissional”. A seguir, será abordado informações a cerca da importância do marketing pessoal para os profissionais em relação a seu desempenho. 4.1.2 Importância do marketing pessoal Foi verificado através das respostas entrevistas, qual a importância que elas compreendiam para a utilização do marketing pessoal no seu dia-a-dia. A entrevistada 1 (2015) informou que “acredita ser relevante, pois atende a um público exigente e que neste contexto, dá importância para a maneira que os vendedores estão se apresentando”, a entrevistada 2 (2015) foi positiva em sua resposta, mas não apresento justificativa para tal afirmação, a entrevistada 3 (2015) informou que “ é importante, pois a utilização desta ferramenta passa confiança para os clientes”. A entrevistada 4 (2015) informa que “é muito importante” mas não justificou sua afirmação, a entrevistada 5 (2015) aborda que “o marketing pessoal é 33 muito importante, e é pré-requisito para trabalhar com o público de alto padrão, e a entrevistada 6 (2015) entra na mesma linha de pensamento, informando que o marketing pessoal tem importância no contexto. O autor deste trabalho observou (2015) que para as entrevistadas o marketing pessoal tem relevância no dia-a-dia, uma vez que despendem de tempo para cuidados com a aparência, além de observar que existe uma preocupação constante, um cuidado com o comportamento. Esta preocupação por parte das entrevistadas com o marketing pessoal entra em acordo com o abordado por Jardins (2009), o autor destaca que se vive em uma sociedade que avalia as pessoas não apenas em função dos resultados, mas também em função da imagem que é projetada e da embalagem com que elas se apresentam. A embalagem é fundamental para a venda de um produto. Como os produtos não falam, a embalagem trata de atrair atenção. A embalagem do aspecto humano e profissional seriam as roupas, aparência, forma de se posicionar diante das situações no âmbito profissional. Ritossa (2009) também refere-se ao marketing pessoal informando que palavras como determinação, disciplina e perseverança, somadas ao estabelecimento de prioridades e a capacidade tornar adversidades em oportunidades, estão ligados a muitos casos de triunfos pessoais e profissionais. Ainda sobre a importância do marketing pessoal, Grönroos (2009) informa que a impressão sobre os próprios indivíduos é um fator determinante em um processo de relacionamento, seja ele com clientes ou até mesmo dentro da organização. É comum o julgamento pela aparência física e muitas vezes, o desempenho intelectual é medido precocemente pela capacidade de se manifestar em si próprio uma boa aparência. Uma análise supérflua de um produto, ou neste caso de uma pessoa, baseada apenas no visual do mesmo, pode destacar o profissional, fazendo sua marca ser lembrada dentro do meio em que deseja reconhecimento. Na entrevista, foi questionado se as entrevistadas percebiam diferença em seus resultados ao utilizarem práticas do marketing pessoal. A entrevistada 1 (2015) informou que “sim, as práticas do marketing pessoal está diretamente ligada aos meus resultados”, já a entrevistada 2 (2015) trouxe para o estudo exemplo prático de experiência profissionais anteriores, a entrevistada 2 (2015) informa que “ sim, acredito que o marketing pessoal está relacionado com meus resultados, pois em uma experiência profissional anterior, não havia preocupação com o marketing 34 pessoal, e os resultados eram inferiores aos atuais”. As entrevistadas 3, 4, 5 e 6 (2015) foram positivas em suas respostas, porém não justificaram o porquê. O autor deste trabalho (2015) observou apesar do grupo de entrevistadas concordarem em relação a este questionamento, possuírem a mesma capacitação técnica e praticarem algumas ferramentas do marketing pessoal, existe diferença entre os resultados obtidos por cada uma delas. Observou-se também que existe um esforço maior por parte da entrevistada 4 (2015) em relação a sua aparência, pois a mesma costuma utilizar serviços de cuidado com o cabelo e pele diariamente, além estar sempre em busca de informações sobre os produtos vendidos na loja, esta entrevistada é que alcançou maior número de vendas até o presente momento deste estudo. Bender (2009) exemplifica a cerca das práticas que o marketing pessoal pode resultar da seguinte forma: “nenhuma marca bem sucedida atingiu o sucesso estando igual às demais, o sucesso, nestes casos, está ligado em se fazer algo novo de maneira diferente. Ninguém está disposto a pagar um centavo a mais por algo normal, o normal tem preço médio de mercado, é comodity. O valor está ligado ao diferencial, seja para marcas corporativas ou para marcais pessoais. O diferencial relacionado a marca pessoal entra em pleno acordo com a importância de se ter estratégias claras e objetivas de marketing pessoal a fim de se ter destaque no mercado, fazendo com que esta visibilidade seja um diferencial competitivo”. Este diferencial, abordado por Bender (2009), pode trazer benefícios aos usuários, como a entrevistada 4 (2015). Foi questionado ao grupo de entrevistadas se as práticas de marketing pessoal eram vitaispara o alcance de suas metas, com o objetivo de expor se seria possível o alcance das metas sem a prática das ferramentas do marketing pessoal. E entrevistada 1 (2015) se posicionou da seguinte forma: “ sim, é vital, pois o alcance das minhas metas está diretamente ligado a minha apresentação pessoal, então, em um cenário onde eu não me apresento de maneira esperada pelo cliente, dificilmente terei êxito em minhas metas. Já a entrevistada 2 (2015) descorda, informando que “não é vital, é apenas importante, pois além da apresentação pessoal, se espera um nível de capacitação técnica e intelectual que são mais importantes que a apresentação pessoal”, indo de acordo com o que informou a entrevistada 3 (2015) que informou que “não é vital, apenas importante. A entrevistada 4 (2015) exemplificou sua resposta da seguinte forma: “um cartão de visita mal feito, deixa a desejar”, ou seja, um profissional mal apresentado, pode 35 ilustrar certa incompetência aos olhos dos clientes, por tanto “sim, acho que é vital para o alcance das metas”. Em contra ponto, a entrevistada 5 (2015) informa que “não é vital, mas vai impactar nos resultados do meu desempenho, ou seja, se pode alcançar as metas desejadas sem o uso do marketing pessoal, porém, se utilizar, seu resultado será maior do que o esperado”. Na observação do autor deste trabalho (2015), foi verificado que todas as entrevistadas utilizam, por mais básicas que sejam, algumas ferramentas do marketing pessoal, fazendo com que não seja possível criar um cenário onde não é utilizado esta ferramenta, o que faz com que não seja possível expor se a falta desta prática faria com que as entrevistas deixassem de atingir suas metas. Por tanto, esta afirmação se dá por interpretação de cada uma das entrevistadas, sob suas próprias percepções, porém foi possível observar que quando existe um cuidado maior com o comportamento e a aparecia, as entrevistadas parecem estar melhor humoradas, e transmitindo estes estados aos clientes, que por sua vez tende a criar vinculo com o vendedor projetista. Para Benner (2009) “a normalidade, no sentido de se fazer as mesmas coisas, da mesma forma, estudando nos mesmos cursos e ainda da mesma maneira pode não levar a lugar nenhum, ou pelo menos, não onde se espera chegar”, desta forma, o autor entende que a não utilização de um diferencial pode tornar difícil o alcance de um meta, neste caso, a não utilização do marketing pessoal pode dificultar o alcance das metas por parte das entrevistadas. Benner (2009) destaca que o diferencial relacionado à marca pessoal entra em pleno acordo com a importância de se ter estratégias claras e objetivas de marketing pessoal a fim de se ter destaque no mercado, fazendo com que esta visibilidade seja um diferencial competitivo. Desta forma entende-se que para o mundo corporativo de hoje, este tipo de estratégia se faz cada vez mais presente para se ter sucesso nas mais diversas áreas. Entrando em acordo a respeito da importância das práticas das ferramentas do marketing pessoal, Gronroos (2009) alerta que “se percebe o desempenho de um produto através de sua embalagem”, por tanto, para Groroos (2009) quando um produto tem uma embalagem incoerente com o esperado pelo consumidor, cliente, será difícil alcançar o resultado desejado. Jardins (2005) entra em acordo informando que “a embalagem é fundamental para a venda de um produto”, neste caso, a apresentação pessoal é fundamental para a venda do próprio profissional, Jardins (2005) ainda destaca que se vive em uma sociedade que avalia as pessoas 36 não apenas em função dos resultados, mas também em função da imagem que é projetada e da embalagem com que elas se apresentam. A seguir será verificado a relevância para as entrevistadas da busca por informações e atualizações em suas áreas de atuação e conhecimentos gerais, com o objetivo de agregar valor a seu trabalho. 4.1.3 Importância da Capacitação Profissional A cerca da importância de se manter informado sobre as atualizações e notícias na área de decoração, arquitetura, paisagismo e design de interiores, as entrevistadas foram positivas, destacando a importância a cerca deste tipo de prática. A entrevistada 1 (2015) informa que costuma se atualizar mensalmente, lendo sobre o assunto na internet, jornal impresso e revistas sobre os assuntos, já a entrevistada 2 (2015) informou que costuma ler sobre o assunto diariamente na internet, tendo como costume este tipo de leitura e considera importante obter informações diárias sobre decoração. O mesmo ocorre com a entrevistada 3 (2015) que informou se atualizar diariamente em revistas e na internet, considerando importante esta atividade. A entrevistada 3 (2015) mantém o mesmo tipo de prática, se atualizando diariamente através de revistas e internet. A entrevistada 4 (2015) mantém a mesma prática, porem de um modo mais conservador, usando tele jornal para se manter informada a certa de notícias, porem utiliza a internet para buscar informações sobre tendências e novidades, a entrevistada 5 (2015) complementa informando que “é essencial ter como prática a busca por informações, pois este mercado, como o mercado da moda, é dinâmico e existem novidades o tempo todo, costumo pesquisar e ler sobre o assunto diariamente. A entrevistada 6 (2015) Informa que mantém a prática como as outras entrevistadas, se atualizando diariamente através da internet e revista. O autor deste trabalho (2015) observou que existe uma constante busca por parte das entrevistadas, onde se percebe um hábito diário de pesquisas e leitura de revistas e internet. É comum na conversa informal com os clientes falar sobre tendências e novidades de arquitetura e decoração, bem como outros assuntos como moda, acontecimentos, economia, comportamento e até relacionamentos. 37 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS O presente estudo teve como tema principal observar o impacto do uso das ferramentas do marketing pessoal como diferencial para o destaque do profissional da área de vendas da loja Todeschini Nilo Peçanha, localizada em Porto Alegre, e quais os resultados obtidos com a prática destas ferramentas. Procurou-se identificar também o conceito de marketing pessoal sob a ótica dos próprios profissionais da área comercial da Todeschini Nilo Peçanha. O objetivo geral deste trabalho foi verificar como a prática do marketing pessoal pode diferenciar o profissional da área comercial de uma rede de móveis planejados. Este objetivo foi alcançado pois nas entrevistas e observação feitas pelo autor deste trabalho, juntamente com alguns conceitos abordados por autores presentes neste estudo, verificou-se que em geral, o grupo pesquisado utiliza algumas ferramentas do marketing pessoal em seu dia-a-dia, considerando estas ferramentas básicas para o desenvolvimento de suas tarefas diárias e incorporando as ferramentas como parte de duas atividades, sendo desta forma uma ferramenta necessária para alcançar seus objetivos. O primeiro objetivo específico deste foi Identificar as características do marketing pessoal na visão dos vendedores projetistas. Este objetivo foi alcançado através das entrevistas e observação do autor deste trabalho, onde os entrevistados abordaram alguns conceitos similares aos conceitos abordados por alguns autores presentes neste trabalho. Algumas características como apresentação pessoal, forma de se vestir, dicção e comportamento entram em acordo com o abordado pelos autores que compõem o referencial teórico deste trabalho, alcançando assim o primeiro objetivo específico. O segundo objetivo específico procurou descrever a percepção dos
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