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NÃO VERÁS PAÍS NENHUM
BRANDÃO, Ignácio de Loyola. Não Verás País Nenhum. 1. Ed. Digital. Global Editora. 2012. 252 p.
	Ignácio de Loyola Brandão, é um grande escritor e jornalista brasileiro, nascido no ano de 1936 na cidade de Araraquara, São Paulo e vencedor do Prêmio Machado de Assis no ano de 2016. Além de ter em seu currículo passagens pelo jornal Última Hora e pela revista Realidade, trabalhou por mais de uma década na revista Vogue. Já escreveu dezenas de livros durante sua vida, em quase todos os gêneros literários, do conto à literatura infanto-juvenil, tais como Zero – um dos principais romances do século XX e Depois do Sol, tendo publicado em 1981 o livro Não Verás País Nenhum.
	A obra Não Verás País Nenhum é um romance apocalíptico que se passa na cidade de São Paulo em uma espécie de “fim dos tempos”. O livro é narrado em primeira pessoa por Souza, o personagem principal, um ex-professor de história que foi afastado por não conseguir não responder as perguntas feitas por seus alunos a respeito da tecnocracia totalitária em que o país vivia, chamada de Esquema. A tecnocracia fora abordada no livro provavelmente como alusão à época em que foi escrito, visto que o Brasil vivia uma tecnocracia liderada por militares que tinham como objetivo afastar a “ameaça comunista” do país.
	Souza é um homem de 50 que, após seu afastamento da universidade, acabou se acomodando e passou a trabalhar em um dos empregos criados pelo Esquema – cujo propósito era evitar um desemprego em massa e, por conseguinte, a recessão. Sua função era verificar números gerados pelos computadores, mesmo que todos soubessem que estavam perfeitamente corretos, para assim conseguir sustentar a si e a sua esposa, Adelaide, mulher que gostava de dançar, era espontânea e completamente apaixonante durante sua juventude, segundo Souza, mas que durante sua vida tornou-se uma pessoa medrosa e melancólica.
	O mundo, e principalmente o Brasil, é narrado no livro de uma maneira completamente caótica. Praticamente não existem mais animais nem árvores, a água está se esgotando e os alimentos são factícios (produzidos artificialmente em laboratório), pois também não é mais possível fazer com que cresçam naturalmente no solo brasileiro. O restante das árvores, animais e alimentos naturais encontram-se em reservas multinternacionais, em partes do antigo Brasil que foram vendidas a outros países. Além disso, graças à falta de árvores, a Amazônia se tornou um deserto, o nordeste ficou inabitável e passou a não fazer mais parte do país – muitos nordestinos “imigraram” para o sul em busca de uma vida melhor, agravando ainda mais o estado de calamidade pública em que se encontrava a região, o sol se tornava a cada dia mais insuportável e doenças e anomalias grotescas surgiam diáriamente.

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