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Resumo e Conceitos PB P2

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RESUMO E CONCEITOS
PESSOAS E BENS - PROVA 2
EXTINÇÃO DA PERSONALIDADE
Se dá com a morte da pessoa natural. Pode ser real ou presumida.
Morte real: Quando há paralização da atividade encefálica. Prova-se com atestado de óbito (médico). Acarreta na extinção das obrigações personalíssimas.
Morte presumida: Quando não se localiza o corpo da pessoa natural. Pode ser com declaração de ausência ou sem declaração de ausência.
Morte presumida sem declaração de ausência: Quando é extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida.
Morte presumida com declaração de ausência: Quando a pessoa desaparece sem deixar notícias de seu paradeiro. Deve haver processo de declaração de ausência (regulado pelos arts. 22 a 39 do CC e 744 a 745 do CPC).
Declaração de ausência: Dá-se em três etapas: a) curadoria do ausente - comunicação judicial e arrecadação dos bens; b) sucessão provisória - transferência provisória dos bens aos herdeiros; c) sucessão definitiva - ocorre 10 anos após a abertura do processo anterior em caso de pessoa ausente menor de 80 anos e 5 anos em caso de ausente com mais de 80 anos de idade.
Comoriência: Morte simultânea de pessoas sucessíveis entre si, sendo impossível determinar qual das pessoas faleceu primeiro. Nesse caso ambos são desconsiderados na sucessão. Ex.: Acidente de avião.
PESSOA JURÍDICA (arts. 40-69 CC)
“Unidade de pessoas naturais ou de patrimônios que visa a consecução de certos fins, reconhecida pela ordem jurídica como sujeito de direitos e obrigações [deveres]” - Maria Helena Diniz. Classificam-se quanto à nacionalidade em nacionais ou estrangeiras, quanto à estrutura em corporações ou fundações, quanto à função em PJ de direito público e PJ de direito privado.
Natureza jurídica: A teoria mais aceita no Brasil é a de que a natureza jurídica da pessoa jurídica é de caráter técnico - realidade técnica -, ou seja, foi criada pelo Direito para dar ordem ao conjunto de pessoas na sociedade.
Corporações: Reunião de pessoas.
Fundação: Patrimônio personificado.
PJ de direito público: Podem ser externas (países estrangeiros, organismos internacionais, etc) ou internas diretas (União, Estados, município, etc) e internas indiretas (demais instituições criadas por lei).
PJ de direito privado: São as associações (reunião de pessoas para consecução de fim não econômico - sendo sociedade a denominação para as que têm tais fins), as fundações particulares, as organizações religiosas, os partidos políticos, as EIRELIs, etc.
Associações: Devem ter uma AG (Assembleia Geral) para a tomada de decisões, destituição de administradores ou alteração de estatuto.
Fundações: Destinação de um patrimônio para a obtenção de fins religiosos, morais, culturais ou de assistência. Dá-se por escritura pública ou testamento.
Personalidade da PJ: Dá-se por meio da instituição do ato constitutivo (estatuto, contrato social, escritura pública ou testamento, etc) e de seu devido registro legal (em cartório, junta comercial, OAB, etc), que marca o início de existência da PJ - quando não necessária aprovação governamental.
Capacidade da PJ: As capacidades das PJs são definidas nos atos constitutivos e/ou nos contratos sociais no ato de sua criação, sendo que nas associações as decisões podem ser revistas por uma Assembleia Geral.
Extinção da Pessoa Jurídica: Pode haver extinção dos tipos convencional (ocorre por mútua deliberação de seus próprios membros), legal (por determinação legal), administrativa (quando PJ dependente do Governo tem sua autorização cessada), natural (ocorre com a morte de seus membros e não-continuidade por parte dos herdeiros) e judicial (quando há intervenção legal por causa legal ou estatuária).
Desconsideração da Pessoa Jurídica: Ocorre casual e excepcionalmente quando há abuso por parte da PJ ou de seus membros - nesse caso, os efeitos legais podem ser estendidos ao âmbito pessoal destes. Há também a desconsideração inversa da PJ, em casos em que PNs fraudulentas utilizam-se da PJ para ocultar bens, por exemplo.
ENTES DESPERSONALIZADOS (art. 12 CPC)
Conjunto de direitos e obrigações, pessoas e bens, sem personalidade jurídica e com capacidade processual, mediante representação. São as famílias, sociedades não personificadas, massa falida, herança jacente ou vacante, espólio e os condomínios. 
DOMICÍLIO (arts. 70-78 CC)
Sede jurídica da pessoa (natural ou jurídica) - local onde responde por suas obrigações. Possui como elementos caracterizadores a residência (de caráter objetivo) e o ânimo de definitividade (de caráter subjetivo).
Domicílio da PN: Pode ser necessário/legal (determinado por lei - incapaz, militar, servidor público, marítimo e preso) ou voluntário (escolhido livremente pela pessoa).
Domicílio da PJ: No caso da União, Estados e Municípios, é a capital do território no qual está localizado; no caso de outras PJs, é o local onde exerce funções administrativas - sede declarada.
BENS (ARTS. 79-103 CC)
“Coisas materiais ou imateriais, úteis às pessoas e de expressão econômica, suceptíveis de apropriação” - Gonçalves.
Coisa: De acordo com a lógica adotada na Alemanha: coisa, em sentido estrito, é espécie de bem, correspondendo aos objetos corpóreos.
Bens considerados em si mesmo
Imóveis: Não podem ser transportados de um local a outro sem destruição de sua substância. Sua imobilidade pode se dar por natureza, por acessão natural, por acessão física artificial.
Móveis: Podem ser transportados, sem destruição e sem alteração, de um lugar para outro. Tal mobilidade pode ser dada por natureza (são movidos sem alteração por força própria ou estranha. Ex.: moeda), por antecipação (quando incorporados ao solo e há uma intenção de separá-los). São classificados em fungíveis (quando podem ser substituídos por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade. Ex.: dinheiro, alimentos, etc) ou infungíveis (quando não há como substituí-los por outros de mesma espécie, quantidade e qualidade. E.: casa, obra de arte, etc), em consumíveis (aqueles que terminam com o primeiro uso. Ex.: alimentos) ou inconsumíveis (aqueles que podem ser usados continuamente. Ex.: veículos), em divisíveis (quando podem ser fracionados em partes homogêneas e distintas sem alteração das qualidades essenciais do todo e sem desvalorização. Ex.: terreno) ou indivisíveis (os que não podem ser fracionados devido sua natureza, determinação legal ou devido vontade das partes), em singulares (os que, embora reunidos, são considerados individualmente. Podem ser compostos ou simples - por exemplo, edifício ou caneta, respectivamente) ou coletivos (os que, mesmo constituídos por partes singulares, são considerados como um todo único com individualidade própria. Ex.: rebanho).
Universalidade de fato: Pluralidade de bens singulares que, pertinentes à mesma pessoa, tenham destinação unitária.
Universalidade de Direito: Complexo de relações jurídicas de uma pessoa, dotadas de valor econômico.
Bens reciprocamente considerados
Principais: Os que possuem existência própria. Ex.: solo.
Acessórios: Os que tem sua existência dependente de outro bem. Ex.: Árvore - em relação ao solo. Podem ser frutos (utilidades que uma coisa periodicamente produz sem acarretar-lhe a destruição - naturais, industriais, civis, pendentes, colhidos, estantes, percipiendos e consumidos) ou produtos (utilidades retiradas da coisa, diminuindo-lhe a quantidade. Ex.: Pedras de uma pedreira). Quando o acessório tem como finalidade o aformoseamento do principal, sem ser parte obrigatoriamente integrante deste, é chamado de pertença. Os acessórios podem ser ainda classificados em acessões ou benfeitorias (gastos destinados a melhorar o bem acessório - necessárias, úteis ou voluptuárias).
Bens públicos: Aqueles de domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno.
Bens inalienáveis: Aqueles que não podem ser transferidos de um acervo patrimonial a outro, ou aqueles que não são susceptíveis de apropriação. Podem
ser inalienáveis por natureza, por determinação legal ou por vontade das partes.
Bem de família: “Forma de afetação do imóvel residencial a um destino especial, tornando-o asilo da família e, assim, impenhorável por dívidas posteriores à sua constituição, enquanto forem vivos os cônjuges e até que os filhos completem a maioridade” - Gonçalves. Pode ser voluntário (instituído por escritura pública ou por testamento) ou legal (resultante de lei).

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