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Resumo FHSD Prova 2

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RESUMO E CONCEITOS
FUNDAMENTO HISTÓRICO – SISTEMAS DE DIREITO – PROVA 2 
O cristianismo no Império Romano: O Cristianismo surgiu primeiramente como uma seita depois do ano 35 d. C. e sofreu muitas perseguições em seus primórdios. Entre 245 e 316 d. C. o Imperador Diocleciano foi um dos responsáveis por tais perseguições. Somente em 313 d. C., com o chamado ÉDITO DE MILÃO, criado por Constantino, o cristianismo pôde ser pregado livremente em Roma, já que tal documento garantia a liberdade de culto no império. No ano de 380 d. C., o cristianismo se torna religião oficial do Estado Romano, graças a Teodósio I.
Causas da crise no Império Romano: Há várias causas possíveis estipuladas como determinadoras da crise no Império Romano, dentre aas quais pode-se destacar: A enorme extensão territorial que acabou por dificultar a administração do mesmo; O fim das guerras que garantiam escravos para a manutenção do Império, causando enorme baixa na produção de alimento e, com isso, uma subsequente diminuição na riqueza, pagamento de impostos e tamanho dos exércitos; Grande instabilidade política, causada por constantes conflitos entre plebeus e patrícios; Crescimento do próprio cristianismo, que pregava uma maior liberdade e igualdade entre os povos; Aumento da corrupção, o que diminuiu gradativamente a influência do poder central (imperador).
As invasões bárbaras e o início da Idade Média: Com o contínuo e inevitável enfraquecimento do poder imperial em Roma, as invasões bárbaras (gauleses, visigodos, godos, entre outros) tornaram-se cada vez mais frequentes: A violência foi-se instalando nas cidades romanas. Com isso, houve um grande retrocesso na urbanização: as pessoas já não viviam em grandes cidades, mas sim em pequenos grupos que se tornavam cada vez mais exclusivos. Com tal declínio, a preocupação desses grupos passou a ser com a questão de sobrevivência – as artes e a cultura romana aos poucos vão sendo deixadas de lado, assim como as técnicas comerciais (moeda).
Ordem Jurídica no início da Idade Média: Com a população de Roma dividida em grupos separados por tradições e costumes muito distintos, dentre os quais haviam grupos que ainda guardavam traços do Império, estabeleceu-se uma npva ordem jurídica. A convivência se dava com a coexistência de duas formas distintas de direito: O costume dos povos bárbaros, baseado em leis severas com punições públicas (Lei Sálica) e o Direito Romano Vulgarizado, implantado por líderes bárbaros que tentavam legitimar seu poder baseando-se em antigas leis romanas, principalmente do período Teodosiano (Breviário de Alarico).
Neste momento, surge o chamado movimento monástico, responsável pela conversão de muitos líderes da época ao cristianismo. Tal conversão era vista como mais uma forma de se tentar legitimar o poder em roma, já que a religião oficial do Império no período teodosiano era a católica.
O sistema feudal: Com o cada vez mais acelerado processo de regressão urbana, a Europa passa a dividir-se cada vez mais em pequenas comunidades que, aos poucos, vão sendo organizadas através da tomada de poder por um único indivíduo possuidor de terras, tendo como aliada a Igreja, já bem consolidada na época – Surge aí a figura do Senhor Feudal.
Pode-se entender como feudalismo o recebimento de uma parte da terra do senhor feudal, chamado suserano, por um vassalo, que teria como função gerir a terra ganha, ao passo que jurava lealdade perpétua ao primeiro. 
Suserania e Vassalagem: A tal relação política e pessoal entre suserano e vassalo, baseada no comitatus e no colonato (honra e , deu-se o nome de suserania e vassalagem.
Nesse momento, cada pequena comunidade, chamada de feudo, passa a ter uma ordem estamental bem acentuada: Há a divisão da sociedade em Nobreza, Clero (Igreja) e servos.
Ao suserano, na relação de suserania e vassalagem, competia dar proteção militar e prestar assistência judiciária aos seus vassalos; receber de volta o feudo, caso o vassalo morresse sem deixar herdeiros e proibir casamentos, caso julgasse necessário. Ao vassalo, competia prestar serviço militar ao seu suserano; libertar o suserano caso este fosse preso por outor senhor feudal; comparecer ao tribunal quando chamado. Ao servo, competia trabalhar nas terras do senhor feudal e cumprir com várias obrigações como o pagamento da Talha, Corveia, banalidade, Dízimo, Capitação, Taxa de Justiça, Formariage, Mão morta, albergagem, entre outras.
Nesse período feudal, o direito tinha caráter ordálico, sendo as punições públicas e extremamente cruéis. Além disso, toda e qualquer desavença entre senhores feudais era resolvida com guerras.
Common Law: Chama-se de Common Law uma peculiaridade so sistema feudal inglês.
Com a conquista de muitas terras e o gradativo aumento territorial do Estado inglês, a monarquia inglesa acabou tendo seu poder aumentado e sua soberania consolidada na Europa. Com isso, o sistema de feudalismo centralizante acabou se instalando na região.
Em 1215, o rei João Sem Terra, devido a instabilidades em seu governo, propiciadas pela falta de popularidade, pela perda de terras da coroa inglesa e por intrigas com a Igreja Católica, assinou a chamada Magna Carta, um documento formulado por barões ingleses que limitava os poderes do monarca, submetendo suas decisões às vontades destes primeiros. Surgiu aí então o que ficou conhecido como Common Law, que estabelecia como fonte principal do Direito a jurisprudência.
Civil Law: Diz-se Common Law do sistema de Direito baseado na fonte principal chamada Lei. Surgiu da centralização do poder na Europa – com tal centralização e com o avanço da complexidade burocrática das relações de governo, viu-se a necessidade de serem estabelecidas regras que vigorariam por toda a extensão territorial de cada Estado.

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