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Antimicrobianos que agem na síntese da parede celular - mecanismo de ação

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Antimicrobianos que atuam na 
síntese da parede celular 
bacteriana
1
Mecanismo de ação dos 
antimicrobianos
2
Parede Celular das Bactérias
• A parede celular é que da forma a bactéria e funciona como uma barreira
osmótica;
• Bactérias sem parede sofrem lise osmótica;
• Parede celular é necessária à reprodução binária normal da célula.
3
Tavares, W. Antibióticos e quimioterápicos para o clínico, 2007
4
• Bactérias gram-positivas, a parede
celular é uma estrutura simples, formada
por peptidoglicano que corresponde a
cerca de 60% da sua composição;
• Contém ácidos teicóicos, ribonucleato de
magnésio e carboidratos.
Parede Celular das Bactérias
5
• Bacilos gram-negativos, a parede
celular é mais complexa,
constituindo o peptidoglicano
somente cerca de 10% da sua
composição, formando uma camada
basal sobre a qual se encontra uma
camada externa composta por
lipopolissacarídeos, fosfolipídios e
proteínas.
Parede Celular das Bactérias
6
• O peptidoglicano é o principal elemento que configura a rigidez da parede;
• Os açucares aminados que formam o peptidoglicano, N-acetilglucosamina
e o ácido N-acetilmurâmico, dispõem-se de forma alternada, formando
longas cadeias que são ligadas por cadeias peptídicas que se
entrecruzam.
Parede Celular das Bactérias
7
• A biossíntese do peptidoglicano se completa pela união das cadeias
polissacarídicas por meio da ligação entrecruzada das cadeias
pentapeptídicas de uma molécula com a de outra. Essa reação é
chamada transpeptidação.
Parede Celular das Bactérias
8
• A reação de transpeptidação é catalisada por transptidases;
• É nessa fase que atuam os antibióticos beta-lactâmicos (penicilinas,
cefalosporinas, carbapenemas, monobactâmicos), ao se ligarem de
maneira irreversível ao seu receptor de ação, as proteínas ligadoras de
penicilinas ou PBPs, inibindo sua ação.
Parede Celular das Bactérias
9
Rang et al., Farmacologia. 2011 10
• A ligação dos antibióticos beta-lactâmicos ás PBPs impede a
formação do peptidoglicano, ficando a célula em crescimento
defeituoso, rapidamente ocorre a lise osmótica;
• Muitas bactérias resistentes aos antibióticos beta-lactâmicos
produzem beta-lactamases que inativam a droga no espaço
periplasmático, alterando a integridade da molécula da substância,
que perde, assim, a capacidade de ligação ás PBPs.
Parede Celular das Bactérias
11
12
Penicilinas
Penicilinas
• 1928: Alexander Fleming
https://media1.britannica.com/eb-media/11/115211-004-C122A5B1.jpg
http://www.infoescola.com/wp-
content/uploads/2010/01/penicilina2-445x450.jpg
https://conscienciaufrj.files.wordpress.com/2015/
12/penicillin.gif?w=343&h=329
13
Penicilinas
• 1940: Chain e Florey
• 1941: uso clínico
http://imaginaciones.com/wp-
content/uploads/2016/04/aviso-penicilina.jpg
http://2.bp.blogspot.com/-FbT8R7BwXF0/URVvZmpPZNI/AAAAAAAAAj4/dGWDZ-
JWc-g/s1600/Penic+Guerra2.jpg
http://catedraisdefe.etsit.upm.es/wiki/images
/thumb/6/6d/Cartel_sin_pie_de_foto.jpg/300
px-Cartel_sin_pie_de_foto.jpg
14
Penicilinas
15
Penicilinas
Presença do grupamento químico 
heterocíclico azetidinona (anel beta-
lactâmico)
16
Penicilinas
➢ O Penicillium produz várias penicilinas (F, 
G, O, X, V)
➢ As semissintéticas são originadas a partir 
de modificações químicas introduzidas no 
6-APA.
17
Penicilinas
18
Inibidores de beta-lactamases
Tazobactam
19
Penicilinas
• Penicilina G (Benzilpenicilina)
• Apresentada sob a forma de sal alcalino sódico ou potássico
• Penicilina G cristalina (natural)
• Penicilina G procaína
• Penicilina G benzatina
• 1 unidade = 0,6 mcg
• 1 mg de penicilina G contém 1670 unidades
• Via IM
20
Penicilina G
• Penicilina G cristalina
• 4h
• Penicilina G procaína
• 24h
• Penicilina G benzatina
• 30 dias
21
Penicilina G
22
Penicilina G
• Inibe a síntese da parede celular.
• É ativa sobre bactérias gram-positivas, cocos gram-negativos, 
espiroquetas, actinomicetos, estreptococos (grupos A, B, C e G).
• A penicilina G não é ativa contra bacilos gram-negativos, nem sobre 
Mycoplasma, Legionella, Chlamydia e Ureaplasma. Também, embora 
apresente boa atividade contra as bactérias do gênero Actinomyces, a 
penicilina G não é ativa contra as Nocardia.
• Os enterococos são pouco sensíveis à ação da penicilina G.
23
Penicilinas
• Resistência adquirida
• A resistência adquirida ocorre, principalmente, pela transdução de 
plasmídios, transferindo a capacidade de produção de beta-
lactamases.
• Outros meios incluem mutação, transdução, transposição genética, 
que manifestam através da produção de beta-lactamases ou 
ausência/modificação de proteínas ligadoras de penicilina.
24
Penicilina G
• Indicada principalmente nas infecções por bactérias gram-positivas, por 
treponemas, clostrídios e Neisseria.
• A principal indicação terapêutica da penicilina G benzatina é o tratamento 
da sífilis não-neurológica e de outras treponematoses.
• A penicilina G procaína está indicada em infecções estreptocócicas de 
média gravidade, como erisipela e escarlatina. A penicilina G procaína 
também é utilizada no tratamento da pneumonia pneumocócica 
comunitária.
25
Penicilinas
• Efeitos adversos
• Hipersensibilidade: urticária, erupções cutâneas, febre, prurido, asma, 
rinite, choque anafilático, edema de glote, vasculite generalizada, 
hemólise, dermatite esfoliativa)
• Náuseas, vômitos e diarreia
• Predisposição para superinfecções
➢História prévia de alergia às penicilinas
➢Teste de hipersensibilidade
Teste de sensibilidade positivo: indica-se a dessensibilização, que pode 
ser por via oral, subcutânea ou intradérmica, com doses repetidas e 
crescentes.
26
Penicilinas
• Penicilina V (Fenoximetilpenicilina)
É obtida pela adição de ácido fenoxiacético aos meios de cultura do P. 
chrysogenum.
➢Resistência à inativação ácida maior que a penicilina G.
➢Tomada a cada 6 horas por 10 dias.
➢Absorção é dificultada pelos alimentos. Outra limitação é a intolerância 
gástrica que a droga provoca.
27
Penicilinas
• Penicilinas semissintéticas
• Penicilinas de pequeno espectro, absorvíveis por via oral e sensíveis à 
ação da penicilinase (ex.: feneticilina e propicilina – não 
comercializadas no Brasil)
• Penicilinas de pequeno espectro, resistentes à ação da penicilinase, 
sendo as penicilinas antiestafilocócicas (ex.: meticilina, oxacilina, 
cloxacilina, dicloxacilina, flucloxacilina)
• Penicilinas de largo espectro (ex.: ampicilina, amoxicilina, epicilina)
• Penicilinas antipseudomonas (ex.: carbenicilina, ticarcilina)
• Penicilinas de espectro de ação ampliado (ex.: azlocilina, mezlocilina, 
piperacilina).
28
Penicilinas antiestafilocócicas
• Isoxazolilpenicilinas (Oxacilina, cloxacilina, dicloxacilina, flucoxacilina), 
meticilina, nafcilina, difenicilina, pirazocilina e quinacilina.
• No Brasil, somente a Oxacilina está disponível (Oxacilina sódica).
• Resistência à inativação da penicilinase.
• Absorvidas por via oral (isoxazolilpenicilinas).
29
Oxacilina
• É ativa contra cocos e bacilos gram-positivos, aeróbios e anaeróbios, 
contudo não age contra enterococos e é pouco ativa contra os cocos 
gram-negativos.
• Sua importância clínica está na atividade contra os estafilococos 
produtores de penicilinase.
30
Penicilinas de largo espectro
• Penicilinas da segunda geração
• Aminopenicilinas: Ampicilina e Amoxicilina.
• Ampicilina : 1961.
• Primeira penicilina semissintética a agir contra bacilos gram-
negativos.
• Inativada pela ação da penicilinase estafilocócicae beta-
lactamases de bacilos gram-negativos resistentes.
• No Brasil, a ampicilina mantém sua atividade praticamente 
inalterada sobre o meningococo, estreptococo do grupo A, bacilos 
gram-positivos e os anaeróbios (exceto o B. fragilis).
31
Ampicilina
• Nos bacilos gram-negativos, o mecanismo de resistência é a produção de 
beta-lactamases.
• A principal indicação da ampicilina é a infecção por enterococo, incluindo 
a endocardite e a sepse, utilizada em associação com antibióticos 
aminoglicosídeos. Tem indicação precisa nas meningoencefalites
causadas por Listeria monocytogenes e Streptococcus agalactiae (grupo 
B).
• A ampicilina associada ao Sulbactam é indicada no tratamento de 
infecções causadas por microrganismos gram-negativos e anaeróbios. 
Esta associação está indicada nas infecções causadas pelo A. baumannii.
32
Amoxicilina
• Derivada da Ampicilina, introduzida em 1970.
• É utilizada por via oral soba forma de ácido livre (anidro) ou tri-hidratado, 
e sob a forma de sal sódico, por via parenteral.
• Está disponível em associação com o ácido clavulânico e com o 
Sulbactam.
• Não é recomendada no tratamento da gonorreia faríngea ou sistêmica. 
33
Amoxicilina
• Uretrite gonocócica
• Febre tifoide (21dias)
• Infecções genitais por clamídias em gestantes
• A associação com o ácido clavulânico está indicada por via oral no 
tratamento de infecções urinárias, respiratórias, ginecológicas e da pele e 
tecido celular subcutâneo, causadas por bactérias produtoras de beta-
lactamases.
• Nas infecções respiratórias nas quais possa estar envolvido o 
Haemophilus influenzae.
34
Amoxicilina
• Abcessos periamigdalianos e retrofaríngeos
• Faringoamigdalites (devido à presença da Moraxella catarrhalis)
• Nas infecções de maior gravidade, é recomendada administração por via 
IV. 
• A amoxicilina com Sulbactam tem as mesmas indicações da amoxicilina 
associada com o Clavulanato e da ampicilina com Sulbactam, mas é 
menos eficaz contra o Acinetobacter baumannii.
35
Penicilinas antipseudomonas
• Carboxipenicilinas
Carbenicilina (1965) e Ticarcilina (1970)
• Penicilinas da terceira geração
• Derivado carboxílico da penicilina G
• Largo espectro
• Instáveis em meio ácido
• Inativadas por beta-lactamases
• Estes antibióticos não são ativos nas infecções por Klebsiella, nem por 
Staphylococcus resistentes a meticilina.
36
Ticarcilina
• A ticarcilina apresenta potência duas vezes maior que a carbenicilina.
• Sua vantagem, e principal aplicação prática, reside no tratamento de 
infecções por Proteus indol-positivos, Acinetobacter baumannii, 
Stenotrophomonas maltophilia, Pseudomonas aeruginosa e Bacteroides 
fragilis.
• A ticarcilina associada ao Clavulanato é empregada em infecções por 
gram-negativas.
• Para infecções sistêmicas graves, como pneumonias, sepses, peritonites 
e queimaduras infectadas, a ticarcilina é empregada por via IV.
37
Penicilinas de espectro de ação ampliado
• Ureidopenicilinas
• Penicilinas da quarta geração
• Originadas da ampicilina pela ligação de uma molécula de ureia.
• No Brasil, somente a Piperacilina é empregada, em associação com 
Tazobactam.
38
Piperacilina
• Introduzida em 1976
• Espectro de ação amplo, incluindo P. aeruginosa e outros bacilos gram-
negativos não fermentadores, agindo também contra bactérias 
anaeróbias.
• Apresenta potência 16 a 32 vezes maior que a Carbenicilina contra a 
Pseudomonas aeruginosa.
• A Piperacilina destaca-se por sua atividade potente contra Pseudomonas 
aeruginosa, Serratia, Acinetobacter, Klebsiella-Enterobacter, Proteus 
indol-positivos e anaeróbios.
39
Piperacilina
• É absorvível somente por via parenteral, sendo eliminada, principalmente, 
por via renal, por secreção tubular e filtração glomerular.
• No Brasil, a Piperacilina é utilizada em associação com o Tazobactam e 
indicada principalmente no tratamento de infecções hospitalares causadas 
por P. aeruginosa, Acinetobacter, Serratia, Klebsiella e Proteus indol-
positivos, bem como infecções intra-abdominais cirúrgicas.
40
CEFALOSPORINAS
beta-lactâmicos
41
Histórico e Características Gerais
•As cefalosporinas são antibióticos pertencentes ao grupo das beta-
lactaminas. Possuem características químicas semelhantes às Penicilinas;
•7-aminocefalosporâmico (7-ACA) — Cefalosporina C — Cephalosporium
acremonium;
•Giuseppe Brotzu;
42
Mecanismo de Ação
•Similar ao das penicilinas - fixando-se às proteínas ligadoras de penicilina;
•Proteínas Ligadoras de Penicilina (PBP);
•Estimular dois processos enzimáticos
• Impedindo a união de cadeias com ácido murâmico.
Transaminase;
Carboxipeptidase;
43
Mecanismo de Resistência
•Disseminação de plasmídeos que codificam o gene da beta-lactamase;
•Outros Mecanismos:
•Redução da entrada no antibiótico;
•Mecanismo de efluxo;
•Alterações na PBP;
44
Farmacocinética
• Hidrossolúveis;
• Apresentações Orais e Parenterais;
• A maioria não é metabolizada (vesícula biliar e fígado);
• Distribuição: ampla, podendo atravessar a Barreira Hematoencefálica e
Placentária;
• Eliminação renal.
45
Derivados Semi-sintéticos das 
Cefalosporinas
46
CEFALOSPORINAS DE 1º GERAÇÃO 
•São muito ativas contra cocos gram-positivos e têm atividade moderada
contra E. coli, Proteus mirabilis e K. pneumoniae adquiridos na
comunidade.
•Não têm atividade contra H. influenzae e não agem contra estafilococos
resistentes à oxacilina, pneumococos resistentes à penicilina,
Enterococcus spp. e anaeróbios.
•São sensíveis às beta-lactamases de estirpes gram-negativas.
47
Absorvidos por Via Parenteral 
•Exemplos: Cefalotina e Cefazolina;
•Foram os primeiros derivados a surgirem, tendo, nesta época, grande
eficácia contra uma grande variedade de microbiota, como Klebsiella,
Serratia e outros — bactérias resistentes;
•Administração — IV;
• Indicações: S. aureus sensíveis à oxacilina e estreptococos; infecções de
pele, partes moles, faringite estreptocócica; infecções do trato urinário não
complicadas, principalmente durante a gravidez;
•Efeitos Adversos: nefrotoxicidade (furosemida), alergias, irritativos,
hiperssensibilidade, superinfecções, quando afeta a microbiota simbiótica
do intestino e do estômago.
48
Absorvidos por Via Oral 
•Exemplos: Cefalexina e Cefadroxil;
•São ativas contra estreptococos e estafilococos, mesmo os produtores de
penicilinase;
•Não possuem ação contra hemófilos, enterococos, Bacterioides fragilis,
Pseudomonas e gram negativos resistentes;
• Indicações: Faringoamigdalite, Piodermites causadas por estalilococos,
principalmente furúnculos e celulite. Infecção urinária não complicada, e
ainda no tratamento ambulatorial após esquema parenteral.
•Efeitos Adversos: manifestações gastrointestinais, hiperssensibilidade e
superinfecções. Porém eles ocorrem em cerca de 1% dos pacientes,
conferindo ótima tolerância a este fármaco.
49
CEFALOSPORINAS DE 2º GERAÇÃO 
• Foram produzidas buscando-se a resistência à hidrólise causada pelas
cefalosporinases, porém, hoje, os microorganismos existentes já
apresentam resistência importante às beta-lactamases;
• Possuem ação gram-positiva, contra cocos gram-negativos, hemófilos e
enterobactérias;
• Não são ativas contra Pseudomonas aeruginosa.
50
Absorvidos por Via Oral 
•Exemplos: Axetil - Cefuroxima, Cefprodil e Cefaclor.
•Ação em infecções causas por estreptococos, pneumococos resistentes às
beta-lactamases, hemófilos e enterobactérias (axetil).
•Indicações: amigdalites, faringites estreptocócicas ou estafilocócicas,
sinusites, otites médicas agudas (pneumococos e hemófilos), infecções
respiratórias comunitárias, também às faringoamigdalites, cistites (E. coli)e
algumas piodermites.
•Efeitos Adversos: náuseas, vômitos e diarréias (raros).
51
Absorvidas por Via Parenteral 
•Exemplos: Cefuroxima e Cefoxitina.
•Cefuroxima: estabilidade ante às cefalosporinases de gram-negativos,
agindo principalmente contra estreptococos do grupo A;
•Indicações: infecções causadas por gram-negativos, bons resultados
terapêuticos contra pneumonias, broncopneumonias, sepses, infecções
urinárias, colecistites, peritonite e osteomielites. Está em desuso para
meningite, por conta de sua ineficácia contra meningococo.
•Efeitos Adversos: dor por via IM, e flebite por via IV. Febre, erupções,
pruridos alérgicos, rara anafilaxia, elevação de transaminases e fosfatase
alcalina.
52
•Cefoxitina: pertence à classe das Cefamicinas, porém possui
características quimicas similares às cefalosporinas;
• Indicação: casos de medidas profiláticas em infecções cirúrgicas;
•Efeitos Adversos: dor à via IM, eosinofilia em 16% dos pacientes,
reações alérgicas e principalmente o efeito indutor de resistência em
alguns bacilos de Enterobacter, Serratia e Pseudomonas.
53
CEFALOSPORINAS DE 3º GERAÇÃO 
•As cefalosporinas de terceira geração podem ser utilizadas no tratamento 
de uma variedade de infecções por bacilos gram-negativos susceptíveis
adquiridas no ambiente hospitalar, dentre elas: 
•Infecções de feridas cirúrgicas; 
•Pneumonias e; 
•Infecções do trato urinário complicadas. 
•Agem, de maneira geral, nas bactérias resistentes às Cefalosporinas de 
primeira e segunda geração. 
•Serratia e Klebsiella podem ter resistência.
•Espectro Expandido*
54
De Pequena Ação de absorção Parenteral
•Exemplos: Cefotaxima e Ceftriaxona.
•Cefotaxima: possui ação contra gram-negativos e gram-positivos, porém
não tem grande eficácia contra P. aeruginosa.
•Indicações: tratamento de sepses por bacilos gram-negativos
hospitalares, infecção por hemófilos, em crianças com pneumonias graves
e na DPOC. Principal indicação para meningite neonatal e
meningoencefalites. Profilaxia contra gram-negativos em pacientes na UTI
— Mesmos efeitos adversos que outras Cefalosporinas.
•Ceftriaxona: diferencia-se da Cefotaxima por possuir farmacocinética mais
favorável, ou seja, uma meia-vida mais prolongada, sendo sua atividade
antimicrobiana idêntica a das Cefotaxima — mesmas indicações;
•Efeitos Adversos: precipita na vesícula biliar, como ceftriaxonoato de
cálcio, Kernicterus;
55
De Pequena Ação de absorção Oral 
•Exemplos: Cefixima, Cefetamet pivoxil, Cefpodoxima proxetil
•Bastante resistentes às beta-lactamases e bacilos gram-negativos;
•Eficiencia contra pneumococos resistentes à penicilina G.
•Indicações: tratamento de infecções urinárias de enterobactérias, e
infecções respiratórias, como as bronquites agudas ou agudizadas,
pneumonias, OMA e Gonorréia (95%).
•Efeitos Adversos: reações discretas, do trato gastrointestinal, como
nauseas e pirose, e ainda cefaléia, tontura e hiperssensibilidade.
56
De Potente Ação de absorção Parenteral 
•Exemplo: Ceftazidima.
•Possui elevada potência antimicrobiana contra gram-negativos e
Pseudomonas aeruginosa.
•Indicação: É um indutor de beta-lactamases por gram-negativas quando
em altas concentrações, estando indicado em infecções hospitalares e
para o tratamento de meningite causada por Pseudomonas.
•Efeitos Adversos: Reações de hiperssensibilidade (rash), raras reações
anafiláticas e diarréia em até 10% dos casos.
57
CEFALOSPORINAS DE 4º GERAÇÃO 
•Exemplo: Cefepima. 
•Tem ação contra enterobactérias, pseudomonas e gram-positivos. Com 
atividade gram- negativa semelhante à Ceftazidima (E. coli, Salmonella, 
Klebsiella, H. influenzae, P. aeruginosa). Sem ação contra Enterococos e 
Estafilococos meticiclinarresistentes. 
•Administrados por via IV.
•Indicação: pacientes hospitalizados, infecções respiratórias, urinárias, 
ginecológicas, pele, tecido subcutâneo (P. aeruginosa).
•Efeitos Adversos: em geral bem tolerada, diarréia, hiperssensibilidade, 
aumento de transaminase, eventuais queixas gastrointestinais, cefaléia, 
tonteiras e modificações de paladar, associadas a parestesias. 
58
Carbapenemas e Monobactâmicos
59
Carbapenemas
• Histórico
• 1972 – Universidade Kitasato
• Culturas do Streptomyces olivaceus, S. gedanensis e de outros
• 1976 – Laboratório Merck Sharp & Dohme e Companhia Espanhola da 
Penicilina e Antibióticos
• Tienamicina – Culturas do Streptomyces cattleya
• 1978 – Albers-Schomberg e col.
60
Carbapenemas
• Naturais: provenientes das espécies Streptomyces.
• Sintético
• Potência contra microrganismos gram-positivos e gram-negativos
• Estabilidade na presença da maioria de beta-lactamases
• Tienamicina
61
Tienamicina, Imipenén, 
Imipeném/Cilastatina
• Características gerais / Mecanismo de ação:
• Tienamicina
• Amplo espectro de ação
• Resistência à inativação por beta-lactamases
• Instável (impede uso clínico)
• N-formimidoil-tienamicina
62
Tienamicina, Imipenén, 
Imipeném/Cilastatina
• Características gerais / Mecanismo de ação
• Imipeném
• Sintético
• Une-se às proteínas ligadoras de penicilinas (PBP), inibindo a 
síntese da parede celular 
• Atravessa envoltórios celulares bacterianos mais rapidamente
• Ação supressora mais duradoura – efeito pós-antibiótico
• Sofre hidrólise pela enzima deidropeptidase I – nefrotoxicidade
• Podem promover resistência a outros antibióticos beta-lactâmicos
63
Tienamicina, Imipenén, 
Imipeném/Cilastatina
• Características gerais / Mecanismo de ação
• Cilastatina
• Inibidor competitivo seletivo e irreversível da deidropeptidase I
• Não tem ação antimicrobiana
• Cilastatina/Imipeném em proporção 1:1
64
Tienamicina, Imipenén, 
Imipeném/Cilastatina
• Espectro de ação:
• Ativo contra estreptococos, pneumococos, estafilococos oxacilina-
sensíveis, hemófilos, gonococos, meningococo, Escherichia coli, 
Klebsiella, Proteus, Morganella, Salmonella, Shigella e outras 
enterobactérias, Pseudomonas aeruginosa e bactérias anaeróbias, 
incluindo o B. fragilis
• Resistentes: Enterococcus faecium e o E. faecalis
65
Tienamicina, Imipenén, 
Imipeném/Cilastatina
• Espectro de ação:
• Inativado pelas carbapenemases - na Strenotrophomonas maltophilia, 
Burkholderia cepacia, Aeromonas e Flavobacterium, e outras
• Resistência intrínseca: Clamydia, Mycoplasma e Mycobacterium
• Não tem atividade contra estafilococos meticilinaresistentes.
• Resistência adquirida na Pseudomonas aeruginosa – canal porínico
• Resistência cruzada com o meropeném
66
Tienamicina, Imipenén, 
Imipeném/Cilastatina
• Farmacocinética e Metabolismo:
• Não é absorvido por via oral
• Administração intravenosa
• Administração intramuscular em infecções de moderada gravidade
• Meia-vida: uma hora
• Atividade terapêutica: quatro a seis horas
• Pulmões, músculos, pele, vesícula biliar, rins, humor aquoso, 
secreção gastroduodenal, líquido peritoneal e secreção brônquica
• Atravessa barreira hematoencefálica – meningoencefalites
• Atravessa barreira placentária
• Eliminação por via renal
67
Tienamicina, Imipenén, 
Imipeném/Cilastatina
• Indicações clínicas:
• Infecções respiratórias, urinárias, ginecológicas, Osteoarticulares e 
intra-abdominais
• Meningoencefalites bacterianas
• Infecções graves hospitalares por microrganismos com resistência 
selecionada a outros medicamentos
• Infecções pós-operatórias graves, sepses hospitalares, infecções 
em pacientes com neoplasias e diabetes melito descompensado, e 
infecções graves de neonatos e lactentes causadas por bacilos 
gram-negativos
68
Tienamicina, Imipenén, 
Imipeném/Cilastatina
• Efeitos adversos:
• Infusão intravenosa rápida pode causar náuseas e vômitos
•Raros: hipotensão, tonteira, febre, diarreia, manifestações alérgicas, 
leucopenia, plaquetopenia e elevação de transaminases séricas
• Convulsões (2%)
69
http://www.crfsp.org.br/crfsp.org.br/component/content/
article.html?id=4276:medicamento-recolhido
Meropeném
• Contra bacilos gram-negativos e anaeróbios
• Ativo contra Listenia monocytogenes
• Estável ante ação de deidropeptidases renais
• Não age contra Stenotrophomonas maltophilia, Flavobacterium, 
estafilococos resistentes à oxacilina e outros microrganismos relacionados 
na resistência ao imipeném
• Ação sinérgica com a gentamicina contra a P. aeruginosa
• É indutor de beta-lactamases de origem cromossômica em algumas 
bactérias 
70
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9ucw/
Meropeném
• Meia-vida de 1,1 hora
• Atravessa barreira hematoencefálica em pacientes com 
meningites
• Eliminação via urina
• Tratamento de sepses e de infecções respiratórias, urinárias, 
ginecológicas e intra-abdominais graves, adquirida em hospitais 
ou em pacientes imunocomprometidos, tem bom resultado 
também em meningites causadas por meningococo, 
pneumococos e hemófilos
• Efeitos adversos: 
• Raramente causa diarreia, náuseas, vômitos, leucopenia, 
trombocitopenia, elevação de transaminases séricas, 
eosinofilia 
• Convulsões
71
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Ertapeném
• Contra bacilos gram-positivos, hemófilos e enterobactérias, incluindo 
estirpes de bacilos gram-negativos produtores de beta-lactamase de 
espectro estendido
• Muito ativa contra anaeróbios
• Inativo por carbapenemases produzidas por Klebsiella e outros gram-
negativos
• Não tem boa atividade contra enterococos, nem contra estafilococos 
resistentes à oxacilina
• Meia-vida: três a cinco horas
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Ertapeném
• Eliminação via renal e biliar
• Tratamento de:
• infecções graves, causadas por microrganismos gram-negativos, 
adquiridas na comunidade, e de infecções mistas causadas por gram-
negativos e anaeróbios
• pielonefrites e infecções urinárias comunitárias complicadas, e em 
infecções respiratórias causadas por hemófilos e gram-negativos
• pé diabético e nas infecções intra-abdominais cirúrgicas moderadas
• Administração por via intravenosa
• Segurança não estabelecida em gestantes e crianças
73
http://www.cscphar
mainternational.co.in
/invanz-
2441151.html
Monobactâmicos
• Histórico:
• 1975 – Pesquisadores japoneses
• Nocardia uniformis
• Nocardicinas
• Anel beta-lactâmico sem ligação a outro grupamento cíclico
• Pequena potência antimicrobiana
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Aztreonam
• Características gerais / Espectro de ação:
• Contra bactérias gram-negativas 
• Alta estabilidade ante as beta-lactamases produzidas pelas bactérias 
gram-negativas de origem cromossômica e plasmidial
• Não possui ação contra bactérias gram-positivas e anaeróbios
• Sensíveis em baixas concentrações: E. coli, Klebsiella, Proteus, 
Morganella, Salmonella e Providencia, e o Haemophilus influenzae e o 
gonococo
• Exige concentrações mais elevadas: Pseudomonas aeruginosa
• Não age contra legionelas, clamídias e micoplasmas
• Pequena ação contra Enterobacter
• Não induz produção de beta-lactamases
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https://www.ecure
d.cu/Aztreonam
Aztreonam
• Liga-se às proteínas ligadoras de penicilinas
• Farmacocinética / Metabolismo:
• Administração: Vias intramuscular e intravenosa
• Atinge concentrações terapêuticas nos pulmões, rins, fígado, próstata, 
ovário, útero, ossos, coração, intestino, pele, bile, saliva, humor 
aquoso, líquidos peritoneal, pericárdio, pleural e sinovial
• Pequena concentração na secreção brônquica
• Atravessa barreira placentária
• Atravessa barreira hematoencefálica
• Meia-vida: 1,7 a 2 horas
• Pouco metabolizado
76
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Aztreonam
• Indicações clínicas:
• Infecções urinárias, pulmonares e ginecológicas, em sepses e 
infecções Osteoarticulares
• Infecções intra-abdominais cirúrgicas
• Meningoencefalites por gram-negativos
• Meningite por Pseudomonas aeruginosa
• Infecções causadas por gram-negativas hospitalares
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Aztreonam
• Efeitos Adversos
• Dor e edema no local da injeção intramuscular
• Raras: manifestações de hipersensibilidade, como febre, prurido, 
eosinofilia e púrpura, diarreia, náuseas, vômitos, icterícia, alteração de 
paladar, plaquetopenia, leucopenia, elevação de transaminases 
séricas e alteração da atividade de protrombina e da fosfatase alcalina
• Pode ser utilizada, com os devido cuidados, em pacientes alérgicos a 
penicilinas e cefalosporinas
• Uso na gestação somente em casos de indicação absoluta
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Glicopeptídeos e Lipopeptídeos
79
Glicopeptídeos
Vancomicina
• Indicada para o tratamento de infecções causadas por estefilococos,
enterococos e pneumococos.
80
Indicação Clínica
• Infecções estafilocócicas graves em paciente alérgicos às penicilinas e
cefalosporinas;
• Infecções causadas por estafilococos resistentes a meticilina e à
oxacilina;
• Indicada nas pneumonias, osteomielites, sepses, celulites, abscessos,
meningoencefalites e endocardites estafilocócicas.
Glicopeptídeos
81
Efeitos Adversos
• Irritante quimicamente para o local da injeção, o que impede seu uso por
via IM;
• Por via IV, causa dor e flebite;
• Febre, calafrios e sensação de formigamento pelo corpo pode acontecer
se a infusão da droga for rápida.
Glicopeptídeos
82
Efeitos Adversos
• Síndrome do homem vermelho, caracterizada pelo surgimento de prurido,
eritema, congestão e angiodema do pescoço e tórax e, raramente,
choque;
• Erupções cutâneas podem ser verificadas em 5% dos enfermos
recebendo esse fármaco. Alguns pacientes queixam-se de náuseas;
• Nefrotoxicidade e a ototoxicidade, podendo levar a insuficiência renal e a
surdez permanente.
Glicopeptídeos
83
Glicopeptídeos
Teicoplanina
• É ativa contra microorganismos gram-positivos. Sua ação antimicrobiana é
exercida sobre os estafilococos resistentes a oxacilina, os enterococos
resistentes as ampicilinas e os pneumococos resistentes as penicilinas.
84
Indicação clínica
• As indicações são as mesmas da vancomicina, exceto nas infecções
meníngeas, nas quais a teicoplanina não é indicada por não atravessar a
barreira hematoencefálica;
Glicopeptídeos
85
Efeitos Adversos
• Relatado em menos de 5% dos pacientes, surgindo sob a forma de erupção
maculopapular transitória, exantema urticariforme, febre, leucopenia transitória
e diminuição de audição para sons de alta frequência;
• A droga tem potencial de nefrotoxicidade e ototoxicidade menor do que a
vancomicina;
• Raramente pode causar o quadro de síndrome do homem vermelho;
• Não está indicada para terapêutica de infecções em gestantes, nem na nutriz.
Glicopeptídeos
86
Daptomicina
• Age por dois mecanismos de ação: inibição da síntese do peptidoglicano da parede
celular, e principalmente, por inibir a síntese do ácido lipoteicóico da membrana
citoplasmática;
Indicação Clínica
• Contra estafilococos meticilinarresistentes;
• É antibiótico que apresenta maior potência bactericida contra estafilococos e
enterococos resistentes a vancomicina;
• Não atravessa a barreira hematoencefálica, portanto, não é adequada para o
tratamento de meningites por estafilococos e pneumococos resistentes.
Lipopeptídeo
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Efeitos Adversos
• Miosite, manifestada por fraqueza muscular e mialgia de mãos, punhos e
antebraços, precedida pela elevação da CPK sérica. Esse efeito adverso
é reversível com a retirada da droga.
Lipopeptídeo
88
89Referências Bibliográficas
• Walter Tavares, Antibióticos e Quimioterápicos para o clínico
• ANVISA (www.anvisa.gov.br)
• http://www.nobelprize.org/nobel_prizes/medicine/laureates/1945/
• GUIMARAES, Denise Oliveira; MOMESSO, Luciano da Silva; PUPO, 
Mônica Tallarico. Antibióticos: importância terapêutica e perspectivas para 
a descoberta e desenvolvimento de novos agentes. Quím. Nova, São 
Paulo , v. 33, n. 3, p. 667-679, 2010 . Available from
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-
40422010000300035&lng=en&nrm=iso>. access on 15 Jan. 2017. 
http://dx.doi.org/10.1590/S0100-40422010000300035.
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