Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CORREÇÃO DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO - Peça Recursal Problema: em demanda indenizatória por danos materiais e morais, feita por José Prudêncio em face de JP Transportes Ltda, em curso na 5ª Vara Cível da Comarca de Goiânia-GO., o pedido foi julgado parcialmente procedente para condenar o réu ao pagamento dos danos materiais pleiteados, no entanto, o magistrado não fez qualquer referência na sentença, aos danos morais pedidos. Solução: Você como advogado, qual solução daria à situação? Resposta: Interposição de Embargos de Declaração para sanar a ausência de apreciação de um dos pedidos, sanando a omissão da sentença. Digitação da peça Margens: esquerda e superior: 3 cm Direita e inferior: 2 cm Fonte: Arial ou Times New Roman Espaço entre linhas: 1,5 cm Citações legislação, doutrina e jurisprudências: espaço simples, fonte 10, recuo à direita: 4 cm Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da 5ª Vara Civel da Comarca de Goiânia, Estado de Goiás. Espaço entre endereçamento e qualificação: 5 espaços duplos Processo n (...) Ação de Reparação de Danos materiais e morais JOSÉ PRUDÊNCIO, por seu advogado, nos autos da ação de Reparação de Danos materiais e morais, que lhe move JP Transportes Ltda, em trâmite perante esse egrégio Juízo, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, apresentar, tempestivamente, EMBARGOS DE DECLARAÇÃO, o que faz com fundamento no artigo 1.022, do Código de Processo Civil e pelas razões a seguir aduzidas. I – Objeto deste Recurso É obter o esclarecimento da decisão proferida por este douto juízo, referente a ação indenizatória, ajuizada pelo Embargante, que, regularmente processada, teve seu pedido julgado parcialmente procedente, no sentido de condenar a Embargada a pagar os danos materiais pleiteados. Todavia, não houve manifestação de Vossa Excelência, no que se refere ao pedido dos danos morais alegados e provados. II Da omissão Os presentes Embargos de Declaração pugnam pela correção do julgado para que se sane a omissão perpretada pelo eminente julgador. A omissão se funda na ausência de apreciação de um dos pedidos formulados pelo Embargante, o que vicia a sentença proferida de nulidade, porquanto caracterizada como citra petita. A causa versou sobre a tentativa de inscrição indevida do nome do Embargante junto aos órgãos de proteção ao crédito pela alegada falta de pagamento, valores supostamente devidos à Embargada. Conforme demonstrado nos autos da ação indenizatória, o pagamento já havia sido efetuado, razão pela qual pediu-se a condenação nos danos materiais e morais sofridos com o constrangimento indevidamente infligido ao embargante. No que tange ao dano material, houve acolhimento na integra do pedido do Embargante, tendo sido determinada a condenação a pagar todos os prejuízos e despesas despendidas com o transtorno indevido gerado pelo embargado. Quanto aos danos morais, porém, não houve nem sequer uma menção na sentença. Como decorrência do princípio da inafastabilidade da prestação jurisdicional, é o magistrado obrigado a decidir, a resolver todas as questões suscitadas pelas partes. 2 Deixando de resolver alguma delas, estará se omitindo, podendo tal decisão ser atacada por meio de Embargos de Declaração para que se realize a devida complementação. Isto porque, “data venia”, certamente de forma involuntária, a decisão, com todo respeito, precisa ser esclarecida posto que há omissão, tendo em vista que não houve nenhuma menção aos danos morais, nem mesmo no relatório da sentença. Assim, faltou, inclusive, a necessária fundamentação exigida pelo art. 489, § 1º do Código de Processo Civil. III – Pedido Pelo exposto, aguarda o Embargante, sejam os presentes Embargos recebidos, conhecidos e providos para que a R. sentença embargada seja completada no tocante à omissão suscitada, sendo apreciado o pedido de danos morais formulado nos autos. Requer ainda, nos termos do art. 1.023, § 2º, do Código de Processo Civil, a intimação do embargado, na pessoa do seu advogado, para responder no prazo legal de 5 (cinco) dias tendo em vista que o eventual acolhimento implicará na alteração do dispositivo; Termos em que, cumpridas as necessárias formalidades legais, pede e espera o recebimento e provimento. Local/ Data Advogado ... OAB... DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para: I - esclarecer obscuridade ou eliminar contradição; II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento; III - corrigir erro material. Parágrafo único. Considera-se omissa a decisão que: I - deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em incidente de assunção de competência aplicável ao caso sob julgamento; II - incorra em qualquer das condutas descritas no art. 489, § 1o. Art. 1.023. Os embargos serão opostos, no prazo de 5 (cinco) dias, em petição dirigida ao juiz, com indicação do erro, obscuridade, contradição ou omissão, e não se sujeitam a preparo. § 1o Aplica-se aos embargos de declaração o art. 229. § 2o O juiz intimará o embargado para, querendo, manifestar-se, no prazo de 5 (cinco) dias, sobre os embargos opostos, caso seu eventual acolhimento implique a modificação da decisão embargada. Art. 1.024. O juiz julgará os embargos em 5 (cinco) dias. § 1o Nos tribunais, o relator apresentará os embargos em mesa na sessão subsequente, proferindo voto, e, não havendo julgamento nessa sessão, será o recurso incluído em pauta automaticamente. § 2o Quando os embargos de declaração forem opostos contra decisão de relator ou outra decisão unipessoal proferida em tribunal, o órgão prolator da decisão embargada decidi-los-á monocraticamente. § 3o O órgão julgador conhecerá dos embargos de declaração como agravo interno se entender ser este o recurso cabível, desde que determine previamente a intimação do recorrente para, no prazo de 5 (cinco) dias, complementar as razões recursais, de modo a ajustá-las às exigências do art. 1.021, § 1o. § 4o Caso o acolhimento dos embargos de declaração implique modificação da decisão embargada, o embargado que já tiver interposto outro recurso contra a decisão originária tem o direito de complementar ou alterar suas razões, nos exatos limites da modificação, no prazo de 15 (quinze) dias, contado da intimação da decisão dos embargos de declaração. § 5o Se os embargos de declaração forem rejeitados ou não alterarem a conclusão do julgamento anterior, o recurso interposto pela outra parte antes da publicação do julgamento dos embargos de declaração será processado e julgado independentemente de ratificação. Art. 1.025. Consideram-se incluídos no acórdão os elementos que o embargante suscitou, para fins de pré-questionamento, ainda que os embargos de declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal superior considere existentes erro, omissão, contradição ou obscuridade. Art. 1.026. Os embargos de declaração não possuem efeito suspensivo e interrompem o prazo para a interposição de recurso. § 1o A eficácia da decisão monocrática ou colegiada poderá ser suspensa pelo respectivo juiz ou relator se demonstrada a probabilidade de provimento do recurso ou, sendo relevante a fundamentação, se houver risco de dano grave ou de difícil reparação. § 2o Quando manifestamente protelatórios os embargos de declaração, o juiz ou o tribunal, em decisão fundamentada, condenará o embargante a pagar ao embargado multa não excedente a dois por cento sobre o valor atualizado da causa. § 3o Na reiteração de embargos de declaração manifestamente protelatórios, a multa será elevada a até dez por cento sobreo valor atualizado da causa, e a interposição de qualquer recurso ficará condicionada ao depósito prévio do valor da multa, à exceção da Fazenda Pública e do beneficiário de gratuidade da justiça, que a recolherão ao final. § 4o Não serão admitidos novos embargos de declaração se os 2 (dois) anteriores houverem sido considerados protelatórios. RECURSOS NO PROCESSO CIVIL – continuação... 3ª Peça: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO Conceito: É o recurso cabível contra qualquer decisão judicial quando esta apresenta um dos vícios apontados nos incisos I a III do art. 1022 do CPC, quais sejam: omissão, obscuridade, contradição ou erro material. Noções gerais: - omissão: entende-se como a ausência de manifestação sobre pedido ou ponto suscitado por qualquer das partes. - obscuridade: é a falta de clareza, que torna a decisão ambígua ou confusa. - contradição: é o desacordo entre o motivo e a conclusão da decisão proferida. - erro material: quando a decisão não expressa objetivamente com o entendimento de que se pretendia exprimir ou que não condiz objetivamente com os elementos constantes dos autos. Fundamento: arts. 1022 a 1026, CPC. Denominação da partes: Embargante e Embargado. Hipóteses de cabimento: Art. 1022, CPC. Prazo para interposição: 05 dias, em petição dirigida ao juiz “a quo”, com indicação do erro, obscuridade, contradição ou omissão e não se sujeitam ao preparo, conforme dispõe o art. 1023 do CPC. Competência para julgar os Embargos Declaratórios: é o próprio juiz que proferiu a sentença ou o tribunal que proferiu o acórdão que é competente para julgar. Efeitos dos Embargos de Declaração: - não possuem efeito suspensivo, ou seja, não paralisam a produção de efeitos da decisão embargada. Contudo, a eficácia da decisão monocrática ou colegiada poderá ser suspensa pelo respectivo juiz ou relator, nos termos do art. 1026, § 1º. - possuem efeito interruptivo, ou seja, interrompem o prazo para interposição de outros recursos por qualquer das partes, de acordo com o art. 1026 do CPC. Observação: como regra, não há contraditória; a parte contrária não é intimada para se manifestar, uma vez que os embargos não possuem finalidade infringente (reformar a decisão). Caso o acolhimento dos embargos de declaração implique na modificação da decisão embargada, o juiz intimará o embargado para, querendo, manifestar-se no prazo de 5 dias sobre os embargos opostos, de acordo com o art. 1023, § 2º do CPC. Estrutura da peça recursal: opõe-se os Embargos por petição simples, não sendo necessária a elaboração de petição de interposição. 2 MODELO DE EMBARGOS DE DECLARAÇÃO Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da (...) Processo n (...) (...), por seus advogados, nos autos da (...), que lhe move (...), em trâmite perante esse egrégio Juízo, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, apresentar, tempestivamente, EMBARGOS DE DECLARAÇÃO, o que faz com fundamento no artigo 1.022, do Código de Processo Civil e pelas razões a seguir aduzidas. I – Objeto deste Recurso É obter o esclarecimento da referida decisão (...), proferida nos seguintes termos (fls...): Isto porque, “data venia”, certamente de forma involuntária, a decisão, com todo respeito, precisa ser esclarecida posto que há obscuridade (contradição e/ou omissão) tendo em vista que (...). Assim, faltou, inclusive, a necessária fundamentação exigida pelo art. 489, § 1º do Código de Processo Civil. Desta forma, conforme se verifica dos trechos destacados no decisório e acima copiados, não resta claro ao embargante (...). Assim, mister se faz sanar as obscuridades, omissões e contradições existentes na decisão e, bem assim, corrigir o erro material apontado. II – Pedido Pelo exposto, é a presente para requerer sejam sanadas as obscuridades e contradições apontadas. III – Requerimento Isto posto, requer o embargante: a) nos termos do art. 1.023, § 2º, do Código de Processo Civil, a intimação do embargado, na pessoa do seu advogado, para responder no prazo legal de 5 (cinco) dias tendo em vista que o eventual acolhimento implicará na alteração do dispositivo; b) ao final, que Vossa Excelência se digne em acolher os embargos dando-lhes provimento para (...). Termos em que, cumpridas as necessárias formalidades legais, pede e espera o recebimento e provimento. Local/ Data Advogado (OAB) 3ª peça Recursal: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO – Omissão Problema: em demanda indenizatória por danos materiais e morais, feita por José Prudêncio em face de JP Transportes Ltda, em curso na 5ª Vara Cível da Comarca de Goiânia-GO., o pedido foi julgado parcialmente procedente para condenar o réu ao pagamento dos danos materiais pleiteados, no entanto, o magistrado não fez qualquer referência na sentença, aos danos morais pedidos. Solução: Você como advogado, qual solução daria à situação? Resposta: Interposição de Embargos de Declaração para sanar a ausência de apreciação de um dos pedidos, sanando a omissão da sentença. ENDEREÇAMENTO Autos nº... Ação de Reparação de Danos Materais e Morais JOSÉ PRUDÊNCIO, por seu advogado, nos autos da ação de... Interpor o os presentes EMBARGOS DE DECLARAÇÃO Com fundamento no artigo 1.022, do Código de Processo Civil, nos termos adiante aduzidos. I – OBJETO DESTE RECURSO II – DA OMISSÃO III – PEDIDO III – REQUERIMENTO FECHAMENTO
Compartilhar