Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Técnica dietética PROFA. CAMILA CHIARA CAMILA.OLIVEIRA@UNIFAVIP.EDU.BR Objetivo É analisar as transformações físico químicas e organolépticas ocorridas durante o processamento dos alimentos. Preservar a qualidade nutricional Objetivo do preparo de alimentos na cozinha dietética Permitir o aproveitamento de alimentos que não poderiam ser consumidos em seu estado natural: arroz, feijão, batata; Tornar os alimentos de mais fácil digestão; Melhorar o sabor dos alimentos; Favorecer o aspecto, dando melhor apresentação ao alimento; Fatores que modificam os alimentos Físicos: subdivisão, dissolução, união Químicos: cocção, ação de enzimas, ácidos e álcool; reações e combinações químicas Biológicos: fermentos, bactérias e fungos As operações Pré-preparo Preparo Pré-preparo Operações preliminares a que se submetem os alimentos antes da cocção final. Ex: limpeza, divisão e união. Limpeza Métodos secos Métodos úmidos Etapas Divisão do alimento Subdivisão simples- cada fragmento contém os fragmentos do todo. Cortar/picar- dividir em pedaços pequenos; Moer- dividir em pedaços pequenos, tornando homogêneo; Triturar – dividir em pedaços muito pequenos Divisão do alimento Subdivisão com separação de partes- fracionamento em partes menores com cada parte contendo diferentes componentes Separação de dois líquidos (decantar, centrifugar, destilar) Separação de dois sólidos (descascar, tamisar) Separação de um sólido ou líquido (espremer, sedimentar, coar, filtrar) Operações de União União dos alimentos, ou seja, soma dos constituintes Misturar, bater, amassar, sovar Operações de União Misturar- unir ingredientes facilmente miscíveis. Ex: farinha e açúcar. Bater – operação mais trabalhosa. Ingredientes dificilmente miscíveis. Ex: manteiga, açúcar, gema. Amassar, sovar – preparação de massas – farinha de trigo e água – glúten – homogênea (necessita de movimentos bruscos). Pode-se usar equipamentos Etapas de pré-preparo Etapas Critérios de validade Critérios de validade Etapas Ementa Identificar os diferentes grupos de alimentos, suas características e funções e os grupos equivalentes; identificar a importância dos Fatores de Correção (IPC, IC e IR), As técnicas de manipulação de matérias primas alimentares; Aplicar diferentes tipos de cocção, nos grupos alimentares e relacionar às características de composição nutricional; utilizar técnicas adequadas de manipulação e preparo dos alimentos para coletividade sadia e enferma e aplicabilidade em dietoterapia; Ementa Aulas expositivas teóricos- práticas, através da resolução de estudos de caso com situações problema, Aula prática e teórica, elaboração de preparações para patologias distintas. As avaliações serão processuais através da leitura e apresentação de artigos científicos na área, seminários e resolução de questões discursivas e múltipla escolha AP1 – PROVA (8,0) PRÁTICA (2,0) AP2 – PROVA (8,0) PRÁTICA (2,0) AP3 – PROVA Área de preparo PROFA. CAMILA CHIARA CAMILA.OLIVEIRA@UNIFAVIP.EDU.BR Métodos de cocção Cocção : operações térmicas de preparo Por que aquecemos os alimentos? Tornar os alimentos digeríveis e/ou melhorar a digestibilidade Desenvolver novos sabores e preparações Modificar a textura Amaciar as carnes Melhorar a palatibilidade (cor, aspecto, textura) Inibir o crescimento de MO patogênicos Processos básicos de cocção Calor seco Calor úmido Calor misto Calor úmido Hidratar o alimento Pode ser utilizado em praticamente todos os alimentos variando o tempo e a temperatura de acordo com a consistência do produto Dissolução de substâncias Calor úmido Água em ebulição Fervura à fogo lento Cocção à vapor Cocção à vapor sob pressão Fogo lento (escalfar) Meio aquoso abaixo do seu ponto de ebulição O meio líquido pode ser água, caldos, xaropes, leite Na França denomina-se pocher Desvantagem - controle de temperatura para não cozinhar excessivamente o alimento Muito usada para cocção de ovos e vegetais Cocção a vapor Facilitar a digestão Proporcionar textura mais agradável Minimizar as perdas de nutrientes Vantagens: melhor retenção de nutrientes, rapidez de preparo, não altera o valor calórico do alimento, indicado para uma alimentação saudável Calor seco Desidratar o alimento Meio indireto: aquecimento do ar livre (grelha e espeto), ar confinado (forno), gordura (fritura) Meio direto: prancha, chapa, raios infravermelhos, aquecimento eletrônico Vantagens: minimiza o uso de gordura, mais palatável (concentra substâncias extrativas), doura o alimento. Necessário controlar o tempo e temperatura para preservar o valor nutricional Calor seco Deve ser lenta e a baixas temperaturas, pois, como a condução é mais lenta do que as outras formas, se altas temperaturas forem aplicadas, o alimento ficará cozido na superfície e cru em seu interior Frituras - colocar o alimento em óleo quente Calor seco sem gordura Assar no forno Assar no espeto grelhar Calor seco com gordura Transmite calor de forma indireta ao alimento Saltear- pouca gordura, bem quente, movimentando a frigideira Frigir- pouca gordura, bem quente, sem movimentar a frigideira Fritar com gordura Fritar com gordura com imersão Fritar (conseguir produto crocante) Tipos de fritura de acordo com a temperatura Pouco quente – 135 a 140 0C - vegetais ricos em água e pescado com alta espessura Quente- 155 a 160 0C – produtos pré-coccionados Muito quente – acima de 180 0C – tubérculos e empanados em geral Efeito da fritura sobre os alimentos Crosta superficial Desidratação da parte externa da crosta, favorecendo a caramelização e ao escurecimento não enzimático Melhora a textura superficial Cor dourada Desenvolvimento de flavor especial Concentração de nutrientes Calor misto Cocção realizada em duas etapas: Calor seco com gordura – formação da capa protetora para impedir a saída de sucos Calor úmido – adicionando pequenas quantidades de líquido Calor misto Cocção por microondas Indicadores de preparo dos alimentos: cálculos. Indicadores Per capta Peso bruto e peso líquido Fator de correção Indicador conversão ou fator de cocção Indicador de reidratação Densidade Per capta Referente à quantidade individual Necessidades nutricionais Hábito alimentar O tipo e padrão da refeição Viabilidade da preparação Peso bruto e peso líquido Peso bruto – é a forma de compra Peso líquido – parte comestível, sendo este último utilizado para as necessidades individuais Fator de correção É um fator que prevê perdas inevitáveis durante o pré-preparo (retirada de cascas e talos, folhas murchas, gordura das carnes, ossos e aparas) Relação entre o peso bruto e o peso líquido do alimento (PB/PL) Aquisição de alimentos Cada serviço de alimentação pode calcular o seu próprio Fc. Indicador de conversão Modificação do alimento Cocção, congelamento, descongelamento Interferentes: Intensidade de calor Tempo de cocção Utensílio Adequação de equipamentos Mão-de-obra Preparações IC= peso do alimento (g)/peso do alimento no estado inicial Indicador de reidratação Utilizados para cereais, leguminosas e alimentos deixadosem remolho Quanto maior o tempo de reidratação, menor tempo de cocção Ocorre aumento do peso IR = peso do alimento reidratado (g)/peso do alimento inicial (g) Densidade Importante para escolha dos equipamentos e utensílios, pois permite o dimensionamento dos mesmos, relativo à capacidade em volume Se d=m/v, logo v=m/d Ex: 10 kg de arroz ocupou um panelão de 15L. Qual a sua densidade? D= 10/15= 0,67 Densidade Conhecendo a densidade do arroz cozido, qual o volume da cuba de distribuição para atender por vez 50 comensais, com per capta de 80g? V=m/d = 50 x 0,08/0,67 = 5,971 Exercícios Fc = PB/PL Suponha que um certo alimento adquirido tenha peso bruto de 2,4kg, após o pré-preparo para a sua utilização apresentou um peso líquido de 1,2 kg. Com base nessas informações, é correto afirma que o FC desse alimento é: Considerando que são necessários 5kg de cenoura para preparar um suflê e que o fator de correção da cenoura é igual a 1,5, a quantidade de cenoura que devemos comprar, em kg, é igual a:
Compartilhar