Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Jaú 2015 LEONARDO FLORIDO MOSCHETTO SISTEMA DE ENSINO A DISTANCIA BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO PRODUÇÃO TEXTUAL Estrutura de mercado do setor supermercadista. Jaú 2015 PRODUÇÃO TEXTUAL Estrutura de mercado do setor supermercadista. Trabalho de Serviço Social apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral na disciplina de Microeconomia e Macroeconomia; Métodos Quantitativos; Ética, Política e Sociedade; Seminário. Orientadores: LEONARDO FLORIDO MOSCHETTO SUMÁRIO 1 MICROECONOMIA E MACROECONOMIA ......................................................... 3 1.1 Diferenças entre macroeconomia e microeconomia ......................................... 3 1.2 Oligopólio .......................................................................................................... 4 1.3 Medidas descritivas .......................................................................................... 6 1.4 Medidas de tendência Central .......................................................................... 7 1.5 Medidas de dispersão ....................................................................................... 7 1.6 Técnicas de amostragem probabilística ........................................................... 7 1.6.1 Amostragem casual simples ......................................................................... 8 1.6.2 Amostragem sistemática ............................................................................... 8 1.6.3 Amostragem por meio de conglomerados .................................................... 8 1.6.4 Amostragem estratificada ............................................................................. 8 1.6.5 Amostragem múltipla .................................................................................... 9 1.7 Amostragem não probabilística ........................................................................ 9 1.7.1 Inacessibilidade de toda a população ........................................................... 9 1.8 Números índices ............................................................................................... 9 2 Ética, Política e Sociedade ................................................................................. 11 3 Referências ........................................................................................................ 13 3 1 MICROECONOMIA E MACROECONOMIA A parte da economia destinada a estudar o funcionamento econômico em geral e conhecida como macroeconomia, bem como as políticas econômicas adotadas, sendo que algumas das variáveis utilizadas são a taxa de desemprego, o Produto Interno Bruto (PIB) taxa de juros os níveis de impostos, entre outros. A parte da economia que analisa o comportamento de cada ator econômico de forma mais precisa (individual) e conhecida como microeconomia. Alguns exemplos de atores são as empresas, as famílias ou os trabalhadores. Neste campo de estudo se faz uma analise exaustiva sobre as leis como a da oferta e demanda, entre os ofertantes e os consumidores, o nível de preços praticados, ou a elasticidade de cada produto. Como se chega a um acordo entre necessidades das empresas que oferecem os bens e serviços para as necessidades dos consumidores, bem como todas as variáveis que podem afetar, esta ligação, como as diferentes necessidades de cada pessoa ou a qualidade do produto ofertado. 1.1 DIFERENÇAS ENTRE MACROECONOMIA E MICROECONOMIA As diferenças que ajudam a distinguir as formas de economia: A micro procura uma perspectiva individual e a macro uma perspectiva geral; A primeira delas estuda atores específicos já a segunda dela estuda atores econômicos globais; As variáveis são diferentes; As situações que afetam tanto a micro como a macroeconomia podem não ser iguais; Mesmo sendo diferentes, não são totalmente independentes. 2.1 Concentração de Mercado O primeiro passo para avaliar a entrada de uma firma em um determinado mercado e a Estrutura-Conduta-Desempenho, para isso e usado medidas sintéticas 4 de concentração de mercado, com o intuito de analisar o poder de mercado das empresas. Essa concentração de mercado e uma variável muito importante para que haja a definição da conduta que a empresa ira seguir. Caso a concentração estiver muito elevada, o grau de interdependência entre as mesmas aumentará, elevando assim a probabilidade de prejudicar terceiros (colusão). Por outro lado, empresas com baixa concentração dificultam para chegar nessa situação de colusão, as aproximando da concorrência perfeita, em que o preço e determinado pelo mercado (KON, 1994). Assim, para Kon (1994) os quatro fatores que aumentam a concentração de um setor específico são: a) Crescimento das empresas; b) Fusões ou outras formas de concentrações; c) Redução dos mercados; d) Formação de joint ventures. Kon (1994) ainda destaca outros quatro fatores que ainda podem reduzir a concentração de uma empresa, que são elas: a) A inserção de novas empresas que visão reduzir as concentrado como um todo; b) O crescimento do mercado, que pode ser realizada de forma igualitária entre as empresas, visando reduzir a concentração ou com o intuito de atrair novas empresas para o setor; c) O rápido crescimento de empresas de porte médio e pequeno e o fechamento de firmas de grande porte; d) A redução nos custos de transporte, sendo esta redução mais vantajosa para as empresas de pequeno e médio porte. 1.2 OLIGOPÓLIO Segundo Kon (1994) o oligopólio e a existência de poucas empresas no mercado de um mesmo segmento, ou seja, produtos substitutos perfeitos, ou mesmo substitutos próximos. Analisando sobre um ponto de vista microeconômico, esta forma de estrutura 5 define-se por condicionar as decisões escolhidas das empresas do mesmo setor. Vários modelos microeconômicos visam sistematizar o padrão de comportamento das empresas sob a estrutura de oligopólio, dado que as estruturas de mercado conhecidas como monopólio e concorrência perfeita raramente observada no mundo real. Partindo das idéias de Carvalho (2000) relaciona quatro tipos de oligopólios. Oligopólio Concentrado: os produtos são essencialmente homogêneos, a competição entre as empresas e feitas via investimentos e não através do preço; Oligopólio Diferenciado: nesta categoria as empresas competem através da diferenciação dos produtos, os produtos são substitutos imperfeitos entre si, mesmo sendo possível a competição, por meio do preço. As empresas que se submetem a este tipo de estrutura de mercado dedicam seus esforços a publicidade e investimento em P&D, visando diferencias sua marca e produto fidelizando clientes; Oligopólio Diferenciado-Concetrado: esta estrutura combina características do oligopólio concentrado e do oligopólio diferenciado, assim, os produtos são diferenciados e a competitividade requer uma escala mínima de eficiência. Assim, a concentração de mercado nessa estrutura deve ficar acima da concentração presente nos oligopólios diferenciados e pode chegar à mesma concentração dos oligopólios concentrados (MARINHO, 2001); Oligopólio Competitivo: neste caso a elevada concentraçãoe não há economia de escala importante, e os produtos são pouco diferenciados. Tal configuração cria uma estrutura de mercado em que existem poucas empresas grandes, que competem via preço, juntamente com empresas menores. Como as barreiras à entrada são pouco expressivas, as margens de lucro são limitadas. Essa estrutura é geralmente encontrada em setores de bens de consumo não duráveis e de bens intermediários com reduzida capacidade de diferenciação (CARVALHO, 2000). Segundo Kon (1994), os oligopólios podem estabelecer seus preços a partir de acordos organizados ou não organizados. Os acordos organizados são aqueles em que as firmas de determinado setor se reúnem e combinam o preço a ser estabelecido, como nos cartéis. Esse tipo de acordo é proibido em muitos países. Também é possível que o preço do oligopólio seja estabelecido por uma 6 empresa do setor, chamada líder, e seguido pelas demais. Kon (1994) estabelece três formas de liderança: a) Liderança da firma dominante, em que existe uma firma com uma parcela de mercado tão grande que consegue determinar o preço de mercado (KON, 1994); b) Liderança colusiva, em que as firmas entram num acordo quanto ao preço a ser estabelecido, e à empresa líder cabe conduzir as ações necessárias à colusão (KON, 1994); c) Liderança balométrica, em que a empresa líder é aquela que toma as iniciativas oportunas, de acordo com as condições de mercado, podendo ou não ser seguida pelas demais (KON, 1994). 1.3 MEDIDAS DESCRITIVAS As medidas descritivas têm o objetivo de descrever um conjunto de dados de forma organizada e compacta por meio de suas estatísticas, o que não significa que estes cálculo e conclusões possam ser levados para a população. Sendo que as medidas descritivas básicas mais importantes são as de posição e as de variabilidade. O texto apresentado utiliza o índice de concentração (Ck) como forma para analisar a participação das maiores empresas no mercado, considerando a soma de suas participações no mercado, ou seja, por via de seu market-share, com isso através da seguinte fórmula: Onde: Si = a participação de mercado da empresa i K = o número de empresas selecionadas do mercado 7 1.4 MEDIDAS DE TENDÊNCIA CENTRAL Para este tipo de medida e quando se trabalha com dados numéricos observando-se uma tendência destes de se agruparem em torno de um valor central. Isto indica que algum valor central é a característica dos dados e que o mesmo pode ser usado para representá-lo. 1.5 MEDIDAS DE DISPERSÃO Num conjunto de dados, se todas as observações de uma variável estão próximas, isso indica que os indivíduos não são muito diferentes com relação a essa variável. Por outro lado, se as observações estão dispersas, isso indica diferenças entre os indivíduos. Quanto maior a dispersão, maior a diferença. Nas pesquisas estatísticas, são fundamentais a compreensão e quantificação dessa dispersão. Uma medida de dispersão bastante intuitiva é a amplitude dos dados, definida como a distância entre os valores máximo e mínimo. Mas como essa medida considera apenas dois valores, qualquer que seja o tamanho do conjunto de dados, ela tem propriedades limitadas para descrever a dispersão, definidos como: Di = Xi - X Desvio Médio Absoluto - é a média dos valores absolutos dos desvios; Variância - é a média dos desvios quadráticos, isto é, dos quadrados dos desvios. Como a variabilidade é uma característica muito importante dos dados, é necessário analisá-la no contexto de cada distribuição. 1.6 TÉCNICAS DE AMOSTRAGEM PROBABILÍSTICA As técnicas de amostragem podem ser divididas em dois tipos: a probabilística e a não probabilística. A amostragem probabilística e quando todos os elementos da população contiverem probabilidade conhecida, e diferente de zero, de pertencer à amostra. 8 Caso negativo a amostragem será conhecida como não probabilística, assim, seguindo essa definição a amostragem probabilista implica um sorteio com regras determinadas cuja realização só será possível se a população for delimitada (finita) e totalmente acessível. A utilização de uma amostragem probabilista é a melhor recomendação que se deve fazer no sentido de se garantir a representatividade da amostra, pois o acaso será o único responsável por eventuais discrepâncias entre populações e amostragens. 1.6.1 Amostragem casual simples Também conhecida como amostragem simples ao caso, aleatória, casual, simples, elementar, randômica. Equivalente a um sorteio lotérico. 1.6.2 Amostragem sistemática Neste caso e quando os elementos da população se apresentam de forma ordenadas e a retirada dos elementos da amostra é feita periodicamente, temos uma amostragem sistemática. 1.6.3 Amostragem por meio de conglomerados Quando a população apresenta uma subdivisão em pequenos grupos, chamados conglomerados. 1.6.4 Amostragem estratificada E quando a população se faz dividir em estratos, sendo razoável supor que, de estrato para estrato, a variável de interesse apresente um comportamento substancialmente diverso. 9 1.6.5 Amostragem múltipla Em uma amostragem múltipla a amostra é retirada em diversas etapas sucessivas dependendo dos resultados observados. 1.7 AMOSTRAGEM NÃO PROBABILÍSTICA 1.7.1 Inacessibilidade de toda a população Essa situação ocorre com maior freqüência na pratica, surgindo assim uma distinção interna entre população objeto e população amostrada. 1.8 NÚMEROS ÍNDICES Os números-índices são medidas estatísticas frequentemente usadas por administradores, economistas e engenheiros, para comparar grupos de variáveis relacionadas entre si e obter um quadro simples e resumido das mudanças significativas em áreas relacionadas como preços de matérias-primas, preços de produtos acabados, volume físico de produto etc. Mediante o emprego de números- índices é possível estabelecer comparações entre: a) Variações ocorridas ao longo do tempo; b) Diferenças entre lugares; c) Diferenças entre categorias semelhantes, tais como produtos, pessoas, organizações etc. É grande a importância dos números-índices para o administrador, especialmente quando a moeda sofre uma desvalorização constante e quando o processo de desenvolvimento econômico acarreta mudanças continuas nos hábitos dos consumidores, provocando com isso modificações qualitativas e quantitativas na composição da produção nacional e de cada empresa individualmente. Assim, em qualquer análise, quer no âmbito interno de uma empresa, ou mesmo fora dela, na qual o fator monetário se encontra presente, a utilização de números-índices toma-se indispensável, sob pena de o analista ser conduzido a conclusões totalmente falsas e prejudiciais à empresa. 10 11 2 ÉTICA, POLÍTICA E SOCIEDADE Hoje a humanidade vive um momento muito especial, do qual o capitalismo se firma como modo hegemônico de organização de vida dentre de uma sociedade, para tanto, esta hegemonia capitalista basta observar ao nosso redor, a rigidez de um mundo do qual apenas três formações sociais possuem modos distintos de organização social, político e econômico e cultural: Norte da China, Coréia e um pouco menos Cuba que esta adotando gradativamente. Nenhuma dessas formações sociais esta isente de impactos empreendidos pelo fator desenvolvimento que incide de varias maneiras e formas a cada uma delas, sendo que a formação social vigente no Brasil e essencialmente capitalista. Pensar em uma humanidadeque vive em um mundo hegemonizado pelo capitalismo pressupõe entende-lo como um modo de organização da sociedade que mediante o movimento histórico e as contradições inerentes ao estado das coisas, conseguiu se consolidar enquanto força dirigente e dominante, portanto na organização da vida humana (SANTOS, 1996). Devido a tais idéias, se reflete em relação a este modo de organização social da seguinte maneira segundo Santos (1992) que trata-se da maneira de que cada formação social se cria e recria, em permanência a uma determinada ordem espacial de objetos que é paralela à ordem econômica, a ordem social, à ordem política, todas essas ordens atribuindo um valor próprio, particular, as coisas, aos homens e às ações dela. No Brasil, a formação social vigente não nasce capitalista, como algumas interpretações teóricas concebem, mas sim em seu processo histórico e espacial realiza uma transição capitalista a partir de determinado momento (SAES, 1990). Segundo Pomar (2007), por terem exercido uma influência sobre a pesquisa e a interpretação históricas, com significados atribuídos ao capitalismo surgindo com destaque. Tem a abordagem que assume a perspectiva Weberiana na análise do capitalismo, “que busca a essência do capitalismo não em qualquer dos aspectos de sua anatomia econômica ou sua fisiologia, mas no espírito predominante em cada época: o espírito de empresa, de empreendimento, de aventura, de cálculo, de racionalidade” (POMAR, 2007). Ainda Pomar (2007) o capitalismo inserido no comércio ou ainda com a produção voltada para a troca, tem a abordagem como sendo extremamente influente e como base de correntes teóricas. Tal fato faz com que conceber a categoria território, não enquanto um 12 conceito abstrato, mas como um processo concreto e que visa trabalhar intrinsecamente a condição humana, ou seja, quando se considera o território que compõem uma das dimensões da vida humana, agregando processos construídos mediante as relações sociais estabelecidas pelos indivíduos. O modo de produção capitalista não pode viver alheio a vida social, pois a consideração do produto histórico e espacial forjado pelo conjunto de relações sociais. 13 3 REFERÊNCIAS CARVALHO, D. F. Padrões de Concorrência e Estrutura de Mercado no Capitalismo: uma abordagem neo-schumpeteriana. Belém: NAEA, 2000. CASTANHEIRA, N. P. Métodos Quantitativos. 2º ed. Editora IBPEX DIALÓGICA. DOMINGUES J. Jurandir et al. Economia. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional, 2014. FREUND, J. E. Estatística Aplicada: Economia, Administração e Contabilidade. 11º ed. Porto Alegre: Bookman, 2006. GARCIA, R. Estatística. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2009. LARSON, R.; FARBER, B. Estatística Aplicada. 2º ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2004. LEVIN, J.; FOX, J. A. Estatística para Ciências Humanas. 9º ed. São Paulo: Pearson, 2004. MALASSISE, R. L. S.; SALVALAGIO, W. Introdução à economia. Londrina: Unopar, 2014. MARINHO, P. L.. Considerações sobre as Contribuições à Teoria das Barreiras à Entrada de Joe Bain. Especiaria (UESC), v. 04, p. 91-106, 2001. MCCLAVE, J. T; BENSON, P. G.; SINCICH, T. Estatística para administração e economia. 10. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009. MENDES, J. T. G. Economia: fundamentos e aplicações. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005. NEUFELD, J. L. Estatística Aplicada à Administração: usando Excel. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2003. POMAR, V. Capitalismo, imperialismo e relações internacionais. In: Curso de Formação em política internacional. São Paulo: Perseu Abramo, 2007. KON, A. Economia Industrial. São Paulo: Nobel, 1994. 14 SAES, D. A formação do Estado Burguês no Brasil (1888-1891). Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1990. SANTOS, M. Por uma geografia nova: da crítica da geografia a uma geografia crítica. São Paulo: Hucitec, 1982. SINGER, P. Aprender economia. 25 ed. São Paulo: Contexto, 2010.
Compartilhar