Buscar

civil resposta de francisco e patricia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

SIMULADO DA OAB 
 
GABARITO – DIREITO CIVIL 
PROBLEMA PRATICO 
 
José e Juscelino celebraram contrato de locação, por meio do qual este 
locava àquele imóvel de sua propriedade, para instalação de 
estabelecimento comercial mantido por José. Passados 6 (seis) anos de 
relação contratual contínua e formalizada, houve significativa queda do 
preço de mercado das locações nas vizinhanças do imóvel. Com isso, o 
preço justo dos alugueres seria, no entender de José, R$ 3.000,00 (três 
mil reais) mensais, ao invés dos R$ 5.000,00 (cinco mil reais) vigentes. 
Como advogado de José, proponha a ação cabível para readequar o 
valor locatício. Considere que José é domiciliado em São Paulo, no 
bairro da Penha − local do imóvel −, ao passo que Juscelino é 
domiciliado em Campinas. 
 
R: Propositura de ação revisional de aluguel, pelo rito sumário e 
observados os requisitos dos arts. 68 e seguintes da Lei no 8.245/91. A 
ação deverá ser proposta perante alguma das varas cíveis do foro 
regional da Penha. 
 
QUESTÃO 1 - Firmino, casado em regime de separação total de bens, 
previsto no art. 1.687 do Código Civil, faleceu em virtude de acidente de 
trânsito, sem ter feito testamento, e deixou, além de viúva grávida, pai e 
mãe vivos. Um mês após o falecimento, o filho de Firmino nasceu 
morto. 
Em face da situação hipotética apresentada, informe como se dará a 
partilha dos bens deixados por Firmino. Além das argumentações 
fáticas, indique os fundamentos legais aplicáveis ao caso. 
 
 
R: Na hipótese, o filho de Firmino, ao nascer morto, não adquire 
personalidade jurídica e, portanto, não recebe e nem transmite a herança 
de seu pai ("Se nascer morto, o bebê não adquire personalidade jurídica 
e, portanto, não recebe e nem transmite herança de seu pai [...] “Maria 
Helena Diniz. Curso de direito civil brasileiro. Vol. 1. Teoria geral do 
direito civil. 24 ed. São Paulo: Saraiva, 2007, p. 198). Assim, o cônjuge 
supérstite, em razão do regime do casamento (separação convencional - 
art. 1.687 do CC/02) não terá direito à meação, mas terá direito, a título 
de herança, a um terço (1/3) dos bens deixados por Firmino, sendo que o 
restante, ou seja, dois terços (2/3) ficará com os pais de Firmino, nos 
termos do art. 1.829, inciso II, c/c 1.837 do CC/02. (6. Da concorrência 
do cônjuge sobrevivente com os ascendentes. Na segunda classe, o artigo 
1.829, II, coloca os ascendentes, em concorrência com o cônjuge, sem 
qualquer ressalva. Desse modo, não prevalecem as exceções previstas no 
inciso I do artigo 1.829, que são pertinentes apenas para proteger os 
descendentes, em concorrência o cônjuge, como acima expusemos, mas 
não os ascendentes. 
Assim, ao concorrer o cônjuge com os ascendentes, receberá, além da sua 
meação, que seja cabível, conforme o regime de bens, a quota relativa aos 
demais bens inventariados. Consoante o disposto no artigo 1.837, 
observa-se o seguinte: a) se concorrer com ascendente em primeiro grau, 
ou seja, com os pais do falecido, ao cônjuge caberá 1/3 (um terço) da 
herança; b) se concorrer com apenas um ascendente, como por exemplo 
só com o pai ou só com a mãe do falecido, caber-lhe-á a metade da 
herança; c) se concorrer com ascendentes de maior grau (avós, bisavós), 
cabe-lhe, também, a metade da herança (José da Silva Pacheco. Internet: 
http://www.gontijofamilia.adv.br/2008/artigos_pdf/Jose_da_Silva_pac
heco/sobrevivente.pdf. Acesso em 15.8.2008). 
 
 
QUESTÃO 2 - Francisco, mediante instrumento particular, emprestou 
gratuitamente a Patrícia, pelo prazo de dois meses, cinco garrafas de 
 
vinho de uma safra especial para ornamentação e exibição em uma 
exposição. 
Considerando a situação hipotética descrita, na qualidade de 
advogado(a) consultado(a) sobre o caso, informe a espécie de 
empréstimo de que trata a hipótese. Além das argumentações fáticas, 
apresente os fundamentos legais pertinentes. 
R: O(A) examinando(a) deve deduzir que a hipótese é de empréstimo na 
modalidade de comodato (arts. 579-585 do CC/02), pois, apesar de se 
tratar de bem fungível e consumível, os contratantes, por ato de vontade, 
transformaram-no em bem infungível. (Maria Helena Diniz. Teoria das 
obrigações contratuais e extracontratuais. 23.ª ed. São Paulo: Saraiva, 
2007, p.326-327). 
 
 
QUESTÃO 3 - Carla, plenamente capaz, doou a Paulo, de forma 
gratuita, por escrito particular, um veículo automotor usado, cuja 
garantia dada pelo fabricante já estava vencida. Entretanto, dois dias 
após a celebração da avença, o predito automóvel, ao subir ladeiras, 
apresentou aquecimento excessivo do motor. 
Considerando a situação hipotética descrita, na qualidade de 
advogado(a) consultado(a) sobre o caso, disserte acerca da viabilidade 
jurídica de Paulo redibir o contrato. Além das argumentações fáticas, 
apresente os fundamentos legais pertinentes. 
R: O(A) examinando(a) deve informar que não existe a possibilidade 
jurídica de Paulo pleitear a redibição da doação (arts. 441-446 do CC/02) 
feita por Carla, haja vista tratar-se de doação pura e simples, porquanto 
o direito de redibir só ocorre nos contratos comutativos ou de doações 
onerosas, gravadas com encargo. (Maria Helena Diniz. Teoria das 
obrigações contratuais e extracontratuais. 23.ª ed. São Paulo: Saraiva, 
2007, p 121-122). 
 
 
QUESTÃO 4 - Marcelo celebrou com Rodrigo contrato particular de 
promessa de compra e venda cujo objeto era um apartamento de 
propriedade de Rodrigo. O preço, estabelecido em R$ 100.000,00, 
deveria ser pago em cinco prestações mensais e sucessivas de R$ 
20.000,00. Na formalização do contrato, Marcelo foi imitido na posse 
direta do imóvel, tendo sido acertado que a propriedade seria 
transmitida somente após a quitação do preço. Dias depois, as partes 
rescindiram o contrato, volvendo a posse direta do imóvel à pessoa do 
alienante. Recentemente, porém, Rodrigo foi informado de que seu 
imóvel fora penhorado em ação de execução promovida por Augusto 
contra Marcelo, a qual está em curso na 1.a vara cível da comarca da 
capital. 
Considerando a situação hipotética acima descrita, na qualidade de 
advogado(a) consultado(a) sobre o caso, disserte acerca da medida 
processual destinada a obter a desconstituição da aludida penhora. 
 
R: O(A) examinando(a) deve informar que Rodrigo deve propor uma ação 
de embargos de terceiros (art. 1.046-1.054 do CPC) em desfavor de 
Augusto. Segundo ensina Donizetti, “São pressupostos dos embargos de 
terceiros: a) uma apreensão judicial; b) a condição de senhor ou 
possuidor do bem; c) a qualidade de terceiro em relação ao processo do 
qual emanou a ordem judicial. Quanto à legitimidade ativa, o jurista 
esclarece que “Legitimado ativo para os embargos de terceiros é o 
terceiro, ou seja, aquele que, a despeito de não ser parte no processo, 
sofreu turbação ou esbulho na posse de seus bens”. (Elpídio Donizetti. 
Curso didático de direito processual civil. 8.ª ed. Rio de Janeiro: Lúmen 
Júris, 2007, p. 881-886).

Outros materiais