Buscar

A IMPORTÂNCIA DA CULTURA MATERIAL E IMATERIAL

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

A IMPORTÂNCIA DA CULTURA MATERIAL E IMATERIAL
 Andreia Martins RIBEIRO
 UNINTER
Resumo	
O presente trabalho tem como objetivo compreender a importância da cultura material e da cultura imaterial, conceituando-as, e expondo exemplos da cultura material e imaterial do estado do Rio Grande do Sul e da cidade de Gravataí. Sendo assim, busca-se refletir sobre a importância deste assunto no âmbito escolar, com o intuito da preservação dos bens de valor histórico, cultural, arquitetônico, cultural, ambiental e também de valor afetivo para a população, impedindo assim que venham a ser destruídos ou descaracterizados. Para alcançar os resultados da inserção da cultura material e imaterial nos conteúdos escolares, constará neste trabalho uma proposta de atividade sobre o assunto em sala de aula. Pretende-se usar fontes escritas como recurso para o desenvolvimento da pesquisa. Justifica-se a realização deste trabalho como um contributo ao desenvolvimento da cultura material e imaterial.
Palavras- chave: Cultura material e imaterial. Gravataí. Rio Grande do Sul.
	A cultura divide-se em dois aspectos: a cultura material e a cultura imaterial. A cultura material envolve a parte concreta desta, o que é palpável, e é fabricada pelos homens com materiais concretos, e esta dividida em bens móveis e bens imóveis. Nos bens imóveis encontram-se os núcleos urbanos, sítios arqueológicos, paisagísticos e bens individuais, já nos bens móveis estão às coleções arqueológicas, acervos museológicos, documentais bibliográficos, fotográficos, etc. Estão relacionados com a finalidade de sentido que os objetos têm para um povo numa cultura, ou seja, a importância e influência que exercem na definição da identidade cultural de uma sociedade. Sendo classificados segundo sua natureza: arqueológico, paisagístico e etnográfico; histórico; belas artes; e das artes aplicadas. Fazem parte desta cultura material: vestes, casas, comidas, lugares sagrados, adornos, meios de transporte, estátuas, livros, ou seja, tudo que forma o ambiente concreto de determinada sociedade.
	Já a cultura imaterial, envolve a parte espiritual desta, é intangível, não é feita de substâncias materiais, e tem seus conhecimentos tomados como reais e verdadeiros para todos os membros da sociedade, compreende as expressões de vida e tradições que comunidades, grupos e indivíduos, em todas as partes do mundo recebem de seus ancestrais e passam seus conhecimentos a seus descendentes, ela abrange todas as formas populares e tradicionais da cultura transmitida oralmente e por gestos, estão relacionados aos saberes, as crenças, as práticas, ao modo de ser das pessoas. Desta forma podem ser considerados bens imateriais: conhecimentos enraizados; valores; manifestações literárias, musicais, plásticas, ciências e lúdicas; rituais, preces, crenças e festas que marcam a vivência coletiva da religiosidade; além de mercados, feiras, santuários, praças e demais espaços onde se encontram e se reproduzem práticas culturais.
	Cito aqui exemplos da cultura material e imaterial do Estado do Rio Grande do Sul: material (Ruínas de São Miguel das Missões, arquitetura, museus, Sítio histórico do Parque da Matriz em Porto Alegre, Ponte do Imperador em Porto Alegre, o Palácio do Governo Farroupilha que hoje é o Museu Farroupilha em Caçapava do Sul, a Igreja de São Pedro em Rio Grande, a Igreja de Nossa Senhora da Conceição em Viamão, o Churrasco, o chimarrão, o fogo de chão, a gaita acordeon, a Bandeira do Estado, entre outros), imaterial (Procissão Fluvial de Nossa Senhora dos Navegantes, a Procissão de Corpus Christi, Semana Farroupilha, Festa da Uva, Cavalgada Crioula, Músicas Tradicionalistas, cheiro do churrasco, roda de chimarrão, comer bergamota no sol, danças típicas, ditos populares, sotaque, vento minuano, etc.). Cito também exemplos de cultura na cidade de Gravataí: material (arquitetura açoriana, Museu Municipal Agostinho Martha, Fonte do Forno, Igreja Matriz Nossa Senhora dos Anjos, Casa dos Açores, Morro Itacolomi, entre outros), imaterial (Festa do Divino Espírito Santo, Festa das Bromélias, rodeio, etc.).
	Sendo assim, é importante trabalhar a cultura material e imaterial no âmbito escolar, pois diz respeito à história e a identidade de um povo, objetivando proporcionar aos alunos um maior contato com o patrimônio cultural de sua região. Martins (2003) destaca que a idéia de patrimônio abarca todos os aspectos da atividade humana, incluindo e valorizando as relações com o meio ambiente. Destaca ainda, que o “patrimônio cultural é um conjunto de bens materiais e imateriais representativos da cultura de um grupo ou de uma sociedade” (MARTINS, 2003, p.49).
	De acordo com Itaqui e Villagrán (1998, p.17) resgatar o cotidiano dos elementos que constituem o ser e o agir, a cultura, os bens patrimoniais -naturais e sociais- deve ser uma das preocupações básicas da educação formal para a construção do sentido de cidadania. O que implica a responsabilidade de sua preservação, para que as futuras gerações possam de fato conhecer sua história, entender sua crença, e que a escola deve oportunizar ao educando o reconhecimento de sua cultura local e estabelecer um diálogo entre as gerações.
	Assim, alguns conceitos básicos são necessários para a implantação da temática do patrimônio cultural em sala de aula. Então, o que é patrimônio? O patrimônio cultural envolve os bens materiais, naturais e culturais, mas também podemos incluir os bens de ordem intelectual e emocional (Ataídes, Machado e Souza, 1997), de maneira que não é só a natureza que envolve o ser humano, mas suas obras e manifestações cívicas, religiosas e folclóricas formam uma identidade cultural a ser preservada. Em poucas palavras, é o que determinada comunidade tem de particular ou específico, ou que indique ou caracterize o local ou as pessoas (Soares, 2003).
	Segundo Oriá (2008, p.141), “somente o conhecimento da cultura, em suas múltiplas dimensões, daria condições de o Brasil se inserir no concerto das nações e esse trabalho deveria iniciar-se juntamente ao processo de escolarização”.
	A educação patrimonial possibilita o acesso sistemático e concreto aos bens culturais, daí ser um instrumento importante para valorizá-los e preservá-los. Ao utilizar os lugares e suportes da memória no processo educativo desenvolve a sensibilidade dos cidadãos para a importância da preservação dos bens culturais.
	Em suma, a educação patrimonial pode e deve ser incluída nos currículos escolares, levando a comunidade escolar ao resgate e preservação do patrimônio cultural.
PROPOSTA PEDAGÓGICA SOBRE A CULTURA MATERIAL E IMATERIAL
Conexão de saberes: ambiente; coletividade; fotografia; identidade local; paisagem; passado/presente; patrimônio material e imaterial; transmissão cultural; representação social e personalidade coletiva.
Objetivo principal: percepção da interdependência entre natureza e cultura; valorização da identidade e da paisagem local; percepção de valores que são transmitidos coletivamente, estabelecendo conexões com o presente.
Tipo de atividade: reflexão e investigação.
Atividade: pedir para que os alunos tragam fotos antigas onde se possa identificar a paisagem, o ambiente no fundo ou perto dele. Observar com eles como são essas imagens. Coloridas? Em preto e branco? Observar com eles os detalhes, as pessoas, a natureza, as construções, a ocupação do espaço. Se este lugar ainda existe? Como é este lugar hoje em dia? O que mudou na paisagem? Como eles acham que são as pessoas que aparecem nas fotos? Alegres, tristes, tímidas ou extrovertidas? Como eles acham que era a vida dessas pessoas neste lugar?
Avaliação: registrar o envolvimento dos alunos durante a aula, propor uma auto-avaliação para que os alunos tenham a oportunidade de identificar as suas aprendizagens relacionadas ao estudo.
Referências
ATAÍDES, Jézus Marco;MACHADO, Laís Aparecida; SOUZA, Marcos André Torres. Cuidando do Patrimônio Cultural. Goiânia: UCG, 1997.
ITAQUI, José; VILLAGRÁN, Maria Angélica. Educação Patrimonial: a experiência da quarta colônia. Santa Maria: Pallotti, 1998.
MARTINS, José Clerton de Oliveira (Org.). Turismo, cultura e identidade. São Paulo: Roca, 2003.
ORIÁ, Ricardo. Memórias e ensino de história. In: BITTENCOURT, Circe (Org.). O saber histórico na sala de aula. São Paulo: Contexto: 2008, p. 128-148.
SOARES, André Luís R. (Org.). Educação Patrimonial: relatos e experiências. Santa Maria: Editora da UFSM, 2003 a.

Outros materiais