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resumo de filosofia

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IDEIA SEGUNDO PLATÃO: é aquilo que possibilita as coisas existirem, sendo uma condição de possibilidade da existência de tudo que há no mundo. Não é uma representação que criamos em nosso intelecto, mas, algo que confere sentido a tudo.
O mundo sensível corresponde à matéria e compõe-se das coisas como as percebemos na vida cotidiana (isto é, pelas sensações), as quais surgem e desaparecem continuamente. Assim, as coisas e fatos do mundo sensível são temporárias, mutáveis e corruptíveis. 
O mundo inteligível (ou Hiperurânio) corresponde às ideias, que são sempre as mesmas para o intelecto, de tal maneira que nos permitem experimentar a dimensão do eterno, do imutável, do perfeito. 
A ideia platônica e o mundo inteligível não podem, de modo algum, estar separados do mundo sensível, já que um é a condição de existência do outro.
A teoria da participação aparece como uma consequência da existência das ideias. É por essa teoria que Platão faz a relação das coisas com as suas respectivas ideias, ocasião em que filósofo conclui que uma coisa material é uma imagem, ainda que afastada, de uma determinada ideia.
A participação é um termo de Platão que significa “relação”
Dialética: Entende a dialética enquanto diálogo, isto é, como compreensão de algo entre dois interlocutores, como que se fosse o ato de aperfeiçoar os conceitos discutidos até sua melhor compreensão, depurando-os dos enganos dos sentidos. 
Para este filósofo reminiscência é ainda o modo pelo qual se reconhece algo, melhor, é o conhecimento, e isso, ao passo que se reconhece as ideias, é uma lembrança das ideias. 
Ideia: As ideias são formas, modelos perfeitos ou paradigmas, eternos e imutáveis, do qual os objetos concretos do mundo de nossa experiência sensível são cópias ou imagens imperfeitas, derivadas das ideias.
SENSO COMUM SEGUNDO RUBENS ALVES: O pensador brasileiro nos instiga a refletir que se o senso comum é como um conjunto de receitas é por que se aceita que nossas crenças e ideias sejam norteadas por outros em nosso cotidiano. Porém, este é construído a partir de vários referenciais que estão constantemente informando aos homens o que fazer e como fazer, o que pensar e como pensar. É o mesmo que constatar que os indivíduos estão rodeados de ideologias que orientam a vida em sociedade, os costumes, os valores, etc. 
* o senso comum é uma forma prescritiva que orienta a conduta dos homens
A ciência trabalha também com elementos do senso comum. Estes são apenas mais refinados, uma vez que passam pela observação, pela experiência (ou empiria) e pela calculabilidade matemática.
Ainda comentando o fragmento de Rubem Alves, salienta-se que uma indústria/empresa funciona, seja qual for o seu ramo empresarial/mercadológico, sempre a partir da matemática ou de suas variantes, como a estatística. Por isso que, segundo nosso pensador, a ciência “não é um novo órgão”, quer dizer, não é nada de novo, senão a tentativa de comprovar ou de reprimir o que o senso comum buscou sustentar.
SENSO COMUM significa um tipo de conhecimento adquirido pelo homem a partir de experiências, vivências e observação do mundo. É uma forma de conhecimento não comprovado e, muitas vezes, de raiz popular, caracterizando-se por conhecimentos empíricos acumulados ao longo da vida e passados de geração em geração.
O bom senso é uma forma de sabedoria e de razoabilidade que delimita certa capacidade de se adequar as regras e costumes de determinadas realidades, de modo a fazer bons julgamentos e escolhas. Suas características principais são maior flexibilidade e dinamismo que o senso comum, absorvendo com discernimento as influências mais diversas.
A Filosofia é a ruptura com o senso comum.
O mito procura explicar os fenômenos naturais, as origens do mundo e da humanidade pela existência de deuses, semideuses e heróis. Tem um viés religioso, o que diferencia de folclore, lenda, fábula ou mentira.
O discurso racional só passou a ser utilizado a partir do século VI a. C. com os primeiros filósofos, os chamados pré-socráticos, com Tales de Mileto à frente.
Principais fatos históricos que marcam o surgimento da visão racional na Grécia:
As viagens marítimas, que permitiram aos gregos descobrir que os locais que os mitos diziam habitados por deuses, titãs e heróis eram, na verdade, habitados por outros seres humanos e que as regiões dos mares que os mitos diziam habitados por monstros não passava de mera ficção;
A invenção do calendário, que é uma forma de calcular o tempo segundo as estações do ano, as horas do dia, os fatos importantes que se repetem, revelando, com isso, uma capacidade de abstração nova, ou uma percepção do tempo como algo natural e não como um poder divino incompreensível; 
A invenção da moeda, que permitiu uma forma de troca que não se realiza através das coisas concretas ou dos objetos concretos trocados por semelhança, mas uma troca abstrata, uma troca feita pelo cálculo do valor semelhante das coisas diferentes, revelando, portanto, uma nova capacidade de abstração e de generalização; 
O surgimento da vida urbana, com predomínio do comércio e do artesanato, dando desenvolvimento a técnicas de fabricação e de troca, diminuindo o prestígio das famílias da aristocracia proprietária de terras, por quem e para quem os mitos foram criados;
A invenção da escrita alfabética, que, como a do calendário e da moeda, revela o crescimento da capacidade de abstração e de generalização, uma vez que a escrita alfabética, diferentemente de outras escritas – como por exemplo, os hieróglifos dos egípcios – supõe que não se represente uma imagem da coisa que está sendo dita, mas a ideia dela, o que dela se pensa e se transcreve;
A invenção da política, que introduz três aspectos novos e decisivos para o nascimento da Filosofia:
1 – A ideia da lei como expressão da vontade de uma coletividade humana que decide por si mesma, o que é melhor para si e como ela definirá suas relações internas;
2 – O surgimento de um espaço público, que faz aparecer um novo tipo de palavra ou de discurso, diferente daquele que era proferido pelo mito. A política valorizava o humano, o pensamento, a discussão, a persuasão e a decisão racional;
3 – A política estimula um pensamento e discursos que não procuram ser formulados por seitas secretas dos iniciados em mistérios sagrados, mas que buscam, ao contrário, serem públicos, ensinados, transmitidos, comunicados e discutidos. A ideia de um pensamento que todos podem compreender e discutir, que todos podem comunicar e transmitir, é fundamental para a Filosofia.
Ética: conjunto normativo de valores que procuram prescrever os comportamentos humanos, isto é, um determinado conjunto de valores e/ou regras que regulam as ações e práticas dos indivíduos.
A ética, segundo Danilo Marcondes, seria: um estudo sistemático sobre as normas e os princípios que regem a ação humana e com base nos quais essa ação é avaliada em relação a seus fins.
Evolução do conceito de virtude (areté): Deve-se entender por virtude uma disposição firme e constante para a prática do bem. Do ponto de vista etimológico, virtude deriva da palavra latina vir, que significa homem, varão, e tem sentido de força, potência.
Areté: Os gregos usavam a palavra areté para designar virtude. É formada pelo termo áristos, que em grego significa distinto, nobre. Assim, em um primeiro sentido com Homero, a areté “é atributo próprio da nobreza e representa a força que é elementar para qualquer classe dominante”. Já em Hesíodo, a areté passou a significar o trabalho do homem no campo que ganha o pão de seu dia a dia com o suor de seu rosto. Para ele, o trabalho não desonra, e, sim, o ócio.
*Platão defende a posição de que a virtude é inata no homem.
*Aristóteles afirma que a virtude é um hábito e depende de nossa prática, uma vez que aprendemos as coisas fazendo.
*Para Aristóteles, a felicidade não é conseguida pela realização dos prazeres terrenos, mas na realização das virtudes.
A pólis (cidade-Estado) é frutodas circunstâncias políticas. O saber deixa de ser sagrado e passa a ser objeto de discussão.
Inata é aquela coisa que nasceu ou que está presente em alguém desde o nascimento.
Entende-se, em linhas gerais, por Metafísica, a doutrina filosófica que busca investigar a essência e ser das cosias.
EPICURO: Para Epicuro, o maior prazer só é alcançável por meio do conhecimento, da amizade e de uma vida moderada, livre do medo e da dor, como marca muito bem em sua Carta sobre a felicidade (a Meneceu). Vale ressaltar que a ética epicurista tem por meta da vida a busca do prazer, mas, com moderação e simplicidade.
*Em 306 a. C., Epicuro funda em Atenas sua própria escola filosófica, situada em meio a grandes jardins, que admite mulheres, escravos e estrangeiros. 
Ataxaria: a imperturbabilidade de espírito. É a busca pela felicidade que se traduz na forma de certa serenidade.
A partir do século XVII, com Galileu Galilei (1564-1642) e o aperfeiçoamento do método científico (fundado na observação, experimentação e na calculabilidade matemática dos resultados) que a ciência começou a se constituir como uma forma específica de abordagem do real e a se apartar da Filosofia, transformando-se, portanto, em saberes isolados como a exemplo da física, da química, da biologia, dentre muitas outras.
O Conhecimento é o pensamento que resulta da existência de dois elementos, como já postos na citação acima:
1. O sujeito que conhece, isto é, aquele que produz e detém o conhecimento;
2. O objeto a ser conhecido, o produto do conhecimento é a imagem que é a interpretação dada ao objeto pelo sujeito.
TIPOS DE CONHECIMENTOS:
CONHECIMENTO EMPÍRICO: É o conhecimento popular ou vulgar, também chamado de senso comum. É o conhecimento caracterizado pela interação humana, e, portanto, sujeito a erros e acertos. É superficial, sensitivo, subjetivo, assistemático e acrítico;.
CONHECIMENTO CIENTÍFICO: O conhecimento científico preocupa-se não só com os efeitos, mas principalmente com as suas causas e leis que o motivaram. Este conhecimento é privilégio de especialistas das diversas áreas das ciências.
CONHECIMENTO FILOSÓFICO: O conhecimento filosófico se baseia na reflexão do homem por meio do raciocínio, na interrogação como instrumento para decifrar elementos. Muito daquilo que a ciência não é capaz de explicar, o homem tenta explicar através da Filosofia;
CONHECIMENTO TEOLÓGICO: O conhecimento teológico é aquele adquirido a partir da aceitação e doutrinação pela fé, fruto da revelação da divindade, por meio da revelação de algo oculto por indivíduos que apresentam respostas aos mistérios e desventuras da existência humana. Neste campo atua o teólogo, tentando provar a existência de Deus e a veracidade dos livros sagrados.
O início do filosofar está no admirar, daí o significado do verbo grego thaumázein, que se refere à ação de olhar o mundo com espanto > Filosofia surge do espanto.
O filosofar é uma ação de ver com atenção, com demora, com a acuidade necessária e cuidadosa sobre alguma coisa, uma vez que é somente com um olhar assim descrito, desejando enxergar, não apenas com os olhos, mas com a inteligência, que se vê a essência das coisas.
O mundo das Ideias abriga a verdade e, exatamente como no mundo da matemática, seu conhecimento independe de objetos concretos. Sua existência é puramente abstrata, formal.
MUNDO SENSÍVEL: Corresponde ao mundo dos fenômenos.
MUNDO INTELIGÍVEL: Corresponde ao mundo das ideias.

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