Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Envelhecimento Cutâneo Rugas e Ptoses Prof.: Vanessa Marques Priscila Sá Envelhecimento DEFINIÇÃO O envelhecimento é um processo natural que ocorre desde que nascemos, porém se torna mais evidente na terceira idade, é o resultado de um conjunto de modificações fisiológicas irreversíveis e inevitáveis que ocorrem no organismo. Atrofia, enrugamento, ptose e lassidão representam os sinais mais aparentes de uma pele senil. Componentes genéticos + componentes ambientais = ENVELHECIMENTO Alteração no Tec. Conjuntivo Radiação ultravioleta A qualidade do envelhecimento está diretamente relacionada com a qualidade de vida a qual o organismo foi submetido: 25% fator genético 75% estilo de vida Envelhecimento A pele: Modificação no aparelho colágeno-elástico.; Diminuição da espessura da pele; Aplainamento da derme papilar (redução da superfície de contato epidermo- dérmica); Envelhecimento Diferenças da pele Jovem e Envelhecida: Uniformidade quanto à: Cor; Textura; Firmeza. Ausência de manchas e Rugas; Envelhecimento Diferenças da pele Jovem e Envelhecida: Redução da circulação, respiração, metabolismo e síntese proteica; Atrofia do sistema melanócito- melanina; Redução do número e da função das glândulas sebáceas. Pele mais fina e sensível, com tendência a manchas e rugas, menor elasticidade e perda da firmeza. Envelhecimento O envelhecimento da pele é considerado um fenômeno biológico que pode ser classificado em 2 componentes: 1. Intrínseco: senescência geneticamente controlada. 2. Extrínseco: associado aos fatores ambientais superpostos ao envelhecimento intrínseco. O envelhecimento intrínseco representa o que é comum aos outros órgãos e o envelhecimento extrínseco, mais intenso e evidente, ocorre em decorrência dos danos causados pela radiação ultravioleta. Envelhecimento Envelhecimento Intrínseco ou Verdadeiro ou Crônico Esperado, previsível, inevitável, progressivo, as alterações estão ligadas diretamente ao tempo de vida. Características da pele: Pele fina, sem elasticidade e finamente enrugada com aprofundamento de linhas de expressão facial. Apresenta afinamento da epiderme e derme com um achatamento dos cones epidérmicos na junção dermo-epidérmica. Envelhecimento Intrínseco Determinado por fatores genéticos, inevitáveis. Caracteriza-se por: Inicia-se aos 25-30 anos, Pele fina, frágil e inelástica, Redução da vascularização, Redução do colágeno, fibras elásticas e gordura, Redução dos folículos pilosos, Rugas finas. Fatores Intrínsecos Menopausa Hipoestrogenismo Diminui a hidratação; Diminui a síntese de colágeno Diminuição das secreções sebáceas Afinamento e rarefação dos pêlos Alterações degenerativas nas fibras elásticas Surge em áreas fotoexpostas devido ao efeito repetitivo e acumulativo da ação dos raios ultravioleta sobre a pele; Características da pele: A pele apresenta-se manchada, espessa, amarelada, frouxa e áspera. Envelhecimento Extrínseco ou Fotoenvelhecimento Envelhecimento Extrínseco Determinado por fatores externos: Elastose, Pigmentação irregular, Ressecamento, Telangectasias, Rugas profundas, Tumores de pele. Fotoenvelhecimento É mais agressivo à superfície da pele, sendo o responsável por modificações como rugas, manchas e o próprio câncer de pele. O sol: fonte de radiação ultravioleta que emite radiações de uma distância de 149 milhões de Km da Terra. Espectro Eletromagnético Ação da Radiação UVA São mais penetrantes – 40% atingem a derme; Responsável pela pigmentação direta; Potencializa o eritema causado pelo UVB; Afeta as células de Langerhans; Responsável pela elastose – degeneração das fibras elásticas. Ação da Radiação UVB Eritema com dano às paredes celulares e ácidos nucleicos; Responsável pela pigmentação indireta; Espessamento da camada córnea; Reduz a capacidade imunológica; Carcinogênese. RADIAÇÃO UVA RADIAÇÃO UVB INFRAVERMELHOS FROUXIDÃO TECIDUAL TUMOR DE PELE ALT. VASCULARES FUMO (alt. Vasculares e Hormonais), Clima, poluição Nutrição, higiene. Fatores Extrínsecos Características Histológicas Achatamento da junção epiderme- derme Redução da cessão entre as células Diminuição do número de melanócitos Diminuição das células de Langerhans Perda da espessura e fragmentação de fibras elásticas Influência Raciais A diferença mais importante e aparente entre as raças é a pigmentação; Nas diferentes raças, o número de melanócitos não é significativamente diferente. O responsável pelo diferencial são os melanossomas (grânulos de melanina); A ação da enzima tirosinase nos grânulos, resulta num pigmento responsável pela cor. A intensidade da cor da pele e como consequência as diferença raciais, não ocorrem em função do número de melanócitos existentes, mas em função do tamanho e morfologia, distribuição e grau de melanização dos melanossomas. Influências Raciais- Sistema Pigmentar Pele Branca: apresenta melanossomas pequenos e reunidos por grupos, no interior dos queratinócitos, e são degradados nas camadas superficiais da epiderme. Pele Negra: apresenta melanossomas dispersos individualmente no citoplasma dos queratinócitos, de tamanho maior e não são degradados, chegando intactos na camada córnea. Esse fato explica a maior proteção solar, protegendo-os dos efeitos nocivos dos raios ultravioleta. Tipos: Eumelanina: coloração amarronzada e preta. Feomelanina: coloração amarela e vermelha. Mudanças no Envelhecimento- Perda da gordura subcutânea O envelhecimento conduz a uma profunda perda de gordura na área perioral, fossa temporal, áreas pré- malares, mento e fronte; A face envelhecida apresenta flacidez nas regiões malares, um aspecto afundando dos lábios, e em geral, uma perda do arredondamento facial da juventude; A análise da idade precisa incluir a avaliação da qualidade e posição da gordura subcutânea. Mudanças no Envelhecimento- Perda Inerente da Elasticidade Surgimento de Rugas = vincos que aparecem na face e no pescoço, acompanhada de flacidez da pele e dos músculos (desorganização da rede de fibras elásticas). Estas fibras vão se tornando frágeis com a idade e a exposição excessiva ao sol; Os músculos faciais começam a relaxar e a pele perde firmeza; A contração dos músculos envolvidos na exposição na expressão facial forma na pele os desenhos dos seus movimentos. Mudanças no Envelhecimento- Cartilagens e nos Ossos O nariz alonga; A boca também é afetada pela remodelação óssea da maxila; O queixo afina e protrai; As orelhas parecem alongar como a inclinação dos lóbulos. Classificação do Envelhecimento Facial GRAU I: GRAU II: Não sofrem modificações quando a pele é esticada, são decorrentes essencialmente da ação solar. Fibras elásticas tortuosas e grossas. Início de flacidez, atenuação do sulco nasogeniano, rugas periorbitárias Classificação do Envelhecimento Facial GRAU III GRAU IV Flacidez no pescoço, pálpebras, bolsas palpebrais, rugas glabelares, frontais e periorais. Flacidez na face e pescoço. Classificação do Envelhecimento Facial Classificação do envelhecimento facial: O processo de envelhecimento afeta todas as estruturas do corpo, sendo mais acentuadona face, devido à reabsorção do osso alveolar, ao encolhimento da mandíbula e a diminuição da elasticidade da pele permitindo no sistema músculo fibroso se atenuar, causando o aparecimento de numerosas pregas, chamadas RUGAS. Grau III Grau IIGrau I Grau IV Rugas Alterações estruturais na pele envelhecida Rugas Processo resultante do declínio das funções do tecido conjuntivo, fazendo com que a camada de gordura sob a pele não consiga manter-se firme associado a degeneração das fibras elásticas e má oxigenação dos tecidos. Sfa+ fibras de colágeno + fibras elásticas = se deteriorizam. Rugas Processo de envelhecimento Colágeno: torna-se gradativamente mais rígido. Elastina: perde sua elasticidade natural. Rugas Função do tecido conjuntivo Degeneração das fibras elásticas Velocidade de troca e oxigenação dos tecidos Desidratação Perda da uniformidade das camadas de gordura RUGAS Sofrem influência da irradiação solar, do vento e do frio Tipo de pele + fatores hormonais + alimentação + circulação + clima + tratamentos Aspecto saudável ou envelhecimento precoce CAUSAS: - Envelhecimento; - Predisposição familiar; - Estilo de vida sedentário; - Falta de exercícios (que favorece a flacidez dos músculo); - Excesso de exposição ao sol (que destrói as fibras elásticas); - Alimentação inadequada (pobre em proteínas e rica em gorduras); - Fumo, pois ele destrói o colágeno. Rugas Classificação Clínica Grau I: Rugas de expressão (+ 20 anos) Rugas dinâmicas, devido contração dos músculos, sem alteração dermoepidérmica. Devido desgaste das fibras eláticas Glabelares verticais. Peribucais. Perioculares. Grau II Rugas finas ou ondulações (+30-40 anos) Alterações dermoepidérmicas. Adelgamento (epederme/derme papilar). Tecido com semelhança a papel de cigarro. Classificação Clínica Grau III Dobras ou rugas (+ 50 anos) gravitacionais (ptose facial) Alterações dermoepidérmica e subcutâneas: Flacidez cutânea Flacidez muscular Ação da gravidade Classificação Clínica Classificação das Rugas Classificação clínica das rugas (tsuji): Superficiais; Profundas. Classificação segundo LAPIERE e PIERARD: Grau I: rugas de expressão; Grau II: rugas finas ou ondulações (papel de cigarro amassado); Grau III: dobras ou pregas, queda da pele e dos músculos por ação da gravidade. Categoria das Rugas DOBRAS E RUGAS GRAVITACIONAIS: Relaxamento tissular Flacidez cutânea Excedente cutâneo RUGAS FINAS : Fratura dermoepidérmica RUGAS DE EXPRESSÃO Dinâmicas: movimentos repetitivos Estáticas: aparecem mesmo na ausência de movimento Ptoses Alterações estruturais na pele envelhecida PTOSES Definição: relaxamento dos tecidos moles. Decorrente do processo de envelhecimento: Diminuição da elasticidade de todos os tec. que se alongam; Diminuição do Tônus muscular ; Afroxamento do tec.conjuntivo que sustenta a gordura facial; Os tec. são deslocados para o centro da face; Ptoses o Alterações do tipo atrofia Tecido subcutâneo Muscular Osteocartilaginoso o A pele distrófica e inelástica não acompanha as atrofias, resultado na flacidez. Atrofia, Redução do tônus Afrouxamento do tecido conjuntivo Inserção dos músculos faciais Tracionamento das estruturas faciais PTOSES Classificação Clinica o Grau I Leve redundância na pele palpebral Alterações no contorno facial Leve abaulamento submandibular o Grau II Queda ângulo lateral palpebral Bolsas palpebrais inferior Perda parcial do contorno facial Acentuação sulco nasogêniano Grau III Aumento das bolsas palpebrais Redundância acentuada pálpebras superiores e inferiores Perda total do contorno facial Ptose do smas e platisma Perda do ângulo mandibular pela reabsorção óssea. Classificação Clinica Músculos Faciais 1- Frontal: eleva as sobrancelhas. 2- Orbicular dos olhos: fechamento de rima palpebral. 3- Prócero: enruga a pele entre os supercílios: 4- Corrugador dos supercílios: aproxima os supercílios. 5- Elevador do lábio superior e da asa do nariz: eleva e everte o lábio superior, dilata a narina. Ptose 32 2 1 1 4 4 5 Músculos Faciais 6- Zigomático maior: traciona o ângulo da boca superior e lateralmente. 7- Zigomático menor: auxilia na elevação do lábio superior, acentua o sulco nasolabial. 8- Depressor do lábio inferior: deprime o lábio superior. 9- Orbicular da boca: fecha e prontai os lábios. Ptose 6 7 8 9 Músculos Faciais 10- Bucinador: comprime a bochecha, puxa o ângulo da boca lateralmente. 11- Risório: retrai o ângulo da boca lateralmente. 12- Mentoniano: eleva e protai o lábio inferior. 13- Platisna: deprimir simultaneamente o lábio inferior e o ângulo da boca e puxa a pele acima da clavícula para cima. Ptose 10 11 12 13 Queda do ângulo da boca Perda do contorno da linha da mandíbula Acentuação dos sulcos Pregas transversais no pescoço Queda da Sobrancelha Queda do ângulo dos olhos Ptose “Se as rugas na testa são inevitáveis, não deixes que elas se inscrevam no coração. O espírito não precisa envelhecer”. James Garfield Professora: Vanessa Marques Fisioterapeuta 0nessita0@gmail.com
Compartilhar