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resenha sobre lassalle

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Metodologia Cientifica
Resenha Crítica
 	
Este tratado busca levantar uma crítica sobre a obra “O que é Constituição?” de Ferdinand Lassalle
 Géorgia 
Iorãnatha Fayne Bruna de Sousa Silva
RESENHA CRITICA
INFORMAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS
LASSALE, Ferdinand. O que é uma Constituição? Belo Horizonte: Editora Líder, 2004.
DADOS SOBRE O AUTOR
As ideias socialistas de Karl Marx inspiraram a ação de Lassalle, organizador do movimento operário alemão, que apresentou, porém um matiz nacionalista, em contraste com o internacionalismo marxista.
Ferdinand Lassalle nasceu em 11 de abril de 1825 em Breslau, Alemanha (posteriormente anexada à Polônia com o nome de Wroclaw). Cursou a escola superior na cidade natal, mas foi expulso por falsificar a assinatura num documento acadêmico. Estudou comércio em Leipzig e regressou a Breslau, já conhecido então por sua "personalidade turbulenta e contraditória".
Em 1843 iniciou estudos de filosofia na Universidade de Breslau, e terminou-os em Berlim, onde entrou em contato com as ideias socialistas de Friedrich Hegel e Ludwig Feuerbach. Mudou-se depois para Paris, a fim de preparar a tese de doutorado, e lá conheceu Pierre-Joseph Proudhon e o poeta alemão Heinrich Heine. O êxito como advogado, na defesa da condessa Hatzfeld num escandaloso processo de divórcio, proporcionou a Lassale uma pensão anual que lhe permitiu a partir de então viver sem preocupações financeiras. Participou da revolução alemã de 1848 e foi preso várias vezes, até que em 1857 estabeleceu-se em Berlim como jornalista político. Sua participação no movimento revolucionário aproximou-o dos círculos socialistas e de Karl Marx, que, no entanto, não partilhava de seu espírito nacionalista. Em 1863 participou da fundação e direção da Associação Geral dos Operários Alemães, mas, decepcionado com os parcos resultados sociais obtidos, mudou-se para a Suíça. Lassalle morreu em duelo, em 31 de agosto de 1864, perto de Genebra.
DADOS DA OBRA 
“O que é uma constituição?” de Ferdinand Lassalle tem como objetivo buscar um conceito de constituição na tentativa de fugir de um conceito técnico jurídico. A obra é fragmentada em capítulos – três no total – que de forma comparativa busca responder a pergunta feita no titulo. Na perquirição pelo conceito de constituição, Lassalle apresenta o conceito jurídico: “Constituição é a lei fundamental proclamada pelo país, na qual se baseia o direito publico dessa nação”, logo depois o contraria, argumentando que não basta apresentar a matéria peremptória de certa constituição, mas sim, portanto sua essência. 
O autor inicia então, diferenciando constituição de lei. Segundo ele, leis ordinárias – comuns – e leis constitucionais possuem como similitude somente, e tão somente, o fato de serem, ambas, leis. A dissemelhança, todavia, constitui-se no fato de haver um clamor da sociedade de que se recondicione o mínimo a constituição, tendo no consciente de todos que a mesma é uma lei fundamental e como tal possui um aspecto “sagrado” devendo ser assim mais imóvel e forte que uma lei comum. Definindo que a diferença entre uma simples lei e lei constitucional consiste no fato de que esta é uma lei fundamental. Cabe indagar-se agora qual é a diferença entre uma lei e lei fundamental. 
Para explicar isso, supôs que se todas as publicações legislativas de um país desaparecessem extinguindo todas as cópias, hipoteticamente não existindo mais leis seria necessário decretar novas leis. Nessas circunstancias o autor indaga se o legislador, completamente livre, poderia fazer leis ao capricho, de acordo com o seu modo de pensar. Utilizando-se de métodos fictícios e dividindo os poderem em monarquia, aristocracia, grande burguesia, banqueiros e pequena burguesia, Lassalle defende que mesmo que as pessoas que fossem redigir as novas leis não reconhecessem os poderes anteriormente citados, a “lei fundamental” corresponderia apenas a uma “folha de papel” sem eficácia. Pois segundo o autor o Estado mantem-se com base no poder: do rei sobre o exercito; da aristocracia junto ao rei; dos banqueiros que por via transversa na vontade dos anteriores; da burguesia, do povo e etc. seguindo esse sentido sociológico, o conjunto de poderes é que corresponde a constituição real. Senão poderia acontecer de termos uma constituição em que existe um pedaço de papel, um documento solene que foi elaborado mais que não tem poder nenhum, nem mesmo representa a realidade social. Como conclusão prática, Lassalle aponta que os problemas constitucionais não são problemas de direito, mas do poder; que a verdadeira Constituição de um país somente tem por base os fatores reais efetivos do poder que o regem; que as Constituições escritas não têm valor nem são duráveis se não exprimem fielmente os fatores do poder que imperam na realidade social; e que, se se quiser oferecer ao país uma Constituição, não se deve se limitar a redigi-la e a assinar sua folha de papel, há que se transformar as forças reais que mandam no país. Afirmando ainda que a constituição não pode mudar a realidade e que aqueles que detêm o poder fazem uma constituição apenas para manutenção do seu status. 
POSICIONAMENTO CRÍTICO 
 
 
        
João Pessoa – PB
2017

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