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DESAFIO UNIVERSIDADE ANHANGUERA

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA
CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
CURSO: SERVIÇO SOCIAL
TUTOR (a) À DISTÂNCIA: ADRIANA PERONDI
TUTOR (a) PRESENCIAL: WILTON JUNIOR
DISCIPLINAS NORTEADORAS: Fundamentos Históricos e Teórico-Metodológicos do Serviço Social II; Psicologia e Serviço Social I; A Organização Social no Brasil; Antropologia Aplicada ao Serviço Social; Direito e Legislação.
Ana Carla Araújo Silva Medeiros RA: 4003324573
Giorgia Medeiros Cavalcante Guimarães RA: 3370567137
Luciana Câmara Xavier Gomes RA: 4216764240
Maciele Naziele dos Santos Medeiros RA: 4169324569
Patrícia Sandra Assunção de Medeiros RA: 1241383055
DESAFIO
CURRAIS NOVOS-RN
2017
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.............................................................................................................2
2 DESENVOLVIMENTO..............................................................................................3
2.1 DISCURSOS DE ÓDIO E SUA RELAÇÃO COM O MUNDO VIRTUAL...............3
2.2 AS LEGISLAÇÕES VIGENTES NO CENÁRIO BRASILEIRO: REFORMAS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIAS......................................................................4
2.2.1 NEGOCIADO X LEGISLADO..............................................................................5
2.2.2 REGULARIZAÇÃO EFETIVA DA TERCEIRIZAÇÃO...........................................5
2.2.3 ALTERAÇÃO DA APOSENTADORIA.................................................................7
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................13
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................14
INTRODUÇÃO
O desafio profissional mostra três temas de importância para a nossa profissão em quanto futuros assistente sociais. Assim, no seu desenvolvimento indica no primeiro tema como o ódio e violência são disseminados tão intensamente nos sites de redes sociais atualmente, bem como, análise das características da rede que possibilitam esse fenômeno. Ainda no ambiente virtual, surge um nova personagem chamado de haters, odiadores que surgem como onda de provocação à violência e ao ódio contra as pessoas, e, consequentemente, estimular e crescimento e exposição de estigmas sociais.
No segundo subtópico aborda três temas polêmicos sobre as legislações vigentes no cenário brasileiro: Reformas trabalhistas e previdenciárias, Negociado x Legislado, Regularização efetiva da terceirização, Alteração da aposentadoria, mostrando a questão da economia, política e social atual do nosso País. 
No terceiro tema mostra o período pelo qual o serviço social passou, sendo este um movimento de renovação na profissão que busca uma redefinição teórica/interventiva, do qual definida com a ruptura do conservadorismo, denominado de movimento de reconceituação do serviço social e que até hoje os profissionais da área estão vinculados a essa renovação que aconteceu na década de 60. 
Ao considerar estes pontos, destaca-se que temos como objetivo, analisar sobre o que significa preconceito, com vistas a identificar os saberes implícitos, as leis vigentes e desenvolver uma reflexão crítica, do que seja capaz de causar uma transformação no pensamento e consequentemente do serviço social.
Permitindo assim, uma reflexão da atuação efetiva do profissional em assistência social e seu papel na sociedade dentro do contexto das políticas públicas.
2 DESENVOLVIMENTO
2.1 DISCURSOS DE ÓDIO E SUA RELAÇÃO COM O MUNDO VIRTUAL
É bastante fácil observar que, nos últimos tempos, discursos de ódio e preconceito vem se propagado em todas as mídias. Se formos olhar nas mídias sociais, por exemplo, estes discursos são tão comuns que seus praticantes ganharam até nome, os HATERS. E, observando a ação destes, podemos entender um pouco das características que identificam esta geração que tão facilmente discrimina e manifesta a intolerância. Segundo Rebes (2015 apud Pinto e Ribeiro (2016, p. 4) “os haters são caracterizados por serem pessoas que vão ao mundo virtual para promover o ódio pelo ódio, ou seja, eles querem simplesmente ofender, humilhar ou mesmo desestabilizar pessoas ou certos grupos sociais”
Nesse caso, o fato da impunidade ser algo tão amplo no mundo virtual leva as pessoas a crerem numa falsa segurança, onde liberdade de expressão é confundida com discursos de ódio, sem consequências para tal agressor. Afinal, foi só um comentário no Facebook, uma besteirinha que saiu no Twitter! Ou seja, acreditando que tudo que acontece nestas mídias serão relevadas rapidamente, não se crê que o autor dessas ações será identificado, o que dirá punido por alguma coisa. 
Desta forma, a mera opinião de alguém vira alvo do ódio de certas pessoas, que não vem problema em reagir de forma desmedida a qualquer opinião contraria a sua nas mídias sociais. Bem como, se fosse numa conversa ao vivo, mesmo que numa mesa de bar, dificilmente a pessoa teria a mesma reação.
Infelizmente, muitas vezes, essa manifestação de ódio não vem sozinha e acreditando nesta mesma impunidade, outras pessoas ressoam e reforçam esta ação é pejorativa. Assim, logo uma manifestação de vários comentários intolerantes, por parte de diferentes pessoas, faz coro ao primeiro discurso. E aquele simples comentário passa a ter uma grande relevância e impacto na vida da pessoa. 
Afinal, na prática, não há uma separação real do que acaba influenciando nas emoções de alguém, independentemente de ter vindo da Internet ou de mundo físico, apresentando-se como um só, tanto nas suas ações, quanto nos seus efeitos e consequências.
Ainda, é valido ressaltar que normalmente estes discursos não tem a intenção de provocar um debate ou reflexão sobre um assunto. Simplesmente se quer destilar um veneno, expressar uma raiva ou desprezo. Gerando assim, uma violência simbólica, do qual é definida por Sizek (2008 apud PINTO e RIBEIRO, 2016, p.5)
A violência simbólica, que é feita através da linguagem, do discurso. Tal violência predomina os sites de redes sociais, incitando discurso de ódio, através das palavras usadas para interagir nos sites de redes sociais pelos haters. A partir desta violência, ocorre o bullying, o preconceito, o racismo, dentre outros
 Daí, para que pessoas com diferentes intransigências e intolerâncias passem a se manifestar em outros planos, não demora, gerando consequentemente grandes violências simbólicas. Como a exemplo disso, temos o caso da proibição da imolação praticada nas religiões de matriz africana que surgiu por conta de um grupo vegano no Rio Grande do Sul, que está prestes a ser julgada no Supremo Tribunal Federal. Alegando questões sanitárias e de bem-estar animal, este movimento do Rio Grande do Sul está prestes a atingir praticamente todos os terreiros de Candomblé do país. O que veio como uma manifestação de origem vegana, se soma a um conjunto de várias pessoas movidas pelo preconceito religioso, a fim de eliminar esta prática (CAPELLI, JORNAL O DIA, 2017).
Mediante a esta realidade torna-se importante uma ação social, do qual busque trabalhar o respeito social, a tolerância de um civilização que progrediu ao longo dos tempos, mas, agem por vezes sem respeito. Necessitando assim, de uma ação das política social.
2.2 AS LEGISLAÇÕES VIGENTES NO CENÁRIO BRASILEIRO: REFORMAS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIAS
As questões trabalhistas e previdenciárias vêm em destaque nos últimos anos, o que gera discussão em diversos segmentos sociais, dividindo opiniões, cujos entendimentos tangem a manutenção da legislação posta e a necessária mudança para adequação ao panorama social.
Tais reformas são pautas recorrentes no Congresso Nacional que aquecem e esfriam ao longo do tempo. Desta feita, optamos por discorrer acerca de três polêmicos temas:
2.2.1. Negociado x Legislado
O projeto de Lei 4962/2016 ressuscita antiga problemática discutida nos últimos anos acerca da possibilidade de os acordosfeitos entre o sindicato dos empregados e o empregador sobreporem-se àquilo disposto em lei (BRASIL, 2016). Ou seja, o negociado passaria a prevalecer sobre o legislado. Evidencia-se, aqui, um viés neoliberalista, cujo preceito passa pela autonomia das partes.
De tal maneira, permitir-se-ia por meio de acordos ou convenções coletivas a redução ou regramento diverso de direitos garantidos em lei, sob a premissa da vontade das partes. A proposta pretende alterar a redação do artigo 618 da CLT para que conste: “As condições de trabalho ajustadas mediante convenção ou acordo coletivo de trabalho prevalecem sobre o disposto em lei, desde que não contrariem a Constituição Federal e as normas de medicina e segurança do trabalho” (BRASIL, 2016).
Aqueles que apoiam a aprovação do projeto veem nele a chance de atualizar a CLT às novas realidades trabalhistas, uma vez que a antiga redação tende a engessar as relações de trabalho.
A maior liberdade para acordos permitiria a geração de mais empregos e colocaria o país em condições de disputar em produção de igual para igual com países mais liberais, tendo-se em vista que poderiam diminuir o custo desnecessário da mão de obra.
Por outro lado, observam os opositores um grande risco em tal permissividade, pois tenderia a acabar com as garantias dispostas da CLT, tornando o empregado mais vulnerável.
Aduzem, outrossim, a questão da atual falta de representatividade dos sindicatos. Desse modo, ainda que prospere o projeto de lei, deve-se cuidar para que sejam resguardos os principais direitos trabalhistas, como o direito de férias que embora tenha previsão constitucional, é regulado pela CLT.
2.2.2 Regularização efetiva da terceirização
A terceirização, na essência, consiste em um meio, encontrado pelos empresários, de focar seus interesses e forças na atividade fim, de modo a terceirizar a atividade meio. Transfere-se esta às empresas que se ocupam de prestá-la.
De tal modo, uma empresa que explora determinado segmento acaba por optar a terceirizar atividades como de limpeza, segurança e refeitório. Assim, no Brasil, a terceirização passou a ser utilizada de forma ampla, tangendo, inclusive, as atividades fins, como forma de redução das despesas com mão de obra.
Dentro desta realidade, muito vem se discutindo sobre a regulamentação da utilização da terceirização, uma vez que não há o regramento necessário sobre o tema. Muito acerca da questão se pauta na súmula 331 do TST que discorre sobre a legalidade da terceirização nos seguintes termos:
CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. LEGALIDADE
I - A contratação de trabalhadores por empresa interposta é ilegal, formando-se o vínculo diretamente com o tomador dos serviços, salvo no caso de trabalho temporário (Lei nº 6.019, de 03.01.1974).
II - A contratação irregular de trabalhador, mediante empresa interposta, não gera vínculo de emprego com os órgãos da Administração Pública direta, indireta ou fundacional (art. 37, II, da CF/1988).
III - Não forma vínculo de emprego com o tomador a contratação de serviços de vigilância (Lei nº 7.102, de 20.06.1983) e de conservação e limpeza, bem como a de serviços especializados ligados à atividade-meio do tomador, desde que inexistente a pessoalidade e a subordinação direta.
IV - O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do empregador, implica a responsabilidade subsidiária do tomador dos serviços quanto àquelas obrigações, desde que haja participado da relação processual e conste também do título executivo judicial.
V - Os entes integrantes da Administração Pública direta e indireta respondem subsidiariamente, nas mesmas condições do item IV, caso evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das obrigações da Lei n.º 8.666, de 21.06.1993, especialmente na fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da prestadora de serviço como empregadora.
A aludida responsabilidade não decorre de mero inadimplemento das obrigações trabalhistas assumidas pela empresa regularmente contratada.
VI – A responsabilidade subsidiária do tomador de serviços abrange todas as verbas decorrentes da condenação referentes ao período da prestação laboral. A referida súmula se presta a discorrer acerca da responsabilidade trabalhista, mas pouco versa quanto à normatização da atividade, papel, naturalmente, atribuído à lei (KICH, 2017, p.1)
De tal modo, a nova legislação regularia a terceirização que já vem sendo praticada, a fim de sanar conflitos e dar um norte à atividade. Há-se, todavia, como ponto perigo a possibilidade de se instituir a legalidade quanto à terceirização da atividade fim, o que permitiria que uma empresa fosse totalmente terceirizada.
2.2 3 Alteração da aposentadoria
O último tópico, pautar-se na controvertida reforma previdenciária que visa a alteração das regras da aposentadoria, como meio de combater o déficit da Previdência Social.
Dentro da referida proposta, tem-se a estipulação do aumento da idade mínima do trabalhador para 65 anos. Analisando-se idade diferenciada para mulheres e professores; bem como regra de transição para aqueles com mais de 50 anos na data de vigência da lei, que poderão se aposentar pelo regime antigo mediante aumento de 40 a 50% no tempo de contribuição que faltar.
Prevê-se, também, a unificação entres as regras do regime geral (INSS) com a da aposentadoria do regime especial dos servidores públicos. A alteração das regras de aposentadoria é medida sempre cogitada e amplamente repudiada pelos trabalhadores que vem a cada dia o alargar de seu tempo de contribuição. Por outro lado, pode ser medida indispensável para balancear a as contas da Previdência Social.
Esta são algumas considerações acerca destes importantes temas que, em curso no Congresso Nacional, ainda terão muito de ser discutidos. Acerca do acúmulo téorico-político do Brasil dá para reconhecer e afirmar que a crise estrutural do capital há tempos tem manifestado seus ataques à classe trabalhadora, seja na repressão de suas lutas, seja na cooptação/institucionalização de suas forças mais progressistas, ou ainda, nas estratégias de conciliação de classe que pouco oferecem resistência ao modo de produção capitalista que é a origem da exploração expressa nos mais perversos rebatimentos na vida de trabalhadores/as.
A destruição de direitos da classe trabalhadora ganha ênfase desde a adesão à política econômica neoliberal vigente no Brasil de 1990, de forma que todos os governos, de formas diferenciadas, aplicam medidas de ajustes que atingem a vida da classe trabalhadora (CRESS/SP, 2016, p. 2)
Governos legítimos e ilegítimos parecem caminhar, mesmo que de modo diferente, nas mesmas perspectivas de atender às necessidades dos mercados, sobretudo o mercado financeiro.
Então, os retrocessos sociais em termos dos direitos da classe trabalhadora, muito embora evidenciados no governo de Michel Temer, não são nenhuma novidade, isso porque a classe trabalhadora vem pagando a conta dessa crise há tempos. Deste modo, no texto do CRESS/SP (2016, p.3) ainda destaca:
Não podemos deixar de citar que os interesses do agronegócio, dos/as banqueiros/as, da mídia, ao longo da história brasileira, tiveram grande proteção/ investimento do Estado brasileiro para alavancar os processos de exploração da classe trabalhadora, em função do aumento do lucro e da reprodução do capital. Nos últimos 12 anos, não foi diferente e vimos isso materializado na nomeação de sujeitos significativos desses setores burgueses para os Ministérios, no financiamento empresarial de campanhas eleitorais, nos aspectos ideológicos das notícias veiculadas na grande mídia, na aliança com partidos historicamente e declaradamente vinculados aos interesses burgueses e conservadores da sociedade brasileira, entre outros exemplos. 
Para explanar tal realidade exemplifica-se o Projeto de Lei 30/2015, que aponta os contratos de terceirização; com as Medidas Provisórias 664 e 665 de 2014, que alteram regras para acesso ao seguro-desemprego; o ajuste fiscal anunciadoem 2015, e ainda retirou verbas das políticas sociais, denotando prioridade no pagamento de juros da dívida pública; e a aprovação da lei antiterrorismo em março de 2016, sancionada pela presidente Dilma Rousseff, que significa um instrumento legal importante para a repressão, sobretudo, dos movimentos sociais. (CRESS/SP, 2016)
Não pode deixar de destacar que há evidências de estratégias de utilização do fundo público para satisfazer aos interesses privados; há uma pressa nas reformas dos conteúdos que dizem respeito às políticas de seguridade social e ao desmonte dos direitos sociais universalizados, além de um acirramento no ódio de classe e um obscurecimento das análises por meio de uma mídia antidemocrática e de aspectos ideológicos de reprodução dos interesses das classes dominantes.
Hoje, observa-se uma ânsia por se resolver a corrupção e essa fala está presente na mídia, nos diálogos cotidianos, nas opiniões e postagens em redes sociais, no discurso raso e aparente da realidade.
Mas, a corrupção seria o início ou resultado dos anseios capitalistas? A corrupção precisa ser combatida e, sem dúvida nenhuma, ela tem uma marca significativa na história brasileira que obstaculiza os avanços necessários em termos de condições objetivas de vida da classe trabalhadora, investimento e financiamento de políticas sociais, entre outros aspectos. Mas não seria a corrupção um movimento próprio do modo de produção que usurpa a mão de obra dos/as trabalhadores/as para obtenção de lucros cada vez maiores? O que está no pano de fundo desse discurso contrário à corrupção?
Outro discurso bastante evidenciado nesse contexto de crise política é o discurso pela democracia eleitoral. Nesse caso, é importante apontar que a democracia não pode ser uma abstração, não é possível defendermos apenas discurso ou a ideia de garantia da democracia eleitoral sem que ela tenha concretude na vida material da classe trabalhadora. A defesa da democracia deve se dar nos aspectos mais concretos e cotidianos da vida social. Nesse sentido, nos valemos de uma citação de Iasi (2016), em sua coluna destacou:
A democracia não morre apenas por manobras palacianas e parlamentares, por meio de contorcionismos e oportunismos legais. A democracia agoniza 
quando um pedreiro é sequestrado, torturado, assassinado e tem seu corpo escondido, como o corpo de Amarildo. A democracia agoniza com seu corpo arrastado por uma viatura, como o corpo de Claudia. A democracia morre em cada jovem negro que engrossa a lista dos famigerados autos de resistência. A justiça definha quando Rafael Braga continua preso por portar um desinfetante e militantes são processados por se manifestarem contra as fraudulentas obras da Copa do Mundo da FIFA. A democracia morre com cada casa que cai na Vila Autódromo, em cada comunidade indígena atacada por pistoleiros, em cada cidade arrasada pela lama das mineradoras ou a sanha de empreiteiras. Depois de não se pode esperar que as pessoas se mobilizem para defendê-la.
Diante desses fatos, outras perguntas são suscitadas: podemos dizer que a classe trabalhadora, vivenciando os diversos ataques a seus direitos históricos, experimentam em seu cotidiano o valor de democracia?
O que esse contexto tem exigido da classe trabalhadora em termos de sua organização? O que esse contexto em exigido das organizações de esquerda, sobretudo no que se refere à construção de unidade de ação que possa ir à raiz de todos esses elementos? As lutas de classes estão pautadas em quais determinações da realidade social?
Como temos negado os idealismos e as abstrações para a defesa das garantias de direitos políticos, civis, sociais na vida cotidiana e material da classe trabalhadora? Dessa feita, o cenário atual nos remete a tantas questões e que nos deixam sem respostas.
2.3 O MOVIMENTO DE RECONCEITUAÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL
Um grupo de técnicas assimilar ao longo dos séculos pela beneficência e assistência social: a entrevista domiciliar, a ajuda material direta e indireta, o aconselhamento. Em nossa vivência, aprendemos que um bom estudo acerca de um determinado fato, deve emergir da contextualização histórica política.
Por isso que, através desse tema, explana-se um pouco sobre a concepção de alguns autores sobre o período do movimento de reconceituação do serviço social, que por sua vez, são o ponto chave de discussão. Isto porque trata-se do período pelo qual o serviço social passa por um movimento de renovação na profissão que busca uma redefinição teórica/interventiva definida com a ruptura com o conservadorismo, denominado de movimento de reconceituação do serviço social.
Vale salientar que segundo Dias (2010, p.4) “na década de 60, os assistentes sociais organizaram vários encontros nacionais e regionais” Assim, o mesmo ainda destaca que na visão de Pires (2005, apud DIAS, 2010, p. 5) a mola propulsora que impulsionou a aproximação Norte- América, seria a valorização da profissão da década de 30 até a década de 60.
Sob o ponto de vista dos assistente sociais brasileiros, assim, como os europeus, essa aproximação se justifica pela necessidade de corrigir a fragilidade em termos operativos do profissional hegemônico de orientação neotomista-cristã. 
 	O serviço social é uma profissão cujo processo de construção não aconteceu de forma continuada e linear da sua gênese a sua trajetória. Pretendemos compreender como uma profissão que surge no meio da igreja católica, que teve sua base teórica os conceitos morais do neotomismo.
Com base nas pesquisas feitas percebemos que o método de Karl Marx faz necessários pontuarmos a denúncia do conservadorismo profissional iniciada na década de 1970 a 1980 (DIAS, 2010). O conservadorismo profissional pode ser identificado onde a ação profissional consistia em forma de intervir na vida dos trabalhadores.
Ressaltando o presente pensamento, Iamamoto (2004, p. 20-21) diz que: “Diferentemente da caridade tradicional que se limitava a reprodução da pobreza, a profissão propõe uma ação educativa, preventiva e curativa dos problemas sociais através de sua ação junto as famílias trabalhadoras”.
Diante de tal citação, em meio as considerações de Iamamoto, verifica-se que ele coloca que com o tempo a profissão do serviço social foi ganhando seu espaço, e se desenvolvendo a cada instante. Com isso foi os profissionais conseguiram mostrar que seu espaço já tinha sido entendendo que não era apenas uma caridade e sim uma profissão.
Através da assistência pública por desconhecer a singularidade e particularidade dos indivíduos, uma ação organizativa entre a população trabalhadora, dentro da militância católica, em oposição aos movimentos operários que aderiram o associa lismo católico.
Com base nos elementos, o serviço social emerge com o atividade com mais doutrinas que cientifica. E mesmo com processo de secularização e ampliação do suporte técnico científico da profissão com desenvolvimento das escolas e faculdades de serviço social. Com processo de desenvolvimento a indústria automotiva na década de 1950.
Assim descreve Iamamoto (2004, p. 32): “um processo através do qual os esforços do povo se unem aos das autoridades governamentais, com o fim de melhorar as condições econômicas e sociais das comunidades”. Dessa forma a sociedade, tem e precisa dos seus direitos, pessoais, com um interesse de a cada dia as condições econômicas e sociais possam ser esclarecidos e que direito igualitário não só para uns e outros fiquem de fora, e sim um direito de todos.
O movimento de reconceituação aconteceu nos países Latinos Americanos (Chile, Argentina, Peru e Uruguai), onde percebemos que se consistiu um movimento de críticas a fundamentação da visão marxista e estrutura do serviço social.
Nos anos 60 os movimentos e lutas sociais na América Latina, o surgimento da revolução cubana onde a luta de guerrilhas e reflexão do processo de dependência, acentuaram a insatisfação dos assistentes sócias que se viam como bombeiros, chamados apaga pequenos incêndios.
No Chile houve a participação do movimentoestudantil, especificamente do serviço social de extrema relevância na organização da escola do serviço social, com finalidade de transformar as práticas do serviço social, impulsionando novas práticas a parti dos estágios (DIAS, 2010). Todos estes fatores foram decisivos na inquietação dos assistentes sociais quanto o seu papel profissional mediante as expressões da “questão social”.
Dessa forma, o movimento de reconceituação trouxe para os assistente sociais a identificação ideológica da existência de lados antagônicos, duas classes sociais antagônicas: dominantes e dominados. Esta revelação abriu na categoria a possibilidade de articulação profissional com um projeto de uma das classes. O movimento de reconceituação constitui-se numa ruptura com tradicional e conservadorismo e possibilitou de uma nova identidade profissional com ações vetadas as demandas da classe trabalhadora. O movimento se cria e se desenvolve a parti da identificação da política ideológica.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A sociedade atual se depara com mudanças rápidas e complexas, devido o fluxo de informações variadas que chegam ao contato social em frações de segundos, tendo por base a disponibilidade digital existente na sociedade contemporânea. Através dos meios de comunicação todos são estimulados continuamente a receberem conhecimentos que facilitem (ou não) a vivência social.
Diante desta realidade, percebemos que a internet contribuem muito para o desenvolvimento das pessoas, e foi nesse meio de comunicação que os Hartes invadem a privacidade das pessoas para fazer a sua discriminação e expor seu preconceito para com elas e pouco estão se importando se vai ter alguma consequência depois.
	Propaga-se continuamente que o direito é para todos, mas no contexto contemporâneo do Brasil nem todos exercem esse direito no tempo previsto pelas leis vigentes, pois muitos se encontram à margem do processo e distante de usufruir dos direitos da cidadania.
O assistente social se especializou no trabalho coletivo, e a parti de uma perspectiva dialética e entre elementos contrários a ruptura de uma profissão inserida na divisão social e sua técnica no trabalho. Sendo que não é meramente burocrata, subalterna e paliativa, mas sim desvela a dimensão política.
Concluímos que a intervenção profissional pode contribuir tanto para uma imagem quanto para auto imagem da profissão, tendo como proposta dos direitos, proporcionando a transformação de uma nova sociedade. O conservadorismo e o tradicionalismo passaram a ser questionados considerando a ocorrência das mudanças políticas.
É possível o profissional se manter dentro da neutralidade no início da profissão, a ideologia política dos dominantes e dominados que se impactaram e se tornaram mais progressistas e vendo sua força de trabalho se reconhecer como trabalhadores, e com compromisso de defender o direito dos trabalhadores.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. CLT. Lei 5.452/1943. Disponível em:< https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10681044/artigo-618-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943> Acesso em 27 de maio de 2017.
______. CLT. Lei 4.962/ 2016. Disponível em https://www.jusbrasil.com.br/topicos/132052484/lei-n-4962-2016> Acesso em 27 de maio de 2017.
CAPELLI, Paulo. JORNAL O DIA: Informe: STF decide se religiões de matriz africana poderão sacrificar animais. 2017. Disponível em:< http://odia.ig.com.br/rio-de-janeiro/2017-03-11/informe-stf-decide-se-religioes-de-matriz-africana-poderao-sacrificar-animais.html> Acesso em 27 de maio de 2017.
CRESS/SP. Em direitos da classe trabalhadora não se mexe: renovar compromisso com radicalidade e coerência ética. 2016. Disponível em:< http://cress-sp.org.br/wp-content/uploads/2016/08/Analise-de-conjuntura-CRESS.pdf> Acesso em 25 de maio de 2017.
DIAS, Teeh.Movimentos da reconceituação. 2010. Disponível em:< http://www.ebah.com.br/content/ABAAABTOsAJ/movimento-reconceituacao> Acesso em 25 de maio de 2017.
IAMAMOTO, Marilda Villela: O Serviço Social na Contemporaneidade: trabalho e formação profissional, 7º ed. Cortez, 2004, 20, 123p.
IASI, Mauro. O caminho da Didatura. 2016. Disponível em:< https://blogdaboitempo.com.br/2016/05/20/o-usurpador-e-o-caminho-da-usurpacao> http://www.ebah.com.br/content/ABAAABTOsAJ/movimento-reconceituacao
KISH, Karine Kelly. Súmula 331 do TST. Análise do instituto normativo e sua importância para a terceirização trabalhista. 2017. Âmbito Jurídico. Disponível em:< http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=7729> Acesso em 27 de maio de 2017.
PINTO, Letícia Eloi. RIBEIRO, Marislei. A Disseminação de ódio no Facebook e a influência do hater na pauta jornalística: Caso de racismo com a atriz Taís Araújo. Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação XVII Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sul – Curitiba - PR – 26 a 28/05/2016. Disponível em:< http://www.portalintercom.org.br/anais/sul2016/resumos/R50-0695-1.pdf. > Acesso em 27 de maio de 2017.
SITES: 
331 do TST - tst.jus.br súmulas TST
Lei 6.019 03/01/1994- planalto.gov.br
Art.37, II da CF 1988- jusbrasil.com.br
Lei 7.102 20/06/1983- planalto.gov.br
Lei 8.666 21/06/1993 - planalto.gov.br
Projeto de Lei 30/2015- camara.gov.br
Medidas provisórias 664 e 665 de 2014- crc-sp.jus.brasil.com.br
Ajuste fiscal 2015- estadao.com.br
Lei antiterrorismo em 03/2016- planalto.gov.br

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