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Resumo da AV1

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OPP
Capítulo 1
A urgência de políticas públicas.
A carência de entendimento sobre as necessidades da população, a visão elitista de profissionais e dos responsáveis pelas políticas públicas do Estado e ainda a carência de entendimento sobre o fazer específico em comunidades ribeirinhas, trouxa à tona a urgência de políticas públicas na área de saúde, não obstante as de saúde mental também. 
As revoluções da saúde.
A primeira revolução de saúde: A declaração de Alma-Ata, declara que para que as mudanças em saúde aconteçam, necessita de intervenção não só da própria saúde, assim como dos setores da economia, sociais o que melhora a qualidade de vida, pois trabalha com prevenção e promoção de saúde. A população pode participar das decisões, por isso são abertos, no Brasil, os conselhos comunitários de saúde. Como a atenção primária é um retrato social, deve trabalhar com educação para a saúde, tratamento de doenças endêmicas, imunização, atenção materno infantil, entre outras ações preventivas. Deve envolver todas as áreas de atenção nacional e o usuário deve participar em todas as instâncias, desde propostas até a fiscalização das ações públicas
A segunda revolução: Realizada em Ottawa, Canadá, em 1986. A Carta de Ottawa, assim, enfatiza que a saúde é uma responsabilidade de todos e aborda cinco eixos tais como políticas públicas saudáveis e a reorientação destes, ambientes relativos a vida do homem que deve ser igualmente saudável, práticas comunitárias e habilidades pessoais enfatizadas e uma nova orientação para os serviços de saúde.
As condições e os recursos fundamentais para a saúde são:
Paz – Habitação – Educação – Alimentação – Renda – ecossistema estável – recursos sustentáveis – justiça social e equidade.
Ciência Política
A área do conhecimento que analisa os fenômenos que envolvem a estrutura, a manutenção ou a transformação do poder político. Envolve a compreensão dos agentes sociais e instituições envolvidas no processo do poder político.
Qual o motivo de correlacionar cidadania, medicina, política pública?
Numa sociedade onde os valores estão intimamente ligados à soberania do mais forte, onde o financeiro é a língua que fala mais alto, entendemos que as doenças que acometem aqueles que não podem pagar pelo seu tratamento, sendo estes as consultas e medicamentos, devem buscar uma forma de conquistar o cuidado para a saúde e ainda a possibilidade do uso de medicamentos, mesmo que para tal necessite de um movimento, onde agregue pessoas que tenham o mesmo objetivo e lutem para um bem comum.
Políticas Públicas
Toda ação destinada a população geral, seja ela na área da educação, previdência ou saúde.
Políticas públicas são conjuntos de programas, ações e atividades desenvolvidas pelo Estado diretamente ou indiretamente, com a participação de entes públicos ou privados, que visam assegurar determinado direito de cidadania, de forma difusa ou para determinado segmento social, cultural, étnico ou econômico. 
As políticas públicas correspondem a direitos assegurados constitucionalmente ou que se afirmam graças ao reconhecimento por parte da sociedade e/ou pelos poderes públicos enquanto novos direitos das pessoas, comunidades, coisas ou outros bens materiais ou imateriais.
Exemplos: Educação, Saúde, Segurança, Habitação, Trabalho, Lazer, Saneamento
Alimentação, Inclusão social e Transferência de renda.
Formulação das PP
As políticas públicas são formuladas, principalmente, pelos poderes executivo ou legislativo, a partir de demandas e propostas da sociedade, em seus diversos segmentos.
A participação da sociedade nas PP.
A participação da sociedade na formulação, acompanhamento e avaliação das políticas públicas em alguns casos é assegurada na própria lei que as institui. Assim, no caso da Educação e da Saúde, a sociedade participa ativamente mediante os Conselhos em nível municipal, estadual e nacional. Audiências públicas, encontros e conferências setoriais são também instrumentos que vêm se afirmando nos últimos anos como forma de envolver os diversos seguimentos da sociedade em processo de participação e controle social.
Composição das PP.
As políticas públicas são compostas por diversos instrumentos, tais como:
Planos - diretrizes, prioridades e objetivos gerais a serem alcançados em períodos relativamente longos. Ex: os planos decenais de educação.
Programas - objetivos gerais e específicos focados em determinado tema, público, conjunto institucional ou área geográfica. Ex: O Programa Nacional de Capacitação de Gestores Ambientais (PNC).
Ações e Atividades - alcance de determinado objetivo estabelecido pelo Programa, e a atividade, por sua vez, visa dar concretude à ação.
Cidadão e cidadania.
Para um cidadão, ter a tal cidadania, é necessário buscar resguardar seus direitos e também discuti-lo e fazê-lo. Deve exercer plenamente os direitos Civis, Políticos e Sociais. 
Ciência do Estado
É o conjunto de conhecimentos especializados como a demografia, geografia que segundo Michel Foucault, serve para reestruturar normas, regras de controle institucionais diante da nova realidade.
O que é Saúde?
A Organização Mundial da Saúde conceitua saúde como:
Estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas ausência
de enfermidade ou doença. 
A história do Brasil e as mudanças da saúde.
A realidade brasileira ano após ano, a partir da entrada do século XX. a história da saúde no Brasil e as mudanças ocorridas a partir de 1900. Podemos citar: 
• 	A visão da pobreza como o grupo responsável pela transmissão de doenças;
• 	O controle da saúde sendo realizado através da força das armas;
• 	Os movimentos dos trabalhadores que não possuíam assistência;
• 	A união destes trabalhadores e a criação de sindicatos;
• 	As caixas de pecúlio, visando a guarda financeira de reservas para o tratamento da saúde e a aposentadoria;
• 	A periferia como o lugar que agrega a maior parte dos desvalidos;
• 	A entrada dos laboratórios farmacêuticos;
• 	A medicalização da saúde;
• 	A especialização da saúde, onde não mais o sujeito é visto em sua totalidade;
• 	A criação dos monstros da medicina, ou seja, o surgimento dos planos de saúde;
• As conferências municipais, estaduais e a conferência nacional com a participação popular;
• 	A queda dos diversos governos eleitos pelo povo;
• 	A subida dos governos militares e a consequente problemática instituída durante o período da ditadura;
• A organização de grupos durante o regime militar em prol de movimentos sociais;
• 	A queda do governo militar;
• 	A ascensão do PT;
• 	Os movimentos sociais.
• 	As conferências de saúde.
História das Políticas Públicas no Brasil
O início das Políticas Públicas brasileiras se deu no período da República Velha quando o Brasil era governado pelas oligarquias, na maioria os donos dos latifundiários do café. Esses decidiam o que era melhor para o país, porém tais políticas não tinham nada de públicas, apenas mantinham o status quo dos donos de terras.
A lógica existente na época era a que a pobreza era o centro de tudo que era ruim. Quando o modelo higienista surgiu, ocorreu a adesão à higienização dos pobres. (Um personagem que retrata essa época é o Jeca Tatu de Monteiro Lobato). 
A burguesia queria o distanciamento da população carente porque eles acreditavam que os pobres eram responsáveis pelo surgimento de doenças, eram vistos como sem higiene. Então, os burgueses investiram dinheiro nas universidades para que as doenças fossem estudadas, para criação de medicamentos e também para o afastamento da população que apresentasse doenças do centro e quando doentes fossem tratados em hospitais públicos. Nessa época muitos institutos foram criados. 
Até que o modelo sanitarista invadiu o Brasil e a capital federal, Rio de Janeiro. Nesta época, campanhas de vacinação começam a ser aplicadas sob a direção de Oswaldo Cruz. A população não tinha conhecimento sobre o propósito da vacina. (Ocorreu a Revolta da Vacina). Apesar do exercício desta prática ter sido a força,contrariando o desejo popular, muitas enfermidades foram minimizadas. Há um processo de reforma sanitária. Inicia uma nova gestão com Carlos Chagas, que idealiza a educação para a saúde.
Em 1923, com a Lei Elói Caves, nasceram as Caixas de Aposentadorias e Pensões (CAPs), que marcou o surgimento da Previdência Social no Brasil. A partir de 1926, a assistência médica é incorporada aos benefícios das Caixas. Em 1930, no primeiro governo (1930-1945) de Getúlio Vargas, o novo Ministério do Trabalho cria os Institutos de Aposentadorias e Pensões (IAPs), estruturados por categorias profissionais, e o trabalhador para ser mais assistido. Também em 1930, Getúlio Vargas cria o Ministério da Saúde. Em 1943 é criada a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e retoma-se a ideia de uma educação voltada para a saúde.
O Brasil passou por diversas crises que trouxeram muitas mudanças, entre elas, a mudança de políticas de assistência e de saúde. Até que vários governos se entrelaçam e surgem novas propostas, novas promessas. E manifestações populares.
Ocorre a transição de Getúlio para Jânio e depois Júlio Prestes, e ocorre o golpe militar em 1964. Essas mudanças trouxeram mudanças nos programas e políticas do governo. Em 1966, surgiu o Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), que uniu a previdência e a saúde. Porém, tal associação não deu muito certo, e foi criado o Ministério da Previdência e Assistência Social. Porém os problemas persistiram, porque era necessário esclarecer as funções de saúde e assistência. 
Com as dificuldades financeiras que o Brasil passava, a medicina de grupo foi fortalecida. Com a ideia de fornecer saúde de qualidade, a preços altos. Com isso, o estado passou a ser facilitador destes serviços e ao mesmo tempo o controlador das ações. Cresceram os hospitais particulares, e hospitais públicos em construção foram abandonadas, virando esqueletos arquitetônicos. Os próprios funcionários que trabalhavam na obra não poderiam usar tais serviços. Com isso as discussões sobre o estado que se encontravam os serviços públicos aumentaram. Ainda haviam resquícios da ditadura militar, então pouco era feito. 
Ocorre a quebra do paradigma do binômio médico e paciente. Nesse processo de redescoberta, é pensado uma medicina voltada para a coletividade, ou seja, uma saúde coletiva. A saúde voltada para a coletividade.
Ocorreram vários movimentos populares, vários conferencias municipais e estaduais e saúde, todos com participação popular até que em 1986, ocorreu a VIII Conferência Nacional de Saúde. Em 1987, foi realizada a I Conferência Nacional de Saúde Mental, em busca da concretização da reforma sanitária e da transformação da realidade da assistência psiquiátrica no pais, tornando-se um momento de crítica ao modelo asilar e denuncia da ineficiência. Discutiu-se também a reformulação do currículo mínimo para a formação de profissionais da saúde. Almejava-se que os psicólogos pudessem participar desse debate, contribuindo também para as novas modalidades de serviços em saúde mental, como os serviços extra hospitalares.
Em 1988 é promulgada a nova Constituição Federal brasileira e criado o Sistema Único de Saúde (SUS). 
No Brasil, as políticas públicas de saúde orientam-se desde 1988, conforme a Constituição Federal promulgada neste ano, pelos princípios de universalidade e equidade no acesso às ações e serviços e pelas diretrizes de descentralização da gestão, de integralidade do atendimento e de participação da comunidade, na organização de um sistema único de saúde no território nacional.
No período pós-Constituição, as políticas de saúde vêm sendo formuladas no contexto de uma reforma setorial abrangente, com mudanças institucionais de grande magnitude, introduzindo novos espaços de interlocução permanente entre o Estado e a sociedade na gestão pública. A Lei Orgânica da Saúde em 1990, as decisões no âmbito da saúde pública passaram a envolver novos e múltiplos atores e mudanças na dinâmica e estrutura do processo decisório. 
Problemas atuais nas políticas de saúde pública.
Programas de saúde criados, mal implantados; 
Denúncias sobre desvios de verbas e associações com clínicas privadas, que apesar desta união estar dentro da lei, não cumprem a sua parte do acordo; 
A terceirização de serviços vista pelo poder público como uma forma de minimizar os custos, passa a ser um recurso para os famosos cabides de emprego; 
O surgimento das Organizações Sociais – OS –, prestadores de serviços especializados, que inviabiliza concursos públicos, facilitando os velhos votos de cabresto.
Importância do Psicólogo nas políticas públicas de saúde. 
Prevenção, diagnóstico e prognóstico da saúde do sujeito.
O psicólogo pode e deve atuar além dos ambulatórios, nas unidades dos centros de atenção psicossocial para adultos, para crianças e para usuários de álcool e outras drogas. Ainda nas residências terapêuticas, nos leitos psiquiátricos de curta duração localizados nos hospitais gerais.
Saúde primaria, secundária e terciária.
A atenção primária busca o processo de prevenção da doença. Assim o psicólogo estará inserido nas unidades básicas de saúde e nas policlínicas, atuando em grupo ou individual, de acordo com a demanda.
A atenção secundária se baseará na apresentação de queixa já existente, cabendo ao profissional, caso seja necessário, encaminhar para outros profissionais e atender o usuário facilitando um melhor encontro consigo mesmo.
Na atenção terciária, a doença já existe, seja ela física ou mental. Existe ainda alguma perda à nível social ou ainda precisa dos recursos do poder público. O psicólogo deve assim buscar acompanhar o momento de perda e se caso seja necessários atuar, ou encaminhar para um profissional que possa intervir à nível de cuidados paliativos.
Discussão das lutas manicomiais 
O modelo empregado na saúde pública difere dos pensadores dos movimentos de saúde mental, pois muitos, ligados aos movimentos de luta antimanicomial e associação de familiares, volta-se para a discussão que emerge sobre a loucura e a necessidade de ações preventivas.
A clínica na PP.
A ideia de equidade e universalidade é contrária a uma política de atendimento voltada para a clínica clássica que distancia o profissional da realidade do usuário de saúde.
A importância da Constituição de 1988.
Marco na história da políticas públicas em nosso país. A mais completa entre as constituições brasileiras, com destaque para os vários aspectos que garantem o acesso à cidadania.
A cidadania, que está assentada nos direitos civis, políticos e sociais, só é garantida legalmente nesta Constituição (“Constituição Cidadã).
A concepção de assistência social no Brasil, juntamente com a saúde e a previdência social, passou a ser a base da seguridade social, notadamente inspirada na noção de Bem-Estar Social [Welfare State].
Principais modificações da Constituição de 1988
Direito de voto para os analfabetos;
Voto facultativo para jovens entre 16 e 18 anos;
Redução do mandato do presidente de 5 para 4 anos;
Eleições em dois turnos (para os cargos de presidente, governadores e prefeitos de cidades com mais de 200 mil eleitores);
Os direitos trabalhistas passaram a ser aplicados, além de aos trabalhadores urbanos e rurais, também aos domésticos;
Direito a greve;
Liberdade sindical;
Diminuição da jornada de trabalho de 48 para 44 horas semanais;
Licença maternidade de 120 dias (sendo atualmente discutida a ampliação);
Licença paternidade de 5 dias;
Abono de férias;
Décimo terceiro salário para os aposentados;
Seguro desemprego;
Férias remuneradas com acréscimo de 1/3 do salário.
Constituição de 1988 e saúde
A Constituição de 1988 dedica um capítulo à saúde.
Na Seção II (Da saúde), lemos:
Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. 
 Art. 197. São de relevânciapública as ações e serviços de saúde, cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado. 
Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes:
I - descentralização, com direção única em cada esfera de governo; 
II - atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais; 
III - participação da comunidade. 
§ 1º. O sistema único de saúde será financiado, nos termos do art. 195, com recursos do orçamento da seguridade social, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, além de outras fontes. (Parágrafo único renumerado para § 1º pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000) [...]
Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada. 
§ 1º - As instituições privadas poderão participar de forma complementar do sistema único de saúde, segundo diretrizes deste, mediante contrato de direito público ou convênio, tendo preferência as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos. 
§ 2º - É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou subvenções às instituições privadas com fins lucrativos. 
§ 3º - É vedada a participação direta ou indireta de empresas ou capitais estrangeiros na assistência à saúde no País, salvo nos casos previstos em lei. 
§ 4º - A lei disporá sobre as condições e os requisitos que facilitem a remoção de órgãos, tecidos e substâncias humanas para fins de transplante, pesquisa e tratamento, bem como a coleta, processamento e transfusão de sangue e seus derivados, sendo vedado todo tipo de comercialização. 
Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da lei:
I - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a saúde e participar da produção de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos, hemoderivados e outros insumos;
II - executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do trabalhador;
III - ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde;
IV - participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento básico;
V - incrementar em sua área de atuação o desenvolvimento científico e tecnológico;
VI - fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor nutricional, bem como bebidas e águas para consumo humano;
VII - participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos;
VIII - colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho.
Família Acolhedora
 Programa de Acolhimento Familiar na Lei da Adoção criado pelo Plano Nacional de Convivência Familiar e Comunitária, lançado em 2006. É uma modalidade também conhecida como guarda subsidiada, pela qual as famílias recebem em casa crianças e adolescentes afastados da família de origem.
As famílias acolhedoras não se comprometem a assumir a criança como filho. São, na verdade, parceiras do sistema de atendimento e auxiliam na preparação para o retorno à família biológica ou para a adoção. O período de acolhimento é de seis meses, durante os quais a família recebe uma ajuda de custo de um salário mínimo por mês. Cada família abriga um jovem por vez, exceto quando se tratar de irmãos.
Outra medida importante é o prazo máximo de dois anos para permanência da criança e do adolescente em programa de acolhimento institucional. Se houver caso que exceda o prazo, a situação deve ser justificada pelo juiz. Até 2009, não havia duração máxima estipulada.
Antes da entrada em vigor da Lei da Adoção, quando a falta de clareza na redação do ECA dava aos conselhos tutelares autonomia para tirar crianças da família e encaminhar para abrigo. Sendo que a competência para tirar criança da família é do juiz. Ao conselho tutelar cabe comunicar a situação da criança ao Ministério Público.
Lei Nacional da Adoção (12.010/09)
Direito a conhecer a origem biológica passou a fazer parte do artigo 48 do Estatuto da Criança e do Adolescente.
Segundo juristas, assistentes sociais e psicólogos, a revelação tardia da adoção é o principal motivo que pode prejudicar o sucesso de um processo de adoção, levando muitas vezes à revolta contra os pais adotivos.
O filho adotivo terá acesso irrestrito aos detalhes do seu processo de adoção. Basta procurar o Juizado da Infância e da Juventude. A revelação da origem biológica poderá ser feita após ele completar 18 anos ou até antes disso. Se for menor de idade, terá de obter a autorização do juiz, que vai designar um psicólogo e um advogado para acompanhar o caso.
 Lei Nacional da Adoção, nº 12.010/2009, incluiu o direito à revelação da origem biológica no Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90). Artigo 48: “O adotado tem direito de conhecer sua origem biológica, bem como de obter acesso irrestrito ao processo no qual a medida foi aplicada e seus eventuais incidentes, após completar 18 anos”. Parágrafo único: “O acesso ao processo de adoção poderá ser também deferido ao adotado menor de 18 anos, a seu pedido, assegurada orientação e assistência jurídica e psicológica”.
Adoção Internacional
O artigo 31 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) estabelece a colocação da criança em família substituta estrangeira como medida excepcional, cabível somente para fins de adoção. Além disso, o país de acolhida precisa, assim como o Brasil, ser ratificante da Convenção Relativa à Proteção das Crianças e à Cooperação em Matéria de Adoção Internacional, de 29 de maio de 1993, conhecida como Convenção de Haia. Apenas esses países poderão trabalhar com o Brasil nos moldes estabelecidos pelo ECA.
O processo de adoção internacional, bem como a habilitação de residente no Brasil para adoção no exterior, é de responsabilidade das Autoridades Centrais dos Estados e do Distrito Federal (Comissões Estaduais Judiciárias de Adoção / Adoção Internacional). O primeiro passo para realizar a adoção internacional é o casal estrangeiro se habilitar na Autoridade Central do país de residência, que será responsável por elaborar um dossiê sobre o casal ou pretendente.
Estágio de convivência 
Durante os meses que antecedem a visita do casal estrangeiro ao país, a criança mantém contato periódico, quando possível por meio de videoconferência, e vai se habituando à ideia de morar fora do Brasil. Assim que os pais chegam para o estágio de convivência, encontram-se com a criança, geralmente em um local já conhecido por ela, e são acompanhados por um profissional da Comissão que atuou no preparo do menor, a fim de transmitir-lhe confiança no processo. Após realizarem passeios pela cidade, os pais conhecem o abrigo em que a criança reside, em geral no terceiro ou quarto dia de convivência. A criança também realiza visitas no hotel em que os pais estão hospedados. Se o processo estiver correndo de forma tranquila, geralmente no quinto dia a criança poderá dormir com os pais, se assim consentir. Os pais participam também da despedida da criança no abrigo em que vive e, se houver alguma dificuldade no momento da transição, são assistidos pela equipe da Comissão.
Cadastro Nacional de Adoção
Cadastro Nacional de Adoção (CNA) do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), implantado em março, é justamente a inclusão de pretendentes estrangeiros. Atualmente, existem 46 processos de adoção por estrangeiros em andamento no âmbito do Cadastro Nacional de Adoção (CNA), ainda no modelo antigo, ou seja, processos vinculados a crianças cadastradas e pretendentes não cadastrados.
Lei nº: 8.069/1990 – Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) é a legislação que explicita a implementação da proteção integral constitucionalmente estabelecida no artigo 227. Assim,estabelece medidas concretas para a garantia dos direitos de crianças e adolescentes. Responsabiliza nominalmente a família, a comunidade, a sociedade e o Estado pelo bem-estar e saudável desenvolvimento da infância e da juventude. Este documento legal alterou fundamentalmente a legislação de proteção à infância e juventude no país, revogando o antigo Código de Menores e adequando a legislação infra-constitucional às disposições constitucionais e aos parâmetros internacionais de proteção.
O Estatuto da Criança e do Adolescente estabelece como a proteção integral deve ser garantida no país, indicando as medidas sociais, protetivas e sócio-educativas que devem ser utilizadas para assegurar o bem estar de crianças e adolescentes. Seu texto contém importantes disposições sobre os direitos fundamentais da infância e adolescência, dentre eles: a garantia da vida, saúde, integridade, liberdade, convivência familiar e comunitária, proteção contra violência e exploração, dentre outros.

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