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INTERPRETAÇÃO DE EXAMES LABORATORIAIS Msc. Renata Adrielle Lima Vieira ELEMENTOS DA AVALIAÇÃO NUTRICIONAL • Avaliação Antropométrica • Avaliação Dietética • Exame físico • Avaliação laboratorial BIOQUÍMICA CLÍNICA BIOQUÍMICA CLÍNICA LEGISLAÇÃO 1. Lei n° 8.234 de 17 de setembro de 1991 2. Resolução CFN n°306/2003 (revoga a Resolução CFN n°236/2000) 3. Resolução CFN nº 380/05 4. Resolução CFN nº 417/08 5. Recomendação n°005 de 21 de fevereiro de 2016 LEGISLAÇÃO Regulamenta a profissão de Nutricionista e determina outras providências. Art. 4º Atribuem-se, também, aos nutricionistas as seguintes atividades, desde que relacionadas com alimentação e nutrição humanas: I - elaboração de informes técnico-científicos; II - gerenciamento de projetos de desenvolvimento de produtos alimentícios; III - assistência e treinamento especializado em alimentação e nutrição; IV - controle de qualidade de gêneros e produtos alimentícios; V - atuação em marketing na área de alimentação e nutrição; VI - estudos e trabalhos experimentais em alimentação e nutrição; VII - prescrição de suplementos nutricionais, necessários à complementação da dieta; VIII - solicitação de exames laboratoriais necessários ao acompanhamento dietoterápico; IX - participação em inspeções sanitárias relativas a alimentos; X - análises relativas ao processamento de produtos alimentícios industrializados; XI - participação em projetos de equipamentos e utensílios na área de alimentação e nutrição. Lei n° 8.234/91 LEGISLAÇÃO Critérios sobre as solicitações de exames laboratoriais na área de nutrição clínica, onde: Art. 1º. Compete ao nutricionista a solicitação de exames laboratoriais necessários à avaliação, à prescrição e à evolução nutricional do cliente-paciente. Parágrafo único II: considerar diagnósticos, laudos e pareceres dos demais membros da equipe multidisciplinar, definindo com estes, sempre que pertinente, outros exames laboratoriais Parágrafo único V: solicitar exames laboratoriais cujos métodos e técnicas tenham sido aprovados cientificamente; Resolução CFN n°306/2003 PRINCIPAIS EXAMES LABORATORIAIS OBJETIVO EXAMES Avaliação nutricional Hemograma completo, proteínas totais, proteína ligadora de retinol, índice de creatinina-altura (ICA) Avaliação e acompanhamento de DCV Triglicérides, colesterol total, HDL, LDL,VLDL Acompanhamento de doenças endócrinas Glicemia, teste oral de tolerância à glicose, insulina, peptídeo C, hemoglobina glicada Avaliação da tireóide Tiroxina (total e livre), triiodotironina, globulina ligadora de tiroxina (TGB), hormônio estimulador da tireóide (TSH) Acompanhamento de doenças renais Gasometria, uréia, creatinina, sódio, cálcio (total e iônico), potássio sérico, fósforo sérico, magnésio sérico, ácido úrico, oxalato, citrato, proteína Acompanhamento de doenças hepáticas Alanina aminotransferase (ALT); aspartato aminotransferase (AST), gama glutamiltransferase (GGT), bilirrubina Acompanhamento de anemia Ferro, transferrina, ferritina, capacidade total de ligação do ferro Carências advindas da cirurgia bariátrica Vitamina B12, ácido fólico, cálcio total , vit D, zinco, selênio e ferro HEMOGRAMA Valores normais para Eritrócitos, Hb e Ht Idade Eritrócitos (x 106/mm³) Hemoglobina (g/ 100mL) Hematócrito (%) Recém nascidos 4 - 5,6 13,5 - 19,6 44 - 62 0 - 3 meses 4,5 - 4,7 9,5 - 12,5 32 - 44 1 ano 4,0 - 4,7 11,0 - 13 36 - 44 10 a 12 anos 4,5 - 4,7 11,5 - 14,8 37 - 44 Gestantes 3,9 - 5,6 11,5 - 16,0 34 - 47 Mulheres 4,0 - 5,6 12 - 16,5 35 - 47 Homens 4,5 - 6,5 13,5 - 18 40 - 54 ERITROGRAMA ERITROGRAMA Idade VCM (µ³) HCM (pg) CHCM (%) Crianças (3 meses) 83 - 110 24 - 34 27 - 34 Crianças (1 ano) 77 - 101 23 - 31 28 - 33 Crianças (10 - 12 anos) 77 - 95 24 - 30 30 - 33 Mulheres 81 - 101 27 - 34 31,5 - 36 Homens 82 - 101 27 - 34 31,5 - 36 VCM: volume corpuscular médio HCM: hemoglobina corpuscular média CHCM: concentração hemoglobina corpuscular médio VOLUME CORPUSCULAR MÉDIO (VCM) • Índice de observação do tamanho da hemácias • Cálculo: HT/HB x10 • Interpretação • 80 a 100 fl: Normocitose (Anemia Falciforme) • <80 fl: Microcitose ( Talassemia, anemia ferropriva) • >80 fl: Macrocitose (Anemia megaloblástica e perniciosa) HEMOGLOBINA CORPUSCULAR MÉDIA (HCM) • Média da hemoglobina na hemácias • Cálculo: HB/10 xHEMACIAS • Interpretação • 26 a 34 pg: Normocromia • <26 pg: Hipocromia ( Talassemia, anemia ferropriva) • >34 pg: Hipercromia? (Sem significado clínico) CONCENTRAÇÃO DE HEMOGLOBINA CORPUSCULAR MÉDIA (CHCM) • Concentração da hemoglobina dentro de uma hemácia • Cálculo: HB/100 xHT • Interpretação • 32 a 36 g/dL: Normocromia • <32 g/dL: Hipocromia ( Talassemia, anemia ferropriva) • >36 g/dL: Hipercromia (Esferocitose Hereditária) ERITROGRAMA • RDW (Red Cell Distribution Width): variação do tamanho médio das hemácias • Quando elevado significa muitas hemácias de tamanho diferentes circulando > problema de morfologia • Comum RDW aumentado na carência de Ferro ERITROGRAMA Etiopatogênica Funcionalidade da MO • Hipoproliferativa: deficiência na produção • Hiperproliferativa: excesso de destruição ou perda • Normoproliferativa: produção normal Hipoproliferativa Produção inadequada de eritrócitos • Deficiência de elementos essenciais: Fe, B12, Ac. Fólico • Deficiência de eritroblastos: aplasia medular • Infiltração medular: leucemias, neoplasias invasivas • IRC: por deficiência de Eritopoietina • Outras: Hepatopatias (cirrose), doenças crônicas, endocrinopatias Hipocrômica e Microcítica Anemia Ferropriva ! HCM<27 ! VCM <80 ! CHCM < 23 Avaliação de deficiencia de Ferro RDW, HB, VCM FERRO SÉRICO CAPACIDADE TOTAL DE LIGAÇÃO DO FERRO (CTLF) TRANSFERRINA FERRITINA SÉRICA (FS) PORFIRINAS ERITROCITÁRIAS LIVRES (PEL) FERRO SÉRICO • O balanço do ferro é regulado por alterações na absorção intestinal. • A absorção aumenta na deficiência de ferro e diminui quando existe excesso. • Valores baixos de ferro sérico estão diretamente relacinados à anemia ferropriva. • VR: 50 a 160 μg/dl. CAPACIDADE TOTAL DE LIGAÇÃO DO FERRO (CTLF) • É uma medida da quantidade de ferro total que a transferrina pode unir • O aumento da transferrina plasmática aumenta a CTLF • AUMENTO: –Gravidez, deficiência crônica de Ferro, contraceptivos orais, necrose hepática e hemorragia aguda • DIMINUIÇÃO: –Redução da síntese (infecção, neoplasia), perda urinária (problemas renais) VR: 250 a 400 μg/dl TRANSFERRINA • Proteína transporta o ferro no plasma para os tecidos • Na anemia ferropriva, a transferrina está elevada, mas o percentual de saturação é baixo FERRITINA SÉRICA • Proteína globular localizada principalmente no fígado. • É a mais importante proteína de reserva do ferro, está em todas as células, especialmente nas envolvidas na síntese, metabolismo e na reserva de compostos férricos. • Proteína de fase aguda, se eleva em situação de infecções, inflamações VR: 12 A 300 μg/L 7 a 142 μg/L (6 meses a 15 anos) PORFIRINAS ERITROCITÁRIAS LIVRES (PEL) • O grupo heme é formado por protoporfirina e ferro. • Se não tem Fe, não tem como formar o heme. • A PEL está aumentada na deficiência de ferro. Calixto-Lima et al, 2012 Bloqueio na síntese do DNA FOLATO VIT B12 (cobalamina) DEFICIÊNCIA VCM › 97 fl Distensão sanguínea com macrocitose acentuada Da hematopoese participa Do metabolismo do ácido fólico Da síntese adequada de DNA COBALAMINA Anormalidades hematológicas ANEMIA MACROCÍTICA ANEMIAS MEGALOBLÁSTICAS DNAo2 o2 Hb alterada: HbS Ác. GLUTAMiCO VALINA HEMÁCIAS FALCIFORMES Hb HEMÓLISE o2 o2 Ateração da cadeia β da Hb Quando a hemácia com a Hb S sofre desoxigenação adquire uma forma de “foice” e não volta mais a estrutura bicôncova normal ANEMIAS FALCIFORME Característica: Normocromica, normocítica TiBC: capacidade total de fixação do ferro LEUCOGRAMA LEUCOGRAMA LEUCOGRAMA A contagem diferencial de cada leucócito é emitida em % (ou valor relativo) e em 103/mm3 (ou valor absoluto). O valor absoluto tem melhor expressão diagnóstica em relação ao valor relativo. LEUCOGRAMA • Cada célula é afetada por um tipo específico de substância estimuladora, ocasionando sua diferenciação. interleucinas (IL), Fator estimulador de colônias granulocítico-monocítico (GM-CSF), Fator de necrose tumoral (TNF). LEUCOGRAMA • A primeira análise do leucograma se suporta na verificação da contagem total dos leucócitos: • LEUCOCITOSE ou LEUCOPENIA • Classificacão Leucocitose discreta (ou leve) moderada acentuada • de acordo com os valores do leucograma. LEUCOCITOSE • Leucocitose fisiológica – geralmente de grau leve é comum em gestantes, RN, lactantes, após exercícios físicos e em pessoas com febre; • Leucocitose reativa – estão notadamente relacionadas com o aumento de neutrófilos e se devem às infecções bacterianas, inflamações, necrose tecidual e doenças metabólicas; • Leucocitose patológica – estão relacionadas a doenças mieloproliferativas (leucemias mielóides, policitemia vera, mieloesclerose) e linfoproliferativas (leucemias linfóides e alguns linfomas). LEUCOCITOSE • Constitui na resposta de fase aguda do organismo a muitas doenças • Distinguir os neutrófilos > presença de neutrófilos jovens (bastões, metamielócitos, mielócitos e promielócitos) LEUCOPENIA A leucopenia muitas vezes se deve à diminuição dos neutrófilos e pode ser de causas fisiológica ou induzida por drogas e poluentes, reativa e processos imunológicos NEUTROFILOS Escalonamento NEUTRÓFILOS • São produzidos e armazenados na medula óssea e liberados para o sangue periférico através de mediadores químicos produzidos pelo processo inflamatório. • Adrenalina e os corticosteróides > mobilizam produzem neutrofilia, sem envolver liberação pela medula óssea • Desvio à esquerda (desvio maturativo): • A resposta inicial da medula óssea frente ao processo infeccioso é a liberação da população de neutrófilos de reserva. • Ocorre aceleração do processo de maturação e liberação das células de bastonetes e (ou) de células mais jovens da série granulocítica (metamielócitos, mielócitos, promielócitos e mieloblastos) > o desvio à esquerda NEUTRÓFILOS • Desvio à esquerda: • A presença de mais de 500 bastões/mm3 constitui indicação de infecção. • O desvio à esquerda reacional ao processo infeccioso > é escalonado, isto é, com proporção de células maduras maiores que as células jovens. • O de s v i o à e sque rda n ão e s c a l onado > t r aduz , fisiopatologicamente, a liberação de granulócitos jovens em processo de produção não hierarquizado associado à disfunção da medula óssea. NEUTROPENIA • Neutrófilos < 1.500/mm3 • Associada a infecções virais, antibióticos (cloranfenicol), antiinflamatórios não hormonais, drogas do tratamento da AIDS, quimioterapia oncológica, antitérmicos (dipirona), etc. EOSINÓFILOS • No Brasil, as eosinofilias são causadas por infestações parasitárias (ascaris, estrongilóides e schistosomas, principalmente). • Outras causas de eosinofilias são: alergia, câncer com metástases, doença de Hodgkin, leucemia mielóide crônica, eczema, psoríase, pênfigo e dermatite. HIPEREOSINOFILIA LINFÓCITOS • Os linfócitos são células que respondem de forma específica aos antígenos. • A atuação do linfócito através da produção de anticorpos (linfócitos B) ou por citotoxidade (linfócitos T) somente ocorre após o reconhecimento de um determinado antígeno LINFOCITOSE • Infecções virais (mononucleose infecciosa, citomegalovírus, varicela, hepatites, adenovírus, sarampo, parotidite epidêmica) • Tuberculose, toxoplasmose e brucelose podem apresentar linfocitose absoluta (>5.000/mm3). • As presenças de linfócitos atípicos acompanham freqüentemente as linfocitoses secundárias a processos infecciosos. LINFOCITOPENIA • Na reação de fase aguda > linfocitopenia absoluta (<1.500/mm3) refletindo a mobilização dos linfócitos em nível tecidual para o reconhecimento antigênico. • Na fase de convalescença, a contagem de linfócitos pode se elevar discretamente, retornando aos níveis normais posteriormente. • Ocorre linfocitopenia também em situações de estresse ou uso de corticosteróides. BASÓFILOS • Ocorrem aumentos nos pacientes com leucemia mielógena crônica, colite ulcerativa, artrite reumatóide juvenil, deficiência de ferro, insuficiência renal crônica e após radioterapia. MONÓCITOS • Importante no processo inflamatório em nível tecidual devido a fagocitose, eliminação de microorganismos e, principalmente, como célula apresentadora de antígenos. • Doenças de evolução crônica como a tuberculose, sífilis, endocardite bacteriana subaguda, febre tifóide e por protozoários MONÓCITOS • Monocitose também incluem a leucemia mielomonocítica, leucemia monocítica, doença de Hodgkin, fases de recuperação de episódios de neutropenia ou infecções agudas, doenças auto-imunes (p.ex.: lúpus eritematoso sistêmico, artrite reumatóide, retocolite ulcerativa, etc) e sarcoidose. • Monocitopenia pode ocorrer secundariamente a endotoxemia ou no uso farmacológico de glicocorticóides. PLAQUETOGRAMA • As plaquetas são produzidas na medula óssea • Tempo de vida média entre 9 e 12 dias. • São fundamentais no processo inicial da hemostasia, promove agregação dessas células e a adesividade delas com as células endoteliais próximas às lesões. • Promovem o desencadeamento da coagulação sanguínea > contagem total de plaquetas e a análise da sua morfologia são muito importantes. PLAQUETOPENIA PLAQUETOSE • Número de plaquetas acima de 450 x 103/mm3 é denominado de plaquetose. • Plaquetoses até 700 x 103/mm3 podem ocorrer na hemorragias agudas, inflamações e infecções crônicas, anemias hemolíticas, leucemias. PROTEÍNAS PLASMÁTICAS • Produzidas pelo fígado e excretadas pelos rins. • Elas podem ser utilizadas como marcadores do estado nutricional protéico. • Função de transporte, controle de P. Oncótica, tamponamento de alterações de PH, imunidade humoral, atividade enzimática, coagulação e resposta de fase aguda • Entre elas, a albumina, a transferrina, a transtiretina, a proteína carreadora do retinol, a fibronectina e a somatomedina-C. PROTEÍNAS PLASMÁTICAS PROTEÍNAS TOTAIS (PT) • Rotineiramente é medido as concentrações de PT e albumina • As globulinas são medidas pela diferença PT: ALBUMINA + GLOBULINAS valor normal em adultos: 6,4-8,3g/dL PT não são relevantes para avaliar estado nutricional, devido à pouca sensibilidade das globulinas. PROTEÍNAS TOTAIS (PT) PROTEÍNAS TOTAIS (PT) • A relação albumina: globulina é uma maneira de comparar as duas proteínas. • Conforme uma aumenta, a outra diminui A:G=albumina ÷ (proteína total – albumina). ALBUMINA PLASMÁTICA ■ É uma proteína plasmática sintetizada pelo fígado ■ Utilidade: marcadora de distúrbio do metabolismo ■ Transportadora universal: carreadora de metais, íons (ex.: cálcio), enzimas, metabólitos, hormônios, aminoácidos e ácidos graxos. Além de fármacos pouco solúveis, como a aspirina, a digoxina, os anticoagulantes cumarínicos e osbarbitúricos. ■ Valores normais: 3,5 a 5,5 g/dl ■ Vida-média: 19-21 dias > indicador ruim para fases iniciais da desnutrição ALBUMINA PLASMÁTICA • Em situações de diminuição da albumina sérica (desnutrição ou a síndrome nefrótica) > o que melhor reflete os níveis plasmáticos de cálcio é o ionizado. • para cada variação de 1,0 g/dL da proteína ocorre uma variação inversamente proporcional do cálcio de 0,8 mg/dL • Se o teste disponível é o cálcio total, é necessário corrigir seus níveis de acordo com a albumina plasmática TRANSFERRINA PLASMÁTICA • Sintetizada no fígado • Vida-média em torno de 8 a 10 dias. • Função: absorção e transporte do ferro. Também pode se ligar ao cobre e ao zinco. • Em casos de deficiência de ferro, os níveis da transferrina aumentam • Embora possua vida-média mais curta que a albumina, a transferrina é pouco específica e sensível. TRANSFERRINA PLASMÁTICA TRANSTIRETINA (PRÉ-ALBUMINA) • Sintetizada pelo fígado e excretada pelos rins • Proteína de fase aguda negativa. • Vida-média de 2 a 3 dias. • Atua no transporte de tirosina • É um indicador sensível de deficiência protéica e de resposta à intervenção alimentar. • Afetada por doença hepatobiliar e em condições de deficiência de zinco. PROTEÍNA CARREGADORA DE RETINOL • Sintetizada no fígado e excretada pelos rins. • Vida-média em torno de 10 a 12h. • Transporta retinol > Após ligada ao retinol, ela associa-se, também, à transtiretina > objetivo é proteger o retinol. • Responde tanto à restrição protéica como à calórica. • Não é afetada pela resposta inflamatória aguda, como acontece com a albumina, a transferrina e a transtiretina. • Pode ser um indicador mais confiável do estado nutricional em situações de estresse, como cirurgias e traumas. FIBRONECTINA • Glicoproteína presente na linfa, líquido amniótico, fluido cérebro-espinhal, matriz intersticial e plasma. • Vida-média de 12 a 15 horas. • Única que não é sintetizada exclusivamente no fígado • A síntese acontece nas células endoteliais, macrófagos peritoneais, hepatócitos e fibroblastos. • Alto peso molecular > não escapa do plasma na inflamação aguda > níveis séricos estão menos sujeitos aos efeitos do estresse agudo. FIBRONECTINA • VR: 220-400mg/L. • Diminuído: desnutrição, queimaduras, trauma e sepse, síntese diminuída, alterações no estado de coagulação sanguínea • Não confiável na presença de estresse agudo e de inflamação. SOMATOMEDINA-C • Também, chamada de fator de crescimento 1 semelhante à insulina (IGF-1). • Propriedades anabólicas dependentes do hormônio de crescimento. • Regula a atividade biológica (relacionada à divisão das células) e anabólica (síntese de proteínas e dos precursores do DNA). • Sintetizada no fígado. • Vida- média de 2 a 4 horas SOMATOMEDINA-C • VR: 0,1-0,4mg/L • Não é afetada pelo estresse agudo, resposta inflamatória ou exercício físico. • Difíceis interpretação nas doenças hepáticas, renais e auto-imunes. • Duas grandes limitações do uso da somatomedina-C são o alto custo e a pouca disponibilidade de métodos de análise. DESORDENS METABÓLICAS GLICOSE PLASMÁTICA TESTE DE TOLERÂNCIA ORAL À GLICOSE • Precedido por uma dieta adequada de carboidratos, pelo menos 3 dias • Jejum de 10 horas, máximo 12h • Dose teste de 75g de glicose ou dextrose –1,75 g/kg de peso até um máximo de 75 g de glicose. • Paciente sentado e sem fumar TESTE DE TOLERÂNCIA ORAL À GLICOSE • Amostra em jejum • Dose de gicose • 2ª amostra • 3ª amostra • 4ª amostra • 5ª amostra 30 minutos 30 minutos 30 minutos 30 minutos 02 horas TESTE DE TOLERÂNCIA ORAL À GLICOSE TTGO NORMAL DMNG DMG JEJUM 70-115 ≧140 ≧105 PICO (0,5-1,5h) <200 ≧200 ≧190 2h <140 ≧200 ≧165 3h 70-115 - ≧145 DMNG: diabetes melito não-gestacional DMG: diabetes melito gestacional Valores para amostra de soro, para sangue total os valores são menores GLICOSE URINÁRIA • Serve como teste de triagem para o diabetes mellitus. • A urina pode ser testada para determinar se a capacidade renal foi alcançada. • Quando existe sobrecarga, a glicose não é completamente reabsorvida pelos glomérulos > carga renal máxima é alcançada, o teste da urina será positivo para a glicose (glicosúria). • A glicose na urina nem sempre é um indicador de problema clínico > glicosúria pode ocorrer após uma refeição rica em carboidrato ou após a infusão endovenosa de glicose. HEMOGLOBINA GLICADA (HBA1C) Critério de diagnóstico para o DM. Avalia o grau de exposição à glicemia durante o tempo e os valores se mantêm estáveis após a coleta. Diabetes: HbA1c ≥ 6,5% Alto risco para diabetes: HbA1c entre 5,7 e 6,4%. HEMOGLOBINA GLICADA (HBA1C) FRUTOSAMINAS • Frutosamina é o nome genérico dado a todas as proteínas glicadas. • É o produto da ligação entre a glicose e o radical amino das proteínas > Esta sofre um rearranjo molecular e transforma-se em uma cetoamina estável (frutosamina). • Assim como a hemoglobina glicada, a formação da frutosamina depende da glicemia. • Vida-média da frutosamina varia de uma a três semanas > vantagem pois reflete o controle glicêmico antes da hemoglobina glicada. FRUTOSAMINAS • Custo mais baixo que o da hemoglobina glicada. • Não sofre interferências de medicamentos (com exceção do ácido ascórbico), da alimentação e da glicemia do momento. • VR: 1,5-2,7mmol/L. • No diabetes > 2,0- 5,0mmol/L. • controle satisfatório: ≤3,2mmol/L, • controle moderado: de 3,2 a 3,7mmol/L • controle ruim: >3,7mmol/L INSULINA PLASMÁTICA INSULINA PLASMÁTICA meia-vida curta (4 minutos), não reflete capacidade real HOMA-IR (homeostasis model assessment - insulin resistance) • Medem a insulinemia em relação à glicemia, • São mais precisos que a insulinemia isoladamente • Prediz o nível de resistência à insulina (> 2,71): Insulina jejum x Glicemia jejum (mmol/dL) 22,5 DISLIPIDEMIA DISLIPIDEMIA COLESTEROL TOTAL ■ É um marcador válido para avaliar risco cardiovascular e estado nutricional. ■ Diminuído: desnutrição energética, má-absorção lipídica, doença hepática grave, câncer (CT < 160 mg/dL) ■ Aumentado: hiperlipidemia, obesidade, aumento da ingestão energética e lipídica. LDL-c ■ Aumentado: aterosclerose ■ Diminuído: má-absorção de gorduras, infecção. HDL-c ■ Aumentado: exercícios vigorosos, terapia com insulina. ■ Diminuído: jejum prolongado, obesidade, diabetes. TRIGLICERÍDEO ■ Aumentado: hiperlipidemia, pancreatite, diabetes, ingestão alta de açúcar. ■ Diminuído: desnutrição, má-absorção de gorduras. INDICADORES RENAIS CREATININA Creatinina Sérica Valores de referência: • Até 6 anos: 0,3 -0,7 mg/ dl • 7-12 anos: 0,5 -1 mg/dl • Acima de 12 anos: 0,7 -1,3 mg/dl (H) 0,6-1,1 mg/dl (M) Creatinina Urinária Valores de referência: • Crianças entre 2 e 3 anos: 6 a 22g/kg/24h • Acima de 3 anos: 12 a 3 mg/kg/24h • A d u l t o s ( h o m e n s e mulheres): 15 a 20mg/ kg/24h CREATININA Efeito na creatinina sérica Mecanismo Doença renal Aumentada Diminuição da taxa de filtração glomerular Reduzida massa muscular Diminuída Reduzida formação de creatinina (desnutrição) Ingestão de carne Aumentada Aumento transitório por aumento da síntese Medicações (cimetidina) Aumentada Inibição da excreção renal. CREATININA MDRD= Modification of Diet in Renal Disease DEPURAÇÃO DE CREATININA: RFG: Creatinina urinária x volume urinário por minuto Creatinina sérica (mg/dl) CREATININACrianças: 70 a 140ml/min/1,73m2 Homens: 85 a 125 ml/min/1,73m2 Mulheres: 75 a 115 ml/min/1,73m2 UREIA SÉRICA Valores de referência: 10-40mg/dl ■Menos sensível como prova de função renal do que a creatinina ■ Reflete quebra protéica endógena (catabolismo). ■ Reflete quebra protéica exógena - monitorização da ingestão protéica do paciente UREIA SÉRICA AUMENTADA Doença renal; Hemorragia gastrointestinal; Medicações; Desidratação; Ingestão protéica elevada; Situações agudas (Sepse, Queimaduras e Trauma) DIMINUÍDA Desnutrição; Ingestão protéica baixa; Hiper-hidratação; Gestação. PROTEINÚRIA - Valores de referência: Até 150mg/dia - Dosagem importante p/ diagnóstico e seguimento de pctes c/ doença glomerular; MICROALBUMINÚRIA • A microalbuminúria (pequenas quantidades de albumina na urina) é um marcador de nefropatia diabética - Valores de referência microalbuminúria: 30-300mg/dia -Macroalbuminúria: > 300mg/dia * Teste mandatório para pctes diabéticos – Correlação c/ nefropatia diabética. ÁCIDO ÚRICO ÁCIDO ÚRICO - Valores de referência: 3,5 a 7,2mg/dl (H) 2,6 a 7,5mg/dl (M) Urina: 800mg/24h (H) Até 750mg/24h (M) - Produto do metabolismo das purinas (proteínas); - Normalmente 1/3 é degradado e excretado pelo intestino e 2/3 pelo rim; ■Aumentada: na insuficiência renal, gota, dieta hiperprotéica (carne vermelha), consumo de álcool. ■Diminuída: pós-operatório, doença celíaca. INDICADORES HEPATICOS E BILIARES TIPOS DE EXAMES • Testes que detectam injúria hepatocitária: aminotransferases (AST e ALT). • Testes para avaliação do fluxo biliar e lesão de vias biliares: fosfatase alcalina (FA), gama-glutamil transpeptidase (gama-GT). • Testes que avaliam a capacidade de síntese hepática: TP/INR e albumina sérica. • Testes que avaliam o transporte de ânions orgânicos e o metabolismo de drogas: bilirrubina total e frações, dosagem de amônia e dos sais biliares. TRANSAMINASES • Enzimas que catalisam a transferência de um grupo alfa-amino de um aminoácido para um alfa-cetoácido, com a formação de novos alfa-amino e alfa-cetoácido. • Maior importância clínica: • alanina aminotransferase (ALT) ou transaminase glutâmico- pirúvica (TGP) • aspartato aminotransferase (AST) ou transaminase glutâmico- oxalacética (TGO). • Nenhuma delas é específica do fígado. AST/TGO • Catalisa a conversão de aspartato em oxaloacetato. L-aspartato + a-cetoglutarato oxaloacetato + L-glutamato ■ É uma enzima bilocular (citoplasma + mitocôndria) > elevação indica um comprometimento celular mais profundo. ■ É encontrada em diversos órgãos e tecidos, incluindo fígado, coração (miocárdio), músculo esquelético, pâncreas, rins e eritrócitos. Valor de referência: até 31 U/L (mulheres) e até 37 U/L (homens). Aumentada Doenças hepáticas Doenças musculoesqueléticas . Infarto agudo do miocárdio (especialmente útil em pacientes testados >48 horas após aparecimento de sintomas) Pancreatite aguda Injúria intestinal (cirurgia, infarto) Infarto pulmonar (aumento +/- leve) Infarto cerebral (aumento em 50% dos pacientes na semana subseqüente) Anemia hemolítica Queimaduras Drogas (heparinoterapia, salicilatos, opiáceos, tetraciclina, torazina, isoniazida) AST/TGO Diminuida Diálise renal crônica Normal Insuficiência coronariana Angina pectoris Pericardite ICC sem dano hepático OBS: IAM - geralmente aumentada TGO: Importante aliada no diagnóstico diferencial IAM x isquemia do miocárdio. AST/TGO ALT/TGP • Catalisa a conversão de alanina em ácido pirúvico. • Maiores concentrações: fígado, rim e em pequenas quantidades no coração e na musculatura esquelética. • É uma enzima unilocular citoplasmática • Tem mais especificidade com relação a lesão hepática > eleva rapidamente após a lesão hepática, tornando-se um marcador sensível da função do fígado. VR: até 31 (mulheres) e até 41 (homens). Aumentada Obesidade (1 a 3x; AST não aumenta) Pré-eclâmpsia grave (ambas) Leucemia linfoblástica aguda rapidamente progressiva (ambas) Diminuida Infecção do trato GU Malignidades ALT/TGP •Nas doenças hepáticas, os níveis de AST e ALT estão ↑ ao mesmo tempo, porém, quando: ALT > AST: lesões mais leves, pois a ALT é unilocular. - hepatite viral, icterícia. AST > ALT: lesões mais graves por comprometimento das organelas. - cirrose, hepatite alcoólica, Ca metastático FOSFATASE ALCALINA • Compreende uma família de enzimas responsável pelo transporte de metabólitos pelas membranas celulares. • Encontra-se na superfície externa da membrana dos canalículos biliares. FOSFATASE ALCALINA • Presente também em ossos, intestino, rins, placenta e leucócitos. • Pode se elevar em patologias extra-hepáticas > é um indicador mais sensível de doença óssea. • importante a dosagem concomitante de gama-GT, pois a elevação de ambas sugere origem hepatobiliar, • VR: 35-104 U/L (mulheres) e 40-129 U/L (homens). GAMA GLUTAMIL TRANSFERASE (GGT) • Enzima encontrada no fígado, pâncreas e intestino. • Encontra-se elevada em 90% dos pacientes com doença hepatobiliar (elevada sensibilidade). • Útil na diferenciação entre doença óssea e hepática. • VR: 8-41 (mulheres) e 12-73 (homens). LACTATO DESIDROGENASE (LDH) • Todas as células possuem LDH, sendo rica no miocárdio, rim, fígado e músculo. • Lactato é o produto final da g l i c ó l i s e e m c o n d i ç õ e s anaeróbias. • Indicar a existência de uma severidade aguda ou danos teciduais crônicos LACTATO DESIDROGENASE (LDH) AUMENTADO Infarto do miocárdio Anemia hemolítica, Anemia perniciosa Hipotensão Isquemia intestinal (deficiência sangüínea) e infarto (morte tissular) Doença hepática (por exemplo a hepatite) Lesão muscular Medicamentos (anestésicos, aspirina, narcóticos) VR: entre 240 a 480 U/L Níveis ↑↑↑: anemia megaloblástica, choque grave e hipóxia. Níveis ↑↑ : infarto do miocárdio, infarto pulmonar, anemia hemolítica, síndrome nefrótica, leucemia e mononucleose. Níveis ↑: hepatites, icterícias obstrutivas e cirrose. • No infarto do miocárdio, os níveis permanecem elevados por mais tempo (10 a 20 dias). LACTATO DESIDROGENASE (LDH) BILIRRUBINA ■ É o pr inc ipa l produto do catabolismo da hemoglobina ■ A bilirrubina recém-produzida é insolúvel no plasma, necessita se ligar à albumina para chegar aos hepatócitos > essa bilirrubina não pode ser dosada diretamente no plasma, sendo chamada de indireta. ■ No fígado, a bilirrubina passa por um processo de metabolização p a r a f i c a r h i d r o s s o l ú v e l (bilirrubina direta). Não-conjugada / indireta Conjugada / direta Lipofílica Hidrofílica Circula no plasma ligada à albumina (ligação reversível e não-covalente) Resulta da glicurono-conjugação da bilirrubina não-conjugada Passa a Barreira Hemato- Encefálica Não é captada pelo rim Não passa a BHE Captada pelo rim (encontrada na urina em situações patológicas) Captação: deficiência na captação provocam aumento da fração indireta, já que essa ainda não foi conjugada. BILIRRUBINA ■ Valor normal: Bilirrub. Total 0,2 a 1,0mg/dl Bilirrub.Direta 0 a 0,2mg/dl Bilirrub.Indireta 0,2 a 0,8mg/dl ■ Aumenta no dano hepatocelular. –Aumento da bilirrubina direta – indica obstrução biliar. –Aumento da bilirrubina total e (BD normal) – dano hepático ou anemia hemolítica. ■ Hiperbilirrubina desencadeia icterícia– Bilirrubina plasmática > 3,0 mg/dL – Sinal patologias hepáticas e biliares. INDICADORES PANCREÁTICOS AMILASE •Predominantemente de origem glandular pancreática ou salivar. •Seus níveis estão aumentados na pancreatite, sendo que na pancreatite aguda os níveis podem atingir 3 vezes os valores e retornar o normal dentro de 3 a 5 dias. •Níveis elevados por mais de 10 dias indicam complicações, como abcessos pancreáticos. •VR: 50- 160 U/mL LIPASE • Enzima produzida predominantemente no pâncreas. • Tem a função de hidrolisar os triglicerídios a monoglicerídios nas micelas. • Está elevada em distúrbios pancreáticos, principalmente pancreatite aguda. • A lipase eleva mais tardiamente e persiste elevada por mais tempo que a amilase. VR: até 60 U/L MARCADORES INFLAMATÓRIOS CELULAS ENVOLVIDOS NA RESPOSTA INFLAMATÓRIA CÉLULAS SANGUÍNEAS: ✓LINFÓCITOS, ✓NEUTRÓFILOS, ✓EOSINÓFILOS, ✓BASÓFILOS, ✓PLAQUETAS. CÉLULAS TECIDUAIS: ✓MASTÓCITOS, ✓MACRÓFAGOS MARCADORES HEMATOLÓGICOS • Diagnóstico de infecções e inflamações AGUDAS E CRÔNICAS; • Deverá associar aos dados clínicos. LEUCOGRAMA LEUCOCITE: ✓ Infecção ou inflamação; LEUCOPENIA: ✓ Infecções virais ou reações tóxicas; ✓ Quimio e Radio; MARCADOR BIOQUIMICO • Sintetizada pelo fígado; • Proteina de fase aguda; • Marcador sensível de processo inflamatório. PCR ELEVAÇÃO: ✓ Complicações pós- operatórias; ✓ Infecções bacterianas e virais; ✓ Doenças inflamatórias; ✓ IAM; ✓ Neoplasias; ✓ Dislipidemias; ✓ IMC > 25kg/m2 VR: <0,8mg/dL BALANÇO ÁCIDO BASICO ÍONS HIDROGÊNIO •↑ Produção no organismo •↓ Tolerância nos fluídos orgânicos Maquinário no organismo: •Neutralizar •Suprimir •Eliminar o excedente PROVOCAÇÃO METABÓLICA íons hidrogênio (H+) Substância químicas, ação dos sistemas pulmonar e renal RELEMBRANDO… O QUE É pH? Parâmetro químico que indica a concentração de íons de hidrogênio em uma solução aquosa. H2O ↔ [H+] + [OH-] Ácidos • Substâncias capazes de doar H+. Ácido forte versus ácido fraco, depende: • Intensidade de dissociação nas soluções • Concentração dos íons de hidrogênio Bases • Substâncias capazes de receber H+. RELEMBRANDO… MECANISMOS DE EQUILIBRIO ÁCIDO BÁSICO Equilíbrio mantido por mecanismos que geram, tamponam e eliminam ácidos e bases VALOR DE REFERÊNCIA Parâmetro Faixa Normal pH 7,35 – 7,45 pCO2 (mmHg) 35-45 HCO3- (mEq/l) 22-25 • Pressão parcial de dióxido de carbono (pCO2) • Bicarbonato (HCO3-) EQUILÍBRIO ÁCIDO BÁSICO EM SISTEMAS BIOLÓGICOS Alguns mecanismos básicos protegem o pH dos líquidos orgânicos das alterações do metabolismo celular: ● Sistemas de tampões químicos; ● Controle respiratório da pCO2 e ● Controle renal. TAMPÕES QUÍMICOS O QUE É TAMPÃO? • Caracteriza qualquer s u b s t â n c i a q u í m i c a p r e s e n t e e m u m a determinada solução reduzindo a alteração d o p H g e ra d a p e l a adição de ácido ou de base. Principais tampões do organismo • No interior das células • Á c i d o c a r b ô n i c o / bicarbonato, Fosfatos, Proteínas • No interior dos eritrócitos • Hemoglobina • Extracelulares • Bicarbonato, Proteínas, A m i n o á c i d o s , Hemoglobina, Fosfatos CONTROLE RESPIRATÓRIO DA PCO2 ● Este é um processo rápido e limitado. ● Hiperventilação alveolar X hipoventilação alveolar; Hiperventilação libera CO2 Hipoventilação retém CO2 CONTROLE RENAL ● O controle homeostático renal é lento (24 a 48h) porém eficiente. ● Excretam urina ácida ou básica. ● Envolve dois mecanismos: Reabsorção de bicarbonato e excreção de H+ . ACIDEMIA Células tubulares ↑ EXCREÇÃO DE H + ↓ EXCREÇÃO DE BICARBONATO CONTROLE RENAL ALCALEMIA BIC bicarbonato extracelular Células tubulares ↓ EXCREÇÃO DE H + ↑ EXCREÇÃO DE BICARBONATO CONTROLE RENAL DISTURBIOS DO EQUILIBRIO ÁCIDO-BASICO ✓Alterações da pCO2 ou do HCO3- plasmático → Anormalidades do equilíbrio ácido-básico ✓ Alteração da pCO2 → Distúrbio Respiratório ✓ Alterações no HCO3- → Distúrbio Metabólico Cada processo, respiratório ou metabólico, induz mecanismos fisiológicos para tentar compensar o desequilíbrio DISTURBIOS DO EQUILIBRIO ÁCIDO-BASICO ● Quando o distúrbio é iniciado por alteração respiratória, será compensado pela metabólica. ● Quando as alterações iniciais são metabólicas, será compensado pela respiratória. DISTURBIOS DO EQUILIBRIO ÁCIDO-BASICO ● ACIDOSE RESPIRATÓRIA ● ALCALOSE RESPIRATÓRIA ● ACIDOSE METABÓLICA ● ALCALOSE METABÓLICA DISTURBIOS RESPIRATÓRIOS ACIDOSE RESPIRATÓRIA ● Consiste na retenção de CO2 quando a produção de CO2 excede a capacidade de remoção pelos pulmões. Etiologia: ● Doença pulmonar obstrutiva crônica, asma, fibrose cística, embolia pulmonar → fatores que resultam em uma hipoventilação alveolar. DISTURBIOS RESPIRATÓRIOS Nomenclatura pH PCO2 HCO3- Descompensada ↓ ↑ Normal Parcial compensada ↓ ↑ ↑ Total compensada Normal ↑ ↑ ACIDOSE RESPIRATÓRIA DISTURBIOS RESPIRATÓRIOS ACIDOSE RESPIRATÓRIA SINAIS E SINTOMAS: ● Dispnéia, tosse produtiva, cianose ● Fraqueza, cefaléia, arritmia cardíaca TRATAMENTO: AGUDA: ● Administração de oxigênio ● Ventilação mecânica CRÔNICA: ● Correção da causa agravante ● Ventilação mecânica (em último caso) DISTURBIOS RESPIRATÓRIOS ALCALOSE RESPIRATÓRIA ● Ocorre quando há uma redução de CO2 com diminuição da PCO2 sendo resultado da hiperventilação alveolar. Etiologia: AGUDA: ● Ansiedade, dor, AVC, insuficiência hepática ● Edema pulmonar, pneumonia, hipóxia CRÔNICA: ● Altitude elevada, doença hepática crônica, DPOC, tumores DISTURBIOS RESPIRATÓRIOS ALCALOSE RESPIRATÓRIA Nomenclatura pH PCO2 HCO3- Descompensada ↑ ↓ Normal Parcial compensada ↑ ↓ ↓ Total compensada Normal ↓ ↓ DISTURBIOS RESPIRATÓRIOS ALCALOSE RESPIRATÓRIA SINAIS E SINTOMAS: ● Dispnéia, sudorese, formigamento ● Fraqueza, coma, arritimias cardíacas TRATAMENTO: ● Normalização da ventilação ● Remoção da causa ● Ventilação mecânica DISTURBIOS METABÓLICOS ACIDOSE METABOLICA ● É uma situação clínica que ocorre quando há um acúmulo de ácidos ou uma redução de base no espaço extracelular. DISTURBIOS METABÓLICOS ACIDOSE METABOLICA - Insuficiência renal aguda ou crônica: Redução do número de néfrons; - Acidose láctica: aumento da produção de ácido láctico. - Cetoacidose: diabético, alcóolica → ocorre uma elevação de cetoácidos. Acidose metabólica hiperclorêmica: - Administração de ácidos: hiperalimentação parenteral com sais de cloro e álcalis insuficiente, administração de HCl; - Perda de bicarbonato: diarréia, drenagem biliar e pancreática e fístulas - Dificuldade de excreção renal de ácido: acidose tubular renal, perfusão renal diminuída. Acidose metabólica normoclorêmica (normal retenção de cloro): DISTURBIOS METABÓLICOS ACIDOSE METABOLICA Nomenclatura pH PCO2 HCO3- Descompensada ↓ Normal ↓ Parcial compensada ↓ ↓ ↓ Total compensada Normal ↓ ↓ DISTURBIOS METABÓLICOS ACIDOSE METABOLICA SINAIS E SINTOMAS: ● Fraqueza, cefaléia ● Taquipnéia ● Hipotensão, edema ● Náuseas, vômitos, dor abdominal ● Contratilidade miocárdica TRATAMENTO: ● Tratar a causa básica ● Corrigir eletrólitos ● Normalizar a perfusão tecidual ● Administração de substância alcalina DISTURBIOS METABÓLICOS ALCALOSE METABOLICA ● Refere-se à situação clínica em que há um aumento da concentração plasmática de bicarbonato,acompanhado de pH alcalino. DISTURBIOS METABÓLICOS ALCALOSE METABOLICA RETENÇÃO DE BICARBONATO - Transfusão sanguínea maciça -Altas doses de bicarbonato de sódio ou seus precursores (lactato, citrato ou acetato → numa proporção maior que a produção de ácido. PERDA DE HIDROGÊNIO - Gastrointestinal: vômitos, drenagem gástrica, alguns estados de diarréia - Renal: diuréticos - Hipocalemia (movimento intracelular de hidrogênio) DISTURBIOS METABÓLICOS ALCALOSE METABOLICA Nomenclatura pH PCO2 HCO3- Descompensada ↑ Normal ↑ Parcial compensada ↑ ↑ ↑ Total compensada Normal ↑ ↑ DISTURBIOS METABÓLICOS DISTÚRBIOS ACIDOSE RESPIRATÓRIA ALCALOSE RESPIRATÓRIA ACIDOSE METABÓLICA ALCALOSE METABÓLICA CAUSA HIPOVENTILAÇÃ O HIPERVENTILAÇÃ O AUMENTO DE ÁCIDO DIMINUIÇÃO DE BASE AUMENTO DE BICARBONATO PRINCIPAIS ALTERAÇÕES pH ÁCIDO pCO2 > 45 pH ALCALINO pCO2 < 35 pH ÁCIDO HCO3 < 22 pH ALCALINO HCO3 > 25 COMPENSAÇÃ O EXCREÇÃO DE H+ ABSORÇÃO DE BIC PRODUÇÃO DE H + DIMINUI ABSORÇÃO DE BIC HIPERVENTILAÇÃ O HIPOVENTILAÇÃ O QR = Vol’CO2 Vol’O2 PROTEÍNAS = 0,8 LIPÍDEOS = 0,7 GLICÍDEOS = 1,0 ALIMENTAÇÃO EQUILIBRADA = 0,8 HIPERALIMENTAÇÃO >1,0 FERRO et al, 2001 CASOS CLÍNICOS 1. Paciente com quadro de edema, queda do estado geral e vômitos incoercíveis por mais de 7 dias. A gasometria arterial revelou: pH = 7.52 PCO2 = 36 mmHg [ HCO3] = 28 ALCALOSE METABÓLICA 2. Paciente idoso com diagnóstico de DPOC evoluiu com piora do quadro respiratório/ insuficiência respiratória, sendo então entubado e colocado um respirador. A gasometria arterial revelou: pH = 7.16 PCO2 = 48 mmHg [ HCO3] = 24.6 ACIDOSE RESPIRATÓRIA CASOS CLÍNICOS 3. Paciente submetido a cirurgia de gatrectomia total, evoluiu com infecção pós- operatória sendo alimentado através da nutrição parenteral total. A gasometria arterial revelou: pH = 7.27 PCO2 = 37.1 mmHg [ HCO3] = 17.6 ACIDOSE METABÓLICA No dia seguinte cursou com gasometria: pH = 7.32 PCO2 = 29.7 mmHg [ HCO3] = 15.6 ACIDOSE METABÓLICA PARCIALMENTE COMPENSADA REFERENCIAS • Martins, Cristina. Avaliação Laboratorial do Estado Nutricional. 2008. • Martins, Cristina. Avaliação Laboratorial do Estado Nutricional, 2008. • Duarte, Antonio Claudio Goulart. Avaliação Nutricional - Aspectos Clínicos e Laboratoriais - Editora Atheneu. 2007 • Nelzir Trindade Reis, Larissa Calixto-lima. Interpretação de Exames Laboratoriais Aplicados à Nutrição Clínica - Editora Rubio, 2008
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