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Licenciatura Educação e Diversidade Forum av1 e av2 2017 unopar

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Licenciatura Educação e Diversidade
Forum Sexualidade, gênero e práticas na educação
Trata-se de uma questão complexa, porque exige uma mudança cultural.  Assim como em qualquer outra área da educação, vale o exemplo. O nó desse debate é que ela alterna duas missões conflitantes: questionar e conservar valores sociais. Nesse mundo de ambiguidades sobre o masculino e o feminino, a escola seria o lugar para mostrar que nós mesmos determinamos como homens e mulheres devem ser. E brigar por isso é missão para cada um de nós. · Fique sempre atento ao comportamento da criança, evitando que ele cometa atitudes preconceituosas; para os meninos, incentive a realização de tarefas simples como lavar louça, arrumar a cama e outros serviços domésticos; no caso das meninas, estimule a participação de atividades como jogar futebol ou outras tarefas ditas “masculinas”;· em brincadeiras, incentive a realização de tarefas coletivas, que envolvam tanto os meninos como as meninas. A mudança é cultural e começa em cada um de nós, seja na família, como pais ou na escola como agente educadores.
Av1
1)A escola deve punir a ignorância com as provas, os exames, as avaliações, as correções, as repetições, as cópias dos modelos... alunos e professores devem permanecer em silêncio, cumprir as ordens, sentarem-se assim ou de outra forma, conforme a determinação “da mais moderna pedagogia”. Devem escrever mais neste material do que em outro, também conforme as mais atuais determinações de algumas autoridades que ninguém sabe muito bem quem são... Sentar-se perto dos amigos, nem pensar.... Vai sair conversa vão formar grupinhos, e conversa e grupinhos não são coisas boas para a escola, para os presídios, para os hospícios. O corpo deve ser dócil e obediente... silente. 
Na escola disciplinadora a disposição das carteiras, o silêncio, as matérias homogeneizantes, a avaliação, indica quem detém o poder. Essa homogeneidade circular é imposta como modelo para escola pela política da educação. Assinale a alternativa que indique qual é a consequência desse tipo de educação em relação a diversidade na escola. 
 
Alternativas: 
a)Uma escola disciplinadora ensina os alunos a se comportarem de maneira correta. 
b)A diversidade deve ser aceita mas as normas disciplinadoras deve ser aplicadas. 
c)Uma escola elaborada nesse contexto leva a exclusão das diferenças. 
d)Uma escola deve se importar com a diversidade mas não toma-la como norma. 
e)Disciplinar é uma obrigação da escola por isso os corpos devem ser dóceis. 
2)Os temas relativos à diversidade nas pesquisas educacionais estão principalmente relacionas às diferenças étnicas, de gênero, físicas e mentais e as diferenças entre as gerações. Os temas relacionados às diferenças étnicas são aqueles que se referem as questões indígenas e afro-brasileiras. Quando pensamos nos grupos indígenas, a exclusão vem à tona devido as diferenças culturais além das questões sobre os direitos humanos, segundo a Declaração dos Direitos Humanos “todos têm direito à educação”. O aprendizado da “língua” dos brancos pode ser visto como o domínio sobre estas populações e, também, conhecer o lugar que ocupam em relação aos outros. Por outro lado, há a necessidade do aprendizado do português até mesmo para não se deixarem ser manipulados pelos brancos. Essa é uma questão que envolve a escola num processo de “negociação cultural”. 
Sabendo da necessidade de uma “negociação cultural” na escolarização indígena, assinale a alternativa que corresponde à como se processa essa questão na escola.
Alternativas: 
a)A problemática a ser enfrentada é de como articular o universal colonialista com o particular dado pela diversidade étnica. 
b)A problemática que a escola enfrenta é a dificuldade de ensino das “línguas” indígenas. 
c)Não deveriam levar em conta o ensino de “línguas” indígenas porque no Brasil se fala português. 
d)Indígenas tem sua cultura por isso eles deveriam aprender somente as línguas que falam.
e)A escola tem dificuldades de aliar as ”línguas” indígenas com o português, pois são muito diferentes. 
3)Na ditadura militar: “Os índios, como a maioria da população, compunham o grupo de excluídos da distribuição de renda do país; porém, mais que isso, foram atingidos diretamente pelos grandes projetos de integração nacional postas em execução pelo governo na época, como a transamazônica, por exemplo, que foi inaugurada “em meio a críticas pela devastação do ambiente e pela invasão de terras indígenas”. A ocupação permanente de territórios indígenas gerou um quadro de mobilizações que começou a ganhar expressividade no país, principalmente nos setores urbanos mais desenvolvidos, contando apoio de diversos setores da sociedade”. 
Assinale a afirmativa que indica qual foi a reação dos indígenas perante esses acontecimentos.
Alternativas: 
a)Os índios achavam que a transamazônica era um empreendimento que iria trazer prosperidade para a região e que isso seria de grande valia para suas populações. 
b)Os indígenas, confiantes que eram nos órgãos indigenistas, permaneceram à espera de resoluções que eram baseadas em suas reclamações. 
c)Os índios, que nunca confiaram nas políticas indigenistas, passaram tomar a frente de suas reivindicações e exigir que, respeitando suas diferenças, fossem tratados como qualquer cidadão brasileiro. 
d)Pensando nas populações que imigrariam para a região amazônica com a estrada Transamazônica, os índios se retiraram para dentro da floresta. 
e)Os índios atacaram as bases da construção da estrada e mataram todos os envolvidos naquele empreendimento, causando grande comoção nacional.
A numeração está errada
5) O termo exclusão nem sempre é muito preciso, gerando uma série de discussões no campo acadêmico que perduram até hoje. Uma das questões levantadas sobre o conceito de “exclusão social” é que, a princípio, o “excluído” era considerado fora da sociedade. Entretanto, estudos mais atuais entende a exclusão como uma tendência do sujeito a estar à margem da sociedade, mas percebendo que ele não está fora do sistema social.
Conforme o entendimento sobre o conceito de exclusão assinale a alternativa que mostra qual é a sua significação:
Alternativas:
a)um fenômeno social contemporâneo.
b) o mesmo que desigualdade.
c)o mesmo que pobreza.
d)a negação da cidadania.
e)caracterizada como uma condição de permanência.
A numeração está errada
7) O movimento negro americano foi um importante estímulo aos outros movimentos de minorias sociais. Tendo em mente a severidade das relações raciais nos Estados Unidos, nos anos 50 e 60 do século XX, podemos perceber a extraordinária conquista que os movimentos negros conseguiram naquela época. “A segregação foi superada, o sufrágio definitivo foi estendido ao povo negro através do Ato dos Direitos de Voto de 1965, e o governo federal instituiu programas de “igualdade de oportunidades” e “ação afirmativa” para combater o racismo”. 
O movimento Negro no Brasil teve grandes diferenças do movimento negro norte-americano. Marque a alternativa que expõe uma das posições que, a princípio, se colocava como determinante das relações raciais no Brasil.
Alternativas:
a) O Movimento negro no Brasil foi diferente do movimento nos Estados Unidos, porque no Brasil não havia racismo, mas sim miscigenação.
b) A partir da crença no mito da democracia racial, as diferenças raciais no Brasil não eram levadas em conta nas relações sociais. Assim, a princípio, o olhar sobre o racismo se tornou irrelevante.
c) Por ser o povo brasileiro um povo miscigenado as relações raciais se realizaram sem grandes problemas pois não havia necessidade de movimentos da parte dos negros.
d) Os negros acomodados com o patriarcalismo das relações sociais brasileiras, não se incomodaram com as diferenças raciais uma vez que acreditavam na união entre brancos e negros.
e) A diferença entre os movimentos negros norte-americanos e os brasileiros estão nas reivindicações dos negros, que são diferentes em cada um dos lugares.
AV21)
"O gênero é uma das referências recorrentes pelas quais o poder político tem sido concebido, legitimado e criticado. Ele não apenas faz referência ao significado da oposição homem/mulher; ele também o estabelece. Para proteger o poder político, a referência deve parecer certa e fixa, fora de toda construção humana, parte da ordem natural ou divina. Desta maneira, a oposição binária e o processo social das relações de gênero tornam-se parte do próprio significado de poder; por em questão ou alterar qualquer de seus aspectos ameaça o sistema inteiro" (SCOTT, 1995, p. 92). 
(SCOTT, Joan. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Educação & Realidade, Porto Alegre, v. 20, n. 2, p. 71-99, 1995) 
Sobre a relação de gênero e poder político proposto pela historiadora feminista Joan Scott, considere V para Verdadeiro e F para Falsa, nas assertivas abaixo: 
(   ) nessa relação, por exemplo, pode se pensar na Revolução Francesa, onde as sans culottes eram vistas como "megeras do inferno", vis e desnaturalizadas em oposição a "feminilidade" de Maria Antonieta, que escapa à multidão, procurou refúgio na servidão a um rei, seu marido e cuja beleza inspirou o orgulho nacional, desenhando qual o papel apropriado ao dito feminino na política. 
(   ) Louis de Bonald em 1816, quando da discussão sobre o divórcio  na legislação da Revolução Francesa, ponderou que a democracia permite ao povo enquanto parte fraca da sociedade se voltar contra o poder; enquanto o divórcio, permitira às esposas, como parte fraca, rebelar-se contra a autoridade do marido, por isso da mesma forma que se mantinha o Estado longe do povo, deveria se manter a família fora do poder das esposas. 
(   ) ainda há que se estudar a conexão entre os regimes autoritários e o controle das mulheres, como durante a tomada hegemônica dos jacobinos na Revolução Francesa, ou quando Stalin se apoderou do controle da autoridade na ex. URSS e mesmo na implementação da política nazista a Alemanha ou no triunfo do Ayatolá Komehini no Irã, onde todos utilizaram a autoridade e o poder como dominante masculinos, tratando no feminino os inimigos, forasteiros e subversivos, traduzindo em leis e códigos que proibiram as mulheres de participar da vida política, abortar, códigos de vestuários e tantas outras ações de controle.(Adaptado de Scott (1995))
 Assinale a alternativa que elenca corretamente a sequência entre verdadeiro e falso:
Alternativas:
a) V - V - F.
b) F - F- V.
c) V - V - V.
d) V - F - V.
e) V - F - F.
2)Analise as asserções a seguir e suas relações:
 
"Os usos da diversidade cultural, de seu estudo, sua descrição, sua análise e sua compreensão, têm menos o sentido de nos separarmos dos outros e separarmos os outros de nós, a fim de defender  a integridade grupal e manter a lealdade do grupo, do que o sentido de definir o campo que a razão precisa atravessar, para que suas modestas recompensas sejam alcançadas e se concretizem. O terreno é irregular, cheio de falhas súbitas e passagens perigosas, onde os acidentes podem acontecer e de fato acontecem, e atravessá-lo ou tentar atravessá-lo contribui pouco ou nada para transformá-lo numa planície nivelada, segura e homogênea, apenas tornando visíveis suas fendas e contornos" ( GEERTZ, 2001, p. 81) 
Porque"[...] a noção de diversidade das culturas humanas não deve ser concebida de uma maneira estática. Esta diversidade não é a mesma que é dada por um corte de amostras inerte ou por um catálogo dissecado" (LEVI-STRAUSS, 1975, p. 17). 
(GEERTZ, Clifford. Nova luz sobre a antropologia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001 e LEVI-STRAUSS, Claude. Raça e história. Lisboa: Presença, 1975) 
Pensando esse conceito de diversidade na escola, é correto afirmar sobre as asserções que:
Alternativas:
a) as duas são verdadeiras, e a segunda é uma justificativa correta da primeira.
b) as duas são verdadeiras, mas não estabelecem relação entre si.
c) a primeira é uma afirmativa falsa; e a segunda, verdadeira.
d) a primeira é uma afirmativa verdadeira; e a segunda, falsa.
e) as duas são falsas, e a segunda não complementaria a primeira.
3)O sentido de diversidade ou diferença dentro das políticas públicas governamentais sobre a Educação ganharam forte impulso, principalmente a partir de 1997, com a publicação dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), o qual indicava essa discussão como tema transversal. A pesquisadora Elizabeth Macedo (2009), faz uma importante crítica sobre a questão da diferença nessa proposta: 
"Minha denúncia das estratégias utilizadas pelas cadeias universalistas no sentido de continuar garantindo sua hegemonia nada tem a ver com a defesa do particularismo. Em outra direção, entendo que o caminho para um currículo centrado na diferença é desconstruir a dicotomia entre particular e universal, percebendo este último como lugar vazio preenchido temporariamente por articulações hegemônicas. [...] analisar como as cadeias universalistas veem buscando garantir sua hegemonia nos currículos é uma forma de ação política, na medida em que nos permite indagar sobre como constituímos as estruturas do poder por intermédio do posicionamento de sujeitos no interior contestado dessas estruturas" (MACEDO, 2009, p. 105). 
(MACEDO, Elizabeth. Como a diferença passa do centro à margem nos currículos: o caso dos PCN. Educação e Sociedade, v. 30, n. 106, p. 23-43, 2009) 
Assinale a alternativa correta quanto à discussão da diferença nos PCN:
Alternativas:
a) a escola possui um caráter universal, que deve ser para todos, mas na elaboração dos PCN e mediante essa dificuldade do universal, procurou-se valorizar o particular, o que acaba por incorrer a escola em funcionar apenas para um grupo e não para esse todo universal ao qual ela deveria ser.
b) a autora corrobora que os PCN trouxeram uma nova abordagem sobre a diversidade, algo que não existia nas políticas educacionais anteriores da década de 1990, porém ela salienta para a importância de não particularizar demais de modo que o todo da escola seja esquecido, haja vista ser um espaço amplo, de contínua rotação e imprevisibilidade.
c) os PCN são documentos que estão distantes da realidade da escola, não dialogam com os (as) professores (as) justamente por esse caráter universalizador, que acaba por desconsiderar as experiências e vivências que professores (as) e alunos (as) têm dentro desse espaço, caracterizando assim uma abordagem que não dá conta de toda essa trama social que circula dentro da própria escola.
d) a matriz curricular, ao se balizar com os PCN institui a diversidade com o propósito de entender a escola como o lugar do diverso, desde que seja homogeneizado até mesmo as particularidades, sem que com isso se esqueça desse caráter mais geral do espaço escolar.
e) a principal crítica da autora se refere a um caráter universalizante, portanto, homogeneizador do que se entende por diferença e o desdobramento nas relações de poder que posicionam esses sujeitos à margem, quando consideram estes como uma particularidade e não o todo, viabilizando o discurso de que a escola deve ser para atender uma maioria, sem considerar as especificidades.
4)O sistema de cotas foi criado para minimizar as desigualdades de pessoas que estão à margem da sociedade, como os egressos de escola pública, negros, indígenas, etc. Vale notar que, atualmente, as ações afirmativas não têm unicamente um cunho social e racial, ela atende também, diversas frações da sociedade como, no Brasil, a Lei 11.126/05, o Decreto 3.691/2000, o Decreto 3.298/99, que asseguram direitos aos portadores de deficiência, ou a Lei 10.471/03 que é voltada para a proteção dos idosos. 
O Decreto n°7.824/2012 (Brasil. Presidência da República. Casa Civil. Decreto n° 7.824, de 11 de outubro de 2012), orienta  sobre as metas de cotas que as instituições federais de ensino devem cumprir até 2016. Analise as asseções abaixo: 
I. 25% de estudantes oriundos da rede pública com renda inferior a 1,5 salário mínimo.
II. 25% de estudantes quilombolas e indígenas.
III.25% de estudantes oriundos da rede pública com renda igual ou superior a 1,5 salário mínimo.
IV. Percentual para pretos, pardos e indígenas conforme o ultimo senso demográfico do IBGE.
V. estudantes oriundos de escolas públicas ou particulares com renda igual ou superior a 1,5 salário mínimo.
Assinale a alternativa que está de acordo com o decreto apresenta a(s) asserção(ões) correta(s):
Alternativas:
a)apenas as alternativas I, II e III estão corretas.
b)apenas as alternativas I, III e V estão corretas.
c)apenas as alternativas I , II, IV estão corretas.
d)apenas as alternativas I  e V estão corretas.
e)apenas as alternativas III, IV e V estão corretas
5) (Adaptada CONSULPLAN - 2012 - TSE - Analista Judiciário - Pedagogia. disponível em: https://www.aprovaconcursos.com.br/questoes-de-concurso/prova/consulplan-2012-tse-analista-judiciario-pedagogia) 
O precursor da educação de jovens e adultos foi Paulo Freire. Ele mostra a importância da educação, pois segundo esse autor, a educação é um instrumento que o homem pode produzir mudanças. O trabalho educativo com jovens e adultos, seja em espaços formais ou informais, deve promover um espaço de aprendizagens que seja dinâmico e múltiplo. A metodologia de trabalho deve partir de uma concepção dialógica e dialética, cujos debates não deveriam se contentar somente com as empírias, aparências e as explicações mágicas e conciliadoras.  
Fonte: FREIRE, P. Pedagogia da autonomia. Saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra. 2002.Disponívelem:http://www.apeoesp.org.br/sistema/ck/files/4%20Freire_P_%20Pedagogia%20da%20autonomia.pdf  Acesso em 07/12/2016.Na perspectiva de Paulo Freire, a concepção descrita anteriormente é exemplo de um trabalho pedagógico. Assinale a alternativa que corresponde ao tipo de trabalho pedagógico do EJA:
Alternativas:
a) enaltece o pensamento mágico e o saber comum.
b) desfavorece embates com a consciência ingênua.
c) dá relevo à formação da consciência crítica.
d) favorece o conhecimento científico em detrimento do prático.
e) subestima a realidade do homem simples.

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