Buscar

Paulo Mendes da Rocha -

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

SUMÁRIO
BIOGRAFIA DO ARQUITETO...........................................................................4
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DE SUAS OBRAS.....................................4
PRINCIPAIS OBRAS ...........................................................................................5
ESTUDO DE CASO – AS CASAS DO BUTANTÃ............................................8
IMPLANTAÇÃO..................................................................................................9
ANÁLISE DE OBRA..........................................................................................12
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................................16
BIOGRAFIA DO ARQUITETO
Paulo Archias Mendes da Rocha, nascido em Vitória (ES) a 25 de outubro de 1928. Formou-se arquiteto em 1954 pela Universidade Mackenzie, em São Paulo. O avô, Francisco Mendes da Rocha, dirigiu o serviço de navegação do Rio São Francisco, conhecido como “Rio da Unidade Nacional”, e depois a Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. O Pai, engenheiro de portos e vias navegáveis, Paulo Menezes Mendes da Rocha, diretor da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo - Poli/USP entre 1943 e 1947, tem uma formação familiar ligada à reflexão sobre a relação entre engenharia e natureza. 
Destaca-se muito cedo, aos 29 anos, ao vencer o concurso para o Ginásio do Clube Atlético Paulistano, 1958, obra que lhe vale o Grande Prêmio Presidência da República na 6ª Bienal Internacional de São Paulo, em 1961. Integra, a partir de então, o grupo que, com a liderança de Vilanova Artigas, constitui a chamada "escola paulista" na arquitetura, Ambos elevaram a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP) com seus pontos de vista sociais e humanistas, influenciando gerações e gerações de arquitetos e artistas. No entanto, como tantos outros intelectuais brasileiros, em 1969 os dois foram afastados de seus postos pela ditadura militar, sendo reintegrados aos quadros da universidade somente em 1980, depois da Anistia. Vilanova Artigas morreu pouco depois, mas Mendes da Rocha seguiu lecionando com o mesmo entusiasmo de antes, até se aposentar em 1999. 
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DE SUAS OBRAS
O conceito de tecnologia da arquitetura de Paulo Mendes da Rocha se baseia na compreensão do espaço e na preocupação das necessidades do projeto, proporcionando uma cidade funcionalista que incentive o convívio entre as pessoas. Influenciado por arquitetos consagrados como Mies van der Rohe, Vilanova Artigas, Le Corbuier, Rino Levi. Apresenta um grande encantamento, apreço, pelo espaço público. Associa a arquitetura a uma técnica de emoção, onde seu ato de projetar tem como diretriz a solução do problema em questão, assim, estabelecendo um elo entre o projeto e seu entorno. Seu modo de elaboração de projeto se faz de maneira diferenciada, pois, primeiramente, parte da reflexão para depois projetar no papel, mesmo que para isso precise de um tempo maior para analisar, debater o projeto. Os seus projetos apresentam uma grande noção de espaço e geometria, detalhes construtivos, uma arquitetura formalista que busca a
funcionalidade. Faz o uso do concreto aparente incorporado a grandes vãos que possibilitam uma intimidade na relação indivíduo-espaço; domínio na composição de elementos construtivos como pilares, vigas, paredes e lajes; a forma e a estrutura são tão bem elaboradas, projetadas que não se consegue notar qual é qual; estruturas metálicas; chapas metálicas; vidro laminado e transparente; rampas e patamares cristalinos; caixilharias que permitem uma ventilação constante e também uma luminosidade natural indireta e que variam de posição conforme a necessidade do projeto (horizontal, vertical ou inclinada); em alguns projetos com escadas e elevadores externos que propiciam a vista exterior – integração da construção com a paisagem; claraboias; coberturas envidraçadas; treliças metálicas; telhas metálicas com isolamento no seu interior. O arquiteto preocupa-se com a preservação ambiental onde procura elaborar projetos com o mínimo de intervenção no meio ambiente, para isso, prioriza técnicas associadas à sustentabilidade como o reuso de água e a redução do consumo de energia; a valorização do entorno paisagístico e seu histórico.
PRINCIPAIS OBRAS
Ginásio Clube Atlético Paulistano 
Fonte: Globo.com
Pavilhão Brasileiro de Osaka 
Fonte: ArchDaily
Museu Brasileiro de Escultura 
Fonte: InforartSP
Arco do Patriarca 
Fonte: Prancheta do Arquiteto 
Museu das Minas e do Metal
Fonte: ArcoWeb
Museu da Língua 
Fonte: SP Bairros
ESTUDO DE CASO – AS CASAS DO BUTANTÃ
Paulo Mendes da Rocha projetou As Casas Do Butantã, as casas geminadas, para ele e sua irmã, na década de 60, no bairro Butantã em São Paulo. As casas possuem estruturas e plantas semelhantes, foram projetadas e executadas na mesma época em que o Brasil passava por problemas políticos, mesma época em que peças Pré-fabricadas chegaram ao Brasil, que mais tarde viria a ser usado por Paulo Mendes da Rocha na execução do projeto das Casas do Butantã. 
A tipologia de Paulo Mendes da Rocha ao projetar as Casas do Butantã procura sempre expressar através de suas obras um modo de entender a realidade, sempre demonstrou uma preocupação de integrar o homem à natureza, para que ocorra um contato maior entre homem e natureza. 
As duas casas são localizadas lado a lado as duas estão localizadas no mesmo pavimento, que foi dividido em Três partes: Área social, íntima e de serviço, esse pavimento é elevado por 4 pilares em cada casa, que forma um vão livre e um pátio, é sustentados por duas vigas, e as quatro fachadas são livres, muitos críticos analisam essa obra como um “ensaio para casa Gerassi”, no pátio fica localizado a garagem e a área de serviço. 
A estrutura modulada recebeu um detalhamento mínimo: um só caixilho para todas as aberturas; o simples sistema estrutural com apenas quatro pilares; duas vigas mestras e lajes nervuradas mostram a racionalidade que o arquiteto imprimiu a este projeto. O programa contempla uma planta com sistema tripartido organizado por setores: áreas social, íntima e de serviço. 
Foi notada uma preocupação com a iluminação e ventilação natural na parte interna da casa, contendo um rasgo de luz, amplos basculantes que garantem a iluminação e ventilação no ambiente interno da casa, para propiciar mais conforto tanto aos moradores quanto aos visitantes, as duas faixadas laterais possuem algumas aberturas que são bem reduzidas, através delas se dá a ventilação cruzada que percorre toda a casa, inclusive os quartos. Também chamam a atenção a ausência de janelas nos quartos, as paredes que param a meia altura e os móveis fixos. 
4.1– FICHA TÉCNICA:
Nome do projeto: Casa do Butantã 
Arquiteto: Paulo Mendes da Rocha 
Ano: 1966 
Área: 760 m² terreno - 250 m² construída 
Número de Pavimentos: 2 
Localização: Butantã - São Paulo, SP 
Figura 1: Croqui – Fonte: http://www.anualdesign.com.br/saopaulo/projetos/1257/casa-butanta/
 IMPLANTAÇÃO
A casa está implantada em um terreno de esquina, voltado para a praça Monteiro Lobato onde se situa a casa do Bandeirante. Como esta possui um jardim elevado, Mendes propõe a mesma relação com a rua criando um aterro da mesma cota da praça, a casa então vista da rua, surge como térrea. A proximidade com uma via de grande fluxo da cidade, a marginal Pinheiros, se contrapõe a tranquilidade proporcionada pela arborização do bairro-jardim, de perfil residencial e casas no entorno de alto padrão. 
A mesma é como um paralelepípedo disposto simetricamente no terreno, o acesso de carros se dá pela rua engenheiro João de Ulhôa Cintra, o outro acesso, de pedestres, se dá pelo talude às margens da praça Monteiro Lobato. 
O terreno possui recuos maiores em relação às ruas, um quintal ao fundo e um recuo menor na fachada nordeste voltada para a outra casa idêntica à esta, implantada simetricamente eseparadas por um espaço estreito. 
Procurei analisar a usabilidade da casa, cujo projeto arquitetônico ousado possui soluções polêmicas. Dentre elas, destaca-se o fato de os quartos não terem janelas, apenas aberturas zenitais que não permitem ventilação. Esta é feita pela corrente de ar que vai de uma fachada principal a outra, o que implica em divisórias de apenas 2m de altura nos quartos. Com isso, os espaços íntimos são pouco resguardados, visto que o som vai de um cômodo a outro. Considerando positivo o modo de vida que a casa proporciona, pois, além de aproximar os membros da família, propicia o contato constante com a natureza, visto que as variações de temperatura são sentidas e tanto o céu quanto o jardim estão sempre presentes. 
A casa é utilizada do modo como foi previsto no projeto de arquitetura, "com as venezianas dos quartos sempre abertas para a sala" e foi feito o isolamento térmico da cobertura com espuma de poliuretano de 5cm de espessura, o que melhorou muito o conforto térmico no verão. As aberturas zenitais dos quartos são moldadas junto com a cobertura e recebem uma peça de vidro que é aparafusada, de modo a impedir a ventilação. 
As instalações hidráulicas são aparentes e atravessam as lajes nervuradas de modo planejadas e as instalações elétricas são resolvidas apenas com fios, também aparentes. Além de tudo, a casa não possui portões fechando o lote, o qual é delimitado apenas por um talude, que segundo o arquiteto remete a sua geografia original. 
Figura 2: Implantação – Fonte: Archdaily
Figura 3: Sequência de montagem da estrutura da casa. Fonte: Desenhos de Carolina G. Knies
ANÁLISE DA OBRA
O Acesso ao pavimento principal que fica no piso superior da casa é feito por um volume de escada externo ao volume da casa. Dois acessos externos levam da rua ao pátio de pilotis, um menor na fachada sudeste, e o outro maior na fachada sudoeste (pedestre e veículos). 
Beirais generosos controlam os raios solares nas fachadas noroeste e sudeste, e nas orientações sudoeste e nordeste as fachadas cegas protegem da insolação e possuem algumas aberturas que iluminam indiretamente planos de trabalho. A orientação desfavorável da fachada noroeste é corrigida pelo grande beiral composto de pérgulas que proporcionam o controle destes raios solares no período da tarde. As fachadas envidraçadas estão localizadas paralelamente uma a outra e proporcionam uma ventilação cruzada em toda a casa. Rasgos de iluminação zenital na cobertura proporcionam uma luz direta no interior da casa. 
As circulações internas são divididas em quatro partes principais: uma central (área íntima), duas laterais (área social) e a cozinha. O bloco central possibilita o acesso por ambos os lados aos quartos e banheiros, da mesma maneira que se abre para uma das áreas sociais proporcionando um local de convívio. A cozinha linear proporciona uma outra experiência de circulação: o acesso principal à sala. 
Alguns quartos dividem o mesmo banheiro em uma grande área íntima, paredes leves e curvas como as do pavimento térreo são repetidas para as áreas de banho e são posicionadas de modo a proporcionar privacidade. Toda divisão de estocagens são apoiadas pela parede de concreto se confundindo com as mesmas e bancadas de concreto multiuso são acopladas às paredes. 
A casa possui uma setorização clara entre áreas sociais e de serviço, porém propõe uma nova relação da área intima com a área social, ao instalar as portas de correr que, quando abertas, integram com uma área de convívio. A área social da casa compreende uma grande parcela da mesma sendo o setor de serviços definido apenas pela área da cozinha, um corredor linear que contém os equipamentos em ambos os lados, setorizando os serviços. A lareira proporciona uma adequação do clima nos dias de inverno paulistano. 
Figura 4: Planta Térrea (fluxograma) – Fonte Própria
Figura 5: Planta Pavimento Superior (fluxograma) – Fonte Própria
Nesse projeto identifica-se um material principal constante: o concreto armado em seu estado bruto. Não existe elementos decorativos ou paredes pintadas, e a ausência destes itens confere a casa uma certa austeridade. A madeira se contrapõe à frieza do concreto e está presente em quase todo o interior, no piso, nos móveis e nas portas de correr; as faixas contínuas de esquadrias de vidro e aço criam planos nas fachadas. 
A ausência de acabamentos, pinturas e ornamentações refletem as características da arquitetura brutalista onde se radicaliza alguns preceitos modernos e onde a verdade estrutural e a ornamentação desnecessária busca ao extremo da plasticidade dos materiais e em seu estado natural. 
Figura 6: Planta e corte – Fonte: http://casasarquitetos-carlospalladini.blogspot.com.br/2012/03/um-em-dois-casas-de-paulo-mendes-da.html
Figura 7: Vista da Casa – Fonte: FAU 
Figura 8: Visão interna da casa – Fonte: Archdaily
 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
ANUAL DESIGN. AS CASAS GÊMEAS DE PAULO MENDES DA ROCHA. 2013. Disponível em: <http://www.anualdesign.com.br/blog/2603/as-casas-gemeas-de-paulo-mendes-da-rocha/>. Acesso em: 14 set. 2017.
DESCONHECIDO. Casas do Butantã. 2012. Disponível em: <http://vitruvius.com.br/media/images/magazines/grid_9/06f9035b3eda_espallargas03_pmrcasabutanta.jpg>. Acesso em: 13 set. 2017.
MENDES DA ROCHA, Paulo; Isabel Villac, Maria - América, cidade e natureza Estação Liberdade, 2013, 272 páginas. 
SILVA, Renata Cristiane da. Casa Butantã: Ficha de Análise. 2012. Disponível em: <http://issuu.com/renatacristiani/docs/ficha>. Acesso em: 14 set. 2017.

Outros materiais