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AP1 DE GESTÃO DA INTERFACE EMPRESA X SOCIEDADE (1º/2016) GABARITO R1) O empreendedorismo social consiste na aplicação de técnicas empresariais para se alcançar fins sociais. A princípio, é uma iniciativa não-lucrativa, pois esse não é o seu objetivo, mas para gerar recursos para o seu funcionamento é necessário o implemento de ações de empoderamento que gerem rendimentos. Limitando-se às iniciativas não-lucrativas, o empreendimento não tem as características de empreendedorismo: torna-se uma expressão do assistencialismo, filantropismo. Ao contrário, as iniciativas empreendedoras integram pessoas, fortalecem a auto-estima, criam e desenvolvem comunidades, geram emprego e renda, desenvolvem capacidades e habilidade e, consequentemente, promovem sustentabilidade e auto-sustentabilidade. (pgs. 97-98) R2) Antes, a questão ambiental era tratada pelas empresas de forma pontual – o atendimento das exigências legais do governo (licenciamento ambiental, fiscalização, regulação). Hoje, a questão ambiental extrapola o aspecto legal; é de vital importância para o sucesso de qualquer negócio. A empresa que causa danos ao meio ambiente, cujos produtos são nocivos à saúde das pessoas, e que não adota práticas sustentáveis tem a sua imagem deteriorada, perde mercado e clientes. A sustentabilidade não é apenas a do negócio, é também a promoção da sustentabilidade local e regional, cuja tarefa a empresa deve repartir com o governo e demais parceiros. Daí a dimensão estratégica empresarial da questão ambiental. (pg. 73) R3) São empreendimentos sociais que buscam viabilizar pequenos negócios locais com o objetivo de criar o sustento de membros da comunidade local e promover o seu autodesenvolvimento. Negócios sociais sustentáveis são empreendimentos que promovem a inclusão social, a geração de emprego e renda e contribuem para a criação de comunidades e de uma sociedade sustentável. São, portanto, negócios gerenciados em bases comunitárias e fruto da atuação das organizações locais, como, por exemplo, cooperativas e ONGs. São importantes porque geram trabalho e renda para populações de baixa renda, que estão à margem do mercado de trabalho e excluídas da cadeia produtiva local; aproveitam e desenvolvem o potencial dos moradores daquela comunidade; resgatam tradições culturais esquecidas e, assim, preservam a memória e a história da comunidade, seus costumes e tradições. A geração de emprego e renda e, consequentemente, a inclusão social transformam a comunidade local. Tais ganhos – sociais, culturais e econômicos – geram desenvolvimento e tornam uma sociedade sustentável. Esse é o impacto social atingido por qualquer tipo de negócio dessa natureza. (pgs. 173-174) R4) Para Bill Gates, as empresas devem desenvolver negócios para as populações mais pobres, pois, segundo ele, “são as empresas que têm as habilidades para desenvolver inovações que beneficiem os mais pobres”. Um dos maiores críticos desse modelo é o professor e consultor de empresas Clemente Nóbrega. Para Nóbrega, o modelo de capitalismo criativo adotado pelas grandes corporações visualiza os pobres como consumidores de produtos de baixa qualidade e nada mais. Em vez de adotarem esse modelo de capitalismo, Nóbrega propõe que as grandes corporações adotem o capitalismo de empreendedores, incentivando a criação de pequenas e médias empresas locais e tornando-as parceiras de seus negócios. Clemente Nóbrega conclui: “As grandes corporações, quando agem, o fazem quase sempre para reagir à ameaça de pequenas e médias empresas que inovam para os pobres. Quem quiser incluir os pobres no capitalismo deve estimular o empreendedorismo local entre os pobres, não tentar mudar a cabeça das grandes corporações”. De fato, ambos os modelos promovem a inclusão, isso é inegável. Quanto à opinião sobre qual formato deva ser priorizado no capitalismo criativo, cabe ao aluno se manifestar e fundamentar a sua escolha. (pgs. 191-192) R5) A era do capitalismo criativo também pode ser denominada era do capitalismo responsável ou sustentável. Isso porque não deve prevalecer a idéia do negocio em si, a primazia do lucro em detrimento de outros fatores, como a preservação do meio ambiente, o bom relacionamento com a comunidade, a ética, a boa imagem, o respeito e a admiração dos clientes, a satisfação dos acionistas, o atendimento das necessidades dos empregados, a aprovação de toda a sociedade e a colaboração com o governo. O novo capitalismo tem uma forte vertente socioambiental, pois utiliza os investimentos em ações sustentáveis como estratégia de negócio e fator de vantagem competitiva da empresa. As empresas que vinculam suas ações socioambientais às suas estratégias empresariais reforçam suas marcas, posicionam-se melhor em seus mercados, diferenciam-se dos seus concorrentes, motivam seus empregados e parceiros, ganham espaço na mídia, conquistam e fidelizam clientes, conseguem a simpatia do público, obtém a adesão e o apoio dos seus acionistas e estreitam seus relacionamentos com o governo e a sociedade. (pgs. 8-9)
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