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Apresentação de Seminário John Rawls

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John Rawls
Temas Abordados
I. Introdução - Adriano Sabino
II. A Proposta de Justiça Como Equidade - Raphael Passaro
III. Contrato Social e Utilitarismo - Larissa Rodrigues
IV. Princípio da Diferença da Igualdade - Marco Moura
V. Liberalismo e Democracia Constitucional - Gabriel Santana
VI. Véu da Ignorância, Posição Original e Estado da Natureza - Fernanda Jakomulsky
VII. Instituições Públicas e Governo Democrático Como Justiça - Rafael Gaspar
VIII. Estado Democrático de Direito - Vitória Bellas
IX. Autonomia - Cássio Britto
X. Comentários Sobre os Livros Mais Importantes - Samira Beloto
XI. Bibliografia Comentada - Tiffany Félix
Parte I - Introdução
Adriano Sabino
"Algumas pessoas são como pontes em nossas vidas. Outras são barreiras.
As pontes nunca devem ser obstruídas, pois podemos voltar a precisar.
E as barreiras ...? Quem precisa de barreiras quando se tem pontes ?¨
John Rawls 
(Baltimore, 21 de fevereiro de 1921 — Lexington, 24 de novembro de 2002)
Foi um professor de Filosofia Política na Universidade de Harvard e autor de:
>>>>> Uma Teoria da Justiça (A Theory of Justice, 1971)
>>>>> Liberalismo Político (Political Liberalism, 1993)
>>>>> O Direito dos Povos (The Law of Peoples, 1999).
Influências >>> Immanuel Kant, Abraham Lincoln.
Influenciados >>> Thomas Nagel, Thomas Pogge, Thomas Scanlon, Christine Korsgaard.
Prêmios: 
Medalha Nacional de Humanidades (1999) 
Magnum Opus = Uma teoria da Justiça 
Ideias notáveis: Justiça Como Equidade, A Posição Original, Equilíbrio Reflexivo, Consenso Sobreposto, Razão Pública.
 
O Liberalismo Político
Após reformular e aperfeiçoar algumas das suas teses, além de incorporar e responder a seus escritos, Rawls apresentou uma nova versão de sua teoria na obra "O Liberalismo Político", publicada em 1993.
Parte II - A Proposta de Justiça Como Equidade 
Raphael Passaro
A Grécia pode ser considerada o berço da equidade. Na Grécia, a equidade era chamada de “epieikeia”, e manifestava a ideia de adaptação do Direito ao caso. Ela não pretendia dissolver o Direito escrito, mas apenas torná-lo mais democrático. Dentre os filósofos gregos, destaca-se Aristóteles. Ele separou equidade de justiça, e colocou a primeira num patamar superior a da justiça normativa. A equidade teve papel fundamental no desenvolvimento do Direito Romano. Equidade (em latim: Aequitas) era um conceito latino que evocava a noção de justiça, igualdade, conformidade, simetria. Em Ética a Nicômaco, Aristóteles, sobre equidade, disse que é "uma correção da lei quando ela é deficiente em razão da sua universalidade”. 
Equidade consiste na adaptação da regra existente à situação concreta, observando-se os critérios de igualdade. Adapta a regra a um caso específico, a fim de deixá-la mais justa. Em Ética a Nicômaco, Aristóteles, sobre equidade, comparou a equidade à régua de Lesbos, feita de chumbo e se moldava a qualquer superfície.
O Princípio de Isonomia, ou Igualdade garante que “todos devem ser iguais perante a lei”. O termo ‘Equidade”, no entanto, embora contenha o mesmo princípio, convida a uma analise mais simétrica do que possa parecer a igualdade entre duas partes. Além disso, a Equidade "não corrige o que é justo na lei, mas completa o que a justiça não alcança". Sem a presença da equidade no ordenamento jurídico, a aplicação das leis acabariam por se tornar muito rígidas. A equidade é a adaptação da lei a fim de fazer justiça da forma mais humana e justa possível.
Parte III - Contrato Social e Utilitarismo
Larissa Rodrigues
Segundo Rawls, o contrato social tem de ser estabelecido com base numa total imparcialidade por parte de todos os indivíduos, ou seja, tem de ser estabelecido sem que os indivíduos tenham nele qualquer interesse particular. Como isto é possível?
Para responder a esta questão Rawls fala de uma “posição original”: trata-se de uma situação imaginária de total imparcialidade. Para que esta imparcialidade se verifique as pessoas devem estar “cobertas” por um “véu de ignorância”. Este “véu de ignorância” consiste no desconhecimento por parte de cada indivíduo da sua condição social e económica no momento do estabelecimento do contrato social.
Parte IV - Princípio da Diferença da Igualdade
Marco Moura
Intenção do Debate Proposto
Através do “véu da ignorância”, as pessoas visariam uma justiça que beneficiasse tanto a maioria quanto a minoria, pois ninguém saberia qual grau social eles teriam.
Igualdade do Princípio da Diferença
Em uma justiça social, perante a tese de Rawls, justificaria um médico ganhar mais do que um motorista de ônibus se ele visasse o benefício dos menos favorecidos com o melhor tratamento aos mesmo, porém, caso contrário disso se aumentasse a quantidade de cirurgiões plásticos em Beverly Hills, aí não trataria se da teoria de Rawls, pois não teria nenhum impacto decorrente aos menos favorecidos.
Visão Geral
Rawls, não visava avaliar se o salário dessa ou daquela pessoa se é justo, desde que tivesse um retorno social aos menos favorecidos, podendo ser com impostos que fossem para a educação, saúde e bem-estar.
Parte V - Liberalismo e Democracia Constitucional 
Gabriel Santana
Segundo Rawls, os dois princípios de justiça, para o Liberalismo da Teoria da Justiça como Equanimidade devem ser:
“Toda pessoa tem igual direito a um esquema plenamente adequado de liberdades fundamentais iguais, o qual seja compatível com um esquema similar de liberdades para todos. As desigualdades sociais e econômicas devem satisfazer a duas condições. Primeiro, devem estar associadas a cargos e a posições abertos a todos, em condições de uma eqüitativa igualdade de oportunidades, e, segundo, devem proporcionar o maior benefício aos membros menos favorecidos da sociedade”.
Uma concepção política de justiça, segundo Rawls, é caracterizada, pois, por três elementos. O primeiro elemento diz respeito ao seu objeto: embora contenha certos ideais, princípios e Standards, e que esses ideais, princípios e “Standards” articulem certos valores (nesse caso, valores políticos), Rawls esclarece que uma concepção política de justiça não se aplica a qualquer coisa, mas tão somente à estrutura de base da sociedade e, no seu caso, à estrutura de base de uma sociedade democrática moderna. O segundo elemento é que uma concepção política de justiça se apresenta como uma “visão independente” de qualquer doutrina compreensiva. O terceiro elemento é que o conteúdo de tal concepção é expresso por certas ideias fundamentais, implícitas, segundo Rawls, na cultura política pública de uma sociedade democrática.
Parte VI - Véu da Ignorância. 
Posição Original e Estado da Natureza
Fernanda Jakomulsky
Não existe o mundo utópico e ideal. O mundo que habitamos é constituído por diversas sociedades, e cada pessoa com sua singularidade, seu mundo particular. Se houvesse a sociedade perfeita, não haveria exclusão e desigualdade social, pessoas em situação de miséria e outras formas de vulnerabilidade social e discriminação. 
John Rawls pergunta se é possível chegar a um comum entendimento sobre o que é justo. A sua teoria da justiça procura garantir uma situação equitativa onde todos são considerados livres e iguais. O capitalismo de mercado e de bem-estar social bem como o socialismo estatal são modelos considerados injustos por Rawls, posto que sua teoria busca conciliar direitos iguais em uma sociedade desigual. 
A teoria de justiça proposta por John Rawls consagrou-se como uma das mais influentes perspectivas contemporâneas de justiça social. Utilizando-se do exercício de pensamento do “véu de ignorância”, Rawls ofereceu um modelo para julgar se decisões políticas seriam socialmente éticas.
Em um mundo onde as injustiças estruturais são tão gritantes e ideologias como a meritocracia ou o sonho americano justificam os sucessos individuais ao mesmo tempo que culpam os que não os atingem, Rawls levou em consideração a sorte que a vida dispensa de modo diferente
a cada um. 
Parte VII - Instituições Públicas 
Governo Democrático Como Justiça 
Rafael Gaspar
O conteúdo dos princípios de justiça é ilustrado a partir da descrição da estrutura básica de uma democracia constitucional. Os princípios de justiça consistem numa aproximação razoável e, numa extensão dos nossos juízos ponderados. É necessária a apresentação de uma sequência em quatro etapas, que explicite a aplicação dos princípios relativos às instituições básicas. 
Em regra, o cidadão deve possuir três tipos de juízo: apreciar a justiça da legislação e da política social; decidir sobre as soluções constitucionais que, de um modo justo, podem conciliar as opiniões contrárias quanto à justiça; ser capaz de determinar os fundamentos e limites do dever e da obrigação política. Dessa maneira, uma teoria da justiça enfrenta pelo menos três questões, sugerindo a aplicação dos princípios de justiça em planos ou etapas distintos. A partir daí é desenvolvida a noção de posição original. 
Parte VIII - Estado Democrático de Direito
Vitória Bellas
Apesar de ser um contratualista, Rawls parte do Princípio da posição original do que seria uma sociedade justa; explana sobre o conceito de justiça, incialmente onde pessoas encontram-se “vestidas” pelo véu da ignorância, as mesmas, não sabem nada sobre sua posição na sociedade e/ou, cor, raça, sexo, posição financeira e religiosa, são indivíduos indiferentes no contexto de modo geral. 
Desta forma, como encontram-se mais propensas a extrair um principio de justiça mais justa. 
Seguindo desta premissa e inserindo-a no Estado Democrático de Direito, entendendo que, o Estado Democrático de Direito e as Instituições Públicas entremetem-se para garantir o respeito pelos direitos humanos e garantias fundamentais, através do estabelecimento de uma proteção jurídica. Rawls explicita que, a justiça não é detentora de um conceito metafísico ou ontológico, mas sim político, tal acordo precede-se das diferenças sociais, culturais, religiosas e econômicas que são comumente existentes em uma estrutura democrática.
Parte IX – Autonomia
Cássio Britto
A construção de princípios de justiça que deveriam orientar uma sociedade democrática constitui a concepção de autonomia política dos cidadãos. A ausência de impedimentos para a realização de liberdades responsáveis dos cidadãos e à determinação das leis às quais se submetem constitui a autonomia dos mesmos. Esse é o direito da auto-legislação, isto é, autonomia. 
Trata-se aqui de autonomia política, e não moral, religiosa ou de outra ordem. É na construção e na submissão (sujeição) de princípios de justiça que as partes (como representantes dos cidadãos) gozam de autonomia. Por isso a sua vinculação à posição original. Portanto, “agir de forma autônoma é agir segundo princípios que aceitaríamos na qualidade de seres racionais livres e iguais” (RAWLS, 2002).
Parte X – Livros Mais Importantes
Samira Beloto
Uma Teoria de Justiça
'Uma teoria da justiça, de John Rawls', publicado pela primeira vez em 1971, é possivelmente a obra mais importante de filosofia moral e política do século XX. O livro é um clássico, pelo qual Rawls contribui de maneira surpreendente para o pensamento político e moral.
Este guia de leitura oferece um texto conciso e acessível a uma obra imensamente importante e desafiadora. Após uma introdução e contextualização da obra de Rawls, o autor apresenta um pano de fundo filosófico quando do seu surgimento, um apanhado dos seus escritos e interesses teóricos e, finalmente, uma análise detalhada e acompanhada na leitura de seu referido texto.
O Liberalismo Político
Neste livro, John Rawls reformula a ideia de uma 'sociedade bem-ordenada'. Esta sociedade já não é mais interpretada como unida por suas crenças morais fundamentais, e sim por sua concepção política de justiça. A justiça como equidade é agora entendida como um exemplo de tal concepção; e que seja capaz de se converter no objeto de um consenso sobreposto significa que pode ser acatada pelas principais doutrinas religiosas, filosóficas e morais que subsistem ao longo do tempo em uma sociedade bem-ordenada. Tal consenso, Rawls supõe, representa a unidade social que mais possivelmente está ao alcance em um regime democrático constitucional. Esta edição inclui o ensaio 'A ideia de razão pública revisitada', que esboça o plano que Rawls tinha de revisar O liberalismo político e que sua morte interrompeu de forma abrupta.
História da Filosofia Moral
OBS: Capa do Livro Não Encontrada
Entre os principais filósofos políticos de seu tempo, John Rawls, em três décadas de ensino em Harvard, exerceu profunda influência sobre a maneira atual de abordar e entender a ética filosófica. Este livro traz compiladas as conferências inspiraram uma geração de estudantes - e uma regeneração da filosofia moral. Convida os leitores a aprender com o mais célebres exemplos da filosofia moral moderna através da inspirada orientação de um dos mais notáveis praticantes e professores da filosofia contemporânea.
Parte XI – Conclusão - Bibliografia Comentada
Tiffany Félix
John Rawls - (1921-2002) - Filósofo Moral e Político americano considerado o principal Filósofo Político do século XX.
O liberalismo político defendido por Rawls apresenta-se como uma crítica ao utilitarismo.
 
John Rawls (1921-2002) provocou uma guinada nos estudos sobre a ética, ao publicar, em 1971, o livro Uma Teoria da Justiça, onde ofereceu a possibilidade teórica de integrar o sentimento moral com as liberdades públicas e individuais caras ao Ocidente.
Em 1995, Rawls sofre o primeiro de vários derrames que farão com que sua carreira acadêmica seja bastante prejudicada.
John Bordley Rawls morre em um sábado, 24 de novembro de 2002, em sua casa, em Lexington, Massachusetts, de insuficiência cardíaca.
Nossos agradecimentos à todos aqueles que participaram deste importante seminário.
UNIP – Universidade Paulista
Maio de 2017
Campus Alphaville

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