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Direito Penal - 4º bimestre

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Direito Penal – 4º Bimestre
Concurso de Pessoas
	É a colaboração de mais de uma pessoa para a pratica de uma infração penal, havendo vínculo psicológico entre elas.
Teoria do concurso de pessoas:
Teoria unitária: havendo pluralidade de agentes, com diversidade de condutas, mas provocando-se apenas um resultado, há somente um delito. Nesse caso, portanto, todos os que tomam parte na infração penal comentem crime idêntico. É a teoria adotada pelo Código Penal.
Teoria Dualista: havendo pluralidade de agentes, com diversidade de condutas, causando um só resultado, deve-se separar os coautores, que praticam um delito, e os partícipes, que comentem outro.
Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade. 
        § 1º - Se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída de um sexto a um terço. 
        § 2º - Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até metade, na hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave.
Concurso de agentes e crime plurissubjetivo.
O crime plurissubjetivo é aquele que, para configurar-se, exige a presença de duas ou mais pessoas (ex.: quadrilha ou bando, rixa, bigamia e etc.), enquanto o unissubjetivo é aquele que pode ser praticado por uma só pessoa (ex.: homicídio, roubo, estupro e etc.).
Por outro lado, quando o crime é unissubjetivo, mas, na prática, é cometido por dois ou mais agentes, utiliza-se a regra do artigo 29 para tipificar todas as condutas, pois certamente cada um agiu de um modo, compondo a figura típica total. Em um roubo, é possível que um autor aponte o revolver, exercendo grave ameaça, enquanto outro procede à subtração. Ambos praticaram o tipo penal do art. 157 em concurso de pessoas, necessitando-se empregar regra do art. 29.
Entende-se que, o autor comete o crime principal, o coautor é a pessoa que, juntamente com as outras, ingressa no tipo penal, em qualquer dos seus aspectos; o participe, por fim, é a pessoa que, auxiliando a pratica do tipo penal, neste não ingressa. No crime unipessoal, só um agente pode praticar o crime e admite-se um participe. 
Requisitos do concurso de agentes
Existência de dois ou mais agentes;
Relação de causalidade material entre as condutas desenvolvidas e o resultado;
Vinculo de natureza psicológica ligando as condutas entre si. Não há necessidade de ajuste prévio entre os coautores. Exemplo: uma empregada, decidindo se vingar da patroa, deixa propositadamente a porta aberta, para que entre algum ladrão. Este, percebendo que alguém permitiu a entrada, vale-se da oportunidade e provoca furto. São colaboradores a empregada e o agente direto da subtração, porque suas vontades se ligam, pretendendo o mesmo resultado, embora nem mesmo se conheçam.
Reconhecimento da prática da mesma infração para todos;
Existência de um fato punível.
Autoria Mediata;
Trata-se de uma modalidade de autoria, ocorrendo quando o agente se vale de pessoa não culpável, ou que atua sem dolo ou culpa, para executar o delito. 
São situações que admitem a autoria mediata: 
Valer-se de inimputável (doente mental, criança ou embriagado); 
Coação moral irresistível;
Obediência hierárquica;
Erro do tipo escusável, provocado por terceiro;
Erro de proibição escusável, provocado por terceiro.
Autoria colateral.
Ocorre tal modalidade de colaboração, que não chega a se constituir em concurso de pessoas, quando dois agentes, desconhecendo a conduta um do outro, agem convergindo para o mesmo resultado, que, no entanto, ocorre por conta de um só comportamento ou por conta dos dois comportamentos, embora sem que haja adesão do outro.
Autoria Incerta
Chama-se de autoria incerta a hipótese ocorrida no contexto da autoria colateral, quando não se sabe qual dos autores conseguiu o resultado.
 Teoria Geral da Pena
	Pena é a sanção imposta pelo Estado, através da ação penal, ao criminoso, cuja finalidade é a retribuição ao delito perpetrado e a prevenção a novos crimes.
Teorias extremas da pena
Abolicionismo penal: questiona o significado das punições e das instituições, bem como construindo outras formas de liberdade e justiça. O movimento trata de descriminalização e da despenalização como soluções para o caos do sistema penitenciário, hoje vivenciada na grande maioria do país. Tem como base duas vertentes; a primeira é baseada no imperativo categórico (boa e necessária em si mesmo) e a outra na proporcionalidade (o réu deve pagar exatamente pelo o que cometeu – é uma retribuição moral). Manifesta-se Luigi Ferrajoli sobre o tema: “ o abolicionismo penal – independente dos seus intentos liberatórios e humanitários – configura-se, portanto, como uma utopia regressiva que proteja, sobre pressupostos ilusórios de uma sociedade boa ou de um Estado bom, modelos concretamente desregulados ou autorreguláveis de vigilância e/ou punição, em relação ais quais é exatamente o direito penal – com o seu complexo, difícil e precário sistema de garantias – que constitui, histórica e axiologicamente, uma alternativa progressista.”
Direito penal máximo: caracterizado pela excessiva severidade, pela incerteza e imprevisibilidade de suas condenações e penas, voltado a garantia de que nenhum culpado fique impune, ainda que à custa do sacrifício geral – baseado na prevenção geral.
Negativa = baseia-se no terror (crítica: assusta os inocentes);
Positiva: pena como função de legitimar o direito e a ordem (crítica = penaliza alguém para servir de ex. para terceiro).
	
Negativa: ressocializar aqueles que são suscetíveis; intimida aqueles que não são suscetíveis e neutraliza os que não precisam.
Positiva: não força; dispõe meios de ressocialização ao criminoso por faculdade – críticas: quanto tempo isso leva? É possível ressocializar um homem adulto? 
Relativas
Prevenção Geral (Objeto = Sociedade)
Prevenção especial (objeto = condenado)]
Absolutas
Retribuição Jurídica - Hegel
Retribuição Moral - Kant
Art. 59 - O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à personalidade do agente, aos motivos, às circunstâncias e conseqüências do crime, bem como ao comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime.
Obrigação de reparar o dano;
Sujeito a efeitos automáticos e não automáticos da condenação (art. 91 e 92 do CP);
Imposição de pena ou medida de segurança
Garantismo penal
	Trata-se de um modelo normativo de direito que obedece a estreita legalidade, voltado a minimizar a liberdade, impondo limites à função punitiva do Estado. O modelo garantista de direito penal privilegia os seguintes axiomas:
Não há pena sem crime;
Não há crime sem lei;
Não há lei penal sem necessidade;
Não há necessidade de lei penal sem lesão;
Não há conduta sem dolo e sem culpa;
Não há culpa sem devido processo legal;
Não há processo sem acusação;
Não há acusação sem prova que a fundamente;
Não há prova sem ampla defesa.
Cominação de penas
	Podem ser cominadas, abstratamente, da seguinte forma:
Isoladamente, quando somente uma pena é prevista ao agente;
Cumulativamente, quando ao agente é possível aplicar mais de uma modalidade de pena;
Alternativamente: quando há possibilidade da opção entre duas modalidades diferentes;
Espécies de penas
As penas privativas de liberdade são: reclusão, detenção e prisão simples. As duas primeiras constituem decorrência a pratica de crimes e a terceira é aplicada nas contravenções penais;
As penas restritivas de direito são as seguintes: prestação de serviço à comunidade ou a entidades públicas, interdição temporária de direitos, limitação de fim de semana, prestação pecuniária e perda de bens e valores;
A pena pecuniária é a multa.
Penas privativas de liberdade
A reclusão é cumprida inicialmente nos regimes fechados, semiaberto e aberto; a detenção somente pode ter inicio no regimesemiaberto ou aberto;
A reclusão pode acarretar como efeito da condenação a incapacidade para exercício do pátrio poder, tutela ou curatela, nos crimes dolosos, sujeitos a esse tipo de pena, cometidos contra o filho, tutelado ou curatelado;
A reclusão propicia a internação nos casos de medida de segurança; a detenção permite a aplicação do regime de tratamento ambulatorial;
A reclusão é cumprida em primeiro lugar;
A reclusão é prevista para crimes mais graves; a detenção é reservada para os mais leves.
Para crimes mais graves, a reclusão, é de no máximo 30 anos, sujeita o condenando a isolamento diurno por até três meses e, depois, detenção, de no máximo três anos, foi concebida por crimes de menor impacto: os detentos, em regra, deveriam ser separados dos reclusos e poderiam escolher o próprio trabalho, desde que de caráter educativo. 
Regime progressivo de cumprimento de pena
A individualização executória da pena é consequência natural da adoção di principio constitucional da individualização da pena. Este se faz em três etapas:
A individualização legislativa - fixação do mínimo e do máximo para a pena em abstrato no momento da criação da norma penal;
A individualização judicial – momento de concretização da sanção penal na sentença;
A individualização executória – fase de aplicação efetiva da pena em estágios;
Art. 112 (LEP). A pena privativa de liberdade será executada em forma progressiva com a transferência para regime menos rigoroso, a ser determinada pelo juiz, quando o preso tiver cumprido ao menos um sexto da pena no regime anterior e ostentar bom comportamento carcerário, comprovado pelo diretor do estabelecimento, respeitadas as normas que vedam a progressão.
Cumprimento das penas mais graves em primeiro lugar
As penas mais graves devem ser cumpridas em primeiro lugar, independentemente da ordem de chegada das guias de recolhimento (peça inaugural da execução penal). Portanto, cumpre-se primeiramente a pena de reclusão e, na sequencia, se houver, a pena de detenção.
Havendo penas impostas pela prática de crimes hediondos, devem estas ser cumpridas em primeiro lugar, até pelo fato de serem as que elevam o prazo de progressão de regime, bem como estipulam um prazo maior para a obtenção do livramento condicional. Iniciado o estágio de penas cuja progressão passa a ser admissível, torna-se possível ao condenado receber benefícios relacionados à melhoria do regime. Importante ressaltar que a progressão é aplicada sobre a soma das penas, e não sobre o cumprimento real da pena. 
Progressão nos crimes hediondos e no delito de tortura
Os prazos para a obtenção da progressão, entretanto, são mais dilatados: a) após o cumprimento de 2/5 da pena, se o apenado for primário; b) após cumprimento de 3/5 da pena, se o condenado for reincidente.
O STF não admite que o condenado salte regimes na progressão, então, fica proibido o condenado sair do regime fechado, diretamente para o regime aberto.
O preso provisório tem direito a progressão!
Conceito de progressão
: é a concretização da individualização da pena, pois o condenado tem a oportunidade de se transferir do regime mais rigoroso para o menos severo, desde que cumpra um sexto da pena, como regra, no anterior e demonstre merecimento
.
4. Critérios para a regressão a regime mais rigoroso
	Quando houver condenação por mais de um crime, no mesmo processo ou em processos distintos, a determinação do regime de cumprimento será feita pelo resultado da soma ou unificação das penas, observada, quando for o caso, a detração ou a remissão; sobrevindo condenação no curso da execução, somar-se-á a pena restante da que está sendo cumprida, para determinação do regime. Portanto, se o sujeito foi condenado a uma pena de 6 anos, em regime semiaberto, por um processo, e a 4 anos em regime aberto, por outro, é apropriado que o juiz da execução penal estabeleça um regime único para o cumprimento de 10 anos de reclusão, que, aliás, demanda o regime fechado. 
Art. 118 (LEP). A execução da pena privativa de liberdade ficará sujeita à forma regressiva, com a transferência para qualquer dos regimes mais rigorosos, quando o condenado:
I - praticar fato definido como crime doloso ou falta grave;
II - sofrer condenação, por crime anterior, cuja pena, somada ao restante da pena em execução, torne incabível o regime (artigo 111).
§ 1° O condenado será transferido do regime aberto se, além das hipóteses referidas nos incisos anteriores, frustrar os fins da execução ou não pagar, podendo, a multa cumulativamente imposta.
§ 2º Nas hipóteses do inciso I e do parágrafo anterior, deverá ser ouvido previamente o condenado.
5. Regime fechado
Quando inserido no regime fechado, o condenado será submetido, no início do cumprimento da pena, a exame criminológico de classificação para a individualização da pena.
O condenado deve trabalhar durante o dia e ficar isolado durante o repouso noturno. O trabalho deve ser realizado dentro do estabelecimento prisional, conforme as aptidões do condenado. Excepcionalmente, permite-se que o trabalho ocorra em serviços ou obras públicas fora do presídio.
O regime inicial fechado (exceto quando imposto por lei, como, por exemplo, para condenados a penas superiores a oito anos e por crimes hediondos e equiparados – exceto a tortura, que tem regra especial) deve ser fundamentado pelo juiz.
Regime semiaberto
Deve ser cumprido em colônia penal agrícola ou industrial, ou em estabelecimento similar. O condenado fica sujeito ao trabalho durante o dia, podendo frequentar cursos profissionalizantes, de instrução, segundo grau ou superior.
Saídas temporárias e trabalho externo
	O trabalho externo é admissível, em caráter excepcional. As saídas temporárias, sem fiscalização direta, somente poderão ser feitas para frequência de curso supletivo profissionalizante ou de instrução do segundo grau ou superior, na comarca do juízo da execução.
	As saídas sem vigilância para visitas à família ou para participação em atividades concorrentes para o retorno do convívio social. A autorização depende, entretanto, de comportamento adequado do setenciado, cumprimento mínimo de 1/6 da pena (primário) ou ¼ da pena (reincidente) e compatibilidade do beneficio com objetivos da pena.
Art. 117. Somente se admitirá o recolhimento do beneficiário de regime aberto em residência particular quando se tratar de:
O STF considera o artigo acima TAXATIVO!I - condenado maior de 70 (setenta) anos;
II - condenado acometido de doença grave;
III - condenada com filho menor ou deficiente físico ou mental;
IV - condenada gestante.
	
	NÃO REINCIDENTES
	
	Reclusão (crime doloso)
	Detenção (crime doloso)
	Detenção (crime culposo)
	Mais de 8 anos em regime fechado; não há substituição. 
	Mais de 4 anos em regime semiaberto; não há substituição
	Mais de 4 anos em regime semiaberto ou restritiva + multa ou duas restritivas
	Mais de 4 até 8 anos em regime semiaberto; não há substituição.
	Mais de 1 até 4 anos em regime aberto ou multa + restritiva ou duas restritivas
	Mais de um ano até quatro anos em regime aberto ou multa + restritiva ou duas restritivas
	Mais de 1 até 4 anos em regime aberto ou multa + restritiva ou duas restritivas;
	Até um ano em regime aberto ou multa ou restritiva
	Até um ano em regime aberto ou multa ou restritiva
	Até um ano em regime aberto ou multa ou restritiva
	Até um ano em regime aberto ou multa ou restritiva
	Até um ano em regime aberto ou multa ou restritiva
	 REINCIDENTES
	Reclusão: regime inicial sempre fechado
Detenção: regime inicial sempre semiaberto
	Para os reincidentes poderá o juiz aplicar a substituição, nas mesmas condições, desde que seja socialmente recomendável e não haja reincidência especifica.
	Regime disciplinar diferenciado 
Regime aberto
Baseia-se na autodisciplina e senso de responsabilidade do condenado. O condenado deve recolher-se, durante o repouso noturno, à Casa do Albergado, ou estabelecimentosimilar, sem rigorismo de uma prisão, desenvolvendo atividades laborativas externas durante o dia. Nos dias de folga, deve ficar recolhido. A Casa do Albergado deve estar situada em centro urbano.
Tendo em vista a inexistência da Casa do Albergado em muitas comarcas, consolidou-se a utilização do regime de prisão albergue domiciliar (PAD), originalmente destinada a condenados maiores de 70 anos, condenados acometidos de doença grave, setenciados com filho menor ou deficiente físico ou mental e condenada gestante.
Pode ocorrer a regressão de aberto para regime mais rigoroso se o réu praticar fato definido como crime doloso.
Disposição constitucional de proteção ao preso:
Art. 5º XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral;
 
 Trabalho ao preso e remição	
	Remissão é o resgate da pena pelo trabalho, permitindo-se o abatimento do montante da condenação, periodicamente, desde que se constate estar preso em atividade laborativa.
	São requisitos para o reconhecimento da remição:
Três dias de trabalho por um dia de pena;
Apresentar o merecimento, auferido pela inexistência de registro de faltas graves no seu prontuário;
Cumprir o mínimo de seis horas diárias (máximo de oito), com descanso aos domingos e feriados. É viável a concessão de horário especial de trabalho, quando o preso for designado para serviços de conservação e manutenção do presídio;
Apresentar atestado de trabalho fornecido pelo presídio, com presunção de veracidade;
Exercício de trabalho reconhecido pela direção do estabelecimento prisional
Perda dos dias remidos e falta grave.
	Se o condenado praticar falta grave, perde os dias remidos, iniciando-se novo computo a partir da data da falta. 
Art. 127.  Em caso de falta grave, o juiz poderá revogar até 1/3 (um terço) do tempo remido, observado o disposto no art. 57, recomeçando a contagem a partir da data da infração disciplinar.  
Detração
É a contagem no tempo da pena privativa de liberdade e da medida de segurança do período em que ficou detido o condenado em prisão provisória, no Brasil ou no exterior, de prisão administrativa ou mesmo de internação em hospital de custódia ou tratamento. Ex.: se o setenciado foi preso provisoriamente e ficou detido por ano até a condenação transitar em julgado, sendo apenado a seis anos de reclusão, cumprirá somente mais cinco.
Não posso, entretanto, descontar uma pena civil sobre uma prisão penal, porque são ambitos diferentes. Importante ressaltar, também, que a detração é permitida apenas em crimes ocorridos ANTES da prisão. 
Ligação entre a prisão provisória e pena concreta para aplicar a detração;
	Deve haver ligação entre o fato criminoso, a prisão provisória decretada e a pena aplicada. Ex.: o sujeito pratica um roubo, pelo qual é preso em flagrante, mas é absolvido; depois comete um furto, pelo qual vem a ser condenado. Se pudesse descontar o tempo do flagrante do roubo na pena do furto, estaria criando um ‘crédito’ contra o Estado para ser utilizado no futuro, o que é ilógico. 
	Detração e pena de multa
	Aplica-se, por analogia, no desconto da pena de multa o tempo de prisão provisória. 
	Detração e determinação do regime inicial da pena.
	A aplicação da detração não deve influenciar o juiz na fixação do regime inicial de cumprimento da pena.
	Detração e suspensão condicional da pena
	O desconto deve operar-se na pena privativa de liberdade fixada, se vier a ser cumprido, caso revogado o sursis, mas não no tempo de suspensão.
	Penas Restritivas de Direito
Conceito de penas restritivas de direitos
São penas alternativas substitutivas expressamente previstas em lei, tendo por fim evitar o encarceramento de determinados criminosos, autores de infrações penais consideradas mais leves, promovendo-lhes a recuperação através de restrições a certos direitos. São sanções autônomas e substitutivas.
Espécies de penas restritivas de direitos
Prestação pecuniária – é diferente da multa, tem caráter de retribuição. A prestação pecuniária consiste no pagamento em dinheiro feito a vitima e seus dependentes ou a entidade pública ou privada, com destinação social, de uma importância fixada pelo juiz, não inferior a um salário mínimo nem superior a 360 salários mínimos. Independe de consenso ou aceitação da parte beneficiária. A individualização da pena deve obedecer a um particular sistema bifásico: 1) valendo-se do sistema trifásico previsto para as penas privativas de liberdade; 2) estabelece-se o valor do dia-multa (piso 1/30 do salário mínimo e teto de 5 vezes esse salário), conforme a situação econômica do réu. Dependendo da situação econômica do mesmo, pode o julgador aumentar a multa até o triplo, se considerar que o valor é ineficaz. 
Perdas de bens e valores: consiste na transferência, em favor do Fundo Penitenciário Nacional, de bens e valores adquiridos licitamente pelo condenado, integrantes do seu patrimônio, tendo como teto o montante do prejuízo causado ou o proveito obtido pelo agente ou terceiro com prática do crime, o que for maior. Existem críticas a esse sistema, ligadas ao enriquecimento ilícito do fundo penitenciário e a falta de pena, pois há apenas devolução de objetos.
Prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas: é a atribuição de tarefas gratuitas ao condenado junto a entidades assistenciais. Exige-se o piso mínimo de seis meses para a aplicação da pena de prestação pecuniária ou a perda de bens e valores, bem como para facilitar a fiscalização e o cumprimento. Deve-se atribuir ao setenciado tarefas conforme a sua aptidão. É preciso, ainda, converter a pena em dias para se ter noção do número de horas que devem ser prestadas pelo setenciado, inclusive porque ele pode pretender antecipar o cumprimento.
Interdição temporária de direitos: tem a mesma duração da pena, pois tem por finalidade impedir o exercício de determinada função ou atividade por um determinado período. A proibição de frequentar lugares sempre foi uma condição imposta no contexto de outra penas ou beneficio da execução penal ou de leis especiais, como o livramento condicional, o regime aberto, a suspensão condicional da pena ou a suspensão condicional do processo. Ainda sim, é quase impossível sua devida fiscalização;
Limitação de fim de semana: consiste na obrigação do condenado de permanecer aos sábados e domingos, por cinco horas diárias, em casa do albergado ou lugar adequado, afim de participar de cursos e ouvir palestras bem como desenvolver atividades educativas.
Requisitos para a concessão de penas restritivas de direitos
São três requisitos:
Objetivos: 
Aplicação de pena privativa de liberdade não superior a quatro anos, quando se tratar de crime doloso;
Crime cometido sem violência ou grave ameaça à pessoa;
O réu não reincidente em delito doloso
Subjetivos: condições pessoais favoráveis
Culpabilidade;
Antecedentes;
Conduta social;
Personalidade
Motivos; 
Circunstancias. 	
Momentos para conversão
Pena privativa de liberdade não superior a 2 anos;
Cumprimento de pena em regime aberto;
Ter cumprido pelo menos ¼ da pena;
Antecedentes e personalidade do condenado indicarem ser convenientes para conversão.
Momentos para a conversão
A condenação a pena privativa de liberdade igual ou inferior a um ano pode ser substituída por uma restritiva de direitos ou multa; se a condenação for superior a um ano, a substituição será por duas penas restritivas de direitos ou uma restritiva e uma multa.
Reconversão da pena restritiva de direitos em privativa de liberdade
O descumprimento das condições pode ocorrer nos seguintes casos:
Na prestação de serviços a comunidade e na limitação de fim de semana:
Quando o condenado não for encontrado por estar em lugar incerto r não sabido e deixar de atender à intimação por edital;
Quando não comparecer, sem motivo justo, à entidade assistencial para prestar serviços ou deixar de se recolher no fim de semana;
Quando o setenciado recusar-se, sem motivo válido, a prestar serviço que lhe foi imposto ou a participar das atividades determinadaspelo juiz;
Quando praticar falta grave;
Quando for condenado por outro crime à pena privativa de liberdade, cuja execução, não suspensa, tornar incompatível o cumprimento da restritiva de direitos;
Na interdição temporária de direitos:
Quando o condenado exercer o direito interditado, sem motivo justo;
Quando o sentenciado não for localizado para cumprir a restrição, por estar em lugar incerto e não sabido ou desatender à intimação por edital;
Quando sofrer condenação por crime sujeito à pena de liberdade incompatível com a restrição.
Na prestação pecuniária e na perda de bens ou valores: caso deixe de efetuar pagamento da prestação fixada ou deixe de entregar os bens ou valores, declarados, perdidos por sentença, de maneira voluntária. 
Sistema Trifásico:
Mínimo
MáximoCircunstâncias judiciais + pena base
	
Atenuantes + Agravantes
Circunstâncias Judiciais
1/16 por circunstância desfavorável; se tiver uma desfavorável e uma favorável, uma anula a outra; deve-se fundamentar o aumento de pena.
Circunstâncias agravantes: (art.61 CP): não constituem ou qualificam o crime;
Reincidência: a sentença tem que estar transitada em julgado; se o outro processo estiver em andamento ele é apenas tecnicamente reincidente (art. 54 CP) – após cinco anos do cumprimento do processo ou a extinção da pena não há mais do que se falar em reincidência pelo processo extinto ou cumprido;
Motivo fútil ou torpe
 Circunstâncias agravantes
        Art. 61 - São circunstâncias que sempre agravam a pena, quando não constituem ou qualificam o crime: 
        I - a reincidência;
        II - ter o agente cometido o crime:
        a) por motivo fútil ou torpe;
        b) para facilitar ou assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime;
        c) à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação, ou outro recurso que dificultou ou tornou impossível a defesa do ofendido;
        d) com emprego de veneno, fogo, explosivo, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que podia resultar perigo comum;
        e) contra ascendente, descendente, irmão ou cônjuge;
        f) com abuso de autoridade ou prevalecendo-se de relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade, ou com violência contra a mulher na forma da lei específica; 
        g) com abuso de poder ou violação de dever inerente a cargo, ofício, ministério ou profissão;
        h) contra criança, maior de 60 (sessenta) anos, enfermo ou mulher grávida;  
        i) quando o ofendido estava sob a imediata proteção da autoridade;
        j) em ocasião de incêndio, naufrágio, inundação ou qualquer calamidade pública, ou de desgraça particular do ofendido;
        l) em estado de embriaguez preordenada.
        Agravantes no caso de concurso de pessoas
        Art. 62 - A pena será ainda agravada em relação ao agente que:  
        I - promove, ou organiza a cooperação no crime ou dirige a atividade dos demais agentes; 
        II - coage ou induz outrem à execução material do crime; 
        III - instiga ou determina a cometer o crime alguém sujeito à sua autoridade ou não-punível em virtude de condição ou qualidade pessoal; 
        IV - executa o crime, ou nele participa, mediante paga ou promessa de recompensa
	Os agravantes serão sempre expressos, não podendo assim classificar um agravante, por analogia, por exemplo.
Circunstâncias atenuantes: existe a possibilidade do uso de analogia (art.65). São atenuantes expressas:
O desconhecimento da lei;
Quando não couber ponte de ouro ou de prata, mas houver o arrependimento;
Confessar o crime antes da descoberta da autoria;
Qualquer circunstância relevante
2 agravantes +			2 Atenuantes 
Cada circunstância = 1/6			Cada circunstância = 1/6
Se tiver uma atenuante e um agravante escolho o motivo mais preponderante;
Motivos preponderantes:
Menor de idade;
Reincidência; 
Circunstâncias objetivas e subjetivas
Concursos de Crimes
	Significa a prática de várias infrações por um só agente ou por grupo de autores atuando em conjunto.
Sistema do concurso de crimes
Sistema de acumulação material
Significa que a materialização de mais de um resultado típico implica na punição por todos eles, somando-se as penas. É o que ocorre nos casos dos tipos penais prevendo a aplicação de determinada pena, além de outra, advinda da violência praticada em conjunto.
Sistema da acumulação jurídica
Leva-se em consideração não a soma das penas dos delitos cometidos, nem tampouco acarreta a aplicação da pena do mais grave deles acrescida de uma cota parte previamente estabelecida em lei, mas há uma média ponderada entre as várias penas previstas para os diversos crimes, impedindo que haja um excesso punitivo por meio da fixação de um teto.
Concurso material
Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dos ou mais crimes, deve ser punido pela soma das penas privativas de liberdade em que haja incorrido, porque se adota o sistema da acumulação material nesse contexto. O concurso material pode ser homogênio (prática de crimes idênticos) ou heterogênio (prática de crimes não idênticos).
Concurso Formal
Quando o agente, mediante a uma única ação ou omissão, provoca dois ou mais resultados típicos, deve ser punido pela pena mais grave, ou por uma delas, se idênticas, aumentada de um sexto até a metade, por meio do sistema da exasperação. Dá-se o concurso formal homogênio, quando os crimes forem idênticos e o heterogênio quando o crime não for idêntico.
Concurso formal perfeito e imperfeito (próprio e impróprio)
Concurso formal perfeito: o agente pratica duas ou mais infrações penais por meio de uma única conduta;
Concurso formal imperfeito: as penas devem ser aplicadas cumulativamente se a conduta única é dolosa e os delitos concorrentes resultam de desígnio autônomos.
Concurso material benéfico
	A aplicação do concurso material, caso seja mais favorável do que o formal. Ex.: o réu está respondendo por homicídio doloso e lesões culposas, em concurso formal, valendo-se da regra do artigo 70, a pena mínima seria de 6 anos – pelo homicídio simples – acrescida de 1/6, diante a exasperação prevista, resultando em 7 anos de reclusão. 
Art. 70 - Quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplica-se-lhe a mais grave das penas cabíveis ou, se iguais, somente uma delas, mas aumentada, em qualquer caso, de um sexto até metade. As penas aplicam-se, entretanto, cumulativamente, se a ação ou omissão é dolosa e os crimes concorrentes resultam de desígnios autônomos, consoante o disposto no artigo anterior.
Crime continuado
Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes da mesma espécie, em condições de tempo (até 30 dias após o primeiro crime), lugar, maneira de execução semelhante, cria-se uma suposição de que os subsequentes são uma continuação do primeiro, formando um crime continuado.
Há duas teorias sobre a natureza jurídica do crime continuado:
Trata-se de uma ficção jurídica. O delito continuado é uma pluralidade de crimes apenas porque a lei resolveu conferir ao concurso material um tratamento especial, dando ênfase à unidade de desígnio. 
Trata-se da realidade. O crime continuado existe, porque a ação pode compor-se de vários atos, sem que isso tenha qualquer correspondência necessária com um ou mais resultados. Assim, vários atos podem causar a um único e vice-versa.
O Código Penal adotou a teoria da ficção, por ter feito opção pela teoria objetiva pura, sem buscar analisar eventual unidade de desígnio do agente.
Ação Penal
	É o direito de pleitear o Poder Judiciário a aplicação da lei penal ao caso concreto, fazendo valer o poder punitivo do Estado em face do cometimento de uma infração penal. Não se deve cofundir o direito de ação com o direito punitivo material do Estado, pois a pretensão de punir decorre do crime e o direito de ação precede a este, não deixando de haver, entretanto, conexão entre ambos. O Estadoingressa em juízo para obter o julgamento da pretensão punitiva e não necessariamente a condenação.
Princípios que regem a ação penal pública incondicionada.
Obrigatoriedade: estipulando é indispensável a propositura da ação, quando há provas suficientes a tanto e inexistindo obstáculos para atuação do órgão acusatório. Quando a lei não dispuser em sentido contrario, vigora o principio da obrigatoriedade. 
Oportunidade: significando que é facultativa a propositura da ação penal, quando cometido um fato delituoso; a utilidade da ação está baseada sob o ponto de vista do interesse público.
Espécies de ação penal.
É dividida em duas espécies, a pública e a privada. A ação pública subdivide-se em incondicionada e condicionada.
A incondicionada é aquela cuja propositura cabe exclusivamente ao Ministério Público, sem depender da concordância do ofendido ou de qualquer outro órgão estatal.
A condicionada depende de prévia provocação do interessado;
O Ministro da Justiça, nos casos de crime contra a honra do Presidente da República ou chefe de governo estrangeiro e para a persecução de crimes praticados no estrangeiro contra brasileiro. A requisição é condição para ação penal e também condição de procedibilidade;
Representação do ofendido, nos casos taxativamente previstos em lei. O interesse de proteger o bem jurídico atingido é primordial do Estado, mas é preciso também que o particular tenha interesse na punição do autor. Logo, a pretensão punitiva do Estado somente pode ser deduzida em juízo quando há representação, que não dá nascimento ao direito de punir do Estado, pois este surge a partir do cometimento do delito.
A ação penal privada é a transferência do direito de acusar do Estado para o particular, pois o interesse na existência do processo e, consequentemente da punição, é eminentemente privado. Não é transferido o direito de punir, mas tão somente o direito de agir.
A ação penal privada é regida pelo principio da oportunidade, tratando-se de um típico caso de substituição processual – do Estado para o particular. Subdivide-se da seguinte forma:
Principal ou exclusiva, quando só o ofendido pode exercer;
Subsidiária ou pública, que é intentada pelo ofendido diante da inércia do Ministério Público, quando deixa escoar o prazo legal sem oferecimento da denuncia. 
Pode perder o direito de ajuizar o individuo que:
Deixa ocorrer à decadência (6 meses do dia que veio a saber quem é o autor do crime);
Renuncia ao direito de queixa;
Perdoa o querelado;
Deixa ocorrer a perempção (não proporciona o devido andamento ao feito)
Ação penal no crime complexo
	Crime complexo é fruto da denominada continência, isto é, quando um tipo penal engloba outro ou outros, explícita ou implicitamente. Quando um dos elementos ou das circunstâncias do crime constituir delito autônomo, pelo qual cabe ação civil pública incondicionada, caberá esta também para o crime complexo.
Extinção da punibilidade
É o desaparecimento da pretensão punitiva ou executória do Estado em razão de determinados obstáculos, previstos em lei, por razões de política criminal. O rol do art. 107 do Código Penal é apenas exemplificativo, existindo várias outras causas em normas da Parte Especial e das leis penais especiais.
     
        Art. 107 - Extingue-se a punibilidade:   
        I - pela morte do agente;
        II - pela anistia, graça ou indulto;
        III - pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso;
        IV - pela prescrição, decadência ou perempção;
        V - pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação privada;
        VI - pela retratação do agente, nos casos em que a lei a admite;
   VII - pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei.
	
Momentos da ocorrência:
	Se a causa da extinção da punibilidade se der antes do transito em julgado da sentença condenatória, afeta a pretensão punitiva do Estado (afasta a pena e todos os seus efeitos secundários); se a causa ocorrer depois do transito em julgado, afeta a pretensão executória do Estado (afasta a pena, mas mantém todos os seus efeitos secundários);
Morte do Agente: significa que a morte tudo resolve, não tendo mais sentido o prosseguimento do processo, pois a pena não pode passar da pessoa do delinquente (exceção: penas pecuniárias, vão até os bens do réu que seriam passados para os herdeiros);
Anistia: é a clemência do Estado, voltada ao esquecimento de fatos considerados criminosos, concedida pelo Poder Legislativo, através da lei.
Indulto coletivo: é a clemência do Estado, voltada aos condenados, concedida pelo Presidente da República, por decreto, tendo por finalidade perdoar o restante da pena ou parte dela, levando em consideração o mérito pessoal do setenciado ou um possível erro judiciário.
Indulto Individual (graça): é a clemência do Estado, voltada a um condenado determinado, concedida pelo Presidente da República, por decreto, tendo por finalidade perdoar o restante da pena ou parte dela, levando em consideração o mérito pessoal do setenciado ou possível erro jurídico.
Abolitio Criminis: significa que o Estado, por lei, deixa de considerar crime determinada conduta, possibilitando a aplicação retroativa dos benefícios da lei nova, abrangendo réus processados e condenados. Quanto àqueles que já cumpriram pena, o efeito da abolitio criminis é apagar o registro da condenação da folha de antecedentes.
Decadência: é a perda do direito de ingressar com ação penal privada em face do decurso de tempo, normalmente estipulado em seis meses, contados da data em que o ofendido souber quem é o autor do crime. Pode dar-se decadência igualmente quanto ao direito de representar, no contexto da ação pública incondicionada. 
Preempção: é a perda do direito de prosseguir na ação penal privada, tendo em vista o descaso com que o querelante conduz;
Renuncia ao direito de queixa: significa a desistência do ofendido de dar inicio à ação penal contra o agressor, nos delitos de ação penal privada. É o ato unilateral, não dependente da concordância do autor da infração penal;
Perdão: significa a desistência do ofendido de prosseguir na ação penal privada. É o ato bilateral, dependente da concordância do autor da infração.
Retratação: é o ato de desdizer-se, voltar atrás e narrar outra versão dos fatos, que pode representar beneficio à vítima ou ao Estado. Admite-se retratação nos crimes de calúnia ou difamação, bem como no falso testemunho ou falsa pericia. 
Perdão Judicial: é a clemência do Estado, concedida pelo juiz, levando em consideração as hipóteses expressamente previstas em lei.
Prescrição
	É a perda do direito do Estado de punir ou executar a pena em razão do decurso do tempo, tornando inútil a aplicação da sanção penal, seja porque a sociedade esqueceu-se do fato, seja porque o criminoso, de algum modo, modificou seu comportamento e expiou sua culpa.
Prescrição da pena em abstrato: trata-se da consideração da pena máxima prevista abstratamente para o delito em relação ao cálculo da prescrição, enquanto não se obtém a pena concreta fixada na sentença;
Prescrição da pena em concreto: leva-se em conta a pena fixada pelo juiz, com transito em julgado, pelo menos, para a acusação, para o calculo da prescrição retroativa ou intercorrente, bem como para a prescrição da pretensão executória.
Prescrição da pretensão punitiva: é a perda do direito do Estado, não remanescendo a pena, nem os seus efeitos secundários. Ocorre antes do transito em julgado da sentença condenatória;
Prescrição da pretensão executória: é a perda do direito de executar a sanção penal, não subsistindo a pena, mas apenas seus efeitos secundários. Ocorre depois do transito em julgado da sentença condenatória;
Prescrição retroativa: é a prescrição da pretensão punitiva do Estado, com base na pena concreta, tomando por base prazos anteriores à própria sentença condenatória;
Prescrição intercorrente: é a prescrição da pretensão punitiva do Estado, com base na pena concreta, tomando por base o período quemedeia a sentença condenatória, com trânsito em julgado para a acusação (ou se improvido seu recurso), e o transito em julgado para a defesa.
TABELA DE PRAZOS PRESCRICIONAIS
	PENAS (EM ABSTRATO OU CONCRETO)
	 PRAZO
	EXCEÇÃO: réu menor de 21 anos (no fato) ou maior de 70 (na sentença)
	EXCEÇÃO: reincidência no caso de prescrição da pretensão executória
	Inferior a um ano;
	Dois anos;
	Um ano
	2 anos e 4 meses ou 1 ano e 4 meses
	1 a dois anos
	Quatro anos
	Dois anos
	5 anos e 4 meses ou 2 anos e oito meses
	Mais de dois anos até quatro anos
	Oito anos
	Quatro anos
	10 anos e 8 meses ou 6 anos e 4 meses.
	Mais de quatro anos até oito anos
	Doze anos
	Seis anos
	16 anos ou 8 anos
	Mais de oito anos até doze anos
	Dezesseis anos
	Oito anos
	21 anos e 4 meses ou 10 anos e 8 meses;
	Superior a doze anos
	Vinte anos
	Dez anos
	26 anos e 8 meses ou 13 anos e 4 meses
     Art. 110 - A prescrição depois de transitar em julgado a sentença condenatória regula-se pela pena aplicada e verifica-se nos prazos fixados no artigo anterior, os quais se aumentam de um terço, se o condenado é reincidente. 
        § 1o  A prescrição, depois da sentença condenatória com trânsito em julgado para a acusação ou depois de improvido seu recurso, regula-se pela pena aplicada, não podendo, em nenhuma hipótese, ter por termo inicial data anterior à da denúncia ou queixa.
	Direito Penal | Faculdade de Direito de São Bernardo do Campo – NOV/2012
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