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Sociologia - 4º Bimestre

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Sociologia - 4º Bimestre
Focault
Questões centrais:
Prisão surge como prática punitiva: reflexão sobre o que é e como funciona – reflexão é feita com base no modelo antigo de prisão com o modelo atual de prisão. O modelo atual busca mudar o comportamento do prisioneiro. Suplicio Prisão.
Porque acontece? Com o advento nos meios urbanos começa a acontecer a criminalidade fraude, ou seja, em relação a criminalização de coisas que tem donos, justamente pela valorização da propriedade. Em uma sociedade em que há tal valorização, o suplicio corporal não é algo bem visto mais, e isso provoca uma delação do sistema punitivo através da polícia – relacionado com o movimento capitalista. A partir da passagem do suplicio para a prisão há uma maior observância de quem são os fora da lei; pune-se de maneira mais difusa, não há humanização, apenas difunde-se. Desenvolve-se uma técnica para combater para se combater as novas ilegalidades do século.
Razão de ordem política: tem influencia no feudalismo. Nos Estados modernos tem passa a existir o exercito e a ideia do contratualismo – há a mudança de fundamento da soberania. Essa relação está ligada justamente a este fundamento. A mudança da forma de punir tem que acompanhar a justificativa ligada ao surgimento da sociedade disciplinada; surge com isso a escola, hospital, a prisão – que difunde os indivíduos em um ambiente disciplinar que os inserem na nova forma de governar. O corpo do condenado não é mais visto como afirmação do poder (violação do poder do rei). O ritual deixa de fazer sentido, e a prisão passa a ser a homogeneização dos comportamentos, o corpo vira um bem social e a prisão, como já dito, surge para ser um lugar de difusão de pensamentos, assim como a escola.
Por que, desde o inicio, investiu-se em um modelo punitivo, sabidamente problemático? Para Focault esse novo modelo não se explica pela humanização, mas sim pelo advento da sociedade disciplinar, ligado ao suplicio da alma. Surge a polícia que tem papel fundamental nessa nova sociedade.
O que explica essas mudanças? Padrões de criminalidade mudam; tem relação com a propriedade privada e com a ordem econômica. Prisão e policia criam uma relação correlata.
Ideia Fundamental
	Até a idade média o suplicio tem finalidade de celebrar o poder do rei (finalidade política), com a mudança política o ritual perde o sentido e o que se cria é uma sociedade disciplinar. Procura-se um suplicio mais sutil, no sentido educativo – a escola é um instrumento criado para adestrar o individuo para que ele adote uma forma de agir.
	Antes o corpo do condenado era coisa do rei. O corpo do condenado passa a ser um bem social, e um veiculo de valores, com isso a pena de morte vira exceção. 
Disciplina
A escola, como outras instituições de confinamento, é um local onde as pessoas ficam confinadas para receber informações, onde são educadas para serem controladas.
Instituições que transferem uma visão de mundo, uma visão, mais uma vez, ligada a disciplina;
Controle de espaço: a disciplina é dada em fila, que permite que as pessoas sejam controladas com mais facilidade;
Controle de tempo: a forma com que as instituições disciplinares funcionam otimiza o tempo, para mais uma vez, melhor controlar
Vigilância hierárquica: documentos são expedidos para que permitam o poder saber por onde ando;
Sanção como normas
Prisão como instituição que pretende socializar indivíduos: Focault questiona se a prisão é capaz de socializar o individuo. A prisão é um instituto “onidisciplinar”, ou seja, o individuo passa parte da sua existência sendo ressocializado, é uma disciplina incessante. As críticas feitas em relação ao seu fracasso são reiteradas desde o século IXX – são elas: a reincidência, prisão como fábrica de criminosos, a prisão não dá trabalho aos presos, ou então, aprende uma atividade inútil para a disputa do mercado de trabalho. Além disso, muitas vezes o preso sai da prisão comprometido com favores que prometeu a outros presos em troca de proteção, por exemplo.
As reivindicações dos presos são sempre as mesmas;
Reflexões de Focault: o fracasso não faz parte da prisão. Qual a utilidade da prisão? A utilidade da prisão está relacionada com o surgimento da policia que tem por objetivo observar atividades sociais – a polícia se vale de toda a observação da prisão, e com isso, já tem as características do delinquente. É a polícia que justifica o aparato penal e a reincidência justifica o controle social e a vigilância. Portanto, a reincidência legitima a polícia. A prisão é um problema que começa na polícia, e passa pelos sistemas carcerários, seus profissionais e órgãos relacionados.

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