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Resumo Ciência Política AV1

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Resumo Ciência Política AV1 
 
 
1) Discurso Político: resultado de uma atividade discursiva que procura fundar um ideal político em 
função de certos princípios que devem servir de referência para a construção das opiniões e dos 
posicionamentos. 
 
 
2) O discurso Político dedica-se a construir imagens de atores e a usar estratégias de persuasão e 
sedução empregando diversos procedimentos retóricos. 
 
3) O espaço político não corresponde necessariamente ao geográfico, mesmo que às vezes coincidam. 
Ele é fragmentado em diversos espaços de discussão, persuasão, de decisão que ora se recortam, ora 
se confundem, ora se opõem. 
 
4) Legitimidade do discurso político: legitimidade não é legalidade. O discurso polí tico que tem 
legitimidade é aquele que não é arbitrário, mas consentido pela sociedade, então: 
 
• Poder legítimo: consentido pela sociedade 
• Poder legal: poder da lei 
• Poder ilegítimo: imposto, arbitrário. 
 
5) Para Max Weber, o poder legítimo é classificado em: 
• Tradicional (monarquias) 
• Carismático (Estadistas, como Lula, Getúlio, etc) 
• Racional (obedece as normas – pacto social) 
 
6) Existem dois tipos de discurso: 
• Discurso de ideias: baseado em verdades pessoais, dogmas, convicções. 
• Discurso de poder: baseado em critérios que podem ser falsos ou verdadeiros. É dito o que é 
possível para atrair o público e não o que é verdadeiramente pensado ou sentido. 
 
7) Estratégias do Discurso Político: Retórica 
A retórica é a arte da persuasão pelo discurso. É a rte de argumentar e contra-argumentar algo em 
público para deliberar. É uma dinâmica de comunicação, a razão ideológica de identificação 
imaginária da verdade política. No discurso político é muito importante, porque são utilizados 
elementos retóricos físicos, intelectuais e textuais para construir um discurso identitário com o 
auditório. No caso dos políticos, com seus eleitores. 
8) A retórica foi criada pelos sofistas (professores em grego) representados por Córax, Górgias e 
Protágoras. Para os sofistas, se as pessoas conhecessem os fundamentos da retórica, não seriam 
enganados. A retórica, para os sofistas, visa a argumentação no verossímil e não necessariamente no 
verdadeiro. Assim, eles ensinavam aos gregos a falar em público através de técnicas retóricas. 
 
 
9) Platão era aristocrata e, por isso, dizia que a sociedade devia ser dirigida por “belas almas”. 
Acredita, portanto, na retórica divina, criticando os sofistas. Mas os sofistas não acreditam nisso e 
sim no ensinamento das técnicas. Aristóteles, discípulo de Platão, sistematizou o estudo da retórica.
10) Para Aristóteles, a retórica não seria mera persuasão, mas distinção e escolha dos meios 
adequados para persuadir, separando agente, ação e resultado da ação. 
 
Gêneros do discurso Aristotélico: 
 
a) Deliberativo (orador persuade para uma coisa boa ou má do futuro) 
b) Judiciário (orador persuade para uma coisa justa ou injusta do passado) 
c) Epidíctico e vitupério (orador tenta comover sobre uma coisa digna, bela ou infame do presente) 
 
Fases do discurso Aristotélico: 
 
 
a) Invenção (concepção do discurso / escolha do gênero). 
b) Disposição (organização do discurso: exórdio, narração, confimação, digressão e peroração). 
c) Elocução (estilo do discurso) 
d) Ação (pronunciamento, dicção, respiração, trabalho de voz e corpo) 
 
11) Do surgimento do Estado e o contratualismo 
 
• Formação Originária: agrupamentos humanos que não possuem nenhum outro Estado. 
• Formação derivada: são estados que surgem com base em outros preexistentes. Por união 
(Ioguslávia, Checoslováquia, Reino Unido, URSS); 
Por fracionamento (Bósnia, Sérvia, Montenegro, Eslováquia). 
 
 
12) Estado: É a organização político-jurídica de uma sociedade para realizar o bem público/comum, 
com governo próprio e território determinado. 
 
13) Formação do Estado – Existem duas teorias sobre a formação originária do Estado: 
Formação natural, que afirma que o Estado se formou naturalmente e não por ato voluntário; 
Formação contratual, afirmando que um acordo de vontades de alguns homens ou de todos que levou 
à criação do Estado. 
 
14) Aristóteles (IV a. C) em sua obra denominada “a Política” já escrevia sobre o Estado, começando 
pela organização política de Atenas e Esparta, os órgãos de governo dessas cidades, chegando a uma 
classificação de todas as formas de governos então existentes, podendo ser considerado o fundador da 
ciência do Estado. Já Platão (IV a. C) escreveu a obra denominada “a República”. No entanto, 
enquanto Aristóteles estudou o Estado real, tal como existia na época, procurando descobrir os 
princípios que o regiam, Platão descreveu o Estado ideal, tal como devia ser, de acordo com sua 
própria concepção do homem e do mundo, vindo Cícero (II a. C) fazer uma análise jurídica e moral 
do Estado romano, do que ele era e do que deveria ser. No século XVI Maquiavel escreveu “o 
Príncipe”, lançando os fundamentos da política, como a arte de atingir, exercer e conservar o poder. 
Com as Constituições escritas, codificação de suas normas fundamentais, o estudo da organização de 
cada Estado demonstra a ocorrência de elementos comuns e permanentes, bem como as instituições 
que neles existem, sendo possível conceituá-los e classificá-los, destacando-se progressivamente o 
Direito Constitucional e a Ciência Política.
14) Contrato Social = Pacto Social 
Contrato social é um acordo de vontades, que significa que a sociedade humana é originada e 
construída de modo artificial e não natural, sendo um produto de um acordo realizado pelos homens 
enquanto expressão e manifestação da sua racionalidade. 
 
15) As teorias sobre o contrato social se difundiram nos séculos XVI e XVIII como forma de postular 
a origem legítima dos governos e, portanto, das obrigações dos governantes e súditos. 
 
14)Thomas Hobbes: foi o primeiro a articular a teoria contratualista. Na obra Leviatã explicou seus 
pontos de vista sobre a natureza humana e sobre a necessidade de governos e sociedades. Para ele, o 
homem possui uma natureza ruim, egoísta, sendo movido por suas paixões. São essas paixões junto 
da razão que o levam ao contrato. Assim, os homens transferem direitos para uma pessoa, que vem a 
ser o soberano. Este contrato é irrevogável, irresistível e reforça o Estado Absolutista. A relação entre 
soberanos e súditos é de subordinação. Para Hobbes, o pacto é necessário para evitar a anarquia. O 
soberano é um monarca ou um conselho maior ou menor. A soberania é absoluta, não há limites ao 
poder soberano, que está acima dos pactos e da lei. Deve-se obediência absoluta a ele. O estado é o 
único legislador e o soberano é o único que é livre. Os homens abdicam de todos os seus direitos 
naturais e transferem ao soberano, levando consigo, somente, o direito à vida.
15) John Locke: o homem é bom, livre. O Estado é apenas o guardião que centraliza as funções 
administrativas, protegendo os direitos dos homens. A relação entre governantes e governados é de 
confiança e não de subordinação (tendo que ter consentimento), pensamento inédito, pois, na época, 
não se questionava o poder divino dos governantes. Se o Estado não proteger os direitos, essa relação 
de confiança é quebrada, possibilitando a revogação do contrato. O pacto é necessário para evitar o 
despotismo (poder absoluto e arbitrário). Para Locke o contrato é limitado, divisível e resistível. Ele 
deve uma monarquia constitucional. 
 
16) Rousseau: o homem é bom por natureza, a sociedade o corrompe. O pacto social pode ser 
definido quando “cada um de nós coloca a sua pessoa e sua potência sob a direção suprema da 
vontade geral”. Ele considera a liberdadeum direito e um dever ao mesmo tempo. Todos os homens 
nascem livres e iguais, então não abrem mão de seus direitos naturais, mas entram em acordo para a 
proteção desses direitos que o estado é criado para preservar. Portanto, o contrato é revogável. Para 
Rousseau, a soberania enquanto vontade geral é inalienável e indivisível 
 
Obs: A nossa CR/1988 é a base contratual entre o estado e o indivíduo. 
 
17) Elementos constitutivos do Estado: Povo + Território + Soberania + Finalidade 
 
18) Elementos integrativos do estado: Poder Político + Governo + Nação
19) Soberania é uma autoridade superior que não pode ser limitada por nenhum outro poder. É 
elemento constitutivo do estado, que representa o poder de submeter a todos que nele se encontrem e 
se relacionem igualmente. É o poder supremo do estado fazendo valer as suas leis, decisões, 
dispondo de meios para impô-las se não obedecidas. 
 
• Hobbes defende uma soberania absolulista (teoria divina / teocrática = Rei) 
• Locke e Rousseau defendem o Estado liberal, limitado pelos direitos naturais, em que os Estados 
salvaguardam os direitos do povo.
Características da soberania: una, indivisível, inalienável, imprescritível, coativa, exclusiva, 
originária, incondicional. 
 
20) Fontes do Poder Soberano: 
• Teorias carismáticas ou teocráticas: direito divino (sobrenatural ou provide ncial) dos reis. O poder 
vem de Deus e se concentra na pessoa sagrada do soberano. 
• Teoria democrática: a soberania provém da vontade do povo (teoria da soberania popular) ou da 
nação propriamente dita (teoria da soberania nacional). Para as escolas alemã e vienense, a soberania 
provém do Estado, como entidade jurídica dotada de vontade própria (teoria da soberania estatal). 
 
20) Território é a base física, o âmbito geográfico da nação, onde ocorre a validade de sua ordem 
jurídica. Não existe Estado sem território. É o local onde o Estado exerce seu poder soberano. 
Partes: solo, subsolo, espaço aéreo, mar territorial (12 milhas). 
Passagem inocente (trânsito): Aeronave ou navio que passa pelo espaço aéreo / marítimo onde o 
destino final é outro. 
 
21) Povo é um conjunto de cidadãos que possuem um vínculo jurídico com o estado (votando e sendo 
votado). Elemento humano que constitui o Estado. 
 
22) População: conjunto de pessoas nacionais ou estrangeiras que residem no país (dados 
econômicos, geográficos). 
 
23) Nação: conjunto de pessoas que possuem um vínculo sentimental, étnico, religioso, linguístico. É 
identidade cultural, os costumes.
24) Formas de Governo antigas (Aristóteles): 
a) Puras – monarquia, aristocracia e democracia 
b) Impuras – Tirania, oligarquia e demagogia 
 
25) Formas de Governo antigas (Platão): 
Governo de um só – Monarquia 
Governo do grupo – República, Aristocracia e Democracia 
 
26) Formas de Governo atuais: 
 
a) Monarquia: Hereditariedade, Vitaliciedade, Irresponsabilidade política do chefe de Estado (Rei), 
ou seja, não deve explicações ao povo ou qualquer órgão sobre os motivos pelos quais adotou certa 
orientação política. 
- Monarquia Absolutista: poder ilimitado, poder incontestável do Rei, origem divina, poder soberano 
do rei, soberania teocrática. 
- Monarquia Parlamentarista: Chefe de Estado é o Rei; Chefe de Governo é o primeiro ministro 
(chefe do Executivo). 
 
a) República: Eletividade (eleito pelo povo) e temporariedade (por prazo determinado) 
- República Parlamentarista: responsabilidade política do chefe de governo, que vem a ser o Primeiro 
Ministro. 
- República Presidencialista: Irresponsabilidade política do chefe de governo.
27) Aristóteles e as espécies de governo: 
A classificação mais antiga das formas de governo que se conhece é a de Aristóteles, baseada no 
número de governantes. Foi o primeiro a falar em separação de poderes. Distingue ele três espécies 
de governo: 
1) A monarquia, quando é um só indivíduo quem governa em prol do bem geral; 
2) A aristocracia, que é o governo exercido por um grupo de minoria privilegiada da nobreza em 
benefício da sociedade; 
3) A democracia quando o poder é exercido pelo povo com o objetivo do bem comum. 
 
Cada uma destas formas de governo, segundo Aristóteles, pode sofrer uma degeneração, quando 
quem governa deixa de se orientar pelo interesse geral e passa a decidir segundo conveniências 
particulares. Assim, as formas puras de governo são substituídas por forma impuras: 
 
1) A monarquia degenera em tirania (um só quem governa em proveito próprio); 
2) A aristocracia degenera em oligarquia (governo exercido por um grupo de minoria privilegiada da 
nobreza em benefício próprio); 
3) A democracia degenera em demagogia (o governo nas mãos da multidão revoltada ou esta domina 
diretamente os governantes, implantando um regime de violência e de opressão). 
 
27) Maquiavel: Sustentava a existência de ciclos de governo, ou seja, o ponto de partida é um estado 
anárquico, inicio da vida humana em sociedade. Para se defenderem melhor os homens escolheram o 
mais robusto e valoroso, nomeando-o chefe e obedecendo-o. Não dando certo, mudaram as 
características para o mais justo e sensato, tendo esta monarquia eletiva se tornado hereditária, sendo 
que algum tempo depois os herdeiros começaram a degenerar, surgindo a tirania. P ara coibir seus 
males, os que tinham mais riquezas organizaram conspirações e se apoderaram do governo, 
instaurando a aristocracia, orientada no bem comum. Contudo, os descendentes dos governantes 
aristocratas, despreocupados com o bem comum, passaram a utilizar o governo em proveito próprio 
convertendo a aristocracia em oligarquia. O povo não suportando mais esta situação destituiu os 
oligarcas e resolveu governar a si mesmo, surgindo o governo popular ou a democracia. Mas o 
próprio povo sofreu um processo de degeneração e cada um passou a utilizar em proveito pessoal a 
condição de participante no governo, gerando a anarquia e voltando -se ao estágio inicial e 
recomeçando-se o ciclo que já foi cumprido várias vezes na vida de todos os povos. Assim, a única 
maneira de se quebrar o ciclo, segundo Maquiavel, seria a conjugação da monarquia, da aristocracia e 
da democracia em um só governo. 
28) Montesquieu: apontou três espécies de governo: o governo republicano, o monárquico e o 
despótico, tendo grande influência prática. Para ele, o governo republicano é aquele que o povo, 
como um todo, ou somente uma parcela do povo possui poder soberano; a monarquia é aquela em 
que um só governa, mas de acordo com leis fixas e estabelecidas; e no governo despótico, uma só 
pessoa governa sem obedecer a leis e regras, realiza tudo por sua vontade e seus caprichos. 
 
A tripartição das funções (ou separação dos poderes) já havia sido estudada por Aristóteles, em sua 
obra ‘Política’, através da qual vislumbrava a existência de três funções distintas ex ercidas pelo poder 
soberano (Legislativo, Executivo, Judiciário). Montesquieu, partindo deste pressuposto, aperfeiçoou 
a teoria de Aristóteles em “O Espírito das Leis” e contribuiu com o denominado SISTEMA DE 
FREIOS E CONTRAPESOS, em que um poder controla o outro e em que cada órgão exerce as suas 
competências. Na atualidade não se pode admitir a divisão rígida, uma vez que os órgãos são 
obrigados a realizar atividades atípicas. A tripartição, portanto, é a técnica pela qual o poder é conti do 
pelo próprio poder, um sistema de freios e contrapesos (...), uma garantia do povo contra o arbítrio e 
o despotismo”. 
A Constituição brasileira adotou o sistema de freios e contrapesos como pode ser visto, por exemplo, 
no art. 84 do texto fundamental, onde permite ao Chefe do Executivo elaborar Decretos. Invadindo, 
desta forma, a competênciado Poder Legislativo, sem violá-la, uma vez que há previsão legal. 
O Sistema de Freios e Contrapesos (check and balance) garante que nenhum dos 3 poderes da união 
seja mais forte que o outro. E que mesmo a independência de cada um seja constitucional, pois a 
própria constituição determina pequenas, mas importantes intervenções de um sobre os outros. Por 
exemplo, nomeação de cargos no Judiciário por indicação do executivo e ainda com autorização do 
legislativo. Direito a veto ou sanção do chefe de estado sofre o legislativo (embora seja direito do 
legislativo derrubá-lo) e assim por diante. Isso faz com que cada um seja independente do outro, mas 
que todos tenham a mesmo objetivo comum. O bem do Estado. Isso permite a harmonia e o 
equilíbrio. 
29) John Locke sistematizou os poderes em quatro funções: 
Função Executiva – compete ao Rei 
Função Federativa – declarar guerra ou celebrar a paz. 
Função legislativa – compete ao parlamento 
Função prerrogativa – O Rei tem a competência de promover o bem. 
 
30) Sistemas de Governo: 
 
A) Parlamentarismo: Origem Inglaterra (Séc. 18). 
- Sistema de governo em que há um chefe de Estado que representa o Estado sem responsabilidade 
política (rei ou presidente da república) e um chefe de governo (1º ministro) que governa o Estado. 
- O sistema parlamentarista se adapta às formas de governo da monarquia e república. 
- Chefe de Estado é a rainha, rei ou presidente. Atribuições do chefe de Estado: representar 
internacionalmente o país perante a comunidade internacional, receber outros chefes de Estado e 
servir de vínculo moral aos seus súditos. 
- Chefe de Governo é o Chefe do executivo, que é o Primeiro Ministro (atribuições fiscalizadas pelo 
parlamento). 
- Responsabilidade política. 
- Dissolução do parlamento pela Rainha (em momento de crise pode indicar o Primeiro Ministro e 
convocar imediatamente novas eleições. 
- Interdependência entre os poderes Legislativo e Executivo. 
- No parlamentarismo o povo vota indiretamente no poder executivo (Primeiro ministro) ao votar no 
partido, que assim elege o Primeiro Ministro e seu gabinete. 
- Baseia-se na existência de partidos fortemente organizados. 
- Colegialidade do órgão governamental. 
- Responsabilidade política do Ministério perante o Parlamento. 
- Responsabilidade política do Parlamento perante o Corpo Eleitoral.
B) Presidencialismo: Origem EUA (1787 – 1ª Constituição moderna) 
- Presidente é o chefe de Estado e Chefe de Governo. 
- Chefe do Executivo é unipessoal (decisões de uma só pessoa) 
- Presidente é eleito pelo povo 
- Mandato por prazo determinado 
- Presidente tem poder de vetar projeto de lei 
- Impeachment (Art. 85 da CR Brasil): crime de responsabilidade. Hipóteses: desonestidade administrativa, interferência nos poderes Executivo, Legislativo e MP, desobedecer as leis e decisões 
judiciais e leis (Art. 86). Quem autoriza o processo é a Câmara dos deputados (2/3), quem processa e 
julga é o senado federal (2/3) e a sanção administrativa implica perda do cargo e inabilitação de 
função pública por 8 anos. 
 
As características do parlamentarismo favorecem a cooperação política mais do que as do 
presidencialismo e propiciam maior flexibilidade institucional para resolução de crises e conflitos. O 
presidencialismo é um sistema de governo que gera conflitos com facilidade, mas não provê meios 
constitucionais para resolvê-los. Os incentivos que emanam do seu desenho institucional e que 
balizam a ação dos atores diretos (presidência, congressistas e partidos) favorecem mais conflito que 
cooperação. A importância dos mandatos e calendário eleitoral fixos para o processo político no 
presidencialismo presidem a lógica das políticas públicas, dificultando sua racionalização. A escolha 
do chefe do governo no presidencialismo é dissociada do processo governamental, incluindo, dentre 
deste, a formação do governo, encontrando dificuldades para lidar com governos divididos.
30) DISTINÇÃO ENTRE O CHEFE DE ESTADO E CHEFE DE GOVERNO: 
Chefia do Estado - Nas Monarquias, exercido pelo rei, e nas Repúblicas pelo presidente. É a 
atribuição constitucional para representar interna e internacionalmente o Estado. É uma atribuição 
legitimada pelo voto quando for República, para permitir o exercício de funções e competências. 
Como não participava das decisões políticas, é politicamente irresponsável. 
 
Chefia de Governo - É exercida pelo 1º ministro com sustentação política do parlamento. O 1º 
ministro representa a maioria e é escolhido pelo presidente ou rei, devendo obter a aprovação do 
parlamento. O governo terá um conjunto de ministros que formarão um gabinete de ministros. O 1º 
ministro tem funções políticas e seu poder só tem legitimidade enquanto tiver maioria parlamentar.
31) Formas de Estado: 
 
ESTADO PERFEITO – É o Estado que reúne os três elementos constitutivos – povo, território e 
governo – cada um na sua integridade, devendo o elemento governo ser soberano irrestritamente. 
ESTADO IMPERFEITO – É o Estado que, embora possuindo os três elementos constitutivos, sofre 
restrição em algum deles, principalmente sobre o governo. O Estado imperfeito pode ter a 
administração própria, mas não é Estado na exata acepção do termo enquanto estiver sujeito à 
influência tutelar de uma potência estrangeira. Não sendo soberano, não é uma pessoa jurídica de 
direito público internacional (Estado soberano). ex: Protetorados de Mônaco (França), San Marino 
(Itália) e Andorra (Espanha) 
ESTADO SIMPLES OU UNITÁRIO - É aquele no qual há um único poder soberano sobre um único 
povo e determinado território. O governo único tem plena jurisdição nacional, sem divisões internas 
que não sejam simplesmente de ordem administrativa. Ex.: França. 
ESTADO COMPOSTO – É a união de dois ou mais Estados, apresentando duas esferas distintas de 
poder governamental, e obedecendo a um regime jurídico especial, sempre com a predominância do 
governo da União como sujeito de direito público internacional. É uma pluralidade de Estados, 
perante o direito público interno, mas no exterior se projeta como uma unidade. São tipos de Estados 
compostos: 
 
 
a) União Pessoal – É uma forma própria da monarquia que ocorre quando dois ou mais Estados são 
submetidos ao governo de um só monarca. Resulta este fato em regra do direito de sucessão
hereditária, pois, um mesmo Príncipe, descendente de duas ou mais dinastias, poderá herdar duas ou 
mais coroas. Pode também resultar de eleição ou acordo internacional. Na união pessoal os Estados 
conservam a autonomia interna e internacional. 
Ligam-se apenas pela pessoa física do soberano. É transitória, sem utilidade política para os Estados 
associados. Ex.: Espanha e Portugal, sob Felipe da Áustria. 
b)União Real – É uma forma própria da monarquia que consiste na união de dois ou mais Estados, 
conservando cada um a sua autonomia administrativa, a sua existê ncia própria, mas formando uma só 
pessoa jurídica de direito público internacional sob o mesmo soberano. As leis de sucessão são 
unificadas de modo que somente uma dinastia reine. Ex.: Escócia, Irlanda e Inglaterra até 1707; 
Suécia e Noruega; Áustria e Hungria. 
c) União Incorporada – É a união de dois ou mais Estados distintos para a formação de uma nova 
unidade. Neste caso os Estados se extinguem de fato e de direito por serem completamente 
absorvidos pela nova entidade resultante da incorporação. Os Estados que se incorporaram têm 
apenas a designação virtual de Estado. A Grã-Bretanha é exemplo clássico de união incorporada. Os 
reinos da Inglaterra, Escócia e Irlanda do Norte, formaram união pessoal, depois união real, vindo 
posteriormente a se fundiram formando um único Estado com a denominaçãode Grã-Bretanha.
d) CONFEDERAÇÃO – É a união contratual de Estados independentes que se ligam para fins de 
defesa externa e paz interna. Na união confederativa os Estados confederados não sofrem qualquer 
restrição à sua soberania interna, nem perdem a personalidade jurídica de direito público 
internacional. Destes Estados soberanos, unidos pelos laços da união contratual, surge a confederação 
como entidade supraestatal, com suas instituições e autoridades constituídas que promovem todas as 
medidas conducentes ao objetivo de defesa externa e paz interna dos Estados confederados. No que 
diz respeito aos objetivos comuns, delegam a maior competência ao supra governo. Ex.: a Suíça foi 
uma das mais antigas Confederações, sendo hoje uma federação. Da mesma forma ocorreu com os 
Estados Unidos da América do Norte e Alemanha que são hoje Estados Federados, mostrando a 
tendência das Confederações evoluírem para Federação ou se dissolverem. 
e) FEDERAÇÃO - É aquele Estado formado pela união de vários Estados, que perdem a soberania 
em favor do poder central da União Federal, que possui soberania e personalidade jurídica de Direito 
Público Internacional. São Estados Federais: Brasil, Estados Unidos da América do Norte, México, 
Argentina e Venezuela. O que caracteriza o Estado Federal é justamente o fato de, sobre o mesmo 
território e sobre as mesmas pessoas, se exercer, harmônica e simultaneamente, a ação pública de 
dois governos distintos: o federal e o estadual.
32) Características da Confederação: 
- Base jurídica é um tratado internacional 
- Cada cidadão mantém a nacionalidade do seu país de origem 
- Os Estados são soberanos 
- Existe direito de secessão (separação) 
 
33) Estado federal: descentralização nos âmbitos político e administrativo. 
- Base jurídica é a Constituição 
- Não existe direito de secessão: uma vez feita a adesão os Estados não podem 
se retirar da federação 
- Cada esfera de poder tem renda própria 
- Os cidadãos que aderem à federação adquirem uma nova nacionalidade 
- Composição bicameral do Poder Legislativo: No Brasil o Congresso nacional é formado pela 
Câmara dos Deputados (representa vontade do povo) + Senado Federal (representa a vontade do 
estado membro). 
- Esferas de poder: Federal e Estadual. No Brasil temos também a esfera municipal (não existe 
hierarquia entre as leis) 
- Sistema judiciário com ampla competência, tendo na sua cúpula um Supremo Tribunal Federal, que 
é órgão de equilíbrio federativo e de segurança de ordem constitucional; 
- Apenas o poder central ou União detém a soberania.
34) Democracia: teve origem na Grécia antiga, onde foi denominada como uma força de exercer os 
diretos humanos, junto com a Filosofia, em que esta seria para a reflexão do homem sobre seus atos e 
existência no mundo. Tais conceitos teriam a função de livrar o mundo de preconceitos e limitações 
injustas. A concepção moderna de democracia surgiu a partir do século XVIII, com as lutas contra o 
absolutismo, sobretudo através da afirmação dos direitos naturais da pessoa humana. Daí a grande 
influência dos jusnaturalistas, como Locke e Rousseau. As revoluções burguesas que derrubaram as 
monarquias absolutistas são a Revolução Americana de 1776 e Revolução Francesa de 1789. A 
democracia recuperou o princípio da cidadania: os homens deixaram de ser súditos (subordinados a 
um rei) para se transformarem em cidadãos. O princípio básico do funcionamento da democracia 
moderna é o direito dos cidadãos de participarem dos assuntos de interesse coletivo a partir do voto. 
A principal função do voto é a escolha de representantes. Os representantes eleitos dispõem de 
poderes que lhes foram delegados pelos cidadãos para cuidar dos assuntos políticos da comunidade. 
Enquanto as instituições democrático-modernas se baseiam em uma concepção individualista, as 
instituições grego-antigas tinham como base uma concepção coletivista da sociedade. 
 
35) DEMOCRACIA DIRETA, SEMIDIRETA E REPRESENTATIVA (INDIRETA) 
 
1) Democracia Direta: supõe o exercício do poder político pelo povo, reunido em assembleia plenária 
da coletividade. Na democracia direta o povo exerce por si as decisões políticas. Ex: Suíça. 
2) Democracia Indireta: povo participa indiretamente por intermédio das eleições de seus 
representantes no legilativo. Na democracia representativa o povo concede um mandato político a 
alguns cidadãos para, na condição de representantes, externarem a vontade popular e tomarem 
decisões em seu nome, como se o próprio povo estivesse governando, sendo o mandato político uma 
das mais importantes expressões da conjugação do político e do jurídico. 
3) Democracia Semidireta: o povo exerce o seu poder de modo indireto através de seus 
representantes eleitos pelo voto. Caracteriza-se pel a coexistência de mecanismos da democracia 
indireta com outros da democracia direta, como é o caso do Referendum, Plebiscito, Iniciativa 
Popular (presentes na Constituição Brasileira de 1988 nos art. 14), Veto Popular e o Recall. 
a) Referendum – É uma consulta à opinião pública para a introdução de uma emenda constitucional 
ou mesmo de uma lei ordinária, quando esta afeta um interesse público relevante. Ex: desarmamento 
(2005).
b) Plebiscito – Consiste numa consulta prévia à opinião popular para se adotar ou não determinadas 
providências legislativas. Ex: criação de municípios. 
c) Iniciativa Popular – Consiste em facultar ao povo a iniciativa de propor um projeto de lei, 
conforme art. 60, § 2º CF/1988. Ex: Ficha Limpa. 
 
Veto Popular – Consiste em dar aos eleitores um prazo, após a aprovação de um projeto pelo 
Legislativo, para que requeiram a aprovação popular da lei. A lei não entra em vigor antes de 
decorrido esse prazo e, desde que haja a solicitação por um certo número de eleitores, ela continuará 
suspensa até as próximas eleições, quando então o eleitorado decidirá se ela deve ser posta em vigor 
ou não. 
Recall – É uma instituição norte-americana que tem aplicação para revogar a eleição de um legislador
ou funcionário eletivo, ou, para reformar decisão judicial sobre constitucionalidade de lei. 
 
36) Princípios do Estado democrático: Igualdade de direitos, Garantia de liberdades, soberania 
popular. 
 
37) Nazismo – surgiu na Alemanha, com o duplo objetivo de combater o liberalismo democrático 
decadente e de reagir contra a infiltração comunista. Duas outras finalidades integravam o programa 
de ação do Partido Nacional Socialista: desvencilhar a Alemanha das cláusulas asfixiantes do Tratado 
de Versalhes e impor a supremacia da raça ariana. Desenvolveu-s e o nazismo à sombra das 
instituições democráticas, sob a égide da Constituição de Weimar, ascendendo a o poder através das 
eleições de maio de 1933. A república alemã de Weimar era excessivamente liberal, o que propiciou 
o rápido desenvolvimento de um partido declaradamente subversivo, totalitarista e revestido de 
caráter militar. Aliás, a corrente nazista exaltava as tradições e reunia os expoentes do antigo 
militarismo prussiano.
38- Fascismo: movimento político totalitário e totalizante, caracterizado por ser uma saída do capital 
nacional ao crescimento das reivindicações comunistas, pela prática econômica coorporativa, por 
uma afirmação de uma identidade nacional italiana e pela expansão colonial. Este movimento 
apresenta duas tendências ideológicas: uma revolucionária, que possui traços da cultura e das 
estéticas do século XIX (de D`Annunzio ao futurismo) e fundamenta-se sobre os mitos do progresso 
e do desenvolvimento pela indústria e pela técnica. E outra conservadora, que objetiva ser uma saída 
liberal autoritária para o restabelecimento da ordem social fraturada e contensão das classes 
populares.38) Elementos-chave do nazismo: anti-parlamentarismo, o pangermanismo, o racismo, o coletivismo, 
a eugenia, o antissemitismo, o anticomunismo, o totalitarismo e a oposição ao liberalismo econômico 
e político. O fascismo tinha como principais características: o totalitarismo, a liderança carismática, o 
corporativismo, o nacionalismo, o militarismo, o expansionismo e o companheirismo entre os 
fascistas. 
 
39) Resistência não-violenta (ou ação não-violenta) é a prática de exercer uma força para atingir uma 
meta sócio-política através de um protesto simbólico, de não cooperação econômica ou política, 
desobediência civil e outros métodos, sem o uso da violência. 
 
40) Estado liberal: substitui o Estado absolutista e tem força após a revolução francesa. Extremo 
individualismo, idéia de que todos têm as mesas oportunidades para atingir o bem comum, não 
intervém no mercado econômico, livre iniciativa é ilimitada. 
 
41) Estado Social: nasce a partir da decadência do estado social. O país intervém na economia com a 
finalidade de regulamentá-la tentando minimizar as desigualdades sociais. No Brasil existem dois 
capítulos na CR/88 que são: ordem econômica e ordem social.

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