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Ações Constitucionais

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AÇÕES CONSTITUCIONAIS
	
Também conhecidas como remédios constituicionais, as ações previstas no texto da Constituição Federal de 1988 tem como finalidade a aplicação da lei como definido pelo legislador cosntitucional. 
	MANDADO DE SEGURANÇA 
	Ação constitucional que visa proteger direito líquido e certo, individual ou coletivo, violado ou ameaçado de violação por ato ou omissão de autoridade pública ou de agente de pessoa jurídica de direito privado no exercício de atribuições públicas
	Consta expresso no art. 5.º, incisos LXIX e LXX e regulamentado pela Lei 12.016/2009. (...)“conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por "habeascorpus" ou "habeas-data", quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público.(...)”
	Pode ser individual ou coletivo.
	O MS Individual ,impetrado por pessoas físicas ou jurídicas, na defesa de direitos individuais. Já o MS Coletivo é uma ação pela qual o sujeito defende direitos coletivos, assim considerados os transindividuais, de natureza indivisível, de que seja titular grupo ou categoria de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por uma relação jurídica básica; individuais homogêneos, assim entendidos, para efeito desta Lei, os decorrentes de origem comum e da atividade ou situação específica da totalidade ou de parte dos associados ou membros do impetrante. 
“(...) o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por partido político com representação no Congresso Nacional, na defesa de seus interesses legítimos relativos a seus integrantes ou à finalidade partidária, ou por organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há, pelo menos, 1 (um) ano, em defesa de direitos líquidos e certos da totalidade, ou de parte, dos seus membros ou associados, na forma dos seus estatutos e desde que pertinentes às suas finalidades, dispensada, para tanto, autorização especial. (…).” 
	São legitimados para propor mandado se segurança coletivo, conforme art. 5.º, inciso LXX da Constituição: partidos políticos com representação no Congresso Nacional; organizações sindicais; entidades de classe; associações legalmente constituídas e em funcionamento há pelo menos um ano.
	MANDADO DE INJUNÇÃO 
	Tem por finalidade assegurar o exercício de um direito carente de regulamentação, que ainda depende de lei regulamentar ainda não produzida pelo legislador Tal remédio é utlizado na situaçaõ de presença de normas de eficácia limitada. 
	
Reza o art. 5º, LXXI “(...)conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania.(...”)
	
	Legitimidade ativa: pessoa física, pessoa jurídica, associação, entidade de classe ou o Ministério. Legitimidade passiva: órgão ou entidade pública encarregada da produção normativa ou o Presidente da República (em certos casos, o governador de estado membro).
	O procedimento é o mesmo do mandado de segurança enquanto não editado legislação específica. Assim, além do art. 5º, LXXI, da Constituição, aplica-se a Lei 12.016/09. Vale ressaltar a im,posibilidade de pedido de liminar quando do pedido de mandado de injunção.
	HABEAS DATA
	Ação de natureza civil, gratuita, que pretende viabilizar o acesso, a retificação ou anotação de informação da pessoa do impetrante constante em bancos de dados públicos ou privados de caráter público ou transferido a terceiro. 
	Tem caráter personalíssimo, com exceção no direito sucessório. Segundo inserto no art. 5º, inciso LXXII da Constituição “(...) conceder-se-á Habeas data para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público, para a retificação de dados quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo.(...)” 
	São legitimados ativos para propositura as pessoas físicas, as pessoas jurídicas, os órgão públicos despersonalizados (mesa da Câmara, mesa do Senado) . Sõa legitimados passivos: pessoas jurídicas de direito público ou de direito privado com caráter público, órgão público despersonalizados são os legitimados passivos. 
	Ressalta-se que não cabe Habeas data se não houver recusa de informações por parte da autoridade administrativa, sendo o procedimento dividido em duas fases: administrativa e judicial, nesta ultima há a expressa necessidade da negativa da informação.
	 
	AÇÃO POPULAR 
	Ação constitucional, gratuita, de natureza cível que visa anular ato ou contrato lesivo ao patrimônio público ou ainda a moralidade administrativa, ao meio ambiente ou ao patrimônio – material ou imaterial - histórico cultural.
	A ação popular pode ser preventiva ou repressiva. A lei 4.717/65 e o art. 5.º, inciso LXXIII, da Constituição regulamentam a citada ação, a saber “(...) qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência.(...)”. 
	O legitimado ativo da ação popular é o cidadão, portanto, aquele que é dotado de Direitos Políticos. Destaca-se que a pessoa jurídica, o Ministério Público e quem têm os direitos políticos suspensos não podem interpor a ação popular. Já a legitimidade passiva fica por conta das pessoas jurídicas de direito público, as autoridades administrativas e os beneficiários diretos. 
	O objetivo princial da referida é invalidar o ato lesivo ao patrimônio público, além da condenação das autoridades administrativas, funcionários ou beneficiários diretos.
	Por fim, destacamos que não cabe a ação popular contra ato de natureza político, contra decisão judicial; contra ato normativo em tese nos moldes da súmula 266, STF, exceto se o ato normativo for de efeito concreto.
	HABEAS CORPUS 
	Tal remédio constituciuonal tem como principal finalidade a garantia da liberdade física de locomoção, assegurando ao indivíduo o direito de não sofrer constrição ilegal ou abusiva em seu direito de ir, vir e permanecer. 
	
	Pode ser preventivo ou repressivo, sendo este utilizado com o propósito de liberar o paciente quando já consumada a coação, e aquele cujo objetivo de impedir a perpetração da violência ou coação ilegal.
	 Previsto no art. 5.º inciso LXVIII, a saber, “(...) conceder-se-á "habeas-corpus" sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder.(...)”. Sua regulamentação esta presente no Códifo de Processo Penal, nos art. 647 a 667.
	A impetração do Habeas corpus pode ser feita por qualquer pessoa física, em seu favor ou de outrem, e pelo Ministério Público, concedido de ofício por qualquer juiz ou tribunal se verificada a ilegalidade, não se exigindo capacidade postulatória, portanto qualquer pessoa, mesmo sem advogado, poderá impetrá-lo (até mesmo um analfabeto ou incapaz). A legitimidade passiva engloba qualquer pessoa, até mesmo um particular, desde que o constrangimento seja decorrente da função por ele exercida.

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