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SAÚDE MENTAL - Inclusão social

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TRABALHO DE SAÚDE MENTAL-Inclusão social
O principal desafio hoje é lutar contra o preconceito e a discriminação do doente mental, com informação e vivências.  É oferecer a ele as oportunidades de poder tratar seu sofrimento no território, de conviver com a família, de produzir espaços de trocas, de falar de seus desejos e sonhos, de poder estabelecer laços afetivos e novas contratualidades com seu meio social, de amar e ser amado,de ser cidadão.
A Constituição Federal diz que a saúde é direito de todos e dever do Estado. A Lei 10.216 de 2001 em seu artigo 4, § 1o,  é clara quando afirma que o tratamento da pessoa com transtornos mentais visará, como finalidade permanente, a reinserção social do paciente em seu meio.
O Decreto 7.508 que regulamenta a Lei 8080/90, estabelece as Redes de Atenção à Saúde e uma das Redes Prioritárias é a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), que  traz em seu conceito, a ideia do cuidado no território que, para além da criação de novos dispositivos, constrói vínculos e relações entre os indivíduos e instituições, numa produção de vida em seu conceito mais amplo, proporcionando às pessoas com transtornos mentais, espaços que promovem a inclusão e o empoderamento em suas relações sociais tão esgarçadas pelo preconceito e a exclusão.
O cuidar no próprio território através dos CAPS, a internação no momento de crise nos hospitais gerais sem espaços restritivos com a presença de um amigo ou familiar, o acompanhamento pelas equipes da Atenção Primária, o  acolhimento do SAMU em casos graves sem necessidade da força policial que amedronta e agrava a crise, os Serviços Residenciais Terapêuticos e as moradias sociais que resgatam a cidadania perdida nos porões dos manicômios e dos espaços restritivos de liberdade, e a possibilidade de novas contratualizações no mundo do trabalho através das Estratégias de Reabilitação, com as iniciativas de geração de trabalho e renda, Empreendimentos solidários e cooperativas sociais, são algumas das possibilidades que temos hoje para trabalhar a inclusão social da pessoa com transtornos mentais através desta Rede de Atenção Psicossocial.
 
RESIDÊNCIAS TERAPÊUTICAS:
Os Serviços Residenciais Terapêuticos fazem parte da Rede de Atenção Psicossocial. São moradias que tem como objetivo, acolher pessoas que passaram por longos períodos de internação em hospitais psiquiátricos e perderam os vínculos familiares, quer seja por abandono ou por falta de contratualidade afetiva com os mesmos. Essas pessoas passam a ter um espaço de moradia tutelada pelos CAPS através de profissionais de referencia, podendo resgatar sua cidadania e seus direitos sociais e civis, como a liberdade de ir e vir, estabelecendo novos vínculos, e reconquistando autonomia, a partir da inclusão social que o serviço propõe. Na residência Terapêutica o indivíduo volta a ter convívio social com a vizinhança, acessa os serviços públicos necessários à sua cidadania, e transita no território, utilizando os espaços de lazer, educação e vida.
PROGRAMA DE VOLTA PRA CASA:
Esse programa é dirigido para pessoas com transtornos mentais que passaram por dois ou mais anos internadas em hospitais psiquiátricos. 
Trata-se de acompanhar a volta para a casa e a reinserção social do usuário da saúde mental. O objetivo do programa é contribuir, inclusive financeiramente, para o retorno da pessoa ao convívio social-comunitário e ao ambiente familiar. 
Mais uma vez, se trata de garantir a plena cidadania da pessoa com transtorno mental.
CENTROS DE CONVIVÊNCIA E CULTURA:
É um programa da Rede de Atenção à Saúde Mental, voltado para a população em geral e, principalmente, procura abrir espaço para as pessoas mais vulneráveis, como aquelas com transtornos mentais. 
Como o nome diz, trata-se de ESTIMULAR O CONVÍVIO E AS ATIVIDADES CULTURAIS E LÚDICAS com o objetivo de ESTREITAR LAÇOS DE SOCIABILIDADE E AFETO. 
Entre as atividades, há oficinas de artesanato. Os produtos podem até serem COMERCIALIZADOS, tornando-se uma fonte de renda para os usuários da saúde mental. As pessoas que coordenam as OFICINAS são, em geral, músicos, artistas plásticos, atores, artesãos, escritores, entre outros. 
Para cumprir seu papel e ter bons resultados, o CENTRO DE CONVIVÊNCIA E CULTURA deve estar intimamente relacionado com o CENTRO DE ASSISTÊNCIA PSICOSSOCIAL (CAPS).
DESAFIOS DA INCLUSÃO SOCIAL:
 Promover a inclusão social do doente mental no trabalho, ainda é um dos maiores desafios, pois o preconceito produzido pela sociedade capitalista impede que o doente mental conquiste seu espaço laboral, alegando incapacidade. Muitos acreditam que o transtorno mental incapacita o individuo para quaisquer atividades laborais, o que é um mito. É importante que a sociedade o veja como parte do seu tecido social e o aceite como tal. Por vezes utilizam a justificativa da “periculosidade” como desculpa para impedir o exercício de alguma atividade produtiva por parte do doente mental, sem ao menos dar a ele a chance de provar quão produtivo pode ser dentro de suas limitações e de sua diferença.
BIBLIOGRAFIA:
http://www.crpsp.org.br/portal/comunicacao/cartilhas/saude_mental/fr_saude.aspx
Acesso dia 27-09-2017 15:00min
http://www6.ensp.fiocruz.br/repositorio/sites/default/files/arquivos/Inclus%C3%A3o.pdf 
Acesso dia 27-09-2017 14:23min

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