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Aula Auditoria Externa

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Aula Nº 12 – Auditoria Externa
Objetivos da aula:
Apresentar a atividade de auditoria externa (independente) como meio 
para aferir a eficiência dos controles e como ferramenta administrativa 
para validação dos demonstrativos financeiros apresentados a todas as 
partes envolvidas no negócio, como os acionistas, credores, fornecedores, 
clientes, governos, empregados e sociedade em geral.
1. AUDITORIA EXTERNA
Surgiu como parte da evolução do sistema capitalista. Consiste no exame das 
demonstrações financeiras feitas com o propósito de expressar uma opinião 
sobre a propriedade com que elas apresentam a situação patrimonial e 
financeira da empresa e o resultado das operações no período do exame.
No início, as empresas eram fechadas e pertenciam a grupos familiares. 
Com a expansão do mercado e o acirramento da concorrência, houve 
necessidade de pesados investimentos por parte das empresas, o que 
obrigou as organizações a recorrerem a recursos de terceiros. No entanto, 
os futuros investidores precisavam conhecer a posição patrimonial e 
financeira, a capacidade de gerar lucros e como estava sendo efetuada a 
administração financeira.
Como conseqüência, as demonstrações contábeis passaram a ter grande 
importância e, como medida de segurança, os investidores passaram a 
exigir que essas demonstrações fossem examinadas por um profissional 
independente da empresa e com competência para emitir sua opinião 
sobre essas demonstrações.
Sendo exercida por Contadores Independentes ou equivalentes (Empresas 
de Auditoria), sua atividade é regulamentada pela Comissão de Valores 
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Mobiliários por meio da instrução número 216, de junho de 1994.
2. CONCEITO
A auditoria é a técnica contábil utilizada para avaliar essas informações, 
constituindo, assim, complemento indispensável para que a contabilidade 
atinja, plenamente, a sua finalidade.
Os objetivos da Auditoria Externa são:
• Comprovar a exatidão dos registros contábeis;
• Propor soluções para o aperfeiçoamento do controle interno e do 
sistema contábil da entidade;
• Verificar a correta apresentação e divulgação das demonstrações 
contábeis;
• Emitir parecer (opinião) sobre as demonstrações contábeis 
auditadas.
A auditoria compreende o exame de documentos, de livros e registros 
contábeis, execução de inspeções e confirmações, internas e externas, 
relacionados com o controle do patrimônio.
Compreende, também, outros exames que os auditores julgarem necessários, 
em cada circunstância, para obter elementos de convicção, com o objetivo 
de comprovar se os registros contábeis foram executados de acordo com os 
princípios de contabilidade geralmente aceitos.
Assim, é possível aferir se as demonstrações contábeis e resultados 
patrimoniais decorrentes refletem, adequadamente, a situação econômico-
financeira da entidade, além da fidedignidade de outras situações contábeis 
de interesse.
Como muitas companhias têm necessidade de um relatório e de um parecer 
de auditoria emitido por entidade independente, devido a interesses 
externos, tais como de acionistas, de credores ou para atender à legislação, 
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nada mais correto do que a obtenção de um relatório e parecer externo, 
de pessoal independente, e não influenciável pela administração da 
companhia.
Dentro das limitações de seu objetivo, o auditor externo (independente), 
deve estar atento à possibilidade de irregularidades, bem como deve procurar 
dar sugestões de melhoria dos controles internos e de planejamento fiscal 
adequado com possíveis economias de impostos.
Atualmente, a auditoria é meio indispensável de confirmação da eficiência 
dos controles e fator de maior tranqüilidade para a administração e para 
os investidores, bem como para órgãos do governo (municipal, estadual e 
federal), que têm nela o colaborador eficiente para promover o atendimento 
de toda legislação a que estiverem sujeitos, principalmente a fiscal.
3. AUTONOMIA (INDEPENDÊNCIA)
Para a auditoria ser eficaz e merecer confiança, precisa ser executada por 
alguém que seja independente das pessoas cujo trabalho está sob seu 
exame, de forma que não seja impressionado pela posição dessas pessoas, 
que não simpatize com seus pontos de vista, ou seja, intimidado por seu 
poder, a ponto de influenciar sua própria certeza de que seus procedimentos 
ou conclusões possam ser, de qualquer forma, afetados.
Uma empresa de auditores externos (independentes) é uma organização 
inteiramente independente da empresa que ela examina.
Como organização de profissionais liberais, ela se reserva o direito de dirigir 
e controlar seus próprios empregados, sem interferência das empresas, 
suas clientes.
Uma vez contratado o serviço, o auditor externo é livre para usar os métodos 
mais convenientes e aumentar ou reduzir, a seu critério, o volume e a 
natureza do trabalho que executa. Além disso, no relatório que apresenta, 
ao concluir seu exame, ele pode, também, expressar-se sem recear outras 
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conseqüências, a não ser a perda do cliente.
Isso lhe dá considerável independência com relação àqueles cujos relatórios 
e atos estão sob seu exame, posição essa diferente da do auditor interno 
(empregado da empresa examinada).
Existem dois outros fatores que contribuem para ampliar a independência 
do auditor externo:
• o código de ética de suas organizações profissionais, as exigências 
da Comissão de Valores Mobiliários – CVM – e de outros órgãos 
governamentais específicos do ramo de atividade da empresa 
contratante, assim como as exigências de outras empresas, como 
bancos credores, que igualmente fazem uso do relatório/parecer 
da auditoria externa.
• com respeito à fidelidade de suas demonstrações contábeis, o parecer 
da auditoria é um documento freqüentemente reproduzido pelos 
clientes e transmitido a outras partes interessadas. Essas terceiras 
pessoas podem, assim, utilizar-se desse documento para tomarem 
decisões em relação à empresa examinada.
Se o auditor externo não executar seus exames, com o devido cuidado 
profissional e independência, pode causar prejuízos a terceiros. Os tribunais 
têm decidido que o auditor independente pode ser responsabilizado 
por tais prejuízos. Cada um desses fatores é importante estímulo para a 
independência.
Deve ser salientado que a diferença na independência desfrutada pelos 
dois tipos de auditores, externo e interno, é apenas de grau. Os auditores 
internos podem alcançar alto grau de independência; não podem, porém, 
atingir independência completa. Os auditores externos podem alcançar 
independência total, embora possam sacrificá-la por indevida subserviência 
a seus clientes.
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4. LEGISLAÇÃO
A Lei 6.385, de 07/12/1976, regulamentou, em termos modernos, o mercado 
de valores mobiliários e criou a Comissão de Valores Mobiliários - CVM.
No artigo primeiro, ela delimita seus objetivos que, entre outros, disciplinaa atividade de auditoria das companhias abertas.
Enumera os valores mobiliários sujeitos a ela – institui a CVM –, entidade 
autárquica, com competência para, entre outras, fiscalizar e inspecionar 
as companhias abertas, dando prioridade àquelas que não apresentarem 
lucro em balanço ou às que deixarem de pagar o dividendo mínimo 
obrigatório (percebe-se, aqui, a preocupação de proteger os investidores 
minoritários).
Estipula que somente as empresas de auditoria contábil ou auditores 
contábeis independentes, registrados na CVM, poderão auditar as 
Companhias abertas e adverte que respondem, civilmente, pelos prejuízos 
que causarem a terceiros em virtude de culpa ou dolo decorrentes do 
exercício das funções previstas no artigo.
5. INSTRUÇÃO CVM NÚMERO 216 DE 29/07/1994
Só contadores ou sociedades civis de contadores devidamente registrados 
no CRC podem pleitear registro de auditor independente na CVM, que 
tem duas categorias de auditores independentes: pessoa física e pessoa 
jurídica.
Deveres e responsabilidades dos auditores independentes:
• verificar se as informações e análises apresentadas no relatório da 
administração estão em consonância com as demonstrações contábeis 
auditadas e informar à Comissão de Valores Mobiliários – CVM–, caso não 
estejam;
• elaborar relatório circunstanciado, a ser endereçado à administração da 
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entidade auditada, contendo observações a respeito das deficiências ou da 
ineficácia dos controles internos e procedimentos contábeis da entidade 
auditada;
• comunicar à Comissão de Valores Mobiliários – CVM– circunstâncias que 
possam configurar atos praticados pelos administradores em desacordo 
com as disposições legais e regulamentares aplicáveis às atividades da 
entidade auditada e/ou relativas à sua condição de entidade integrante do 
mercado de valores mobiliários, atos estes que tenham, ou possam vir a ter 
reflexos sobre as demonstrações contábeis auditadas e eventuais impactos 
nas operações da entidade.
O Auditor Independente – pessoa física ou jurídica – e os seus responsáveis 
técnicos, poderão ser advertidos, multados, ou ter o seu registro suspenso 
ou cancelado na Comissão de Valores Mobiliários, sem prejuízo de outras 
sanções legais cabíveis, quando:
• atuarem em desacordo com as normas legais e regulamentares que 
disciplinam o mercado de valores mobiliários;
• realizarem auditoria inepta ou fraudulenta, falsearem dados ou 
números ou sonegarem informações que sejam de seu dever 
revelar;
• utilizarem, em benefício próprio ou de terceiros, informações a que 
tenham tido acesso em decorrência do exercício da atividade de 
auditoria.
Síntese
A Auditoria Externa é uma ferramenta que auxilia na gestão empresarial, 
assegurando que os controles e rotinas de trabalho estejam sendo 
habilmente executadas e que os dados contábeis merecem confiança, 
além do estabelecimento de uma relação de ajuda, com flexibilidade e 
adaptabilidade, ajudando o cliente a perceber, compreender e agir sobre os 
fatos inter-relacionados de seu meio ambiente, facilitando que ele assuma a 
auto-gestão das transformações.
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Referências Bibliográficas
ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti de. Auditoria: um recurso moderno e 
completo. São Paulo: Atlas, 1996.
ATTIE, William. Auditoria - Conceitos e Aplicações. São Paulo: Atlas, 1999.
CRCSP. Normas da Profissão Contábil. 1998.
FRANCO, Hilário. Auditoria Contábil. São Paulo: Atlas, 2001.
GIL, Antonio de Loureiro. Auditoria de negócios. São Paulo: Atlas, 2000.
GIL, Antonio de Loureiro. Auditoria operacional e de gestão. São Paulo: 
Atlas, 2000.
IBRACON. Controles Internos Contábeis e alguns aspectos de auditoria. 
São Paulo: Atlas, 2000.
MAUTZ, R. K. Princípios de Auditoria. São Paulo: Atlas, 2001.
MIGLIAVACCA, Paulo Norberto. Controles Internos nas Organizações. São 
Paulo: Edicta, 2002.
PERES JUNIOR, José Hernandez. Auditoria de Demonstrações Contábeis: 
Normas e Procedimentos. São Paulo: Atlas, 1995.
PADOVEZE, Clovis L. Controladoria Estratégica e Operacional. São Paulo: 
Thomson, 2003.
KPMG. Risk Management. Disponível em: www.kpmg.com.br.
CATELLI, Armando (coord.). Controladoria: uma abordagem da gestão 
econômica. GECON. São Paulo: Atlas, 1999.
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132Faculdade On-Line UVB
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PELEIAS, Ivan Ricardo. Controladoria: Gestão eficaz utilizando padrões. 
São Paulo: Saraiva, 2002.
BERNSTEIN, Peter L. Desafio aos Deuses – A Fascinante História do Risco. 
6. ed. Rio de Janeiro: Campus, 1997.

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