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TEORIA GERAL DO DIREITO E DO PROCESSO

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TEORIA GERAL DO DIREITO E DO PROCESSO
PROPEDÊUTICA PROCESSUAL:
- Necessidade: É a falta de alguma coisa.
- Bem: É o elemento capaz de satisfazer uma necessidade do homem.
- Utilidade: É o valor de um bem para satisfazer uma necessidade.
- Interesse: É aquele que está entre a necessidade e um bem capaz de satisfazê-la. Sujeito: Homem. Objeto: Bem. Divide-se em interesse coletivo e interesse individual.
- Conflito intersubjetivo de interesses: Ocorre quando duas ou mais pessoas têm interesse pelo mesmo bem, que só a uma possa satisfazer. 
- PRETENSÃO: É a exigência da subordinação do interesse alheio ao próprio. É querer ter seu interesse satisfeito. (O autor pretende que seu direito seja reconhecido.)
- RESISTÊNCIA: É a defesa à situação de subordinação do interesse próprio ao alheio. É a não sujeição ao interesse de outrem. (O réu resiste porque acredita que o direito pertence a ele.)
- LIDE: É o conflito de interesses qualificado por uma pretensão resistida.
Em uma ação, o perdedor da causa deve arcar com os custos do processo (ônus da sucumbência).
FORMAS DE RESOLUÇÃO DE CONFLITOS:
- Autodefesa ou autotutela:
É o emprego da força bruta ou força material contra o adversário para vencer a sua resistência.
Não garante a justiça, já que prevalece a vitória do mais forte.
Tem como características: Ausência de juiz distinto das partes e imposição da decisão por uma das partes.
NO DIREITO MODERNO: É proibida como forma de resolução de conflitos. Constitui crime fazer justiça “com as próprias mãos”. (Ver art. 345 do CP)
Admitem-se exceções. Por exemplo, o instituto da LEGÍTIMA DEFESA (art. 25 do CP) e o instituto das árvores limítrofes (art. 1283 do CC).
- Autocomposição:
Está presente no art. 269, incisos II, III e V.
Manifesta-se através de atitudes de renúncia ou reconhecimento em favor do adversário.
FORMAS DE AUTOCOMPOSIÇÃO:
Desistência: Renúncia à pretensão (inciso V).
Submissão: Renúncia à resistência oferecida à pretensão (inciso II)
Transação: Concessões recíprocas (inciso III).
- Arbitragem:
Os sujeitos do conflito escolhem uma terceira pessoa que irá decidi-lo, através de contrato.
- Processo:
Instrumento de composição da lide – resolução de conflito segundo a vontade da lei.
NOÇÕES DE DIREITO:
- Direito Objetivo:
É o direito imposto pelo Estado e dirigido a todos, como norma geral de agir. Disciplina a conduta dos indivíduos na sociedade através das leis.
- Direito Subjetivo:
É a faculdade do indivíduo de agir conforme a lei e de invocá-la na defesa de seus legítimos interesses.
- Direito Material ou Substantivo: 
Normas que disciplinam as relações jurídicas referentes a BENS e UTILIDADES DA VIDA.
- Direito Processual ou Adjetivo:
Disciplina a SOLUÇÃO JURÍDICA dos litígios por meio dos órgãos judiciários. É um instrumento a serviço do Direito Material.
O caráter do Direito Processual é PUBLICISTA (PÚBLICO), em razão de ser disciplinado por normas de DIREITO PÚBLICO e o exercício da função pertencer ao Estado.
Pelo art. 22, inciso I, da CF compete privativamente à União legislar sobre Direito Material e Direito Processual.
- Sanções:
São medidas estabelecidas pelo Direito, como consequência da desobediência da lei.
Sanção penal: Consequência do descumprimento da lei penal – resulta em uma pena.
Sanção civil: Consequência do descumprimento da lei civil – resulta em pagamento reparatório e pagamento satisfativo.
- Relação jurídica:
É o liame jurídico que vincula pessoas e que faz nascer Direitos e Obrigações.
Tem como elementos: O Estado (garante e protege a relação jurídica), a Lei (disciplina a relação jurídica), as pessoas naturais/jurídicas (envolvidas nos Direitos e Obrigações resultantes da relação jurídica) e o bem (objeto da relação jurídica – pode ser material ou imaterial).
- Relação jurídica processual:
É uma relação específica que se forma no processo entre o Estado-juiz, o autor e o reú, em uma reciprocidade de atos processuais.
SUJEITOS: Principais – autor, réu e juiz. Secundários – auxiliares da justiça, advogados, ministério público e testemunhas.
- Teorias:
Linear: Exclui o juiz da relação processual. 		 J
							A-------R
Relação Jurídica Processual Bilateral: Os vínculos se dariam, de um lado, entre autor e juiz, e, de outro, entre juiz e réu. 				 J
							 / \
						 A R
Relação Jurídica Processual Trilateral ou Triangular: Há vínculos ente as partes e o juiz e entre as próprias partes. (Em virtude da possibilidade de ACORDO.)
							 J
							 / \
						 A------R
PRINCÍPIOS ********
Elementos fundamentais da cultura jurídica humana.
- PRINCÍPIOS INFORMATIVOS DO PROCESSO:
a) LÓGICO: Consiste na escolha dos atos. Forma os mais aptos para descobrirem a verdade e evitar o erro no processo.
b) JURÍDICO: Assegurar igualdade de tratamento aos litigantes no processo, bem como justiça na decisão.
c) POLÍTICO: Deve-se aplicar o MÁXIMO DE GARANTIA SOCIAL, com o MÍNIMO DE SACRIFÍCIO INDIVIDUAL DA LIBERDADE.
d) ECONÔMICO: O processo deve ser acessível a todos os cidadãos, com vistas a seu custo e a sua duração.
- PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO PROCESSUAL:
INVESTIDURA OU JUIZ NATURAL (*O Dr. Wellington dividiu em dois princípios diferentes, porém são basicamente o mesmo*)
Somente o magistrado é investido de jurisdição, tendo sido criado antes do litígio, e não para julgá-lo. Deve estar regularmente investido na atividade jurisdicional (ser juiz, desembargador ou ministro do STJ) e também deve ser competente para julgar a lide. Também impede a criação de tribunais de exceção (art. 5º, incisos XXXVII e LIII, e art. 92 da CF).
AÇÃO, DEMANDA, INICIATIVA DAS PARTES OU INÉRCIA DA JURISDIÇÃO
O processo não pode ser iniciado pelo juiz. Cabe a quem se sente lesado o direito de provocar o exercício da jurisdição (art. 2º, art. 128 e art. 262 do CPC).
IMPARCIALIDADE DO JUIZ
Significa a equidistância do juiz das partes e seus interesses no processo em que atua. O juiz representa o Estado e sua função é de aplicar a lei ao caso concreto, solucionando o conflito de interesses, por isso deve ser desinteressado da pretensão do autor e da resistência do réu. É uma garantia de justiça no processo (art. 95, parágrafo único e incisos, da CF).
O juiz estará impedido conforme art. 134 do CPC.
O juiz será considerado suspeito conforme art. 135 do CPC.
IGUALDADE DAS PARTES OU ISONOMIA PROCESSUAL
Impõe ao juiz tratamento igualitário em relação aos litigantes, correspondendo à prática dos atos processuais. As partes e procurados devem merecer tratamento igualitário, para que tenham as mesmas oportunidades de fazer valer em juízo as suas razões (art. 125, inciso I, do CPC).
Encontra exceções, portanto não é absoluto: art. 297 do CPC – Órgãos do poder público – Ministério Público e Fazenda Pública.
ACESSO À JUSTIÇA OU INAFASTABILIDADE DA JURISDIÇÃO 
Quando a pessoa sentir que teve um direito lesado, mesmo que pelo Estado, poderá recorrer ao processo. 
Qualquer que seja a lesão ou ameaça a direito poderá ser levada ao conhecimento do poder judiciário, que terá o poder , o dever e a função de aplicar uma solução para o caso concreto (art. 5º, inciso XXXV da CF).
PUBLICIDADE
As audiências são públicas e qualquer indivíduo pode examinar o processo, o que garante a fiscalização sobre o trabalho do juiz, dos advogados e dos promotores de justiça.
Destina-se às partes e ao público e somente essa última pode ser limitada por interesse público.
A publicidade não pode ser confundida com o sensacionalismo que afronta a dignidade humana. A regra admite exceções e sofre restrições. Cabe ao juiz verificar até que ponto a publicidade é tolerável, tomando as devidas providências quando ela for prejudicial aos trabalhos processuais. 
Artigos:
- 5º, inciso LX, e 93, inciso IX, da CF.
- 155, incisos I, II e parágrafo único, do CPC.
- 792, parágrafo primeiro, do CPP.
- 770 da CLT.
IMPULSO OFICIAL
Cabe ao juiz, depois de instaurada a relação processual, movimentar o processoaté a conclusão final, velando pela sua rápida solução (art. 125, inciso II, e 262 do CPC).
LEALDADE PROCESSUAL
É consequência da boa-fé no processo. O juiz poderá atuar de ofício contra fraude processual (arts. 16 a 18 do CPC).
LIVRE CONVENCIMENTO OU LIVRE APRECIAÇÃO DA PROVA
O juiz deve apreciar livremente as provas apresentadas pelas partes, de acordo com as regras jurídicas, além de fundamentar a sentença (art. 131 do CPC).

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