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ESTUDO DIRIGIDO MICROBIOLOGIA 1

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ESTUDO DIRIGIDO MICROBIOLOGIA
Prof.: Jacinto Rodrigues Rocha - Primeira parte de bacteriologia 
básica.
Cite as características da célula bacteriana, as estruturas da mesma, bem como a função de cada estrutura: Parede celular, membrana celular, DNA citoplasmático, DNA circular (plasmídeo), mesossomo, flagelos, fímbrias, cápsulas, proteína M e fator corda.
A estrutura celular bacteriana é formada por uma célula procariótica (não possui membrana nuclear e o seu material nuclear encontra-se disperso no citoplasma), constituída de:
Membrana celular: Na maioria dos gêneros, atuam na produção de energia para a célula, além de possibilitar a troca de substâncias com o meio externo.
Citoplasma: Líquido de consistência viscosa com presença de enzimas e metabólitos. Grande parte do metabolismo das células bacterianas ocorre no citoplasma. Os ribossomas ficam espalhados pelo citoplasma.
Ribossomos- Composto por DNA que forma uma única cadeia circular em hélice dupla. Apresenta dobras, porém a camada protetora é ausente. Os cromossomas das bactérias estão localizados no citoplasma
O Mesossomo é uma invaginação da membrana plasmática para dentro do citoplasma; está presente em alguns tipos de bacteria
Plasmídeo- estrutura responsável pela auto-duplicação(forma de resistência) da bactéria.
Cápsulas -Com grande presença de água, estas cápsulas ficam ao redor da parede celular. Além de favorecerem a aderência ao substrato, também ajudam as bactérias a resistirem ao processo de fagocitose.
Esporos- Formam uma camada protetora em alguns gêneros de bactérias, tornando-as mais resistentes à mudanças ambientais que ameassem sua sobrevivência. Também atuam na proteção contra agentes químicos e físicos.
Parede Celular- Fica ao redor da membrana plasmática e tem como principais funções garantir a proteção celular e dar formato à célula bacteriana. Esta parede protetora é forte e densa.
Flagelo- Estes apêndices alongados e finos são compostos por uma proteína chamada flagelina. Esta estrutura é responsável pela locomoção de algumas espécies de bactérias. Portanto, nem todas as bactérias possuem flagelos.
Plasmídeo-  partículas de DNA que são trocadas pelo pili, quando este se liga ao de uma outra bactéria.
Pilis - São filamentos formados por tubos curtos e em grande quantidade. Embora parecidas com os flagelos, não possuem função locomotora. A função das fimbrias varia de espécie para espécie. Em algumas, desempenha o papel de fixação em substratos e, em outras, exerce a troca de ADN em processos parassexuais.
Fatores corda sao glicolipídeos tóxicos compostos por derivados de dimicolato trealose. São produzidos por MYCOBACTERIUM TUBERCULOSIS e outras espécies de MYCOBACTERIUM. Induzem disfunções celulares em animais.
A proteína M é um factor de virulência que pode ser produzido por alguma espécies de Streptococcus, entre outros pela bactéria Streptococcus pyogenesA proteína M é altamente anti-fagocítica e é um alto factor de virulência
 
Insira uma imagem (esquema, desenho ou fotografia) explicando a composição bioquímica da parede celular de bactérias gram-positivas e gram-negativas.
Quais são as formas das células bacterianas e suas variações. De que modo as bactérias podem se agrupar.
As bactérias classificam-se morfologicamente de acordo com a forma da célula e com o grau de agregação:
Quanto a forma
 Coco : De forma esférica ou subesférica.
 Bacilo : Em forma de bastonete (do género Bacillus)
 Vibrião : Em forma de vírgula (do género Vibrio)
 Espirilo : de forma espiral/ondulada (do género Spirillum)
 Espiroqueta : Em forma acentuada de espiral.
Quanto ao grau de agregação
Apenas os Bacilos e os cocos formam colônias.
 Diplococo : De forma esférica ou subesférica e agrupadas aos pares.
 Estreptococos : Formam cadeia semelhante a um "colar".
 Estafilococos : Uma forma desorganizada de agrupamento, formando cachos.
 Sarcina : De forma cúbica, formado por 4 ou 8 cocos simetricamente postos.
 Diplobacilos : Bacilos reunidos dois a dois.
 Estreptobacilos : Bacilos alinhados em cadeia.
Que são esporos, como se classificam e qual a importância dos mesmos? 
R- A esporulação, processo pelo qual alguns gêneros de bactérias formam esporos, ocorre quando estas bactérias estão em ambiente que ameaçam a sua sobrevivência, que não tem nutrientes suficientes para que cresçam e se reproduzam. As condições ambientais são adversas para o crescimento bacteriano. De maneira geral, isto ocorre quando há falta de nutrientes.
O esporo é uma camada que protege a bactéria e é responsável pela resistência e ao ataque dos agentes físicos e químicos da esterilização e desinfecção
Na fase esporulada, as bactérias não realizam atividade biossintética e reduzem sua atividade respiratória. Nesta fase também não ocorre a multiplicação e crescimento bacteriano
Qual a importância dos fatores de temperatura, pH, pressão osmótica e nutricional no crescimento e reprodução bacteriano?
R- As bactérias podem crescem em uma variedade de temperaturas desde muito próximas do congelamento até próximas do ponto de ebulição da água. Aquelas que crescem melhor em temperaturas medianas neste espectro são denominadas mesófilas, as quais incluem todos os patógenos e oportunistas humanos. Aquelas que crescem melhor em temperaturas mais baixas ou mais altas são respectivamente denominadas psicrófilas e termófilas
PSICRÓFILOS: aqueles que têm temperatura de multiplicação entre 0°C e 20°C, com um ótimo entre 10°C e 15°C. multiplicam-se bem em ambientes refrigerados, sendo os principais agentes de deterioração de carnes, pescado, ovos, frangos e outros.
MESÓFILOS: aqueles que têm a temperatura ótima de multiplicação entre 25°C e 40°C, mínima entre 5°C e 25°C, e máxima entre 40°C e 50°C. Os microrganismos mesófilos correspondem à grande maioria daqueles de importância em alimentos, inclusive a maior parte dos patógenos de interesse.
TERMÓFILOS: aqueles que têm temperatura ótima de multiplicação entre 45°C e 65°C, mínima de 35°C e 45°C, e máxima entre 60°C e 90°C. A maioria das bactérias termófilas importantes em alimentos pertence aos gêneros Bacillus e Clostridium, incluindo as espécies deterioradoras (Bacillus coagulans, Clostridium thermosaccharolyticum), quanto espécies patogênicas (Clostridium botulinum, Clostridium perfringens).
PH: Muitas bactérias crescem melhor em pH neutro. Contudo, certas bactérias podem sobreviver e mesmo crescer em condições de pH muito baixo ou muito alto.
PRESSÃO OSMÓTICA: Fator extremamente importante, principalmente a partir do maior conhecimento sobre as Archaea, visto que vários membros deste domínio requerem altas concentrações de sais para seu desenvolvimento. Os microrganismos retiram da água a maioria dos nutrientes solúveis (conteúdo celular 80 – 90 % de água) Pressão osmótica: retira a H2O dentro da célula Reação Hipertônica: perda de H2O do meio intracelular para o extracelular, através da membrana plasmática (meio com concentração de sais). Plasmólise: diminuição da membrana plasmática da célula devido a perda de H2O por osmose.
De que modo as bactérias se reproduzem? Faça uma expressão gráfica do crescimento bacteriano, explicando as fases: Lag, log, tacionária e de declínio populacional. Que é UFC? 
Fases do Crescimento Microbiano
O crescimento bacteriano é representado por uma curva, quando se realiza contagem da população em intervalos de tempos após um inoculo de um numero pequeno em meio liquido.
Fase Lag
No início, durante um período de tempo o número de células sofre pequenas variações devido às bactérias não se reproduzirem imediatamente quando colocadas em um novo meio de cultura. Este período é chamado de Fase Lag que pode ser estender por horas a vários dias.
Fase Log
Passado à fase lag, as células iniciam o processo de divisão celular, que é o crescimento exponencial do seu número. Neste estágio otempo de geração atinge valores constantes, e é também neste estágio o período de maior atividade metabólica. Na Fase Log a colônia é extremamente sensível a variações ambientais podendo comprometer fases importantes do desenvolvimento bacteriano.
Fase Estácionaria
Caso ocorresse da colônia continuar na fase log indeterminadamente, uma bactérias com o tempo de geração de 20 minutos depois de 25h30min teria uma população com o peso aproximado de 80.000 toneladas. Contudo isso não ocorre devido ao término de nutrientes, excesso de produtos metabólicos tóxicos. Assim o número de novas bactérias se equivalem o número de bactérias mortas.
Fase de Declínio ou Morte Celular
Neste ponto, o número de bactérias mortas excedem o número de novas bactérias e assim há o declínio no gráfico. Esta fase perdura até que fiquem pouquíssimas bactérias ou ocorre a extinção da colônia.
Relativamente ao metabolismo bacteriano, o que é fermentação, respiração, respiração aeróbica, respiração anaeróbica, fosforilação ao nível do substrato e fosforilação oxidativa?
R- -Fermentação: ocorre na ausência de aceptores finais. Anaeróbio
Durante a respiração, moléculas orgânicas são oxidadas. Energia é gerada a partir da cadeia de transporte de elétrons. 
− Na respiração aeróbica, O2 funciona como o aceptor final de elétrons. − Na respiração anaeróbica, o aceptor final de elétrons é uma molécula inorgânica que não o O2.
-Fermentação: ocorre na ausência de aceptores finais. Anaeróbio.-Respiração: oxigênio ou outro agente oxidante atua como aceptor final de elétrons.Aeróbia ou anaeróbia
Quais os tipos mais comuns de fermentações realizados pelas bactérias?
R- Tipos de fermentação:
1) Fermentação Ácido-homolática: o ác piruvico é convertido exclusivamente em ác
lático. Não forma gases, diferentemente dos outros tipos de ferm. Usado na
produção de queijos e derivados. Lactobaccilus.
2) Fermentação alcoólica: ác piruvico é convertido em CO2 e acetaldeido, o qual é
reduzido a álcool etílico. Usado na produção de bebidas alcoólicas e na panificação.
Saccharomyces cerevisae.
3) Fermentação Heterolática: resulta em ácido lático, etanol e CO2.
4) Produção de solventes: acetoína (forma acetona) e butanediol.
5) Fermentação Mista: CO2, H2, ácido acético. Produz vinagre (Acetobacter), ác latico, ác
fórmico e etanol (E. coli).
Relativamente ao comportamento bacteriano frente ao oxigênio, defina: Bactérias aeróbicas, anaeróbicas obrigatórias, anaeróbicas facultativas e microaerófilas. Como explicar estes diferentes comportamentos frente ao oxigênio? Por que as bactérias anaeróbicas obrigatórias morrem frente ao oxigênio?
R- Facultativos: são os microrganismos que crescem na presença de oxigênio ou na ausência dele (anaerobiose). 
Anaeróbios: são os microrganismos que ou crescem na presença de baixas concentrações de oxigênio, os chamados de anaeróbios facultativos, ou morrem quando estão na presença deste gás; estes são os chamados de anaeróbios estritos. 
Microaerófilos: são organismos aeróbios, porém somente crescem em concentrações de oxigênio menores que a do ar (entre 1% e 15%). Para a maioria dos organismos, um suprimento adequado de oxigênio aumenta o metabolismo e o crescimento. O oxigênio atua como aceptor de hidrogênios nos passos finais de produção de energia catalisada pelas flavoproteínas e pelos citocromos. Devido ao fato do oxigênio gerar duas moléculas tóxicas, o peróxido de hidrogênio (H2O2) e o radical livre superóxido (O2), as bactérias necessitam de pelo menos duas enzimas para utilizar o oxigênio. A primeira é o superóxido dismutase que cataliza a reação: 2 O2- + 2 H + " H2O2 + O2 e a segunda é a catalase: 2 H2O2 " 2 H2O + O2 As bactérias anaeróbias obrigatórias como Clostridium tetani não posssuem superóxido dismutase ou catalase ou ambos. Algumas conseguem sobreviver, enquanto outras são rapidamente mortas.
 Como se classificam as bactérias relativamente aos seus comportamentos frente a diferentes temperaturas?
R-A temperatura para a qual um microrganismo cresce com maior rapidez é a temperatura ótima de crescimento. A temperatura máxima é a mais elevada a que cresce um microrganismo, geralmente situa-se poucos graus acima da temperatura ótima. A temperatura mínima de crescimento é a mais baixa temperatura a que tem lugar o crescimento do microrganismo, geralmente bastante inferior à temperatura ótima de crescimento. Atendendo à sua temperatura de crescimento, é possível distinguir pelo menos três grupos fisiológicos de bactérias: - as psicrófilas, têm temperatura ótima de crescimento entre 20 – 35ºC; - as mesófilas, têm temperatura ótima de crescimento entre 30 – 45ºC; - as termófilas têm temperatura ótima de crescimento entre 45 – 70ºC. Notamos, portanto, que qualquer organismo vivo, com temperaturas da ordem dos 35-40ºC está bem dentro do limiar ótimo de desenvolvimento bacteriano para organismos mesófilos. Os restantes grupos são menos comuns e ocupam meios muito específicos
Qual o fundamento do método tintorial de Gram? Qual a importância de se classificar as bactérias relativamente ao método de Gram? Explique o procedimento do método de Gram. Como se comportam frente ao método de Gram: os cocos, os bastonetes e os bacilos?
R- O fundamento seria observar formas, disposição e comportamento tintorial das bactérias. Distinguir bactérias Gram-positivas das Gram-negativas. O método de Gram permite classificar as bactérias em dois grandes grupos: as que retêm Violeta de genciana (Gram-positiva) e as que não retém o violeta genciano (Gram-negativa). Essa técnica tem importância clínica uma vez que muitas das bactérias associadas a infecções são prontamente observadas e caracterizadas como Gram-positivas ou Gram-negativas em esfregaços de pus ou de fluidos orgânicos. Essa informação permite ao clínico monitorar a infecção até que dados de cultura estejam disponíveis. É possível a análise de vários esfregaços por lâmina, o que facilita a comparação de espécimes clínicos. As lâminas podem ser montadas de forma permanente e preservadas como documentação. Os bacilos são um tipo de bactéria classificado de acordo com forma característica de bastonete. Ou seja, as bactérias podem ser esféricas (cocos), em forma de bastonete (bacilos), em forma de vírgulas (vibriões) ou de espiral/ helicoidal (espiroquetas). A forma exata é determinada pela parede celular da bactéria, uma estrutura rígida, complexa e formada por várias camadas. Embora as bactérias sejam classificadas em parte pela sua forma característica (acima referidas), a maioria delas (incluindo os bacilos) também é classificada como Gram-positivas ou Gram-negativas, dependendo da sua cor após a aplicação de um corante, denominado corante de Gram, durante a sua análise laboratorial.
O que é “identificar” uma bactéria? Quais são os passos para se fazer a identificação de uma dada bactéria? Que métodos são empregados na identificação bacteriana? Qual o fundamento da identificação bacteriana pela série bioquímica, imunológica e por biologia molecular? Anexe imagens de identificação bioquímica.
R- Identificação vários métodos podem ser empregados para identificar espécies ou outros grupos bacterianos.
Tais métodos muitas vezes são usados ao mesmo tempo e costumam ser empregados em colónias bacterianas previamente isoladas. O tipo de colônia já pode sugerir o organismo em questão: de uma forma geral, os bacilos gram. negativos apresentam colônias brilhantes, úmidas ou cremosas; os estafilococos apresentam colônias médias opacas e os estreptococos colônias pequenas e opacas (podendo ser hemolíticas ou não, quando são cultivadas em ágar sangue de carneiro 5%).
Métodos Reagentes para coloração de Gram, slides Oxidase da DIFCO ou bastonetes da Oxidase da OXOID, Ansas, Enterotubos, Cultura bacteriana a identificar, Reagentes VP 1 e 2, Reagentes do Indole, Lamparinas, Recipiente com lexivia para desinfecção de materiais descartáveis, Suportes para enterotubos. BIOQUIMICA: investigaçãodas atividades metabólicas das bactérias “in vitro” é chamada de Provas Bioquímicas e servem para auxiliar o microbiologista a identificar grupos ou espécies de bactérias ou leveduras através da verificação das transformações químicas, que ocorrem num determinado substrato, pela ação das enzimas de um dado microrganismo. Como muitas vezes um determinado microrganismo possui um sistema enzimático específico, promovendo transformação bioquímica específica, as provas bioquímicas podem ser utilizadas na prática para a sua caracterização. Para a realização das provas bioquímicas é necessário utilizar meios de cultivo especiais contendo o substrato a ser analisado e fornecer ao microrganismo as condições nutritivas e ambientais necessárias ao seu desenvolvimento. Objetivos: executar e interpretar os resultados e as transformações metabólicas ocorridas em algumas provas bioquímicas empregadas para identificação de bactérias.
	
Anexe (escaneada, desenhada ou colada) imagens de tabelas de identificação por série bioquímica, testes bioquímicos, bem como imagens de eletroforese de biologia molécular (PCR-PRA) para identificação de bactérias.
R-
Conceitue e dê exemplos de meios de culturas sólidos, líquidos (caldos). Qual a diferença entre meios sólidos e líquidos e quando deve-se utilizar
R-Os meios de cultura são classificados quando ao estado físico em sólidos, quando contem agentes solidificantes, principalmente agar(cerca de 1  a 20% ); semi-solidos ,quando a quantidade de agar e ou gelatina e de 0,075 a 0,5%dando uma consistência intermediaria, de modo a permitir o crescimento de microrganismo em tensões variadas de oxigênio ou a verificação da motilidade e também para conservação de cultura ; e líquidos sem agentes solidificantes, apresentando-se como um caldo,utilizados para ativações das culturas, requites de microrganismo, provas bioquímicas dentre outros Meio de enriquecimento: Geralmente liquido, proporcionam nutrientes adequados ao crescimento de microrganismo presente usualmente em baixos números ou de crescimento lento, bem como microrganismo exigente e fastidiosos. Esses meios tem a propriedade de estimula o crescimento de determinados microrganismo mas existem alguns que também podem inibir o crescimento de outros Ex: caldo brain heart infusion e caldo tetrationato.
Meio Seletivo: A finalidade deste tipo de meio é selecionar as espécies que se deseja isolar i impedir o desenvolvimento de outros germes Ex: agar manitol salgado e agarss
Meio indicador: é utilizado no estudo das propriedades bioquímicas das bactérias auxiliando assim sua identificação. O mais simples e aquele usado no estudo das reações de fermentação. ex: agar triple sugar iron e agar citrato de simmons 
um ou outro ? O que são meios enriquecidos, seletivos e meios indicadores. Relativamente ao cultivo de bactérias anaeróbicas, explique a utilização e o fundamento do meio de tioglicolato e a jarra de anaerobiose. Qual a diferença entre a jarra para cultivo de anaeróbios obrigatórios e a jarra para cultivo de microaerófilos?
R- Meio de Enriquecimento: são preparações normalmente líquidas que promovem o aumento do número de bactérias. Alguns exemplos são: Caldo Brain Heart Infusion e o Caldo Tetrationato.
Meio Seletivo: são exemplos o Ágar Manitol Salgado e Agar SS, utilizados para selecionar as espécies que serão isoladas e impedir o crescimento de germes.
Meio Indicador: possibilita a análise das propriedades bioquímicas dos microrganismos, facilitando sua identificação. Utiliza-se o Ágar Triple Sugar Iron (TSI) e Ágar Citrato de Simmons para essa função.
Meio de Transporte: não possuem nutrientes, apenas um agente redutor. Previne desidratação e oxidação enzimática dos patógenos presentes. Tem essa finalidade o Caldo Tioglicolato
 O que é e como se realiza o teste da coagulase e do manitol hipertônico? Qual o fundamento e a importância destes testes? Anexe imagens destes testes positivos e negativos.
R- A coagulase é uma adesina produzida por Staphylococcus aureus e
Staphylococcus intermedius. No laboratório é usada para distinguir diferentes isoladosde Staphylococcus. A negatividade no teste da coagulase exclui presença de S.aureus e S. intermedius. A coagulase não é uma enzima, apesar da terminação (ase) do seu nome. Reage com a protrombina no sangue. O teste é realizado com plasma e o resultado apresenta-se positivo se após 24h a 37ºC o plasma coagular.
Manitol hipertônico que possui uma concentração muito elevada de sal, o que impede que a grande maioria das bactérias cresça. Ele é utilizado na diferenciação de bactérias do gênero Staphylococcus em dois grupos: 1) a espécie Staphylococcus aureus; e 2) o grupo das espécies de Staphylococcus que não são S. aureus. Isso é possível, pois somente os S. aureus fermenta o manitol, acidificando o meio que de rosa passa para amarelo. A prova da catalase é comumente utilizada para a diferenciação de estafilococos (catalase positiva) dos estreptococos (catalase negativa). Segundo o manual da Anvisa, há relatos de Staphylococcus aureus catalase negativa relacionados a processos infecciosos, embora raros,descritos em vários países, inclusive no Brasil. Embora não seja um fator essencial para a sobrevivência desta bactéria, a catalase constitui um mecanismo de defesa para o S. aureus contra células fagocitárias. Este teste consiste em colocar uma amostra da bactéria em contato com o peróxido de hidrogênio, e pesquisar a formação de bolhas de oxigênio. Obs.: é importante que quando a colônia for retirada do meio ágar sangue, não haja contato da alça bacteriológica com o meio, evitando um falso positivo.
Quais são os sítios orgânicos sépticos e assépticos do organismo humano? Descreva a flora bacteriana habitual de cada um destes sítios (as espécies que compõem cada flora destes sítios).
R- Áreas com flora normal
Pele :staphylococcus epidermidis
Nariz: staphylococcus aureus
Boca: Streptococcus pyogenes e Neisseria meningitidis
Faringe: haemophilus influenzae 
Garganta: Streptococcus viridans e bacteriodes sp
Bronquio primário: Haemophilus influenzae
Bronquio secundário: coccidioides immitis
Bronquio terminal: Bortadela pertussis e Streptococcus pneumoniae
Ductos alveolares: coxiella burnetti
Sacos alveolares: chlamydia psittaci
Vagina: lactobacillus, e.coli, cândida albicans, Gardnerella vaginais, Streptococcus
Cólon: e coli, pseudonomas aeruginosa, clostridium sp
 Áreas sem flora normal 
1corrente circulatória,
2 snc,
3 SR inferior(brônquios e alvéolos), 
4 bexiga
2.	rim,
3.	fígado 
4.	baço
.
Que é desequilíbrio de flora autóctone (flora de um determinado sítio orgânico) e qual a sua conseqüência. Que acontece caso uma bactéria invada um sítio asséptico do organismo?
R- Residente (autóctone ou nativa) : Consiste em microorganismos que são encontrados com regularidade em determinado local. A microbiota residente divide-se em :
Microbiota Residente Indígena: Aquela que é encontrada com maior proporção no local em questão. 
Microbiota Residente Suplementar: Encontrada em menor proporção no mesmo lugar.
-Transitória ( alóctone): Consiste em microorganismos não patogênicos ou potencialmente patogênicos que permanecem na pele ou em mucosas por horas, dias ou semanas, ou até provocando doenças. Mas não se estabelecem em definitivo.
Descreva os mecanismos pelos quais as bactérias exercem suas virulências. Que fatores determinam o grau de virulência de uma bactéria? Cite como estes fatores contribuem para a virulência.
R_- Os fatores de virulência são estruturas, produtos ou estratégias que as bactérias utilizam para “driblar” o sistema de defesa do hospedeiro e causar uma infecção. Alguns estão relacionados com a colonização do microorganismo e outros com as lesões do organismo, como por exemplo as toxinas.
Adesão É o processo da bactéria se aderir nas células e nos tecidos do organismo. As estruturas de superfície das bactérias, chamadas adesinas, que determinama capacidade de adesão dela. As adesinas precisam interagir com os receptores de membrana ou proteínas da matriz extracelular para que haja adesão.
Invasão As bactérias penetram nas células dos organismos basicamente por fagocitose. A fagocitose é um processo normal do organismo, mediada pelo sistema de defesa. Nas células não fagocitárias, a fagocitose é induzida pelas bactérias, com a participação de proteínas chamadas invasinas, que podem estar presentes na membrana externa da bactéria ou serem injetadas no seu citosol. As células dos hospedeiros podem responder de diversas formas à invasão. Normalmente produzem citocinas e prostaglandinas, e morte celular por necrose ou apoptose. As bactérias têm necessidade de regular a expressão de seus genes de virulência para se adaptarem aos microambientes onde são obrigadas a sobreviver.
Sideróforos colaminas e hidroxamatos. São substâncias que apresentam alta afinidade pelo ferro, elemento muito importante para o crescimento e metabolismo bacteriano. O organismo humano desenvolveu mecanismos para evitar que as bactérias removam o ferro do hospedeiro. Os sideróforos são capazes de retirar o ferro das proteínas carreadoras (hemoglobina, transferrina e lactoferrina) e transportar para o citoplasma.
O que são endotoxinas e exotoxinas? Cite exemplos. Como exercem seus efeitos deletérios? 
R-- Exotoxinas: produzidas no interior de algumas bactérias e liberadas para o meio
externo, onde atuam destruindo determinadas células e inibindo certas funções
metabólicas. São agrupadas em três tipos: citotoxinas, neurotoxinas e enterotoxinas.
Citotoxinas
 Toxinas eritrogênicas: os Streptococcus pyogenes podem produzir toxinas
conhecidas como eritrogênicas, que lesam os capilares sanguíneos sob a pele e
produzem um exantema de cor vermelha (escarlatina).
Toxina diftérica: Corynebacterium diphteriae produz a toxina diftérica que
tem uma constituição polipeptídica, formada por dois peptídeos. Esta toxina
é uma citotoxina que inibe a síntese de proteínas celulares.
Neurotoxinas
 Toxina tetânica: Clostridium tetani.Esta toxina atinge o sistema nervoso
central e se liga as células nervosas que controlam a contração de vários
músculos esqueléticos. A contração muscular vai se tornar incontrolável,
produzindo os sintomas convulsivos.
 Toxina botulínica: é produzida por Clostridium botulinum e é uma
neurotoxina que age na junção neuromuscular, e impede a transmissão
dos impulsos das células nervosas ao músculo. Esta toxina causa paralisia
muscular ou paralisia flácida.
 Enterotoxina estafilocócica: esta toxina é produzida por Staphylococcus
aureus e afeta as células entéricas da mesma forma que a toxina colérica,
produzindo sintomas semelhantes.
 Enterotoxina colérica: Vibrio cholerae produz uma enterotoxina
denominada toxina colérica. Ascélulas epiteliais são afetadas por esta
toxina aumentando a secreção degrandes quantidades de líquidos e
eletrólitos, causando uma intensadiarréia acompanhada de vômitos.
Enterotoxinas
Endotoxinas: parte da porção externa da parede celular das bactérias Gram-negativas.
As endotoxinas exercem seus efeitos quando a bactéria Gram-negativa morre e sua parede celular sofre lise, liberando assim, a endotoxina.
• As endotoxinas possuem a capacidade de ativar as proteínas da coagulação levando a formação de pequenos coágulos – Coagulação Intravascular Disseminada.
• São consideradas substâncias pirogênicas devido a sua capacidade de induzir febre.
• A capacidade das endotoxinas em causar choque endotóxico está relacionado à
produção de substâncias pelas células fagocitárias (TNF) que aumentam a
permeabilidade dos capilares sangüíneos
 perda de grandes quantidades de líquidos e consequentemente uma queda da
pressão arterial, que leva ao choque.
Bactérias podem exercer seus efeitos deletérios via parasitismo intracelular, via agressão na matriz extracelular infectada e ainda por meio da reação imune. Explique e dê exemplos destes diferentes tipos de agressão.
R_ O colágeno é sintetizado intracelularmente em pequenas porções e exportado para fora da célula, onde, através da atuação de enzimas polimerizantes, é definido com a estrutura própria de colágeno, em hélice-tripla. Cada uma destas 3 "fitas" de proteínas são formadas quase inteiramente por glicina (que representa 1/3 da sequência), prolina e lisina, como por mais dois aminoácidos que são modificados após serem colocados pelos ribossomos: a hidroxiprolina e a hidroxilisina. Esses dois últimos são derivados respectivamente da prolina e da lisina através de processos enzimáticos que são dependentes da vitamina C. Por esse motivo, a deficiência dessa vitamina leva ao escorbuto, uma doença relacionada a problemas na síntese do colágeno, causando hemorragia (vasos sanguíneos e pele possuem colágeno na sua constituição). O colágeno ou gelatina, como conhecemos, é a classe mais abundante de proteínas do organismo humano e representa mais de 30% de sua proteína total, sendo obtidos industrialmente principalmente através dos bovinos. A deficiência de colágeno no organismo denomina-se colagenoses, acarretando alguns problemas como má formação óssea, rigidez muscular, pro
blemas com o crescimento, inflamação nas juntas musculares, doenças cutâneas, entre outros.
Sob o aspecto da estrutura histológica, a matriz extracelular é um espaço onde uma bactéria pode desenvolver uma infecção. A virulência bacteriana é determinada dentre outros fatores, pela capacidade de penetração e reprodução destas bactérias nesse interstício tecidual. Considerando-se a composição bioquímica da matriz extracelular e os recursos de uma bactéria para invadir um maior espaço num dado tecido, explique como cada fator mencionado abaixo favorece uma maior penetração tecidual pela bactéria e consequentemente uma maior virulência:
Síntese de colagenase.
 Colagenases: produzida por várias espécies de Clostridium - digestão do colágeno presente no tecido conjuntivo.
Síntese de hialuronidase.
 Hialuronidases: tipo de enzima produzida por estafilococos e estreptococos que hidrolisa o ácido hialurônico presente no tecido conjuntivo.
Síntese de cápsulas.
A cápsula também vai auxiliar a adesão do
microrganismo ao tecido
• Contribui para resistência bacteriana à
fagocitose, pois bloqueia a fagocitose
Síntese de proteína M.
Inibição da fagocitose: Revestimento com proteína M (aderência da bactéria às células epiteliais do hospedeiro e auxilia na resistência bacteriana à fagocitose pelos glóbulos brancos) e A, ácido micólico
Fator corda.
Fator corda são lipídios (dimicolato de 6,6-trealose) componte da parede celular das micobacterias que formam cordôes serpentiformes microscópicos, nos quais os bacilos álcoo-ácido resistentes se dispõem em cadeias paralelas. Responsável pela inibição da migração dos leucócitos, provocando a formação de granulomas crônicos e podem atuar como “adjuvante” imunológico
Bactérias podem agredir ou pela alta virulência de suas toxinas, ou por desequilíbrio de flora com toxinas menos virulentas. Comente.
R-Um exemplo são os plasmídeos fragmentos de DNA localizados no citoplasma, que carregam genes de virulência, de toxinas e de adesinas, podem passar de uma bactéria para outra por conjugação, o mesmo ocorrendo com os bacteriófagos. Mais recentemente, foram descobertas as ilhas de patogenicidade, cassetes de genes de virulência que passam de uma bactéria para outra conferindo-lhes a capacidade de causar doenças. 
Conceitue antibióticos e quimioterápicos. Descreva os diferentes mecanismos de ação dos antibióticos (ação na parede celular, na membrana citoplasmática, na Inibição enzimática, no DNA e na síntese protéica).
R_ Quimioterápicos Agentes químicos, naturais ou sintéticos, usados no tratamento de doenças. Atuam matando ou inibindo o desenvolvimento dos microrganismos, em concentrações baixas o suficiente para evitar efeitos danosos ao paciente. AntibióticosGrupo de agentes quimioterápicos, que constituem-se em produtos microbianos ou derivados. São produtos do metabolismo secundário, não essenciais para o crescimento ou reprodução, sendo sua síntese dependente da composição do meio. São geralmente compostos complexos, cuja síntese envolve várias etapas enzimáticas, sendo as enzimas reguladas separadamente das do metabolismo primário. Via de regra, a produção de antibióticos está associada ao fenômeno de quorum sensing.
Explique os mecanismos de resistência das bactérias aos antibióticos, bem como a causa desta resistência.
R- Resistência Bacteriana é uma situação na qual um agente antimicrobiano não consegue mais destruir ou ter uma ação efetiva sobre um micro-organismo. Essa resistência pode ser natural ou adquirida:
Natural --> Essa forma de resistência é intrínsica do micro-organismo,se expressando continuamente. É característico deste tipo de resistência a ausência da necessidade de estímulo prévio para expressar a resistência. Como por exemplo a resistência à polimixina apresentada pela Stenotrophomona maltophilia e a resistência aos beta-lactâmicos apresentada pelos Micoplasmas.
Adquirida --> Essa forma de resistência não é produzida pela célula bacteriana ao menos que esta seja exposta a um agente indutor ou na aquisição de genes de resistência. É a esta forma de resistência que devemos concentrar a maior parte de nossa atenção, já que é através do aumento da pressão seletiva ou até da disseminação de genes de resistência dentro de unidades hospitalares que o caos da saúde pública brasileira vem ocorrendo. Uma das causas dessa resistência e a destruição do antibiótico essa tática é radical. Ao invés de simplesmente ignorar a droga ou montar bloqueios moleculares, algumas bactérias sobrevivem neutralizando seus inimigos diretamente. Por exemplo, alguns tipos de bactérias produzem enzimas chamadas beta-lactamases que destroem a penicilina. Como as bactérias adquirem esses hábitos para lutar contra os antibióticos? Em alguns casos, elas não os adquirem. Algumas bactérias simplesmente fazem uso de suas próprias capacidades inerentes. Entretanto, existem muitas bactérias que não desenvolveram resistência a um antibiótico em particular. As bactérias podem adquirir resistência obtendo uma cópia da codificação de um gene de uma proteína modificada ou de uma enzima como a beta-lactamase de outra bactéria, mesmo daquelas de espécies diferentes. Existem várias formas de obter um gene resistente. 
O que é mutação em um microrganismo? Quais as causas e tipos de mutação? Uma bactéria pode transferir parte de seu DNA à outra? Que é transformação, conjugação e transdução em bactérias e quais as suas importâncias?
R_ A mutação é um fenômeno espontâneo, resultado de um erro na replicação do DNA, ocorre um mutante a cada 104 a 1010 divisões celulares. Normalmente envolve deleção, substituição ou adição de um ou mais pares de bases, levando a alterações na composição de aminoácidos de determinados peptídeos. Essa mutação ocorre na ausência ou presença de antibióticos, o único papel que pode caber à droga é selecionar os mutantes, favorecendo seu crescimento por sua atuação nas células normais sensíveis. Esse problema tem se mostrado mais alarmante com drogas destinadas a tratamentos prolongados, como as utilizadas contra a tuberculose e hanseníase(11). A mutação leva muitas vezes à alteração de permeabilidade da célula ou ainda à alteração de seu receptor. As células mutantes não têm qualquer vantagem biológica sobre as normais, ao contrário são defectivas, morrendo à qualquer alteração, seja de pH, temperatura, osmolaridade
Resistência transferível: A resistência transferível ocorre quando um dado microrganismo recebe material genético de outro microrganismo, passando a expressar a característica contida no gene recentemente adquirido. Esse material genético que contém a informação que expressa a resistência pode ser transferido de algumas formas: transformação, transdução, conjugação e ainda transposição.
Transformação: A transformação é um processo no qual há lise de determinado microrganismo com liberação de seu material genético para o meio, dessa forma, outra bactéria é capaz de captar esse DNA incorporando-o ao seu genoma(12). Esse DNA pode ser originário de cromossomos, plasmídios ou ainda bacteriófagos e para que o processo ocorra a bactéria receptora tem de estar apta a receber esse material, no estado dito de competência, quando sintetiza proteínas de superfície capaz de ligação ao DNA. Parece de pouca importância clínica, pois só ocorre em condições extremamente favoráveis.
Transdução: A transdução envolve a incorporação acidental de DNA bacteriano cromossômico ou plasmidial por um bacteriófago durante seu processo de infecção celular. Após a lise celular, esse bacteriófago atua então como um vetor e ao infectar nova célula pode introduzir o DNA contendo o gene de resistência, tornando-a resistente à determinada droga. Ocorre somente entre bactérias de uma mesma espécie e exerce papel importante na transferência de plasmídios R (resistência) entre S. aureus e Streptococcus pyogenes
Conjugação. A conjugação é um processo que requer contato físico, bactéria-bactéria, em que uma das células, a doadora, transfere através de fímbria ou pilus sexual o material genético a outra, chamada receptora. A habilidade de uma bactéria em conjugar normalmente é codificada em plasmídios, chamados plasmídios F, de fertilidade ou conjugativos. Esses plasmídios são segmentos de DNA de fita dupla auto-replicantes que legam à bactéria que os possuem a propriedade de estabelecer, através desse canal protéico (fímbria), contato com outras bactérias para a transferência de genes plasmidiais. Ao receber o material genético sob a forma de plasmídios que pode conter genes determinantes de resistência (plasmídios R), a bactéria receptora a partir desse momento pode expressar uma nova característica, tornando-se resistente. Pode ainda conjugar com outra bactéria, atuando agora como doadora, pois junto com genes de resistência, ela recebe genes conjugativos (plasmídios F), permitindo então repetir o processo agora em progressão geométrica. Esses plasmídios transferidos por conjugação podem conter genes determinantes de resistência a muitos antibióticos, ou seja, a pressão seletiva exercida por uma só droga pode selecionar microrganismos multirresistentes. Segundo Tavares(11), "...a resistência extracromossômica pela transferência de fatores R constitui o mais frequente processo de resistência bacteriana aos antimicrobianos em hospitais, favorecido pela pressão seletiva do uso destas drogas neste ambiente".
Transposição 
No fenômeno da transposição há a dependência da presença na bactéria de segmentos curtos de DNA denominados transpossons. Transpossons podem conter genes de resistência para um ou mais antibióticos. Por não terem capacidade de auto-replicação, unem-se a replicons, ou seja, "saltam" dentro da célula entre plasmídios, cromossomos e bacteriófagos, caracterizando uma promiscuidade gênica celular. Esses "genes saltadores", ao se unirem a segmentos de DNA para sua replicação, podem incorporar genes de resistência nesse DNA. A partir desses mecanismos, bactérias podem adquirir e/ou transferir resistência a outras bactérias, passando a elas a propriedade de defesa contra determinada droga. É importante salientar que não há necessidade de patogenicidade do microrganismo para que carregue genes de resistência, ao contrário, bactérias de microbiota normal são as que carregam maior quantidade de genes de resistência a uma ou mais drogas.
Relativamente à esterilização e desinfecção, conceitue os termos: Esterilização, desinfecção, antissepsia e assepsia. A esterilização pode ser realizada por meios físicos (calor seco ou úmido) ou químicos como a esterilização por óxido de etileno. Explique o fundamento, como é realizada e a finalidade da esterilização por calor a seco: chama direta, forno de Pasteur e por calor úmido: pasteurização, vapor fluente,água fervente e autoclave. Explique a esterilização química por óxido de etileno. A ação da luz ultra violeta num determinado ambiente esteriliza ou desinfecta este ambiente? Cite os desinfetantes químicos e os distintos mecanismos de ações dos mesmos.
É possível esterilizar um material por filtração? Explique.
R- Esterilização: é processo de destruição de todas as formas de vida microbiana (bactérias nas formas vegetativas e esporuladas, fungos e vírus) mediante a aplicação de agentes físicos e ou químicos, Toda esterilização deve ser precedida de lavagem e enxaguadura do artigo para remoção de detritos.
Desinfecção: é o processo pelo qual se destroem particularmente os germes patogênicos e/ou se inativa sua toxina ou se inibe o seu desenvolvimento. Os esporos não são necessariamente destruídos. Assepsia: é o conjunto de medidas que utilizamos para impedir a penetração de microrganismos num ambiente que logicamente não os tem, logo um ambiente asséptico é aquele que está livre de infecção. Antissepsia: é o conjunto de medidas propostas para inibir o crescimento de microrganismos ou removê-los de um determinado ambiente, podendo ou não destruí-los e para tal fim utilizamos antissépticos ou desinfetantes.
A esterilização através do calor seco pode ser alcançada pelos seguintes métodos:
Flambagem: aquece-se o material, principalmente fios de platina e pinças, na chama do bico de gás, aquecendo-os até ao rubro. Este método elimina apenas as formas vegetativas dos microrganismos, não sendo portanto considerado um método de esterilização. 
Incineração: é um método destrutivo para os materiais, é eficiente na destruição de matéria orgânica e lixo hospitalar.
Raios infravermelhos: utiliza-se de lâmpadas que emitem radiação infravermelha, essa radiação aquece a superfície exposta a uma temperatura de cerca de 180O C.
Estufa de ar quente: constitui-se no uso de estufas elétricas. É o método mais utilizado dentre os de esterilização por calor seco. O uso do calor seco, por não ser penetrante como o calor úmido, requer o uso de temperaturas muito elevadas e tempo de exposição muito prolongado, por isso este método de esterilização só deve ser utilizado quando o contato com vapor é inadequado. Cabe observar também que o uso de temperaturas muito elevadas pode interferir na estabilidade de alguns materiais, como por exemplo o aço quando submetido a temperaturas muito elevadas perde a têmpera; para outros materiais como borracha e tecidos além da temperatura empregada ser altamente destrutiva, o poder de penetração do calor seco é baixo, sendo assim a esterilização por este método inadequada. Os materiais indicados para serem esterilizados por este método são instrumentos de ponta ou de corte, que podem ser oxidados pelo vapor, vidrarias, óleos e pomadas. Equipamentos: Como o processo de esterilização em estufas de ar quente é o método mais utilizado dentre os de esterilização por calor seco, iremos descrever o equipamento utilizado neste método, que é a estufa ou forno de Pasteur. Estes são equipados com um termômetro que mostra temperatura do interior da câmara; um termostato, onde se programa a temperatura desejada; uma lâmpada que mostra a situação de aquecimento ou a estabilização da temperatura interna da câmara; algumas com um ventilador para promover a circulação do ar, garantindo um aquecimento rápido e uniforme na câmara (estufas de convecção mecânica). Não há um controlador de tempo, este controle é feito pelo operador do aparelho.
Sobre o gênero Mycobacterium, quais sãs espécies mais conhecidas patologicamente e quais as doenças causadas por elas? Como se realiza e qual o fundamento e importância do método tintorial de Ziehl-Neelsen? Como se comportam o M. tuberculosis e o M. leprae diante de culturas dos mesmos? O que são e quais as importâncias de MCL E MCR?
R-
Qual é o agente etiológico classicamente mais virulento nas meningites? Cites suas características bacteriológicas.
R- A meningite pode ser causada por diversos agentes infecciosos, como bactérias, vírus e fungos, dentre outros, e agentes não infecciosos (ex.: traumatismo). As meningites de origem infecciosa, principalmente as causadas por bactérias e vírus, são as mais importantes do ponto de vista da saúde pública, pela magnitude de sua ocorrência e potencial de produzir surtos. Meningites bacterianas Os principais agentes bacterianos causadores de meningite são: Neisseria meningitidis (Meningococo) Bactéria gram-negativa em forma de coco. Possui diversos sorogrupos, de acordo com o antígeno polissacarídeo da cápsula. Os mais frequentes são os sorogrupos A, B, C, W135 e Y. Podem também ser classificados em sorotipos e subtipos, de acordo com os antígenos protéicos da parede externa do meningococo. Streptococcus pneumoniae Bactéria Gram-positiva com característica morfológica esférica (cocos), disposta aos pares. É alfahemolítico e não agrupável, possuindo mais de 90 sorotipos capsulares. Mycobacterium tuberculosis Bacilo não formador de esporos, sem flagelos e que não produz toxinas. É uma espécie aeróbica estrita, necessitando de oxigênio para crescer e se multiplicar. Tem a forma de bastonete, medindo de 1 a 4 micra. Quando corado pelo método de Ziehl-Neelsen, fixa a fucsina, não se descorando depois de tratado pelos álcoois (álcool-ácido resistente). Haemophilus influenzae Bactéria gram-negativa que pode ser classificada, atualmente, em 6 sorotipos (a, b, c, d, e, f), a partir da diferença antigênica da cápsula polissacarídica. O Haemophilus influenzae, desprovido de cápsula, encontra-se nas vias respiratórias de forma saprófita, podendo causar infecções assintomáticas ou doenças não invasivas, tais como: bronquite, sinusites e otites, tanto em crianças como em adultos.
Quais as principais infecções bacterianas causadas por anaeróbios?
R- As bactérias anaeróbias diferem de outras bactérias de várias maneiras. Elas desenvolvem-se adequadamente em áreas do organismo com concentrações baixas de oxigênio (p.ex., intestino) e nos tecidos que sofrem um processo de degeneração, particularmente as feridas profundas e contaminadas, onde outras bactérias não conseguem sobreviver e onde as defesas do organismo não chegam facilmente. As bactérias anaeróbias não necessitam de oxigênio, na realidade, algumas não sobrevivem em sua presença. Elas tendem a causar infecções que formam coleções purulentas (abcessos). Centenas de espécies de bactérias anaeróbias vivem normalmente e sem causar danos na pele e nas membranas mucosas (p.ex., revestimento da boca, do intestino e da vagina). Em um centímetro cúbico de fezes, podem existir várias centenas de bilhões de bactérias. Quando o ambiente normal de determinadas espécies de bactérias anaeróbias é desequilibrado por uma cirurgia, por um suprimento sangüíneo inadequado ou por uma lesão tecidual, elas podem invadir os tecidos do hospedeiro, causando infecções graves ou mesmo letais. As bactérias anaeróbias que causam doenças incluem os clostrídios, os quais vivem na poeira, no solo, na vegetação e no trato intestinal de seres humanos e animais, os peptococos e os peptostreptococos, os quais fazem parte da flora bacteriana normal da boca, do trato respiratório superior e do intestino grosso. Outras bactérias anaeróbias incluem o Bacteroides fragilis, o qual faz parte da flora normal do intestino grosso, a Prevotella melaninogenica e o Fusobacterium spp., os quais fazem parte da flora normal da boca.
Quais as principais espécies de interesse patológico entre: Os estafilococos, os estreptococos, os bastonetes, os bacilos, as enterobactérias e as parvobactérias?
R- O Staphylococcus aureus é uma bactéria do grupo dos cocos gram-positivos que faz parte da microbiota humana, mas que pode provocar doenças que vão desde uma infecção simples, como espinhas e furúnculos, até as mais graves, como pneumonia, meningite, endocardite, síndrome do choque tóxico e septicemia, entre outras. Essa bactéria foi uma das primeiras a serem controladas com a descoberta dos antibióticos, mas, devido asua enorme capacidade de adaptação e resistência, tornou-se uma das espécies de maior importância no quadro das infecções hospitalares e comunitárias. Neste artigo faremos uma revisão sobre esse agente infeccioso e as bases dos mecanismos das patologias por ele provocadas, de forma a ressaltar a necessidade de mantê-lo como alvo para o desenho de novos antibióticos.
Algumas bactérias possuem hemolisinas capazes de causar hemólises visualizadas no meio ágar-sangue. Como se classificam os diferentes tipos de hemólise e qual a importância desta classificação?
R- A hemólise se refere à quebra dos eritrócitos, ou células vermelhas do sangue. Na microbiologia, as bactérias podem ser classificadas com base em sua habilidade de induzir a hemólise em ágar sangue. Três tipos de hemólise podem ocorrer e são classificados como alfa, beta e gama. Cada tipo é caracterizado por diferenças físicas e graus variáveis de lise das céluas sanguíneas em função de hemolisinas específicas, ou substâncias químicas que induzem a hemólise, secretadas por uma bactéria em particular.
Alfa-hemólise: A alfa-hemólise apresenta mudança de cor no ágar vermelho inicial para um verde escuro, resultado da oxidação da hemoglobina em meta-hemoglobina pelo peróxido de hidrogênio secretado pela bactéria. Além disso, a alfa-hemólise não resulta na lise completa das células sanguíneas, sendo referida como hemólise parcial ou incompleta.
Beta-hemólise: A beta-hemólise refere-se à lise completa das células sanguíneas e apresenta-se com uma cor amarela e transparente na ágar sangue. Esse tipo de hemólise ocorre devido a uma enzima produzida pela bactéria chamada estreptolisina. Essa enzima interage com o colesterol na membrana celular, resultando na deterioração desta estrutura celular de proteção.
Gama-hemólise: A gama-hemólise manisfesta-se através da bactéria que não induz a hemólise naS células sanguíneas. Estes organismos são conhecidos como não hemolíticos e são identificados com base na ausência de mudança de cor ou tranparência do meiodiretamente abaixo das colônias de bactérias.
Usos do ágar sangue: O ágar sangue é usado principalmente para identificar e cultivar várias estirpes de patogênicos, ou bactérias danosas. As estirpes que manifestam hemólises alfa e beta possuem erotoxinas que podem causar efeitos prejudiciais dentro corpo, como é evidenciado na quebra dos eritrócitos no meio. A estreptolisina utilizada pela bactéria beta-hemolítica, em particular, tem potencial para destruir diferentes tipos de células no corpo, graças a deterioração da sua membrana celular.
Conceitue, dê as características estruturais e classificação dos fungos. Cite doenças causadas por eles.
R- Os fungos, também conhecidos como bolores, são organismos eucariontes (com células nucleadas), existindo espécies unicelulares e pluricelulares, respectivamente: as leveduras e os cogumelos, cujas células são impregnadas externamente por quitina, um polissacarídeo nitrogenado. 
Esses seres são heterotróficos (não sintetizam o próprio alimento), incorporando os nutrientes necessários ao seu metabolismo através da absorção de substâncias após digestão extracorpórea (sapróbios), realizada por enzimas sintetizadas e secretadas sobre a matéria orgânica contida no ambiente. Os fungos pluricelulares apresentam estrutura formada por uma malha filamentosa chamada de hifas, agrupadas formando um pseudo tecido denominado micélio, caracterizado conforme sua distinção citoplasmática em: 
Hifas septadas – cujas células são individualizadas, cada uma contendem o seu núcleo; 
Hifas cenocíticas – com aparência anastomosada (concisa), formada por um citoplasma estendido e polinucleado. O micélio assume tanto a função vegetativa, quanto reprodutiva. A primeira conferindo sustentação, crescimento e obtenção de alimentos, e a segunda, responsável pela produção de esporos (reprodução sexuada), porém podendo ocorrer de forma assexuada, seja por brotamento ou fragmentação. A respiração dos fungos pode ser aeróbia (na presença de oxigênio) ou anaeróbia facultativa, sobrevivendo em ambientes com baixa oxigenação. Sistematicamente os fungos são classificados em: Zigomicetos, Basidiomicetos, Ascomicetos e Deuteromicetos. Doenças causadas por fungos: Onicomicose, Candidíase, Mucormicose, Peniciliose, Coccidioidomicose, Pneumocistose, Aspergilose e sinusite fúngica, Rinossinusite, Meningite fúngica, Histoplasmose.
Conceitue, dê as características estruturais e classificação dos vírus. Cite doenças causadas por eles.
R- Causadores de inúmeras doenças, os vírus são muito temidos por todos. Acelulares, medem cerca de 200 nm e só podem ser vistos com microscópio eletrônico. Alguns cientistas não os consideram seres vivos, pois eles não têm a capacidade de se reproduzir sozinhos, dependendo de alguma célula viva de animais, de plantas ou de bactérias. Em seu interior, encontramos uma cápsula proteica denominada de capsídeo. No interior do capsídeo, há ácido nucleico, que pode ser DNA (ácido desoxirribonucleico) ou RNA (ácido ribonucleico) ou, então, os dois tipos.
Príons e viroides: Quando estudamos os vírus, não podemos nos esquecer de citar dois agentes infecciosos que são bem mais simples do que eles: os príons e os viroides. Os príons são partículas proteicas infecciosas que, uma vez na corrente sanguínea, acumulam-se nas células nervosas, causando a morte delas. Causam encefalopatias como a doença da vaca louca. Os viroides são formados por RNA e afetam somente vegetais.
 Ciclo reprodutivo dos vírus: Os vírus só infectam células que tenham certa especificidade entre a membrana plasmática lipoproteica da célula e as proteínas do capsídeo do vírus. Os vírus possuem dois tipos de ciclos reprodutivos: o ciclo lítico e o ciclo lisogênico.
No ciclo lítico, a célula é infectada e os vírus comandam todo o processo reprodutivo em seu interior, deixando a célula totalmente inativa. O vírus assume o metabolismo da célula e pode produzir até 200 vírus, provocando lise celular. Os vírus que foram produzidos atacam outras células e recomeçam o ciclo.
No ciclo lisogênico, o ácido nucleico do vírus entra no núcleo da célula e incorpora-se ao ácido nucleico celular. O vírus, então, começa a participar das divisões celulares. À medida que a célula sofre mitoses, a carga viral é repassada às células-filhas, infectando todo o organismo.
 Infecções virais: Os vírus mais estudados e conhecidos por atacarem somente bactérias são chamados de bacteriófagos. Esses vírus possuem somente DNA viral em seu interior.
Existem vírus que atacam plantas e causam prejuízos à agricultura. Outros vírus atacam animais e são responsáveis por várias mortes e epidemias em todo o mundo. Algumas doenças causadas por vírus são: gripe ou resfriado, poliomielite, raiva, hepatite A, B, C, D e E, herpes, dengue, febre amarela, sarampo, rubéola, catapora, caxumba e Aids. Quando o vírus entra no interior do organismo, este começa a produzir anticorpos para combatê-lo. O organismo passa a “reconhecer” (memória imunológica) esse vírus e, se a pessoa entrar em contato com ele novamente, o corpo automaticamente o combate. A vacina nada mais é do que vírus mortos ou atenuados que, em contato com o organismo, induzem a produção de anticorpos. Se o organismo entrar em contato com aquele tipo de vírus, ele já terá anticorpos específicos para combatê-los e o organismo não será prejudicado.
Qual a diferença entre os termos: Infecção, afecção e inflamação?
R Infecção se refere à invasão, desenvolvimento e multiplicação de um microorganismo no organismo de um animal ou planta, causando doenças.
Afecção, é um termo com conceitos de anomalia, disfunção, lesão, doença e síndrome. Um exemplo: o bicho geográfico é uma afecção causada por larvas e vermes que parasitam a pele humana. Proliferam principalmente nas praias, trazidos por cachorros que defecam na areia úmida, mas mesmo longe das praias, a presença de cães pode levar ao aparecimento desse tipo de parasita de pele se houver areia úmida onde o vermeconsiga sobreviver. Essa afecção é caracterizada por pequenas e salientes irritações em qualquer parte da pele de cor vermelho escuro. Após alguns dias, essa lesão “caminha“, fazendo um trajeto sinuoso, e exige tratamento imediato.
A Inflamação pode ocorrer não só quando há a invasão por vírus, bactérias, fungos ou protozoários. A sinusite, por exemplo, é uma inflamação dos seios da face e que, por não ser causada por um patógeno, não se caracteriza como uma infecção. Já a caxumba é uma doença caracterizada pela infecção do vírus do gênero Rubulavirus, da família Paramyxoviridae. Sua presença resulta na inflamação das glândulas salivares apresentando, na região, inchaço característico. Inflamações têm como principais características: o aumento da temperatura no local ou geral, inchaço, dor e, em alguns casos, perda da função – reversível naturalmente ou não. O contato com produtos cáusticos, venenos, baixas ou altas temperaturas; traumatismos, dentre outros tipos de exposição de nosso organismo, resultando em defesas imunitárias, também as caracterizam.

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