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Análise da carga postural REBA RULA NIOSH

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA
CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS
 DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO E MECÂNICA
CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
ENF 412 - ERGONOMIA
Análise da carga postural a partir dos métodos de 
REBA, RULA, OWAS e NIOSH (Exercício Proposto)
 				
Viçosa, 26 de Junho de 2017
REBA
O Método REBA (Rapid Entire Body Assessment), que em português significa Avaliação Rápida do Corpo Inteiro do foi proposto por Sue Higrnett e Lynn McAtammney, publicado em uma revista especializada a Applied Ergonomics, no ano de 2000. O método é resultado de um trabalho conjunto, composto por ergonômicos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e enfermeiros, que identificaram cerca de 600 posturas para sua elaboração.
O método permite a análise do conjunto das posições adotadas pelos membros superiores (braço, antebraço e mãos), do tronco, da coluna cervical e das pernas. Define também outros fatores que considera determinantes para a avaliação final da postura, bem como a força aplicada, o tipo de pegada, tipo de atividade muscular realizada pelo trabalhador. Permite avaliar tanto posturas estáticas quanto dinâmicas, incorporando como novidade a possibilidade de assinalar a existência de movimentos estafantes e posturas inadequadas.
O método REBA é uma ferramenta de análise postural especialmente sensível para detectar tarefas que exigem movimentos inesperados de postura, como conseqüência normalmente da manipulação de cargas. Sua aplicação previne o elevado índices de risco de lesões associados à postura, principalmente pelos músculos esqueléticos, indicando em cada caso a urgência com que se deveriam aplicar ações corretivas. Trata-se, por tanto de uma ferramenta útil para a prevenção de riscos capaz de alertar sobre as condições de trabalho inadequadas. Esta é feita da seguinte forma: 
Mensuração do Grupo A, diante da posição analisada (braço, antebraço e punho): 
Quadro 1 – Análise do Grupo A
Após determinar os valores para braço, antebraço e punho, observamos à tabela do Grupo A para achar o valor adequado:
Tabela 1 – Valores para os membros superiores do Grupo A
Após encontrar o valor na tabela do Grupo A, faremos o reajuste de valor a partir das tabelas abaixo:
Tabela 2 – Pontuação para a carga ou força aplicada durante a realização do trabalho
Tabela 3 – Modificação da pontuação para as cargas ou forças
Tabela 4 – Pontuação referente ao tipo de Pegada
Analisamos agora o Grupo B, mensurando cada região (pescoço, tronco e pernas):
Tabela 5 – Análise do grupo B
Feita a análise, observamos a próxima tabela, onde unimos o Grupo A ao Grupo B e assim encontramos um Valor C: 
Tabela 6 – União entre os Grupos A e B
Encontrado o Valor C, faremos um reajuste desse valor pela tabela abaixo para assim encontrar o valor final da análise de REBA: 
Tabela 7 – Pontuação referente ao tipo de atividade muscular exigida
Encontrado o Valor Final, jogamos este na tabela abaixo e se encontra a resposta da análise de REBA: 
Tabela 8 – Análise do Método REBA
				
Exemplo
RULA
O método RULA (Rapid Upper Limb Assessment) foi desenvolvido por Lynn McAtamney e Nigel Corlett (1993) na Universidade de Nottingham. É um método ergonómico que investiga a exposição dos trabalhadores aos fatores de risco associados ao membro superior, tais como postura, contração muscular estática, repetição, força e alcance. RULA é uma ferramenta de seleção que avalia o corpo biomecânico e postural e que foi criada para detectar posturas de trabalho ou fatores de risco que mereçam uma atenção especial. 
Através do método RULA são identificados distúrbios dos membros superiores relativos ao trabalho. Este método tem como grande vantagem permitir fazer uma avaliação inicial rápida de um grande número de trabalhadores. É um método similar ao OWAS, que tem um grande nível de confiabilidade e determina 4 níveis de ação de acordo com valores (pontos) que são obtidos a partir da avaliação de cada fator de exposição (braço, antebraço, pulso, pescoço, tronco, pernas). A sua aplicação resulta de um risco descrito por pontos variando entre 1 e 7. As pontuações mais altas significam um nível de risco mais elevado. É de salientar que o método não contempla os seguintes fatores: 
Tempo contínuo das operações;
Características individuais (idade, experiência, estatura, resistência física e história clínica);
Fatores ambientais no posto de trabalho;
Fatores psicossociais.
			
Aplicação do método RULA passa pela realização dos seguintes passos:
Qualificar a posição do braço, segundo o ângulo do cotovelo:
Figura 1 – Posição do braço
Qualificar a posição do antebraço, segundo o ângulo do cotovelo:
Figura 2 – Posição antebraço
Qualificar a posição do punho:
Figura 3 – Posição do punho
Qualificar a rotação do punho:
Figura 4 – Rotação do punho
Qualificar a postura na Tabela 9 (braço, antebraço, punho):
Tabela 9 – Pontuação dos membros superiores
Somar os pontos de movimentação dos músculos:
Tabela 10 – Pontos de movimentação dos músculos
Somar os pontos de Força ou Carga:
Tabela 11 – Pontos de força ou carga
Depois da soma dos pontos obtidos (Postura – valor encontrado na Tabela 9 + Movimentação dos Músculos + Força ou Carga) encontramos resultado final na Tabela 12:
Tabela 12 – Pontuação final
Qualificar a posição do pescoço:
Figura 5 – Posição do pescoço
Qualificar a posição do tronco:
Figura 6 – Posição do tronco
Qualificar a posição das pernas:
Figura 7 – Posição das pernas
Qualificar a postura na Tabela 13 (pescoço, tronco, pernas):
Tabela 13 – Pontuação do pescoço, tronco e pernas
Somar os pontos de movimentação dos músculos:
Idem a tabela 10.
Somar os pontos de Força ou Carga:
Tabela 14 – Pontos de força ou carga
Depois da soma dos pontos obtidos (Postura – valor encontrado na Tabela B + Movimentação dos Músculos + Força ou Carga) encontramos o resultado final novamente na Tabela 15 e cruzar os dados para ter a Pontuação Final:
Tabela 15 – Pontuação final
Interpretação dos resultados:
Tabela 16 – Interpretação dos resultados
NIOSH
Os profissionais que atuam na área de ergonomia e saúde ocupacional se deparam com situações em que é necessário “quantificar” uma atividade de trabalho analisada. Este é um ponto crucial visto que em ergonomia a maior parte da análise se desenvolve no campo qualitativo, onde características de uma atividade são descritas. Dentre as necessidades de quantificação podemos citar o caso de um levantamento manual de carga, que ainda nos dias de hoje é uma das maiores causas de disfunções músculo esqueléticas nos trabalhadores. 
Um grupo de pesquisadores patrocinado pelo National Intitute for Occupational Safely and Health (NIOSH) desenvolveu um método para determinar a carga máxima a ser manuseada e movimentada manualmente numa atividade de trabalho (NIOSH Tecnical Report), levantaram referências bibliográficas de todo o mundo e concluíram que este método deveria levar em conta quatro aspectos, sendo eles: 
O epidemiológico, que é o estudo das doenças, sua incidência, prevalência, efeitos e os meios para sua prevenção ou tratamento. Segundo os dados levantados, verificou-se que as atividades de manuseio e movimentação de cargas manualmente se relacionam com problemas na região lombar.
O psicológico, que considera o comportamento humano numa determinada situação. Na situação de manuseio e movimento de cargas, observou-se que a imposição de certas tarefas depende da aceitação do próprio trabalhador. Um exemplo é estipular que um trabalhador remova 1000 peças de 1 kg, uma de cada vez. Esta proposta é inviável economicamente e psicologicamente será mal aceita pelo trabalhador. Mas, em contrapartida, o empregador pode realizar um treinamento bem planejado, estipulando pesos mais adequados, ritmos e posturas que evitem o comprometimento da saúde, tanto física quantomental do trabalhador.
O biomecânico, estuda as estruturas e funções dos sistemas biológicos, usando conceitos, métodos e leis da mecânica.
O fisiológico, estuda as funções do organismo vivo. 
Após avaliar esses aspectos, foi proposto para o método NIOSH o Limite de Peso Recomendado (L.P.R) e o Índice de Levantamento (I.L).
O Limite de Peso Recomendado (L.P.R)
As principais considerações da LPR são:
Deve respeitar o peso que uma pessoa possa levantar em situações de trabalho, no qual 90% dos homens e no mínimo 75% das mulheres façam sem lesão;
No nível apresentado anteriormente, a taxa metabólica é da ordem de 3,5 kcal/min, o que é compatível com uma jornada contínua;
Níveis abaixo do apresentado nos itens anteriores, não apresentam um significativo comprometimento do sistema osteomuscular;
A compressão do disco L5-S1 da coluna vertebral, que pode ser suportada normalmente, é da ordem de 3400 N.
O LPR é determinado à partir de seis fatores de redução da constante de carga (CC), que é de massa igual a 23,0 kg. Através do LPR e da carga usualmente utilizada no trabalho, pode ser calculado o Índice de Levantamento (IL) que determina e quantifica o risco de lesão músculo esquelética. A seguir temos a equação para o cálculo do LPR (kg):
 (1)
A legenda sobre cada um dos constituintes da Eq. (1) é apresentada no Quadro 1. Em sequência, valores de referência da Eq. (1) são apresentados nas Tabelas 1 e 2. A Tabela 3 trata das interpretações do valor obtido pelo cálculo do Índice de Levantamento (IL).
Quadro 1 – Descrição da variável da equação de NIOSH
Tabela 1 – Fator frequência de levantamento
Tabela 2 – Fator qualidade da pega da carga
Tabela 3 – Classificação dos riscos pela equação de NIOSH
	INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS
	ÍNDICE DE LEVANTAMENTO
	RISCO
	QUANTIFICAÇÃO DO RISCO
	IL < 1
	Baixo Risco
	Condição Segura
	1<= IL <2
	Risco Moderado
	Condição Insegura
	IL >=2
	Alto Risco
	Condição Insegura
ESTUDO DE CASO
O posto de trabalho que vamos analisar é o transporte de painéis de madeira, a serem colocados manualmente nas estruturas para posterior colocação das ferragens e concretagem. Para realizar esta atividade, são utilizados painéis de madeira passando em média 45 kg. Estes painéis são transportados habitualmente pelos serventes e carpinteiros. A atividade consiste basicamente no transporte destes painéis localizados no chão, até uma altura de aproximadamente 1,5 metros. No caso do exemplo estudado, o trabalhador executava uma rotação de aproximadamente 90º, para poder realizar esta atividade. 
A partir das definições do método REBA, podemos analisar a postura escolhida e assim encontrar a conclusão do posto de trabalho escolhido. Analisamos a postura do indivíduo e encontramos os seguintes valores reajustados para cada tabela: na tabela 1 encontramos o valor de 1(1 de braço, 2 de antebraço e 1 de punho), porém, aplicando o reajuste de carga e pega (+2), obtemos o resultado igual a 3. Já na tabela 5 encontramos 5 (1 de pescoço, 2 de tronco e 2 de perna ). Unindo esses pontos na tabela 6, visualizamos o valor de 4, mas temos que aplicar o reajuste, desse modo esse valor vai a 6. Vendo a tabela da análise de REBA, encontramos um valor entre 4-7, com nível de risco médio e descrição da ação e investigação sendo necessária.
A partir das definições feitas do método RULA, utilizando as fórmulas do método podemos julgar a posição analisada. Vejamos então que os valores encontrados finais na tabela 9 deu 4 (4 de braço, 2 de antebraço, 2 de punho e 1 de rotação), aplicando o reajuste de atividade repetitiva e carga +10 kg (+3),encontramos o valor de 7. Enquanto na tabela 13 deu 5 (3 de cabeça, 4 de tronco e 1 de pernas), reajustando para atividade repetitiva e carga + 10 kg temos +4, com valor final de 9. Jogando na tabela 15 encontramos o valor de 7, com isso concluímos que é necessário fazer mudanças imediatas no posto de trabalho.
Analisando a partir do método NIOSH, temos a figura 1 ilustrando melhor a situação referenciada já contendo os valores dos fatores a serem analisados.
Figura 1 – Atividade de carregamento de painéis
	
Os fatores utilizados para o cálculo do LPR são os seguintes:
CC = 23 kg;
FDH = 25/H, o qual o fator H equivale a 45 cm;
FAV = 1-(0,003 x(Vc – 75)), o qual o fator Vc equivale a 85 cm;
FDVP = 0,82+ (4,5/Dc), o qual o fator Dc equivale a 86 cm;
FRLT = 1 – (0,0032 x A), o qual o fator A equivale a 90º;
FFL = 1, correspondendo à tabela 1 o qual a frequência de levantamento é de 1 vez/minuto e a atividade é contínua de 1 a 2 horas, neste caso o fator frequência de levantamento equivale a 0,88;
FQPC = pega pobre, correspondendo o fator qualidade da pega da carga, que neste caso equivale a 0,9.
Calculando os valores dos fatores e substituindo na Eq. (1) obtemos:
LPR = 23 x FDH x FAV x FDVP x FRLT x FFL x FQPC 
LPR = 23 x (25/45) x [1-(0,003 x(85 – 75))] x (0,82+ (4,5/86)) x [1 – (0,0032 x 90)] x 0,88 x 0,9
	LPR = 23 x 0,55 x 0,97 x 0,872 x 0,712 x 0,88 x 0,9
	LPR = 6,034 kg
A análise dos resultados obtidos nos mostra claramente que o peso movimentado nas características apresentadas é 7 vezes maior que o peso recomendado através deste cálculo.
O Índice de Levantamento é obtido através da divisão do peso real levantado (45 kg) e o limite de peso recomendado (6,034 kg). Podemos interpretar o resultado do índice conforme a tabela 3. No caso apresentado, o índice obtido foi de 7,45. Isto significa que o risco deste trabalhador vir a ter alguma lesão é muito alta. 
Bibliografia
Material disponibilizado durante as aulas 
https://topergonomia.wordpress.com/2008/04/01/ferramentas-ergonomicas-niosh/
http://portalbiocursos.com.br/ohs/data/docs/32/132_-_UtilizaYYo_do_mYtodo_rapid_entire_body_assecement_reba_associado_a_diagrama_de_localizaYYo_de_sintomas_e_aspectos.pdf
http://sistemas.deinf.ufma.br/anaisjim/artigos/2014/201418.pdf
http://www.alunos.campusesine.net/rec%20humano/fichas/RULA.PDF

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