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ERRO DE FATO E ERRO DE DIREITO E RELAÇÕES JURÍDICAS

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UNIPÊ – CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS
Professor: Leopoldo Viana
 
ERRO DE FATO E ERRO DE DIREITO
Erro e ignorância (art. 138 a 144 do novo CCB) e (art. 850 e 1974 do novo CCB)
Erro -  conhecimento falso sobre a realidade, que influi na vontade do  declarante.     
-noção inexata ou incompleta
-crê verdadeiro o que é falso, ou falso o que é verdadeiro
-se conhecido,  não haveria a declaração, ou mesmo, dar-se-ia de outra forma.
 
PRESSUPOSTOS
 
Essencialidade - deve ser essencial, recaindo sobre ou na substância do ato, ou no objeto principal da declaração, ou em alguma das suas qualidades substanciais, ou ainda diga respeito a qualidades essenciais da pessoa a quem se refira a declaração de vontade
Escusabilidade - justificável diante das circunstâncias(valor apenas para as questões penais), vez que a doutrina tende à inescusabilidade(p.ex: um técnico dificilmente pode escusar-se de erro por ele praticado, na área de sua especialidade -sou construtor e não sabia que o prédio precisaria de recuo ) .
 
ESPÉCIES
ERRO DE FATO OU ESSENCIAL - é aquele que vicia o ato em sua substância, determinando uma declaração de vontade que não seria emitida se o declarante tivesse noção exata da realidade. Recaem sobre qualidades essenciais da pessoa ou da coisa. Error Facti.
 
Modalidades dos Erros Essenciais
"error in negotio" - o que interessa à natureza do ato, implica em nulidade ( comprar um imóvel pensando que o está alugando ou pessoa que pensa que fez doação e fez venda);
"error in corpore" -  o que recai na identidade ou nas qualidades da coisa, a coisa concretizada no ato de vontade não era a pretendida pelo agente(IDENTIDADE: alugar o imóvel A certo de estar alugando o imóvel B ou compra-se terreno longínquo pensando estar comprando em centro urbano.  QUALIDADE: compro colar de coral mas é de plástico);
"error in persona" - o que incide na identidade e nas qualidades do outro contratante ou do destinatário da declaração(casar-se com Antonio pensando tratar-se de José  -  casar-se com um homossexual pensando tratar-se de um heterossexual );
Observação: são anuláveis somente as declarações de vontade decorrentes de erro essencial sobre qualidades da pessoa ou da coisa. (Erros de Fato)
"error in quantitate" -  quando a quantidade das coisas seja o motivo determinante da vontade do agente ( comprar A-B certo de estar comprando A) a doutrina não é pacífica sobre tal.
Erro acidental  -  é aquele que não recai na essência da declaração, admite-se que seu conhecimento ulterior não modificaria a conduta do declarante(comprar uma fazenda de mil hectares e duas mil e quinhentas cabeças de gado bovino, porém faltarem cinqüenta cabeças  -  casar-se com um pobre pensando ser a pessoa rica  -  casar-se com alguém impossibilitado de procriar  - o imóvel comprado Ter ambientes em cores diferentes)
 
ERRO DE DIREITO "error juris" - consiste no falso conhecimento ou na ignorância da norma jurídica que determinou a declaração, ou no equívoco sobre certa situação jurídica.
Art. 139 do CC. O erro é substancial quando:
(...)
III - sendo de direito e não implicando recusa à aplicação da lei, for o motivo único ou principal do negócio jurídico.
Obs1-É INVALIDANTE, pois se trata de erro substancial na situação descrita na Lei..  
Obs1- Parte da doutrina continua defendendo que o erro de direito não é invalidante, pois não constitui causa de anulabilidade do ato jurídico (alguém compra o domínio direto de um imóvel  com constituto possessório, pensando que essa compra lhe daria o direito de ter a posse direta do imóvel); 
Observação: Erro nos motivos - não  conduz à anulabilidade do negócio, a não ser que o motivo se transforme na causa expressa, por previsão das partes( irrelevante: alguém compra imóvel residencial, pensando em transformá-la para fins comerciais e depois descobre não ser possível face as posturas municipais - anulante: se o vendedor consentir incluir no contrato que o imóvel era alienado para ser readaptado para fins comerciais, pois terá havido erro substancial)  
 
Unidade VII - Relação Jurídica 
 Noção: Trata-se de uma espécie de relação social, apenas reconhecida pelo Estado, com a finalidade de protegê-la. Os homens, visando à obtenção de fins diversos e múltiplos, entram em contato uns com os outros.
Obs: “Os fatos e relações sociais só têm significado jurídico inseridos numa estrutura normativa, o que implica dizer que não há relação jurídica sem norma” M Reale.
Obs: “Quando as relações sociais passam sob o feixe normativo, é que elas adquirirem o significado de relações jurídicas”. M. Reale.
 
Elementos: São quatro:
Um Sujeito ativo
Um Sujeito passivo
Um Vínculo de atributividade, e 
o Objeto.
 
-Sujeito Ativo (PF ou PJ): É o titular do direito. É o credor da prestação principal expressa na relação. (Exemplo contrato de mútuo). Ele tem a pretensão, o poder de exigir o seu direito.
 
-Sujeito Passivo: (PF ou PJ) É aquele que se obriga a realizar a prestação, como seria o devedor no contrato de mútuo acima. Ele tem a obrigação, o dever de realizar uma prestação, isto é, dar, fazer, ou não fazer algo.
Obs: Só pessoas podem ser sujeitos de uma relação jurídica, e sem duas ou mais pessoas ela não se constitui.
 
 -Vínculo de Atributividade: É o vínculo que confere a cada um dos participantes da relação o poder de pretender ou exigir algo determinado ou determinável. Quando alguém tem uma pretensão amparada por norma jurídica, diz-se que tem título para o ato pretendido, ou em outras palavras está legitimado para exercer o seu direito.
 
-Objeto: É a prestação (obrigação) devida pelo sujeito passivo, consistente em dar, ou fazer, ou não fazer algo.
É o elemento sobre o qual recai tanto a exigência do credor como a obrigação do devedor.
 
 
Espécies:  Há tantos tipos de relações jurídicas quantas possam ser as variações dos fatos sociais e de sua disciplina normativa.
-Pessoais, obrigacionais, reais, de direito público, de direito privado, negocial [que implicam em negócios jurídicos](declaração e autonomia da vontade unilateralidade-doação, bilateralidade - contrato, gratuitos, onerosos, mortis causa, inter vivos).

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