Projeto 1 - Aula 6 - Prof. Orlando

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Profº Orlando Sodré Gomes 
Projeto l 
Aula 6 2013.1 
FUNÇÕES e REQUISITOS 
Identificando Funções 
 É interessante notar que um ENGENHEIRO deve ser 
capaz de especificar FUNÇÕES corretamente, pois 
existem consequências no fato de deixar de entender e 
projetar todas as FUNÇÕES de um projeto. 
 “A literatura da engenharia forense está repleta de 
casos nos quais os engenheiros deixaram de perceber 
alguma (ou algumas) FUNÇÃO(ÕES) adicional(is) não 
satisfeita(s), frequentemente com resultados trágicos.” 
FUNÇÕES e REQUISITOS 
Funções: Energia, Materiais e Fluxo de 
Informações são Transformados 
 FUNÇÃO: É a ação para a qual uma pessoa ou coisa é 
especialmente adequada ou usada, ou para a qual 
uma coisa existe; uma de um grupo de ações 
relacionadas, colaborando para uma ação maior. 
 “As FUNÇÕES são as ações que o equipamento ou 
sistema projetado deve executar, as coisas que o 
sistema ou equipamento é destinado a fazer.” 
FUNÇÕES e REQUISITOS 
Funções: Energia, Materiais e Fluxo de 
Informações são Transformados 
 Para o trabalho do projetista, ele pode relacionar o 
fato de fazer algo com transformar uma ENTRADA em 
uma SAÍDA. 
 No CÁLCULO ELEMENTAR, y = f(x) é a FUNÇÃO que 
denota a ENTRADA de uma variável independente x, 
onde esta é TRANSFORMADA na SAÍDA de variável 
dependente y pela FUNÇÃO f(x). 
FUNÇÕES e REQUISITOS 
Funções: Energia, Materiais e Fluxo de 
Informações são Transformados 
 Nos estudos de administração usam FUNÇÕES DE 
TRANSFORMAÇÃO para transformar um dos vetores de 
ENTRADAS (mão de obra, materiais, tecnologia, etc.) em 
um conjunto de SAÍDAS (produto, serviços, etc.) 
 E o que está sendo transformado? 
 As FUNÇÕES DE ENGENHARIA envolvem o fluxo ou a 
transformação de Energia, Materiais e Informações. 
 
FUNÇÕES e REQUISITOS 
Funções: Energia, Materiais e Fluxo de 
Informações são Transformados 
 Os tipos de energia que devemos considerar incluem a: 
mecânica, a térmica, fluida e elétrica, e essas formas de energia 
são transformadas quando são TRANSMITIDAS, CONVERTIDAS ou 
DISSIPADAS. 
 “A TRANSFORMAÇÃO de INFORMAÇÕES ocorre quando, por 
exemplo, a temperatura de um recinto medida por termômetro é 
transmitida eletronicamente para um termostato de parede, assim 
como quando uma pessoa no recinto usa esse termostato para 
instruir um aquecedor ou aparelho de ar condicionado a alterar o 
que está fazendo.” 
FUNÇÕES e REQUISITOS 
Expressando Funções 
 A declaração de uma função normalmente 
consiste em um verbo de “ação” e um objeto ou 
substantivo. 
 Por exemplo: LEVANTAR um livro, APOIAR uma 
prateleira, MISTURAR dois fluidos, MEDIR a temperatura 
ou ACENDER a luz são duplas VERBO-OBJETO de AÇÃO. 
 Então, ao descrever FUNÇÕES, deve-se usar uma 
combinação de VERBO-SUBSTANTIVO que melhor descreva 
o caso mais geral. 
 “ As funções são frequentemente expressas como pares 
VERBO-OBJETO.” 
FUNÇÕES e REQUISITOS 
Expressando Funções 
 Por exemplo: 
 Ao projetar um acendedor de cigarros, ficaríamos 
tentados a considerar “APLICAR CHAMA NO FUMO” 
como uma FUNÇÃO. Sugere-se que a única maneira de 
acender o cigarro é usando uma chama. Contudo, os 
acendedores de carro utilizam a resistência elétrica de 
um fio para essa função. Assim sendo, uma declaração 
melhor dessa função poderia ser “ACENDER MATÉRIA 
FOLHADA” ou mesmo”ACENDER MATERIAIS 
INFLAMÁVIES. 
 
FUNÇÕES e REQUISITOS 
Expressando Funções 
 Podemos classificar as funções como BÁSICAS ou 
SECUNDÁRIAS. 
 Uma FUNÇÃO BÁSICA é definida como o trabalho 
específico para o qual um projeto, processo ou 
procedimento é feito para executar. 
 As FUNÇÕES SECUNDÁRIAS seriam quaisquer outras 
funções necessárias para executar a função básica. 
 Por exemplo: 
 Um RETROPROJETOR. Sua FUNÇÃO BÁSICA é 
projetar imagens, e ele tem FUNÇÕES SECUNDÁRIAS 
que incluem converter energia, gerar luz e focalizar 
imagens. 
FUNÇÕES e REQUISITOS 
Análise Funcional: Identificando Funções 
 A análise funcional serve para identificar as 
funções que devem ser executadas pelo equipamento 
ou sistema que estamos projetando. 
 Para analisar a funcionalidade de um 
equipamento proposto é uma “CAIXA PRETA”. 
 As ENTRADAS e SAÍDAS do equipamento podem ser 
avaliadas: 
 1 – rastreando o Fluxo de Energia, Materiais e 
Informações e através do limite do equipamento; 
 2 – pormenorizando como a Energia é utilizada ou 
convertida e como os Materiais e/ou Informações são 
processados para produzir as Funções desejadas. 
 
FUNÇÕES e REQUISITOS 
Caixas Pretas e Caixas Transparentes 
 Esse modelo de entrada-saída também é útil na 
modelagem de projetos de sistema e suas funções 
associadas. 
 A CAIXA PRETA é uma representação gráfica do sistema 
ou objeto que está sendo projetado, com as ENTRADAS 
mostradas inseridas no lado esquerdo da caixa e as SAÍDAS 
partindo à direita. 
 Por meio da CAIXA PRETA, o projetista pode fazer 
perguntas como: 
 O que acontece com essa entrada? 
 De onde vem esta saída? 
 Responderemos tais perguntas removendo a tampa da 
CAIXA PRETA, transformando-a assim em uma CAIXA 
TRANSPARENTE. 
FUNÇÕES e REQUISITOS 
Caixas Pretas e Caixas Transparentes 
 A seguir veremos a FUNÇÃO BÁSICA de uma 
furadeira. 
 No nível superior ela tem 3 (três) ENTRADAS: 1 (uma) 
fonte de alimentação (energia) elétrica, 1 (uma) força 
(energia) de apoio que prende ou agarra a broca e o 
controle de velocidade. Ela também tem 1 (uma) 
SAÍDA: 1 (uma) direção (informações) da rotação do 
mandril, que também é a saída da broca 
FUNÇÕES e REQUISITOS 
Caixas Pretas e Caixas Transparentes 
 Esse método de tornar caixas internas transparentes e 
analisar suas funções internas também é chamado de 
Método da Caixa de Vidro. 
FUNÇÕES e REQUISITOS 
Caixas Pretas e Caixas Transparentes 
 O método da caixa preta pode ser uma maneira 
muito eficiente de determinar funções, mesmo para 
sistemas ou equipamentos que não têm uma CAIXA ou 
GABINETE FÍSICO. 
 Para usar uma CAIXA PRETA ou TRANSPARENTE o 
único requisito é que todas as entradas e saídas sejam 
identificadas. 
FUNÇÕES e REQUISITOS 
Caixas Pretas e Caixas Transparentes 
 O método da caixa preta pode ser uma maneira muito 
eficiente de determinar funções, mesmo para sistemas ou 
equipamentos que não têm uma CAIXA ou GABINETE FÍSICO. 
 Para usar uma CAIXA PRETA ou TRANSPARENTE o único 
requisito é que todas as entradas e saídas sejam 
identificadas. 
 Por exemplo: 
 - Para projetar um parque infantil para um clima 
chuvoso, nossas ENTRADAS incluiriam crianças, pais ou 
responsáveis e a chuva. Nossas saídas incluiriam crianças 
entretidas, pais satisfeitos e água. Se esquecermos a água, 
nosso projeto (parque infantil) poderá sofrer de falta de 
drenagem adequada. 
FUNÇÕES e REQUISITOS 
Dissecação ou Engenharia Reversa 
 A maioria dos Engenheiros e, a maioria das pessoas 
CURIOSAS fazem perguntas: 
 O que isso faz? - quando se depara com uma 
tecla, botão ou dial. 
 Como isso acontece? ou Por que você quer isso? 
 Quando complementamos essas perguntas com 
comentários sobre como poderíamos fazer algo melhor 
ou de forma diferente, podemos dizer que isso é a arte 
da DISSECAÇÃO ou ENGENHARIA REVERSA. 
 
FUNÇÕES e REQUISITOS 
Dissecação ou Engenharia Reversa 
 Fazer ENGENHARIA REVERSA significa pegar um 
equipamento ou sistema, e parte ou tudo que 
queremos que nosso projeto faça e, dissecá-lo ou 
desconstruí-lo ou desmontá-lo, para descobrir, combastante detalhe, exatamente como ele funciona ou 
opera. 
 Na verdade, o processo é muito simples. 
Começamos com um meio que já tenha sido usado 
por um projetista e, então, determinamos quais funções 
são realizadas por esse meio. 
FUNÇÕES e REQUISITOS 
Dissecação ou Engenharia Reversa 
 Um exemplo complicado de DISSECAÇÃO ou 
ENGENHARIA REVERSA é o da furadeira. 
 “A dissecação deve melhorar nossa compreensão 
das ideias dos outros.” 
Árvores Função-Meio 
 Uma ÁRVORE FUNÇÃO-MEIO é uma representação 
gráfica das FUNÇÕES BÁSICAS e SECUNDÁRIAS de um 
projeto. O nível superior da árvore mostra a FUNÇÃO 
(OU FUNÇÕES) BÁSICA a ser obtida. Cada nível 
sucessivo alterna entre mostrar meios pelos quais a 
FUNÇÃO (OU FUNÇÕES) PRINCIPAL poderia ser 
implementada e exibir as FUNÇÕES SECUNDÁRIAS que 
se tornaram necessárias para esses meios. 
FUNÇÕES e REQUISITOS 
• DYM, Clive L.; ORWIN, Elizabeth J.; SPUJT, R. Erik. 
Introdução à Engenharia – Uma abordagem 
baseada em projeto. Porto Alegre: Bookman, 
2010. 
Referências Bibliográficas