Projeto 1 - Aula 5 - Prof. Orlando

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Profº Orlando Sodré Gomes 
Projeto l 
Aula 5 2013.1 
Definindo o Problema de Projeto do Cliente 
SOBRE A MEDIÇÃO DE COISAS 
 Tendo identificado os OBJETIVOS DO CLIENTE para um projeto, 
devemos perguntar: 
 Como saberemos se os objetivos foram atingidos? 
 O cliente tem prioridades, ou seja, alguns objetivos são 
mais importantes do que outros? 
 Por conseguinte, perguntamos: 
 Como medimos e comparamos os objetivos do projeto? 
 Faz sentido representar a avaliação dos objetivos do projeto 
por pontos. 
 Como conceder tais pontos de avaliação? 
 Existe uma escala que possamos expor os pontos de 
avaliação? 
Definindo o Problema de Projeto do Cliente 
SOBRE A MEDIÇÃO DE COISAS 
 Nós engenheiros somos acostumados a medir 
tudo: comprimentos de vigas, áreas de superfícies, 
diâmetros de furo etc. Para cada tipo de medição 
existe uma linha graduada ou escala envolvida que 
mostra um zero e outras marcas, que são as unidades, 
tais como, polegadas, centímetros, graus centígrados 
etc. Essa linha graduada estabelece uma base comum 
para comparação. 
Definindo o Problema de Projeto do Cliente 
SOBRE A MEDIÇÃO DE COISAS 
 Seis tipos de ESCALAS diferentes têm sido usados 
para avaliar e testar projetos de produto, as quais 
veremos a seguir: 
 1. Escalas Nominais: são usadas para diferenciar 
categorias. Ex: Diferenças entre cores (MATIZES). 
 2. Escalas Parcialmente Ordenadas: são usadas 
como as hierarquias de famílias. Obs.: Tem pouca 
importância na avaliação de projetos. 
 
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SOBRE A MEDIÇÃO DE COISAS 
 3. Escalas Ordinais: são usadas para colocar coisas 
em ordem de classificação. Ex.: Primeiro, Segundo ou 
n-ésimo lugar. Aplica-se a perguntas ao CLIENTE do 
tipo: 
 Quais objetivos de projeto são mais importantes? 
 Custo ou Portabilidade. Qual objetivo é mais 
importante no projeto da escada? 
 
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SOBRE A MEDIÇÃO DE COISAS 
 4. Escalas de Relação: elas têm pontos de base 
naturalmente definidos com significado físico e podem 
ser medidos. Ex.: A noção de que um produto não 
causará poluição é simples e direta. Valores entendidos 
como “ZERO”. 
 5. Escalas de Intervalo: elas têm pontos de 
referência ou pontos de base definidos, a partir dos 
quais todo os outros são referenciados. Obs.: As escalas 
de intervalo são as mais próximas das escalas 
tradicionais para medição forte. 
Definindo o Problema de Projeto do Cliente 
GRÁFICOS DE COMPARAÇÃO EM PARES 
 Em um conjunto de metas de um projeto, como 
CLASSIFICAR os seus valores relativos? 
 Então, pergunto: 
 Faz sentido comparar as submetas de uma 
escada: SER ÚTIL PARA TRABALHOS DE ELETRICIDADE e 
SER DURÁVEL? 
Definindo o Problema de Projeto do Cliente 
GRÁFICOS DE COMPARAÇÃO EM PARES 
 Portanto, CLASSIFICAR A IMPORTÂNCIA da 
UTILIDADE, do CUSTO, da PORTABILIDADE e da 
DURABILIDADE da escada seria uma informação de 
PROJETO ÚTIL. 
 Um GRÁFICO DE COMPARAÇÃO EM PARES – PCC, 
do inglês Pairwise Comparison Charts. 
 “As comparações em pares nos ajudam a 
entender a ordem de IMPORTÂNCIA dos itens (Por 
exemplo, OBJETIVOS) que estão sendo comparados. 
Definindo o Problema de Projeto do Cliente 
GRÁFICOS DE COMPARAÇÃO EM PARES 
 Para o projeto da ESCADA de quatro OBJETIVOS. 
 As entradas em cada caixa do gráfico são 
determinadas como escolhas binárias: 
Cada entrada é 1 ou 0; 
 Ao longo da linha de uma META determinada, por 
exemplo, CUSTO, insere-se um 0 (zero) nas colunas 
para as metas PORTABILIDADE e CONVENIÊNCIA que 
são preferidas em relação ao CUSTO, e insere-se 1 (um) 
na coluna DURABILIDADE, pois o CUSTO é preferido em 
relação a DURABILIDADE. 
Definindo o Problema de Projeto do Cliente 
GRÁFICOS DE COMPARAÇÃO EM PARES 
 Também insere-se 0s (zeros) nas caixas diagonais 
correspondentes à importância de qualquer META com 
ela mesma e insere-se ½ (meio) para as METAS de valor 
igual. As pontuações de cada META são determinadas 
simplesmente somando-se cada linha. 
Definindo o Problema de Projeto do Cliente 
GRÁFICOS DE COMPARAÇÃO EM PARES 
 As 4 (quatro) metas podem ser classificadas em 
ordem de valor ou importância decrescente: 
PORTABILIDADE – 3 Pontos, CONVENIÊNCIA – 2 Pontos, 
CUSTO – 1 Ponto, DURABILIDADE – 0 Ponto. 
 A DURABILIDADE obteve 0 (zero) porque foi 
classificada como menos importante, foi colocada por 
último na linha dos 4 (quatro) objetivos classificados. 
 Não podemos eliminar objetivos cuja pontuação é 0 
(zero). 
Definindo o Problema de Projeto do Cliente 
ESTABELECENDO BOAS MÉTRICAS PARA OBJETIVOS 
 Uma MÉTRICA deve realmente medir o objetivo 
que o projeto deve alcançar. 
 POR EXEMPLO: 
 Para avaliar a DURABILIDADE de um telefone 
celular, poderíamos sujeitá-lo a um teste de queda 
onde avaliaríamos sua sobrevivência em quedas de 
diferentes alturas. 
 Analogamente, a SIMPLICIDADE de um produto 
poderia ser avaliada em termos do número de peças 
necessárias para fazê-lo. 
Definindo o Problema de Projeto do Cliente 
ESTABELECENDO BOAS MÉTRICAS PARA OBJETIVOS 
 Tendo decidido o que vai ser medido, o primeiro 
passo é: DETERMINAR AS UNIDADES APROPRIADAS com 
as quais se vai fazer a medição. 
 Para o objetivo PESO LEVE para uma ESCADA 
usaríamos unidades de peso ou massa: Kg, Lb etc. 
 Para o objetivo de CUSTO BAIXO, nossa métrica 
seria medida em moeda corrente, isto é: R$, US$, etc. 
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ESTABELECENDO BOAS MÉTRICAS PARA OBJETIVOS 
 O próximo passo no processo de desenvolvimento 
de métricas é atribuir PONTOS numa escala ou um 
intervalo expresso nas unidades de interesse ou fatores 
de mérito. 
 A concessão de pontos para velocidades ou 
alturas em testes de queda, está ligada diretamente a 
um plano para medir o desempenho que seja 
compatível com o tipo de escala e com as unidades 
selecionadas. Tal PLANO DE MEDIÇÃO pode incluir 
testes em laboratórios, provas em campo, respostas do 
consumidor a formulários, grupos de discussão, etc. 
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ESTABELECENDO BOAS MÉTRICAS PARA OBJETIVOS 
 As unidades adequadas são categorias gerais (Ex.: 
ALTO, MÉDIO ou BAIXO) ou classificações subjetivas ou 
qualitativas (Ex.: ÓTIMO, CERTO ou RUIM). 
 11 (onze) classificações do valor de uma solução 
são oferecidas na TABELA DE ANÁLISE USO-VALOR. Os 
pontos são concedidos em uma escala que varia de 0 
(zero) – ABSOLUTAMENTE INÚTIL a 10 (dez) – IDEAL. 
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ESTABELECENDO BOAS MÉTRICAS PARA OBJETIVOS 
 No contexto das classificações qualitativas, 
considere mais uma vez o objetivo de uma ESCADA de 
BAIXO CUSTO. 
 A alternativa seria estimar o custo de fabricação 
somando os custos dos componentes da ESCADA 
quando comprados em determinados tamanhos de 
lote. Isso permite que a equipe de projeto faça uma 
distinção entre projetos CAROS e projetos BARATOS. 
Definindo o Problema de Projeto do Cliente 
 ESTABELECENDO BOAS MÉTRICAS PARA OBJETIVOS 
 Alternativamente, os projetistas devem buscar 
informações no CLIENTE para classificar os projetos em 
CATEGORIAS ORDINAIS, como “MUITO CARO”, “CARO”, 
“MODERADAMENTE CARO”, “BARATO” e “MUITO 
BARATO”. 
 “Boas métricas medem a coisa certa, têm unidades 
claras e são econômicas. Se uma boa métrica não for 
econômica, considere transformar o OBJETIVO em uma 
RESTRIÇÃO.” 
Definindo o Problema de Projeto do Cliente 
 ESTABELECENDO BOAS MÉTRICASPARA OBJETIVOS 
 Observações importantes sobre MÉTRICAS: 
• Uma MÉTRICA deve ser possível de repetir, ou seja, 
outras pessoas que façam o mesmo teste ou 
MEDIÇÃO obterão os mesmos resultados, sujeitos a 
algum grau de erro EXPERIMENTAL. Essa característica 
pode ser atendida usando-se métodos e instrumentos 
padrão ou, se tais métodos não estiveram disponíveis, 
documentando-se cuidadosamente os protocolos 
que estão sendo seguidos. Isso obriga a equipe de 
projeto a usar amostras estatísticas suficientemente 
grandes, quando possível. 
Definindo o Problema de Projeto do Cliente 
 ESTABELECENDO BOAS MÉTRICAS PARA OBJETIVOS 
 Observações importantes sobre MÉTRICAS: 
• Os resultados da avaliação das métricas devem ser 
expressos em unidades de medida compreensíveis. 
• Avaliação das métricas deve produzir somente 
interpretação inequívoca. Isto é, os resultados de uma 
avaliação de métrica devem levar todos os membros 
de uma equipe de projeto (assim como todos os 
outros envolvidos) à mesma conclusão sobre a 
medição. 
Definindo o Problema de Projeto do Cliente 
 ESTABELECENDO BOAS MÉTRICAS PARA OBJETIVOS 
 “Em geral, boas métricas resultam de 
pensamento cuidadoso, pesquisa extensa e 
ampla experiência – o que sugere que a 
seleção de métricas certamente pode ser 
melhorada pela sinergia derivada de uma 
equipe cooperativa e que funcione bem.” 
 
Definindo o Problema de Projeto do Cliente 
RESTRIÇÕES: definindo limites sobre o que o 
cliente pode ter 
 Existem limites para tudo. É por isso que as 
RESTRIÇÕES são extremamente importantes no projeto 
de engenharia. 
 Tais RESTRIÇÕES, que podem ser incluídas em 
árvores corretamente identificadas que contêm tanto 
objetivos como RESTRIÇÕES, normalmente são 
expressas como declarações verbais que, às vezes, 
podem ser formuladas em termos de variáveis 
contínuas ou números que podem permitir uma gama 
de valores de interesse para o projetista. 
Definindo o Problema de Projeto do Cliente 
RESTRIÇÕES: definindo limites sobre o que o 
cliente pode ter 
 A META de que uma escada deve ser barata 
poderia ser expressa em termos do fato de ter um custo 
de materiais ou fabricação que não ultrapasse um LIMITE 
ou RESTRIÇÃO fixa, digamos R$. Por outro lado, 
poderíamos ter tanto o OBJETIVO de que a ESCADA seja 
BARATA quanto a RESTRIÇÃO que impõe um limite para 
o custo. 
Definindo o Problema de Projeto do Cliente 
RESTRIÇÕES: definindo limites sobre o que o 
cliente pode ter 
 Nesse caso, podemos escolher entre um conjunto 
de projetos cujos custos de construção sejam diferentes, 
desde que todos estejam abaixo do limite definido pela 
RESTRIÇÃO sozinha. Essa, novamente, é a estratégia das 
“soluções satisfatórias” na qual selecionamos 
alternativas de projeto que são aceitáveis. 
 
 “As RESTRIÇÕES nos permitem identificar e 
excluir projetos INACEITÁVEIS.”