ad 2 lingua portuguesa

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
FUNDAÇÃO CECIERJ /Consórcio CEDERJ / UAB
Curso de Licenciatura em Pedagogia – modalidade EAD
AVALIAÇÃO À DISTÂNCIA 2 – 2014.2
Disciplina: Língua Portuguesa na Educação II
Coordenador (a): Cláudia Cristina dos Santos Andrade
Aluno (a):Mary Rose Milato dos Santos Costa da Silva Matr.:13212080258
Polo: Belford Roxo 
Caro(a) aluno(a),
Antes de responder as questões, observe as seguintes instruções: 
. discuta suas dúvidas com os tutores presenciais e com os a distância;
. preste atenção ao que é solicitado no enunciado das questões;
. responda com calma e atenção; 
. procure não deixar nenhuma questão em branco;
. todas as questões devem estar respondidas à caneta azul ou preta; 
.apresente respostas com consistência teórica e busque apoio e referências no seu material didático e nas obras citadas nele;
. utilize a modalidade padrão da língua, reconhecidamente a mais adequada a textos científicos, em textos claros, coerentes e coesos;
. apresente um texto visualmente limpo, bem organizado, com poucas rasuras na parte discursiva e nenhuma na objetiva e boa caligrafia, se for o caso.
IMPORTANTE 
Embora discutidas no grupo de estudo e na tutoria, as respostas devem ser individuais e de autoria do aluno que assina a prova. 
QUESTÃO 1: (VALOR: 3 PTS, 1PT cada)Em 2011, vivemos uma grande polêmica: um livro didático dedicado à EJA foi acusado na grande imprensa de estar “ensinando errado”, ao informar que o aluno pode falar de determinada forma. A polêmica causou indignação entre educadores e linguistas, por desqualificar uma discussão muito importante no ensino da língua. Observe a parte do livro que foi objeto da discussão e resolva as questões A, B e C.
Identifique o vício de linguagem presente na frase destacada pelo livro.
Solecismo: desvio da sintaxe devido a falta de concordância na frase:" os livro ilustrado mais interessante estão emprestado."
Reflita e escreva, com base nos estudos feitos até o momento: até que ponto as ocorrências próprias das situações informais podem ser consideradas problemas para o usuário da língua?
Apesar do desvio cometido, houve comunicação, porém em situações formais o seu uso é desaconselhável, pois desqualifica o autor. A variante que traz mais prestigio é a padrão.
Sobre a polêmica: o encaminhamento do livro é adequado? Justifique sua resposta. 
É adequado, pois admite a construção desde que adequada à situação. Mostrando ao aluno que a forma mais adequada de utilizar é a variante padrão, porém a comunicação não deixou de ser efetivada, embora desprestigie o discurso.Então devemos ter o devido cuidado com esse aspecto. Muitas das construções que usamos na oralidade tornam-se desaconselháveis em situações formais.
QUESTÃO 2(VALOR 3 PTS: 1 PONTO CADA)
A) Ao final da Aula 13 do Módulo 1 de nossa disciplina, lemos a seguinte conclusão:
“Ao percebermos que uma receita culinária ou uma bula de remédio, por exemplo, podem se tornar um desafio para alguém, estamos reiterando a ideia de que a leitura de mundo não pode ser confundida com o simples ‘juntar letras’. Enquanto aceitarmos, como professores, um ensino descritivo da língua portuguesa como informação suficiente para o domínio dessa mesma língua, estaremos insistindo num equívoco – quando não num engodo – que só entrava a conquista da cidadania”. 
Discuta a afirmação acima, dissertando sobre o equívoco apontado.
O equívoco que não podemos cometer é confundir o simples "juntar letras" sem significação com a leitura de mundo, pois, existem cidadãos considerados alfabetizados porque são capazes de juntar as sílabas, mas não conseguem realizar a leitura plena de um texto. Essa falta de leitura de mundo, de letramento, de ver que a leitura está presente no nosso dia a dia, torna o cidadão incapaz de compreender, por exemplo, a receita do remédio que tem que tomar quando receitado pelo médico. Como educadores temos o dever de trabalhar com os diversos tipos de textos de forma contextualizada para que o nosso aluno consiga usá-los no seu cotidiano, vendo a leitura de mundo como forma de inserção cultural e a sua importância na conquista da cidadania.
B) Duas turmas de 5º ano de escolaridade estão estudando o gênero poema, analisando o texto de Mário Quintana (QUINTANA, Mário. Nariz de Vidro. São Paulo: Moderna, 1984):
 RECORDO AINDA...
Recordo ainda ... E nada mais me importa...
Aqueles dias de uma luz tão mansa
Que me deixavam, sempre, de lembrança,
Algum brinquedo novo à minha porta...
Mas veio um vento de Desesperança
Soprando cinzas pela noite mortal!
E eu pendurei na galharia torta
Todos os meus brinquedos de criança... 
Estrada fora após segui... Mas, ai,
Embora idade e senso eu aparente,
Não vos iluda o velho que aqui vai: 
Eu quero os meus brinquedos novamente!
Sou um pobre menino... acreditai...
Que envelheceu, um dia, de repente!...
A professora da turma 501, após ler o texto com o grupo, solicitou que localizassem os verbos usados no pretérito perfeito e reescrevessem o poema, usando os mesmos verbos no futuro do presente.
A professora da turma 502, após ler o texto com o grupo, discutiu o uso da letra maiúscula na palavra Desesperança, e os efeitos de sentido decorrentes desse uso. Depois, leu com eles a biografia de Mário Quintana e situou o texto lido na produção do autor.
Que proposta mais se aproxima da afirmação colocada na questão 2A desta prova? Justifique sua resposta.
A proposta da professora da turma 502, pois, privilegia o diálogo e a compreensão responsiva do texto de acordo com o seu cotidiano(o uso da letra maiúscula), exercitando a capacidade de questionar e a leitura ampliada. A professora da 502 também contextualizou a sua proposta, tornando-a mais interessante e produtiva que a primeira.
Escreva uma questão de análise para ser proposta para uma turma de 5º ano, destacando um recurso estilístico utilizado pelo autor do poema. 
QUESTÃO 3 - (VALOR CHEIO 4PTS)
Faça um roteiro de atividade para as séries iniciais que proponha a leitura plurilíngue a partir de um fato histórico ou elemento cultural importante de sua região. Você deverá tentar articular elementos de pelo menos duas áreas de conhecimento, tais como  Geografia, Ecologia, História e Arte. Indique, no roteiro, os objetivos contemplados com a atividade.
Propor uma atividade de leitura e produção de diversos gêneros textuais. 
Objetivos: Reconhecer e identificar diferentes tipos de textos.
Disciplinas: Língua Portuguesa, Informática, Arte e Ciências.
 O projeto, designado O jornalista é você! 
 O cronograma de atividades deverá ser divulgado para os alunos:
1º Momento: a primeira fase destina-se ao conhecimento dos gêneros , os seus distintos contextos de uso, as características dos respectivos interlocutores. A turma investigará vários jornais estaduais e nacionais, verificando as seções presentes, seus propósitos e temas variados, a composição dos textos, o nível de linguagem empregado. Deverão analisar desde as notícias jornalísticas e os editoriais, até as notas de classificados e a seção do horóscopo. O professor aproveitará este momento para mencionar a importância do reconhecimento do canal comunicativo pelo qual o gênero é divulgado. 
2º Momento:Depois de terem feito as análises os alunos deverão pesquisar notícias sobre o vírus ebola e fazer um jornal sobre este tema.Colocando o que já ouviram falar e o que os cientistas e médicos estão publicando. Já que o Vírus já chegou no Rio de Janeiro, o que acabou se tornando um fato histórico e os alunos comentam a todo momento o assunto nas escolas e nas redes sociais.
Concluindo, o desafio de fazer do ensino de língua um momento em que se exploram as infinitas opções da linguagem, adequando-as à situação em que se faz do aluno um íntimo da linguagem,não é, de fato, fácil, porém é compensador. Independentemente do que ditam os PCNs ou o que virá substituí-los, é nossa tarefa como professores enfrentarmos esse desafio. É o ensino plurilíngüe, nas palavras de Bakhtin(1998),que nos desafia para uma ação cujos resultados certamente serão compensadores.
Fonte: AGUIAR, Carolina Amaral et al. Por uma vida melhor. Vol. 2 São Paulo: Global Editora, 2010, p. 15.