O Direito Muçulmano

Prévia do material em texto

O Direito Muçulmano
Ligação íntima do direito com a religião:
O direito muçulmano é um ramo autônomo da ciência. Constitui apenas uma das faces da religião do islã.
Características:
Comporta uma teologia que fixa os dogmas e determina aquilo em que o mulçumano deve crer.
 Comporta o char’, que prescreve aos crentes o que devem ou não fazer.
O char’ ou châr’ia significa “o caminho a seguir”, constitui o que se chama o direito mulçumano.
Esta ciência está centrada sobre a ideia das obrigações que incubem ao homem, não sobre a dos direitos que ele deveria ter.
Sanções:
A verdadeira sanção das obrigações que se impõe ao crente, é o estado de pecado do que as contraria.
 O direito muçulmano preocupa-se pouco com a sanção das regras que prescreve. 
A concepção que dirige o islã é a de uma sociedade teocrática, na qual o Estado não tem valor senão como servidor da religião revelada.
Os juristas e o teólogos muçulmanos elaboraram sobre o fundamento da revelação divina, um direito completo, o de uma sociedade ideal que um dia virá a estabelecer-se num mundo inteiramente submetido à religião do islã. 
O direito muçulmano é segundo Bergstrasser, “a síntese do verdadeiro espírito muçulmano, a expressão mais decisiva do pensamento islâmico, o cerne essencial do islã”.
Estrutura do Direito:
A ciência do direito muçulmano comporta uma grande divisão:
Por um lado, as “raízes” (ouçoul);
Por outro lado, os “ramos” (fouroû)
Raízes e ramos do Direito Muçulmano:
As “raízes” explica por meio de que processos, partindo de algumas fontes, foi encontrado o conjunto das soluções que constituem o char.
Os “ramos” são as categorias e as regras que comportam em sua essência o direito mulçumano.
Direitos dos diferentes Estados Muçulmanos:
A base imutável do direito muçulmano;
A adaptação do direito muçulmano ao mundo moderno;
O direito dos países muçulmanos.