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Resumo de Educação G2
Aprendizagem: um conceito histórico e complexo
A aprendizagem como um processo no qual a pessoa “apropria-se de” ou torna seus certos conhecimentos, habilidade, estratégias atitudes, valores, crenças ou informações.
Traz também, a perspectiva de algo específico para cada pessoa. Cada ser humano é singular em sua formação individual, mas ao mesmo tempo, necessita dos outros para aprender e, portanto, para constituir a si.
Características da Aprendizagem
Existem diversas espécies de aprendizagem, com substanciadas nas mais variadas atividades da vida humana.
A aprendizagem se produz nos mais variados contextos, sejam em situações formais ou informais, de forma planejada ou espontânea. Por conseguinte, é diversificada e contínua, isto é, estamos o tempo todo em situações que nos colocam como aprendizes ao longo da vida.
Conhecer o modo como os alunos constroem, elaboram e dão significado aos seus conhecimentos, ajuda o professor a orientar sua prática pedagógica, respeitando as subjetividades dos alunos com seus níveis, ritmos e singularidades.
Concepções de Conhecimento e Aprendizagem
Apesar desta conceituação geral da aprendizagem, este não é um conceito simples e unânime. Há diferentes concepções de conhecimento que têm abordado a aprendizagem de forma variada, centrando no aspecto externo, no aspecto interno ou na interação sujeito e meio. Elegemos quatro delas, amplamente discutidas no cenário da Psicologia da Educação. São elas: Empirista, Inatista, Construtivista e a Histórico-cultural.
A denominação empirista refere-se ao movimento filosófico (Inglaterra) que defendia a tese de que o conhecimento humano tem origem a partir da experiência.
Acreditava-se que a sensação é a primeira fonte de todas as ideias e que o ambiente externo é o fator primordial na aquisição de conhecimentos.
Ocorre uma determinação do ambiente externo sobre a ação do aluno em seu processo de conhecimento da realidade, o qual aprende por meio de uma absorção passiva de conteúdos/atividades.
A visão inatista de conhecimento considera que as condições do indivíduo para aprender são pré-determinadas.
Do ponto de vista pedagógico, significa dizer que o aluno já traz uma espécie de herança geneticamente determinada, que o predispõe a aprender. As intervenções externas são consideradas, porém possuem caráter secundário na aquisição do conhecimento. O aluno é percebido como passivo em seu processo de aprendizagem diante de determinações internas, as quais se sobrepõem à interferência do professor.
O papel do professor é o de quem deverá oferecer condições ao aluno para que se desenvolva e para que faça crescer suas possibilidades (naturais) para aprender.
O construtivismo de Jean Piaget considera o conhecimento humano, construído graças à interação sujeito e meio (físico e social) externo. O desenvolvimento intelectual/afetivo passa por etapas de organização, não sendo inato, nem apenas fruto de estimulações do ambiente.
Nesta concepção epistemológica, o aluno é ativo em seu processo de construção de conhecimento, devendo ser respeitado em seu desenvolvimento espontâneo. Na aprendizagem deve ser considerada a lógica de seu raciocínio.
A concepção de conhecimento com base na Psicologia Histórico-cultural de Vygotsky enfatiza o papel da cultura na formação da consciência humana e da atividade do sujeito.
Nesta concepção, a criança em seu percurso de desenvolvimento domina gradativamente os conteúdos de sua experiência cultural, os hábitos, os signos linguísticos e também as formas de raciocínio utilizadas nas variadas situações. Este processo de apropriação de conhecimento é construído socialmente, ou seja, depende das oportunidades que lhe são dadas num dado contexto cultural e da atividade intencional do aprendiz.
A aprendizagem ocorre, sim, em função de um processo mediacional, de um intercâmbio entre sujeitos (professor/ aluno e aluno/aluno).
Aprender em cada época, em cada sociedade tem suas idiossincrasias; o que faz da aprendizagem um conceito eminentemente histórico, psicossocial e cultural. Deste modo, não faz sentido analisar fracassos, distúrbios, dificuldades, sucessos, conquistas na aprendizagem, sem considerar o sujeito que aprende em todas as suas dimensões e contextos.
A aprendizagem na Psicologia da Gestalt, Teoria Comportamental e Humanismo
Psicologia da Gestalt
Os gestaltistas postulavam que a percepção humana apresenta um sentido de totalidade, de conjuntos unificados.
Ideias e conceitos centrais
Nesta perspectiva teórica, uma dada realidade externa é apreendida pelo ser humano a partir de uma Gestalt (perceptiva). Percebemos totalidades e não estímulos isolados de um contexto. São formas perceptivas que possuem significado, não sendo elementos confusos ou aglomerados de sensações individuais. 
Lewin denominou sua investigação de teoria de campo, entendendo que “para compreender o comportamento de uma pessoa, era preciso conhecer todas as forças que atuavam sobre ela num dado instante. Chamou o campo específico em que a pessoa tua de “espaço vital”, relativo aos aspectos do indivíduo e do ambiente, considerando os eventos que podem intervir no seu comportamento em qualquer momento.
A visão sobre aprendizagem
A aprendizagem representa, para a Gestalt, uma reestruturação do campo da percepção para a superação de problemas. A aprendizagem por insight é a compreensão repentina da solução do problema enfrentado pelo sujeito.
Na posição gestaltista da aprendizagem, a relevância recai sobre a cognição em suas possibilidades de reestruturação constante e de suas compreensões súbitas, ou seja, as soluções de impasse ocorrem a partir de uma experiência de compreensão, por meio de produção de insights.
A Teoria Comportamental
O behaviorismo clássico: Watson; o radical: Skinner; o behaviorismo tecnológico de Rachlin; e o interbehaviorismo, por Kantor.
O Behaviorismo metodológico
Sob esta perspectiva, o que impele um indivíduo a agir sobre o meio, o motivo que o mobiliza a aprender é um elemento externo. A aprendizagem é função destes elementos externos, isto é, da forma como os estímulos são dispostos.
Encontramos em Watson uma concepção mecanicista de aprendizagem cuja cause está, necessariamente, em um acontecimento anterior, que produz um determinado efeito sobre o indivíduo.
A análise comportamental de Skinner
Sua teoria defende que o ser humano é controlado por influências externas (meio) e não por processos internos.
A ação do indivíduo não responde à estimulação direta (mecânica) a estímulos, mas à associação entre o comportamento e sua repercussão no ambiente.
O conceito central do condicionamento operante é o reforço, que consiste em qualquer estímulo ou evento que aumenta a probabilidade de ocorrência de um comportamento.
Estes reforços são apresentados ao indivíduo de acordo com diferentes esquemas de reforçamento que podem ser:
Contínuo: o comportamento do sujeito é reforçado toda veze que é emitido.
Em intervalo: o reforço pode ser apresentado em intervalo fixo ou variável.
Em razão: pode ser fixa ou variável, sendo que reforço depende do número de vezes que o comportamento ocorre.
Intermitente: é um reforço esporádico, sem tempo determinado ou intervalos regulares.
A concepção behaviorista de Skinner sobre o processo de ensino baseia-se na ênfase do método e na eficácia da estruturação dos recursos externos, como principais promotores da aprendizagem. 
Skinner elaborou a ideia de um ensino programado, ou seja, de uma programação dos objetivos e dos conteúdos da educação, expressa em algumas características específicas como:
Estudo por meio de unidades de ensino ou disciplina avançada por etapas;
Organização de sequências de ensino de acordo com as dificuldades surgidas;
Manutenção do aluno em permanente atividade;
Autoavaliação do aluno em situações específicas;
Feedback dado pelo professor;
Ênfase no ensino individualizado e na análise do comportamento do aluno, para identificar o que necessitaaprender.

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