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Disciplina: Obstetrícia
Docente: Gustavo e Carlos Guilherme
MEDICINA VETERINÁRIA – 9º SEMESTRE
BVD 
 Diarréia Viral Bovina
Nomes: Franciny Fernandes, Hellen Mendes, Laura Mancineli, Victor Colucci, Viny Lemos, Yasmin Leite 
INTRODUÇÃO
A BVD apresenta distribuição mundial, causando prejuízos devidos principalmente aos problemas ocasionados nas esferas reprodutiva (infertilidade, repetição de cios, abortamentos, natimortalidade e mal-formações) e gastroentérica.
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
A BVD apresenta distribuição mundial
Causando prejuízos devidos principalmente aos problemas ocasionados nas esferas reprodutiva e gastroentérica
No Brasil diferentes trabalhos têm demonstrado a ocorrência da infecção de bovinos com o BVDV tanto por métodos diretos (demonstrando a presença do vírus) como indiretos (demonstrando a presença de anticorpos séricos contra o vírus)
ETIOLOGIA
Família: Flaviviridae
 
Gênero: Pestivirus
4 Grupos de Pestivirus: 
 Grupo do CSFV: Essas amostras são unicamente isoladas de suínos.
 Grupo do BVDV: Além das amostras isoladas de bovinos, há amostras isoladas de ovinos, outros ruminantes e suínos.
 Grupo do BDV: Além das amostras de ovinos, há amostras isoladas de suínos.
 Grupo atípico, contém amostras isoladas de bovinos, ovinos e suínos.
Desta forma, fica claro que a nomenclatura virológica baseada na espécie animal hospedeira é inadequada para os Pestivirus, visto que vírus semelhantes são isolados em espécies diferentes e vírus diferentes podem ser isolados em uma mesma espécie
ETIOLOGIA
Com base na atividade biológica, são descritos dois biotipos do BVDV:
Biotipo não citopatogênico (BVDVncp):
 É o biotipo mais isolado no campo
 Responsável pela maioria das infecções agudas pós-natais
 Não apresenta capacidade de produzir efeito citopático em cultivos celulares
 Sua presença só pode ser demonstrada por técnicas que detectem antígenos ou ácidos nucléicos virais, como a imunofluorescência direta e a PCR.
 Amostras de BVDVncp são capazes de atravessar a placenta e causar infecções persistentes, caso isso ocorra entre 40 a 125 dias de gestação
Biotipo citopatogênico (BVDVcp):
 Este biotipo é capaz de induzir apoptose e morte celular causando efeito citopático visível em cultivos celulares
 Todavia, é incapaz de causar infecções persistentes conforme confirmado por infecções experimentais
 Acredita-se que este biotipo surja de mutações que ocorrem em amostras de BVDVncp
 Um dos marcadores de amostras de BVDVcp é a presença concomitante, nas células por elas infectadas, de duas proteínas virais não estruturais (não fazem parte da partícula viral), a saber NS2-3 e NS3 (fruto da clivagem de NS2-3)
 Nas células infectadas com amostras de BVDVncp só é constatada a presença da proteína NS2-3 sem o seu produto de clivagem
ETIOLOGIA
Com base no sequenciamento genômico, as amostras de BVDVncp e de BVDVcp podem apresentar dois genótipos: 
Denominados de I e II
Genótipo I Compreendem as amostras de BVDV clássicas
Genótipo II Compreendem aquelas relacionadas a surtos de BVD aguda severa recentemente descritos (síndrome hemorrágica) e pertencentes ao já referido "grupo atípico" classificado com anticorpos monoclonais
ETIOLOGIA
CADEIA EPIDEMIOLÓGICA
Fonte de Infecção 
Transmissão
Fonte de Eliminação
Animal doente, animal infectado
Contato Direto (animal, placenta, sêmen, feto) e Contato Indireto (fômites, água, alimento)
Descarga nasal, saliva, fezes, sêmen, urina, leite
PATOGÊNESE E MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
A patogênese da infecção com o BVDV, pode ser dividida em 3 categorias:
Infecções pós-natais de animais imunocompetentes 
(95% dessas infecções é causada por amostras de BVDVncp)
Os anticorpos são detectados 2 semanas após a infecção e seus títulos elevam-se por 10 a 12 semanas
(Infecção ocorre uma leucopenia transitória, tendo-se já relatado um efeito imunossupressor do vírus o qual pode causar um aumento de susceptibilidade a outras doenças)
Recentemente têm sido relatados casos de BVD aguda com severas manifestações clínicas 
(trombocitopenia e hemorragias com alta mortalidade) 
INFECÇÕES INTRAUTERINAS
Em fêmeas gestantes anticorpos naturalmente adquiridos parecem prevenir a infecção fetal.
Ao infectar fêmeas gestantes soronegativas o BVDV atravessa a placenta e infecta o feto, causando diferentes graus de lesões macroscópicas, que vão desde imperceptíveis até a morte fetal.
DOENÇA DAS MUCOSAS
A observação que animais com MD não apresentavam anticorpos contra o BVDV (mesmo em casos de curso longo)
Hipótese de imunotolerância decorrente de infecção intrauterina
A MD só ocorre em animais que sofreram infecções intrauterinas por amostras não citopatogênicas do BVDV (BVDVncp) entre os 40 e 125 dias de gestação (época em que o feto não é ainda imunocompetente), desenvolvendo imunotolerância ao BVDV.
DOENÇA DAS MUCOSAS
Esta infecção fetal com imunotolerância pode ter vários cursos:
Nascimento de animais persistentemente infectados (PI) que eventualmente podem chegar até a fase adulta sem manifestações clínicas
Incapacidade e produzir anticorpos contra o BVDV 
Eliminando grandes quantidades de vírus
Animais PI têm seu desenvolvimento retardado e normalmente morrem mais cedo em função de infecções secundárias.
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DOENÇA DAS MUCOSAS
 
 Em síntese, atualmente a MD é tida como uma manifestação especial da infecção pelo BVDV, onde bovinos com imunotolerânica induzida por infecções fetais com amostras de BVDVncp são infectados por amostras de BVDVcp
DOENÇA DAS MUCOSAS
TRANSMISSÃO
As principais fontes de infecção da BVD são 
Os animais PI são os principais responsáveis pela manutenção e disseminação da BVD no rebanho
 
Epidemiologicamente importante : A grande quantidade de vírus excretada por longos períodos a possível ausência de manifestação clínica.
 Animais doentes 
 Animais PI
Via de eliminação é ampla: 
 
 
 
TRANSMISSÃO
Descarga Nasal
Saliva
Sêmen
Fezes
Urina
Lágrima
Leite
 Contato direto: Entre animais 
 como pelo...
 Contato indireto: Por meio de água, alimentos, agulhas contaminadas
SINTOMAS
INFERTILIDADE
ESPERMATOZÓIDES SEM MOTILIDADE
LESÕES NA PLACENTA E FETO
REPETIÇÃO DOS CIOS
NATIMORTOS
INFECÇÕES INTRA UTERINAS
MUMIFICAÇÃO FETAL
ABORTO
DIAGNÓSTICO
Métodos Indiretos (Praticidade e baixo custo)
	Baseiam-se na detecção de: 
Anticorpos contra o BVDV no soro ou no leite dos animais
Quantitativos (quantidade de anticorpoos presentes) 
Qualitativos (informam a presença ou não de anticorpos)
As técnicas mais comumente usadas são: Soroneutralização viral (SN) e o ELISA
MÉTODOS DIRETOS
a) O isolamento do BVDV em cultivos celulares;
b) A detecção de antígenos virais através das técnicas de imunofluorescência, imunoperoxidase ou ELISA;
c) A detecção de ácidos nucléicos virais através das técnicas de hibridização e PCR.
Tais métodos baseiam-se na detecção do BVDV ou de seus componentes (proteínas e ácidos nucléicos) e constituem a forma mais objetiva de diagnóstico da infecção.
BVD AGUDA
A BVD aguda é diagnosticada pela demonstração de soroconversão com soros pareados, com intervalos de aproximadamente 3 semanas.
A pesquisa de soroconversão em outros animais eventualmente assintomáticos constitui estratégia que fortalece o diagnóstico.
 
ABORTOS ASSOCIADOS AO BVDV
Em casos de aborto: A pesquisa de anticorpos na mãe é problemática pois muitas vezes o aborto ocorre após longo tempo da infecção aguda.
Fêmea soronegativa, pode-se excluir o BVDV como causa do aborto, exceto no caso da fêmea constituir-se num animal PI.
É possível realizar-se a pesquisa de anticorpos ou do vírus no feto abortado e a presença de ambos, ou um deles, demonstra a infecção intrauterina.
INFECÇÕES NEONATAIS E ANIMAIS PI
O sorodiagnóstico da infecção neonatal implica 
Colheita de soro antes
do animal ingerir o colostro!
* Sendo o animal testado tanto para presença de anticorpos como de vírus.
 A presença de vírus aponta tanto para o fato que o animal pode ser um PI, como eventualmente para uma infecção aguda.
INFECÇÕES NEONATAIS E ANIMAIS PI
Animais PI são confirmados pelo vírus no sangue após o desaparecimento dos anticorpos maternais, 
(3 meses de idade)
Bezerros que nesta ocasião permanecerem soropositivos indicam uma infecção intrauterina
A soropositividade de bezerros após a queda de anticorpos maternos pode estar relacionada a:
(Defeitos Congênitos, Retardo no Crescimento e Perda de Vigor)
Animais PI são confirmados pela detecção de vírus em 2 amostras de sangue colhidas com EDTA ou heparina, em intervalos de 3 meses
INFECÇÕES NEONATAIS E ANIMAIS PI
Devido ao estado de imunotolerância, esses animais não podem ser detectados pela pesquisa de anticorpos MD.
A MD é diagnosticada pela detecção do vírus nos órgãos.
A confirmação final é obtida pelo isolamento de BVDVcp no intestino, biótipo este quase que exclusivamente isolado de casos de MD.
PROFILAXIA
Eliminação de animais PIs.
	O fator de maior preponderância para o controle da enfermidade constitui-se na identificação e eliminação dos animais persistentemente infectados, pelo fato dos mesmos serem os mais efetivos disseminadores da doença em um plantel.
VACINAÇÃO
Vacinas Inativadas
Vacinas inativadas ou de vírus vivo modificado têm sido amplamente utilizadas para a imunoprofilaxia da BVD
Face à importância da infecção fetal nos prejuízos causados pelo BVDV, a obtenção da imunidade fetal constitui um dos objetivos de grande importância das vacinas.
Vacinas Atenuadas
São consideradas seguras inclusive para o uso em vacas prenhes, entretanto a imunidade fetal é de curta duração, especialmente para amostras heterólogas do BVDV.
Induzem proteção mais ampla e mais duradoura, mas podem causar danos ao feto, incluindo a formação de animais PI.
VACINAÇÃO
TRATAMENTO
Não existe tratamento para a Diarréia Viral Bovina !!

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